FIGURAS MELGACENSES
Frei
Francisco Melgaço
Nasceu
no concelho de Melgaço no ano de …? (não
descobri até agora a data de seu nascimento). Foi
religioso da Ordem de São Bernardo. Escreveu várias obras, relacionadas com a
doutrina cristã, as quais não foram impressas. Os seus manuscritos (escritos em latim) conservam-se
na livraria do Convento de Alcobaça, à espera de um especialista que os analise
e divulgue.
(ver Dicionário
Histórico, Biográfico, Bibliográfico, Heráldico, Corográfico, Numismático e
Artístico. João Romano Torres – Editor. Lisboa – 1903. Página 960).
*
Frei
António de Santa Maria dos Anjos Melgaço
Nasceu no concelho de Melgaço a 17 de Junho de 1718. Foi
frade franciscano. Professou no Convento de São Francisco de Lisboa a 22 de
Janeiro de 1731. Fez os estudos de Filosofia e Teologia no Colégio de São
Boaventura da Feira, em Coimbra, entre 1731 e 1737. Foi professor nos Estudos
de Mafra (fundados por D. João V) nos anos de 1737 a 1752.
Devia
ser uma pessoa deveras inteligente e curiosa, pois o próprio rei o incita a
prosseguir os estudos. Segue os conselhos do monarca, e em 1743 adquire um
doutoramento em Teologia na Universidade de Coimbra, talvez o primeiro
melgacense a conseguir tal feito.
Como
escritor, deixou várias obras, todas elas redigidas em latim. Uma delas tem por
título «SCOTUS ACADEMICUS, seu Philosophia Peripatetica ad commodiorem regalis
Academiae Mafrensis usum, juxta mentem venerabilis, subtilisque Magistri
Joannis Duns Scoti.» (Tomo I, Lisboa, 1747).
Por ter sido eleito provincial «da sua província», em 1751, viu-se
obrigado a suspender por algum tempo a continuação da obra. O segundo volume
estava em impressão apenas no ano de 1755, o qual se queimou aquando do grande
terramoto. No Convento de São Francisco arderam também, nessa altura, outros
escritos da sua autoria, que tinha prontos para publicação.
Em 1759 publicou, completamente revisto, o
tomo II do «SCOTUS ARISTOTELICUS». Os dois volumes debruçam-se sobre a «logica parva», ou seja, pequena lógica,
e a «logica magna», que significa
grande lógica, «e interessam para o
conhecimento do movimento de ideias em Portugal no século XVIII e dos estudos
na escola de Mafra».
Faleceu em Vila do Conde a 14 de Agosto de
1780, com 62 anos de idade.
Quem desejar consultar a bibliografia pode
fazê-lo em {Frei António do Sacramento, História
Seráfica, sexta parte, manuscrito 703, da Torre do Tombo. / Memória da forma com que Dom João o Quinto
mandou para Mafra religiosos para Lentes de Faculdade, manuscrito 801,
folhas 682 e seguintes, do arquivo da casa Cadaval (Muge). / A. A. Andrade, A Orientação do Estudo da Filosofia dos
Franciscanos, in Brotéria 43 (1946), páginas 43 a 45.}
(Verbo – Enciclopédia
Luso-Brasileira de Cultura, páginas 648 e 649).
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