segunda-feira, 28 de novembro de 2022

GENTES DO CONCELHO DE MELGAÇO

Freguesia de Cristóval

Por Joaquim A. Rocha



// continuação de 4/08/2022...


DOMINGUES, Maria. Filha de Manuel Domingues e de Ana Esteves, moradores que foram no lugar de Sucastelo. Nasceu por volta de 1796. // Faleceu em Carvão a 5/4/1876, com 80 anos de idade, viúva de Francisco Marques, com todos os sacramentos, sem testamento, e foi sepultada na igreja. // Deixou duas filhas: Francisca e Ângela.

 

DOMINGUES, Maria. Filha de Luís Manuel Domingues e de Isabel Ventura Rodrigues. Nasceu por volta de 1803. // Faleceu a 18/6/1873, no Campo do Souto, com setenta anos de idade, no estado de viúva de Manuel Luís Ribeiro, com todos os sacramentos, sem testamento, e foi sepultada na igreja paroquial. // Mãe de Luísa.  

 

DOMINGUES, Maria. Filha de --------- Domingues e de -----------------------------. Nasceu por volta de 1821. // Faleceu no lugar do Ramo a --/--/1914, com noventa e três anos de idade (Correio de Melgaço n.º 130, de 22/12/1914). 

 

DOMINGUES, Maria. Filha de Manuel José Domingues e de Antónia Alves. Nasceu por volta de 1833. // Faleceu em São Gregório a 2/2/1867, com 34 anos de idade, solteira, sem testamento, e foi sepultada na igreja. // Sem geração.

 

DOMINGUES, Maria. Filha de Manuel Luís Domingues e de Isabel Ventura da Costa, moradores no lugar de Pousadas. N.p. de Francisco Domingues e de Maria Rosa Pires, do dito lugar; n.m. de António da Costa e de Maria Ventura Pires, do lugar da Porta. Nasceu em Cristóval a 13/7/1833 e foi batizada a 16 do dito mês e ano. Padrinhos: Jerónimo Quintela, de Marga, e Maria Pires, do Regueiro.

 

DOMINGUES, Maria. Filha de Caetano José Domingues e de Francisca Rodrigues, moradores no lugar de Aldeia do Souto. Neta paterna de Manuel Domingues e de Maria Pardelhas, do lugar de Marga; neta materna de Manuel Ventura de (Araújo?) e de Joana Afonso, da Rua Verde. Nasceu a 17/5/1834 e foi batizada no dia seguinte. Padrinhos: Luís Domingues e sua mulher, Maria de Araújo, da Rua Verde. // Casou com António José da Silva, seu conterrâneo. // Com geração.   

 

DOMINGUES, Maria. Filha de Francisco Domingues e de Rosa Maria Fernandes, lavradores. Nasceu por volta de 1835. // Faleceu no lugar de Mouriga a 30/11/1893, com cinquenta e oito anos de idade, no estado de solteira, sem sacramentos, por não darem parte, sem testamento, sem filhos, e foi sepultada na igreja. 

 

DOMINGUES, Maria. Filha de Manuel Luís Domingues e de Isabel Ventura da Costa. N.p. de Francisco Domingues e de Maria Rosa Pires, de Pousadas; n.m. de António da Costa e de Maria Ventura Pires, do lugar da Porta. Nasceu a 11/6/1835 e foi batizada a 13 desse mês e ano. Madrinha: Maria Pires, do Regueiro. // Lavradeira. // Faleceu em Marga a 26/4/1899, viúva de Manuel Agostinho Cousso, com todos os sacramentos, sem testamento, e foi sepultada no cemitério. // Com geração. // Nota: o padre atribui-lhe sessenta anos de idade à hora da morte.

 

DOMINGUES, Maria. Filha de --------- Domingues e de -----------------------------. Nasceu por volta de 1843. // Faleceu em Fonte do Cabo, freguesia de Cristóval, a --/--/1918, com setenta e cinco anos de idade (Jornal de Melgaço n.º 1227, de 22/11/1918).

 

DOMINGUES, Maria. Filha de José Domingues, carpinteiro, e de Maria Benta Esteves, doméstica, moradores no lugar de Pousadas. N.p. de Francisco Domingues e de Rosa Pires, do dito lugar; n.m. de Joaquina Esteves, solteira, do lugar do Sobreiro. Nasceu a 24/2/1862 e foi batizada a 26 desse mês e ano. Madrinha: a sua avó materna. 

 

DOMINGUES, Maria. Filha de Francisco António Domingues, sapateiro, e de Florinda Esteves Pires, doméstica, moradores em São Gregório. N.p. de Inácia Domingues, solteira, de Sucastelo; n.m. de António Esteves Pires e de Maria José Rodrigues, de Mós, Penso. Nasceu a 25/8/1864 e foi batizada no dia 26 do mesmo mês e ano. Padrinhos: José Joaquim Pires, solteiro, tio da neófita, e a avó paterna da mesma.

 

DOMINGUES, Maria. Filha de Apolinário Domingues e de Maria Domingues, moradores no lugar de Pousadas. N.p. de Manuel Domingues e de Isabel Domingues, de Doma; n.m. de Rosa Domingues, solteira, de Pousadas. Nasceu em Cristóval a 12/12/1865 e foi batizada no dia seguinte. Padrinho: Manuel Luís do Outeiro, casado, lavrador, do Ramo. // Faleceu a 4/2/1866 e foi sepultada na igreja.  

 

DOMINGUES, Maria. Filha de ----------- Domingues e de ---------------------------------------. Nasceu por volta de 1876. // Faleceu no lugar de Sucastelo a --/--/1916, com quarenta anos de idade (Correio de Melgaço n.º 185, de 6/2/1916).

 

DOMINGUES, Maria. Filha de Luís Domingues, lavrador, natural de Lamas de Mouro, e de Miquelina Rosa Marques, lavradeira, natural de Cristóval, moradores no lugar do Sobreiro. Neta paterna de António Domingues e de Mariana Alves; neta materna de Manuel José Marques e de Maria Pires. Nasceu em Cristóval a 19/2/1905 e foi batizada na igreja a 25 desse mês e ano. Padrinhos: José Avelino Marques, casado, lavrador, e Maria Joaquina Marques, solteira, camponesa. // Faleceu a 19/11/1905 e foi sepultada no cemitério da paróquia.  

 

DOMINGUES, Maria. Filha de Luís Domingues, natural de Lamas de Mouro, e de Miquelina Rosa Marques, natural de Cristóval, lavradores, residentes no lugar do Sobreiro. Neta paterna de António Domingues e de Mariana Alves; neta materna de Manuel José Marques e de Maria Pires. Nasceu em Cristóval a 27/9/1906 e foi batizada na igreja a 2 de Outubro desse mesmo ano. Padrinhos: José Avelino Marques, casado, lavrador, e Maria Joaquina Marques, solteira, camponesa. // Casou a 23/3/1950, na igreja de Cristóval, com Jorge Porfírio Domingues, seu conterrâneo. // Faleceu na sua freguesia de nascimento a 20/10/1982.

 

DOMINGUES, Maria Albina. Filha de Manuel Batista Domingues, natural de Fiães, e de Maria do Outeiro, cristovalense, moradores no lugar do Ramo, Cristóval. Neta paterna de Manuel Luís Domingues e de Maria Luísa Vaz, de Soutomendo, Fiães; neta materna de Manuel Pascoal do Outeiro e de Clara Esteves, do Ramo. Nasceu a 5/7/1873 e foi batizada na igreja a 10 desse mês e ano. Padrinhos: o seu avô paterno e sua cunhada, Ana Joaquina Vaz, solteira, moradores em Soutomendo. // Casou na igreja de Cristóval a 28/12/1903 com o seu conterrâneo e parente no 2.º grau de consanguinidade, Manuel José do Outeiro, de 37 anos de idade, solteiro, proprietário. // Faleceu a --/--/1937 (Notícias de Melgaço n.º 359). // Mãe de Olinda de Nazaré, nascida em 1914, e de Henrique Joaquim do Outeiro, nascido em 1916.       

 

DOMINGUES, Maria Alexandrina. Filha de José Bernardino Domingues e de Joaquina Esteves, moradores no lugar do Sobreiro, Cristóval. Neta paterna de Manuel Domingues e de Gertrudes Pires, naturais de Várzea Travessa, Castro Laboreiro; neta materna de Manuel Duarte Esteves e de Maria Luísa Domingues, do lugar do Sobreiro. Nasceu a 21/3/1878 e foi batizada na igreja no dia seguinte. Padrinhos: os seus avós maternos, lavradores. // Faleceu na sua freguesia natal a 16/4/1951. 

 

DOMINGUES, Maria Alice. // Nasceu por volta de 1932. // Faleceu no lugar de Esquipa, Cristóval, a --/--/2020, com 88 anos de idade (VM 1438, de 1/5/2020).

 

DOMINGUES, Maria Augusta. Filha de José Domingues e de Joaquina Pires, lavradores, residentes no lugar de Pousadas. Neta paterna de Vicente Domingues e de Ana Esteves; neta materna de Manuel Pires e de Rosa Alves. Nasceu em Cristóval a 22/7/1900 e foi batizada na igreja a 26 desse mês e ano. Padrinhos: José Maria da Silva Rodrigues e sua mulher, Maria Francisca Rodrigues, proprietários, do lugar do Regueiro, Cristóval. // Faleceu a 12/3/1987, na Vila. // Nota: é provável que seja a senhora que casou com António Joaquim Rodrigues; se for, em 1947 pedia o divórcio (ver Notícias de Melgaço n.º 822, de 29/6/1947, página 3).  

 

DOMINGUES, Maria Augusta. Filha de António Avelino Domingues, natural de Fiães, e de Francisca Rosa Esteves, natural de Cristóval, lavradores, residentes no lugar do Sobreiro. Neta paterna de José Joaquim Domingues e de Clara Conde; neta materna de Benta Esteves. Nasceu em Cristóval a 20/7/1907 e foi batizada na igreja da freguesia a 25 desse mês e ano. Padrinhos: José Meleiro e Marcelina Meleiro, solteiros, lavradores. // Casou a 22/10/1924 na CRCM, com Manuel José Pinheiro, de 24 anos de idade, natural de Fiães, filho de José António Pinheiro e de Emília Rosa Alves. // O seu marido morreu em Cristóval a 27/11/1969. // Ela faleceu também em Cristóval, a 13/11/2009, com cento e dois anos de idade.  

 

DOMINGUES, Maria Augusta. Filha de António Cândido Domingues e de Ludovina Rosa Lourenço. Nasceu em Cristóval a --/--/1931 (NM 106, de 26/4/1931).

 

DOMINGUES, Maria Batista. Filha de ---------- Domingues e de ------------------------------. Nasceu a --/--/18--. // Casou com Manuel Douteiro, do lugar do Ramo, capitalista e proprietário. // Em 1912 deu à luz um menino (Correio de Melgaço n.º 1).

 

DOMINGUES, Maria Carlota de Lurdes. Filha de Francisco Augusto Domingues e de Ursulina Vilar, lavradores, residentes no lugar de Doma. Neta paterna de Manuel Joaquim Domingues e de Maria do Outeiro; neta materna de Carmo Vilar. Nasceu em Cristóval a 8/2/1908 e foi batizada na igreja paroquial a 10 desse mês e ano. Padrinhos: Germano Domingues, solteiro, lavrador, e Carlota do Outeiro, solteira, camponesa. // Faleceu na sua freguesia natal a 6/11/1987.

 

DOMINGUES, Maria da Conceição. Filha de Francisco António Domingues e de Josefa Gonçalves, rurais, moradores no lugar do Regueiro. Neta paterna de Fulgêncio Domingues e de Francisca Fernandes, do dito lugar; neta materna de Manuel Gonçalves e de Joaquina Soares, do lugar da Granja. Nasceu a 19/3/1880 e foi batizada na igreja a 22 desse mês e ano. Padrinhos: o seu avô paterno e Antónia Domingues, solteira, tia paterna, lavradores, do Regueiro. // Faleceu a 3/8/1898, solteira, com todos os sacramentos, sem testamento, sem filhos, e foi sepultada no cemitério.  

 

DOMINGUES, Maria das Dores. Filha de José Domingues e de Albina Domingues, jornaleiros, moradores no lugar do Coto de São Gregório. Neta paterna de Francisco António Domingues e de Florinda Esteves Pires; neta materna de Maria Domingues. Nasceu em Cristóval a 8/9/1902 e foi batizada na igreja a 11 desse mês e ano. Padrinhos: António Correia dos Santos, casado, negociante, e Germana de Araújo, viúva, proprietária. // Faleceu a 6/4/1903 e foi sepultada no cemitério paroquial.

 

DOMINGUES, Maria das Dores. Filha de José Domingues e de Albina Domingues, jornaleiros, moradores no lugar do Coto de São Gregório. Neta paterna de Francisco António Domingues e de Florinda Esteves Pires; neta materna de Maria Domingues. Nasceu em Cristóval a 18/6/1904 e foi batizada na igreja a 23 desse mês e ano. Padrinhos: António Correia dos Santos, casado, negociante, e Germana de Araújo, viúva, proprietária. // Faleceu a 2/3/1988 em Troviscoso, Monção.

 

DOMINGUES, Maria Francisca. Filha de Maria Joaquina Domingues (Cristova), do Porto de Cavaleiros, Castro Laboreiro (*), solteira, moradora no lugar da Porta, freguesia de Cristóval, (e de José Joaquim Fernandes, de Cevide, soldado da Guarda-Fiscal, filho de José Fernandes e de Luísa Antónia, de Vila Nova de Cerveira). Neta materna de Maria Domingues, solteira. Nasceu em Cristóval a 6/2/1889 e foi batizada na igreja a 15 desse mês e ano. Padrinhos: Eugénio Garcia (?), solteiro, do bispado de Ourense, e Maria Francisca Gonçalves, solteira, de Cristóval. // Casou na igreja de Prado, onde residia, a 27/3/1911, com José Faustino, de 23 anos de idade, marinheiro, filho de João Faustino e de Piedade Coelho, todos naturais da freguesia da Mata, Castelo Branco. // Faleceu no lugar de Ferreiros, Prado, Melgaço, onde morou muitos anos, a 6/3/1928. // O seu viúvo morreu afogado no rio Tejo, frente a Lisboa, a 24/6/1936. // Mãe de Amaro Faustino, “Santo Amaro”, entre outros. /// (*) O padre enganou-se: ela nasceu em Cristóval.   

 

DOMINGUES, Maria da Glória. Filha de Caetano Domingues e de Albina Alves. Neta paterna de Manuel José Domingues e de Antónia Luísa Alves; neta materna de Manuel Alves e de Luísa Pereira do Lago, todos de São Gregório. Nasceu a 27/5/1875 e foi batizada na igreja de Cristóval no dia seguinte. Padrinhos: Manuel José Domingues, viúvo, negociante, avô paterno da batizanda. // Faleceu em São Gregório a 22/11/1878 e foi sepultada na igreja.   

 

DOMINGUES, Maria de Jesus. Filha de José Joaquim Domingues e de Maria Luísa Rodrigues, moradores no Campo do Souto, Cristóval. Neta paterna de Manuel (Crispim?) Domingues e de Antónia Mendes, do dito lugar; neta materna de Manuel Francisco Rodrigues e de Josefa Esteves, do lugar da Porta. Nasceu a 18/1/1879 e foi batizada no dia seguinte. Padrinhos: Francisco Domingues, do Campo do Souto, e Francisca Rodrigues, do lugar da Porta, tios da criança, solteiros, lavradores. // Faleceu na sua freguesia de nascimento a 17/10/1948 (NM 877, de 31/10/1948).   

 

DOMINGUES, Maria de Jesus. Filha de Ana Luísa Domingues, solteira, camponesa, moradora no lugar de Pousadas. Neta materna de Manuel Domingues e de Margarida da Silva. Nasceu em Cristóval a 19/4/1906 e foi batizada na igreja a 24 desse mês e ano. Padrinhos: José Maria Domingues, solteiro, lavrador, e Maria da Silva, casada, lavradeira. // Casou a 17/10/1927, na CRCM, com Augusto Jaime Domingues, seu conterrâneo. // Ambos os cônjuges faleceram em Cristóval: o marido a 22/4/1971 e ela a 26/1/1978.

 

DOMINGUES, Maria de Jesus. Filha de António Domingues e de Júlia Fernandes. Nasceu em Cristóval a --/--/1930 (Notícias de Melgaço n.º 75, de 31/8/1930).

 

DOMINGUES, Maria Joaquina (Cristova). Filha de Maria Domingues. Nasceu na freguesia de Cristóval a --/--/1862. // Faleceu na freguesia de Prado a 17/4/1941. // Mãe de Maria Francisca Domingues, casada com José Faustino, marinheiro da armada. // Avó de Amaro Faustino, “Santo Amaro”, entre outros. 

 

DOMINGUES, Maria Joaquina. Filha de João Manuel Domingues e de Caetana Arias, moradores em São Gregório. Neta paterna de António Domingues e de Angélica Pires, de Várzea Travessa, Castro Laboreiro; neta materna de Francisco Arias e de Feliciana Alves, de São Gregório. Nasceu a 18/2/1876 e foi batizada na igreja de Cristóval a vinte desse mês e ano. Padrinhos: o presbítero José Maria Mendes e Maria Joaquina Meleiro, da freguesia de Paços, moradores nos Casais. // Casou na igreja de Cristóval a 27/5/1900 com Manuel Rodrigues, de vinte e cinco anos de idade, solteiro, jornaleiro, natural de Paderne. // Mãe de José de Lurdes (1907-1948). 

 

DOMINGUES, Maria Josefa. Filha de Caetano Domingues e de Maria Pires, moradores no lugar do Sobreiro. Neta paterna de Francisco Domingues e de Rosa Pires, de Pousadas; neta materna de Manuel Pires e de Rosa Pereira, do Sobreiro. Nasceu a 10/6/1836 e foi batizada no dia seguinte. Padrinhos: padre Francisco José Mendes e sua sobrinha, Maria Josefa, do lugar do Outeiro, Paços. // Lavradeira. // Faleceu no lugar de Marga a 24/9/1891, no estado de casada com Joaquim Gonçalves, com todos os sacramentos, sem testamento, e foi sepultada na igreja no dia 26.   

 

DOMINGUES, Maria Josefa. Filha de Francisca Domingues, solteira, da Granja. Neta materna de Manuel Domingues e de Maria Antónia Domingas, do dito lugar. Nasceu em Cristóval a 5/3/1839 e foi batizada em casa por motivos de saúde; recebeu os santos óleos, na igreja, a sete desse mês e ano. Padrinhos: António José Alves e sua mulher, Maria Josefa Domingues, do lugar de Carvão.  

 

DOMINGUES, Maria Júlia. Filha de Joaquim Manuel Domingues, natural de Fiães, e de Ludovina Augusta Pires, natural de Cristóval, lavradores, residentes no lugar dos Casais. N.p. de José Joaquim Domingues e de Umbelina Alves; n.m. de Luís Pires e de Joaquina Gonçalves. Nasceu em Cristóval a 20/2/1903 e foi batizado a 22 desse mês e ano. Padrinhos: Júlio Augusto de Sousa Viana, solteiro, negociante, e Maria de Sousa Viana, casada, proprietária. // Faleceu a 3/5/1903 e foi sepultada no cemitério.   

 

DOMINGUES, Maria Luísa. Filha de António Joaquim Domingues e de Rosa Joaquina Esteves. Nasceu por volta de 1809. // Lavradeira. // Faleceu no lugar da Porta a 23/2/1881, com 72 anos de idade, viúva de Manuel José Gomes, com todos os sacramentos, sem testamento, e foi sepultada na igreja no dia 24. // Com geração. 

 

DOMINGUES, Maria Luísa. Filha de Manuel José Domingues e de Antónia Alves. Neta paterna de Francisco José Domingues e de Isabel Ventura Rodrigues; neta materna de Manuel Caetano Alves e de Maria Benta, todos de São Gregório. Nasceu a 31/1/1839 e foi batizada a 4 de Fevereiro desse mesmo ano. Padrinhos: os seus avós maternos. // Faleceu a 2/3/1840. 

 

DOMINGUES, Maria Luísa. Filha de Fulgêncio Domingues e de Francisca Fernandes, moradores no lugar do Regueiro. Neta paterna de Francisco José Domingues e de Maria Rosa Fernandes; neta materna de Manuel Francisco Fernandes e de Rosa Pires. Nasceu a 29/3/1840 e foi batizada a 31 desse mês e ano. Padrinhos: Manuel Domingues, tio paterno, e Marcelina Domingues, solteira, do Ranhado. // Faleceu no dito lugar do Regueiro a 22/5/1889, com 40 (!!!) anos de idade, solteira, com todos os sacramentos, sem testamento, sem filhos, e foi sepultada na igreja no dia 23.  

 

DOMINGUES, Maria Luísa. Filha de Francisca Domingues, solteira, de Mouriga, e de Manuel Pedro Domingues, solteiro, de Pousadas. Neta paterna de Francisco Domingues e de Antónia Domigues, de Pousadas; neta materna de José Maria Domingues e de Antónia Rodrigues, de Mouriga. Nasceu a 25/11/1844 e foi batizada a 28 desse mês e ano. Padrinhos: os seus avós maternos. // Faleceu no lugar de Pousadas a --/--/1917, com 73 anos de idade (Correio de Melgaço n.º 233, de 21/1/1917).

 

DOMINGUES, Maria Luísa. Filha de Joaquim Domingues e de Florinda Esteves, moradores no lugar do Sobreiro. Neta paterna de Francisco José Domingues e de Rosa Maria Fernandes, de Mouriga; neta materna de António José Esteves e de Maria Luísa Marques, do Sobreiro. Nasceu a 2/11/1845 e foi batizada a 6 desse mês e ano. Padrinhos: Manuel Esteves e sua mulher, Maria do Souto, do Sobreiro.

 

DOMINGUES, Maria Luísa. Filha de João Manuel Domingues e de Albina Arias, moradores em São Gregório. N.p. de António Domingues e de Angélica Pires, de Várzea Travessa, Castro Laboreiro; n.m. de Francisco Arias e de Feliciana Alves, de São Gregório. Nasceu a 25/7/1873 e foi batizada na igreja de Cristóval a 27 desse mês e ano. Padrinhos: Caetano Gonçalves, sapateiro, e sua mulher, Luísa Domingues, de São Gregório. // Morreu a 8/10/1873 e foi sepultada na igreja. 

 

DOMINGUES, Maria de Lurdes. Filha de António José Domingues e de Maria Alice Machado de Oliveira. Nasceu em Cristóval a --/--/1929 (NM 46, de 19/1/1930).  

 

DOMINGUES, Maria de Lurdes. Filha de --------- Domingues e de ---------------------------. Nasceu a --/--/19--. // Faleceu em Cristóval a --/--/1995 (VM 1043).

 

DOMINGUES, Maria de Lurdes (Marinheira). Filha de -------- Domingues e de ------------------------------. Nasceu a --/--/19--. // Faleceu no hospital de Viana do Castelo a --/--/1996 e foi sepultada no cemitério de Cristóval (VM 1044). 

 

DOMINGUES, Maria Margarida. Filha de --------- Domingues e de ---------------------------. Nasceu a --/--/1925 // Fez exame do 2.º grau em 1937, na escola de Cristóval, ficando distinta (Notícias de Melgaço n.º 363). // Faleceu na freguesia de Cristóval a --/--/2021, com 96 anos de idade (A Voz de Melgaço de 1 de Dezembro de 2021).

 

DOMINGUES, Maria dos Prazeres. Filha de Rosa Domingues, solteira, lavradora, residente no lugar do Sobreiro. Neta materna de Francisco António Domingues e de Josefa Gonçalves. Nasceu em Cristóval a 3/11/1909 e foi batizada na igreja a 7 desse mês e ano. Padrinhos: José Fernandes e Maria Gonçalves, casados, lavradores.

 

DOMINGUES, Maria Rosa. // Faleceu a 22/5/1805; foi amortalhada em túnica de São Francisco e sepultada na igreja paroquial. // Era solteira e morava no lugar do Pico, freguesia de Cristóval.

 

DOMINGUES, Maria Rosa. // Faleceu em São Gregório em 1948 (NM 877, de 31/10/1948).

 

DOMINGUES, Maria do Rosário. // Nasceu por volta de 1935. // Faleceu no lugar de Tortim, Cristóval, a --/--/2021, com 86 anos de idade (A Voz de Melgaço de 1/6/2021).

 

DOMINGUES, Maria Tomásia. Filha de António José Domingues e de Luísa Pires. // Lavradeira. // Faleceu no Ramo a 2/3/1898, com setenta e três anos de idade, no estado de viúva de Manuel Caetano Domingues, com todos os sacramentos, sem testamento, e foi sepultada no cemitério. // Com geração. 

 

DOMINGUES, Maria Ventura. Filha de Manuel Domingues e de Antónia Maria (já defunta em 1805). // Faleceu no Campo das Bouças, Paços; por ser de Mouriga, Cristóval, conduziram o seu corpo para a igreja desta freguesia, a 9/10/1805. Ia amortalhada com roupa de moça donzela. // Era solteira. 

 

DOMINGUES, Maria Ventura. Filha de João Domingues e de Benta Gonçalves. Nasceu em Cristóval por volta de 1828. // Faleceu a 12/12/1910, no lugar do Coto de São Gregório, onde morava, tendo recebido apenas o sacramento da extrema-unção, com oitenta e dois anos de idade, no estado de solteira, sem testamento, com filhos, e foi sepultada no cemitério paroquial.  

 

DOMINGUES, Maria Ventura. Filha de Domingos Domingues e de Luísa Domingues, de Soutomendo, Fiães. Nasceu por volta de 1830. // Faleceu em Conle a 12/3/1890, com 60 anos de idade, no estado de viúva de Manuel Domingues Moure, sem testamento, sem filhos, e foi sepultada na igreja de Cristóval no dia seguinte.

 

DOMINGUES, Mariana. Filha de Manuel Domingues e de Margarida da Silva, lavradores, residentes em Pousadas, Cristóval. N.p. de Vicente Domingues e de Ana Domingues, do mesmo lugar; n.m. de Manuel da Silva e de Francisca Rodrigues, de Carvão. Nasceu a 18/4/1884 e foi batizada na igreja no dia seguinte. Padrinhos: José Domingues, solteiro, lavrador, residente em Pousadas, e a avó paterna da criança. 

 

DOMINGUES, Miquelina Rosa. Filha de Vitorino José Domingues e de Maria Justina Gomes, residentes no lugar dos Casais. Neta paterna de José Joaquim Domingues e de Maria Rosa de Oliveira, da Carpinteira, São Paio; neta materna de José Luís Gomes de Nóvoa e de Francisca Caetana Pires, dos Casais. Nasceu a 14/5/1857 e foi batizada na igreja de Cristóval a 16 desse mês e ano. Padrinhos: José Joaquim de Abreu e sua filha, Miquelina Rosa, de São Gregório.  

 

DOMINGUES, Nuno Filipe. Filho de Fernando António Domingues e de Maria Manuela Coelho Rodrigues, residentes no lugar de São Gregório. Nasceu a --/--/19-- e foi batizado na igreja de Cristóval a 17/7/1999.

 

DOMINGUES, Olívia Rosa. Filha de Luís Domingues e de Miquelina Rosa Marques, lavradores, residentes no lugar do Sobreiro. Neta paterna de António Domingues e de Mariana Alves; neta materna de Manuel José Marques e de Maria Pires. Nasceu em Cristóval a 5/8/1896 e foi batizada na igreja a 7 desse mês e ano. Padrinhos: José Avelino Marques, solteiro, lavrador, e Maria Joaquina Marques, solteira. // Faleceu na sua freguesia natal a 2/2/1981.

 

DOMINGUES, Palmira. Filha de --------- Domingues e de -------------------------. Nasceu a --/--/19--. // Faleceu em Cristóval a --/--/1993 (VM 995).

 

DOMINGUES, Paulina. Filha de Manuel Domingues e de Ana Pires, moradores no lugar da Porta. N.p. de Constantino Domingues e de Luísa Esteves; n.m. de Manuel Pires e de Rosa Alves. Nasceu em Cristóval a 15/11/1901 e foi batizada na igreja a 19 desse mês e ano. Padrinhos: Francisco Esteves e Albina Esteves, solteiros, rurais. 

 

DOMINGUES, Pureza. Filha de Luís Domingues, lavrador, natural de Lamas de Mouro, e de Miquelina Rosa Marques, lavradeira, natural de Cristóval, moradores no lugar do Sobreiro. Neta paterna de António Domingues e de Mariana Alves; neta materna de Manuel José Marques e de Maria Pires. Nasceu em Cristóval a 31/10/1902 e foi batizada na igreja a 2 de Novembro desse ano. Padrinhos: José Avelino Marques, casado, lavrador, e Maria Joaquina Marques, solteira, camponesa. // Faleceu na sua freguesia de nascimento a 3/2/1981. 

 

DOMINGUES, Pureza. Filha de --------- Domingues e de ---------------------------. Nasceu por volta de 1911. // Faleceu no lugar de Doma a --/--/1918, com apenas sete anos de idade (Jornal de Melgaço n.º 1227, de 22/11/1918).

 

DOMINGUES, Pureza de Lurdes. Filha de Rosa Domingues. Nasceu no lugar do Ramo, freguesia de Cristóval, a --/--/1931 (NM 95, de 25/1/1931). // Faleceu apenas com sete anos de idade, a --/--/1938 (NM 414). 

 

DOMINGUES, Rita. Filha de Rosa Domingues, solteira, de São Gregório. // Casou na igreja de Cristóval, a 17/1/1841, com João Manuel, filho de Isidora, solteira. Testemunhas: Bento Manuel Veloso e Manuel José de Lima, alfaiate.

 

DOMINGUES, Rosa. Filha de Manuel Domingues (Ferreiro) e de Antónia Rodrigues. Nasceu por volta de 1788. // Faleceu em Marga a 19/3/1868, com 80 anos de idade, solteira, com a extrema-unção, sem testamento, sem filhos, e foi sepultada na igreja. 

 

DOMINGUES, Rosa. Filha de Francisco António Domingues e de Antónia Domingues. Nasceu por volta de 1820. // Lavradeira. // Faleceu em Pousadas a 25/3/1886, com sessenta e seis anos de idade, solteira, somente com os sacramentos da penitência e da extrema-unção, com testamento, sem filhos, e no dia 27 foi sepultada na igreja. 

 

DOMINGUES, Rosa. Filha de Luís Domingues e de Maria Domingues, de São Gregório. Nasceu por volta de 1835. // Faleceu em Marga a 25/2/1889, com 54 anos de idade, lavradeira, casada com Manuel Gonçalves, com todos os sacramentos, sem testamento, e foi sepultada na igreja no dia 26. // Com geração.

 

DOMINGUES, Rosa. Filha de Manuel Domingues e de Antónia Alves, moradores na Rua Verde. N.p. de Francisco Domingues e de Isabel Rodrigues; n.m. de Caetano Alves e de Benta Baldera, da Rua Verde. Nasceu a 26/6/1836 e foi batizada a 1 de Julho desse mesmo ano. Padrinhos: os seus avós maternos.

 

DOMINGUES, Rosa. Filha de Manuel Caetano Domingues e de Maria Tomásia Domingues, do Ramo. Neta paterna de Manuel José Domingues e de Maria Esteves, de Soutomendo, Fiães; neta materna de António José Domingues e de Luísa Pires, do Ramo. Nasceu a 7/1/1857 e foi batizada a 10 desse mês e ano. Padrinhos: o seu avô materno e Ana Domingues, solteira, tia da batizanda. // Lavradeira. // Faleceu na Calçada do Ramo a 14/8/1890, com 39 (*) anos de idade, no estado de casada com José Joaquim (**) Quintela, apenas com a extrema-unção, sem testamento, e foi sepultada na igreja a 16 do dito mês e ano. // Com geração. /// (*) Aquando do casamento, realizado a 1877, ela surge com 20 anos de idade, correspondendo assim à data de nascimento, e é filha de Manuel Caetano Domingues e de Maria Francisca Domingues. /// (**) No assento de casamento ficou registado o nome de José Maria Quintela.  

 

DOMINGUES, Rosa. Filha de Francisco António Domingues e de Josefa Gonçalves, lavradores, residentes no lugar do Sobreiro, Cristóval. N.p. de Florêncio Domingues e de Francisca Fernandes, do Regueiro; n.m. de Manuel Gonçalves Vilar e de Joaquina Gomes, da Granja. Nasceu a 1/4/1885 e foi batizada nesse dito dia. Padrinhos: Francisco José Rodrigues e Maria Rodrigues, solteiros, proprietários, moradores na Granja. // Faleceu na sua freguesia de nascimento a 29/10/1936.

 

DOMINGUES, Rosa. Filha de Luís Domingues, natural de Lamas de Mouro, e de Miquelina Rosa Marques, natural de Cristóval, lavradores, residentes no lugar do Sobreiro. N.p. de António Domingues e de Mariana Alves; n.m. de Manuel José Marques e de Maria Pires. Nasceu em Cristóval a 6/2/1909 e foi batizada na igreja a 13 desse mês e ano. Padrinhos: José Avelino Marques, casado, lavrador, e Maria Joaquina Marques, solteira, lavradora. // Casou na igreja da sua freguesia natal a 10/4/1942 com José Augusto Domingues, seu conterrâneo. // Faleceu em Cristóval a 7/2/1988.          

 

DOMINGUES, Rosa de Jesus. Filha de António Cândido Domingues e de Maria Joaquina Rodrigues, lavradores, residentes no lugar do Ramo. N.p. de Manuel Caetano Domingues e de Maria Tomásia Domingues; n.m. de José Bento Rodrigues e de Fortunata de Jesus. Nasceu em Cristóval a 20/3/1896 e foi batizada a 25 desse mês e ano. Padrinhos: Francisco José Rodrigues Junior, solteiro, proprietário, e Albina Rosa Rodrigues, solteira. // Faleceu no lugar do Ramo, Cristóval, a 29/3/1937.

 

DOMINGUES, Rosa dos Prazeres. Filha de Aurora Augusta Domingues, solteira, de Cristóval, e de Manuel Joaquim Carvalho, natural de Remoães. Nasceu a 17/2/1921. // Faleceu em Mandelos, Cecliños, a 14/10/1930, esmagada pela locomotiva do comboio rápido Madrid-Vigo, que ali descarrilou. Apascentava vacas!

 

DOMINGUES, Sebastiana. // Nasceu em Achas, província de Pontevedra, por volta de 1800. // Faleceu em Cevide, Cristóval, a 9/5/1881, com 81 anos de idade, no estado de solteira, com todos os sacramentos, com testamento, deixando por seus universais herdeiros, por não ter filhos ou parentes próximos, Francisco de Pinho e sua mulher, Maria Gonçalves, moradores em Cevide; foi sepultada na igreja no dia 11. 

 

DOMINGUES, Teresa. Filha de Caetano Domingues e de Maria Pires, moradores no lugar do Sobreiro. Neta paterna de Francisco Domingues e de Maria Rosa Pires, de Pousadas; neta materna de Manuel Pires e de Maria Rosa Pereira, do Sobreiro. Nasceu a 20/7/1843 e foi batizada a 23 desse mês e ano. Padrinhos: padre Francisco José Mendes e sua sobrinha, Maria Josefa, do Outeiro, Paços. // Faleceu a 10/7/1858, com todos os sacramentos, e foi sepultada na igreja no dia 11.   

 

DOMINGUES, Teresa de Jesus. Filha de Luís Domingues e de Maria Araújo, de São Gregório. Neta paterna de Manuel Domingues e de Maria Pardelhas, de Marga; neta materna de Joana Afonso, solteira, do lugar da Granja, freguesia de Merufe. Nasceu a 8/4/1838 e foi batizada a 10 desse mês e ano. Padrinhos: Martinho Moure e sua mulher, Maria Teresa de Jesus, de São Gregório.

 

DOMINGUES, Ventura. // Faleceu em São Gregório a 14/12/1859, no estado de viúva de José Gonçalves Cortegada, com todos os sacramentos, e foi sepultada na igreja no dia quinze, com ofício de cinco padres. 

 

DOMINGUES, Ventura. Filha de Manuel Domingues e de Maria Luísa Pardelhas, moradores que foram no lugar de Marga. // Faleceu no lugar do Sobreiro a 23/2/1867, com 80 anos de idade, no estado de viúva de Manuel José do Souto, com todos os sacramentos, sem testamento, e foi sepultada na igreja. // Mãe de Maria.

 

DOMINGUES, Vicência. Filha de Francisco António Domingues e de Antónia Domingues. // Faleceu em Pousadas a 29/3/1876, com 60 anos de idade, solteira, com todos os sacramentos, sem testamento, sem filhos, e foi sepultada na igreja.

 

DOMINGUES, Vicenta. Filha de Manuel Domingues e de Isabel Fernandes. // Faleceu no Coto de São Gregório a 6/8/1893, com 78 anos de idade, viúva de Bento José Gonçalves, com todos os sacramentos, e foi sepultada na igreja a 8 do dito mês e ano.

 

DOMINGUES, Vicente. Filho de Francisco José Domingues e de Rosa Maria Pires, residentes no lugar de Pousadas. // Rural. // Casou na igreja de Cristóval a 26/12/1843, com Ana Luísa Esteves, filha de António Esteves e de Maria Luísa Marques, do Sobreiro, Cristóval. Testemunhas: Manuel Luís Pires, de Pousadas, e José Esteves, do Sobreiro. // Faleceu em Pousadas a 28/11/1898, com 84 anos de idade, viúvo da dita Ana Luísa Esteves, com todos os sacramentos, sem testamento, e foi sepultado no cemitério. // Com geração. 

 

DOMINGUES, Vitorino. Filho de José Joaquim Domingues e de Maria Rosa de Oliveira, moradores no lugar da Carpinteira, São Paio. // Casou na igreja de Cristóval a 30/8/1854, com Maria Justina Gomes, filha de José Luís Gomes e de Francisca Caetana Pires, do lugar dos Casais, Cristóval. Testemunhas: Manuel Joaquim de Abreu e Luís Manuel de Abreu, solteiros, de São Gregório.

 

DOUTEIRO

 

DOUTEIRO, Abílio Tito. Filho de ------- Douteiro e de ------------------. Nasceu a --/--/19--. // Casou em Cristóval, a --/--/1938, com Elvira Maria Cousso (NM 414, de 25/9/1938). 

 

DOUTEIRO, António Joaquim (Padre). Filho de --------- Douteiro e de ----------------------. Nasceu no lugar da Grova por volta de 1856. // Faleceu em Cristóval a --/--/1926, com setenta anos de idade.

 

DOUTEIRO, António José. Filho de Henrique Joaquim Douteiro e de Maria da Conceição da Costa Coelho. Nasceu em São Gregório, Cristóval, a --/--/1937. // Morreu a --/--/1938, com apenas um ano de vida (ver Notícias de Melgaço 369 e 414).

 

DOUTEIRO, Artur. Filho de Manuel José Douteiro e de Maria Batista Gonçalves, abastados proprietários em Cristóval e no Brasil. // Lê-se no NM 144, de 3/4/1932: «Na flor da mocidade, pois que tinha apenas 35 anos de idade, faleceu em casa de seus pais, no lugar de Doma, Cristóval, Artur Douteiro, que há pouco tempo veio do Brasil com a saúde bastante abalada e onde se encontrava a dirigir os negócios de seus pais...» O funeral foi organizado por António do Outeiro Esteves, de São Gregório.

 

DOUTEIRO, Artur José. Filho de --------- Douteiro e de ---------------------------. Nasceu a --/--/19--. // Fez exame do 1.º grau a 6/7/1916 na escola Conde de Ferreira, sita na Vila de Melgaço, obtendo a classificação de «ótimo» (Correio de Melgaço n.º 206, de 9/7/1916). // A 6/8/1917 fez exame do segundo grau, passando com distinção (Jornal de Melgaço n.º 1170, de 11/8/1917). 

 

DOUTEIRO, Carlota Joaquina. Filha de ----------- Douteiro e de -------------------------------. Nasceu por volta de 1872. // Faleceu no lugar do Ramo, Cristóval, a --/--/1914, com 42 anos de idade (Correio de Melgaço n.º 124, de 10/11/1914).

 

DOUTEIRO, Glória de Lurdes. Filha de António de Lurdes Douteiro e de Alzira Rosa Pires. Nasceu em Cristóval a --/--/1935 (NM 264, de 10/3/1935).

 

DOUTEIRO, Luís Vicente. Filho de Manuel Joaquim do Outeiro e de Ana Joaquina Vaz, de Sá, Paços. // Tinha vinte e seis anos de idade, era solteiro, quando casou na igreja de Cristóval, a 12/2/1872, com Luísa, de vinte e cinco anos de idade, solteira, filha de Manuel Pascoal do Outeiro e de Clara Esteves, do Ramo. Testemunhas: Francisco José Douteiro, do Outeiro, Paços; Manuel Batista Domingues, do Ramo; e Manuel Luís do Outeiro, do Ramo, todos casados, lavradores.

 

DOUTEIRO, Manuel. Filho de --------- Douteiro e de ---------------------------------. Nasceu a --/--/18--. // Morou no lugar do Ramo. // Emigrou para o Brasil. // Em 1913 visitou a terra natal e a família (Correio de Melgaço n.º 59, de 27/7/1913).

 

DOUTEIRO, Manuel José. Filho de -------- Douteiro e de ---------------------------. Nasceu a --/--/18--. // Por alvará do Governador Civil do Distrito foi nomeado em 1912, juntamente com outros, membro da Comissão Municipal Administrativa (Correio de Melgaço n.º 28, de 15/12/1912). // Proprietário e capitalista. // Casou com Maria Batista Gonçalves. // Faleceu no lugar de Doma, Cristóval, a --/--/1933, com sessenta e seis anos de idade (NM 185, de 5/3/1933). // Com geração.   

 

DOUTEIRO, Miquelina Rosa. Filha de Joaquim Douteiro e de Rosa Pires, moradores no lugar de Doma, Cristóval. N.p. de Manuel Pascoal do Outeiro e de Clara Esteves, do lugar do Ramo; n.m. de José Luís Pires e de Feliciana Monteiro, do lugar da Cruz. Nasceu a 15/9/1879 e foi batizada a 18 desse mês e ano. // continua...

quinta-feira, 24 de novembro de 2022

ENTRE MORTOS E FERIDOS

(Dois anos de guerra na Guiné-Bissau)

Por Joaquim A. Rocha 


// continuação de 4/07/2022...


3.º Capítulo

 

INFANTARIA 6

 

     Uma semana passa depressa. É a juventude. Na velhice o tempo já custa a passar, apesar de se saber que a morte está próxima. Tudo isso está relacionado com a solidão e o sofrimento.

      Depois de um aperto de mão, de um sorriso conivente, ei-los sentados na mesa do Café. Cândido reinicia o relato:

 

- O quartel, enorme, situava-se na freguesia de Custóias, ou Senhora da Hora, já não me lembro, a geografia nunca foi o meu forte; sei que ficava no concelho de Matosinhos, a alguns quilómetros do Porto. Havia aí mais asseio do que no CICA-1: as camas bem-feitas (andava amiúde um cabo a fazer a inspeção – bastava um pormenor insignificante para ele mandar logo desfazer tudo e fazer de novo), com as fronhas bem esticadas; armas sempre limpas e oleadas; todo o equipamento sempre em ordem. Mas nas relações com os superiores, mesmo da classe mais baixa: cabos, furriéis, sargentos, notava-se uma maior distância. A bandalheira tinha acabado!

- E vocês, o que faziam durante o dia? – perguntou Henrique, somente para lembrar que estava ali.

- Metade do dia, entre as sete e as doze horas, destinava-se a exercícios físicos, a manejar armas, montar e desmontar, e fazer fogo; a outra metade, das treze às dezoito, empregava-se na condução.

- E as viaturas, estavam em bom estado?

- Eram velhas, pesadas, desprovidas de conforto, com assentos mostrando as grossas molas, a cheirarem a óleo queimado; deixavam - por vezes - ficar mal o nosso monitor. Eram autênticas carroças! Quedavam avariadas nos sítios mais díspares, à espera que o mecânico aparecesse para reparar a avaria, quando tinha conserto!

- Como é que o exército podia preparar bons condutores com viaturas tão velhas e ruins?! – empertiga-se Henrique, num gesto de revolta.

- Eles finalmente compreenderam isso. No estio de 1965 o governo adquiriu à França, ou à Alemanha, não sei bem, para as Forças Armadas portuguesas, alguns carros novos. Faço ideia o que deve ter custado ao Salazar! Forreta como era, esse dinheiro deve-o ter chorado o resto da vida.

- A partir daí, carrinho novo em folha…

- Estás enganado! Eram poucos, não dava para abastecer todos os quartéis do país. A nós só calhou um pesado e um jipe. Tivemos de continuar com os trambolhos.

     Mas continuando… Sargentos e oficiais extremavam-se em antipatias. Consideravam, assim penso, o pobre soldado, uma massa disforme, não pensante, com cérebros do tamanho de uma pulga. Tratavam-no bem pior do que se trata o camelo no deserto: montando-o a seu belo prazer, sem sequer para ele olhar – no entanto, não podiam dispensá-lo! Embora fosse a razão de ser da sua profissão, jamais deixavam fugir uma oportunidade para humilhá-lo, ao zé-ninguém, ao parolo, calcá-lo aos pés, espezinhá-lo, para lhe mostrar que ali, no quartel, ele, soldado, igual ao sujo chão, não riscava nada, era uma formiga à beira de um rinoceronte! Mina, de onde extraíam toda a sua riqueza, faziam tudo para ignorá-lo; não o conseguindo, exigiam-lhe que vergasse a cerviz!

- Você ficou traumatizado – sentenciou Henrique.

- Talvez; e não era para menos, meu amigo. O pobre do tarata vivia o seu dia-a-dia amedrontado, inseguro. E não se podia queixar a ninguém! Se se queixasse, fosse do que fosse, ai dele: seria imediatamente trucidado, atirado à lúgubre masmorra, às leoas famintas, onde permaneceria dias infindos, até ser devorado, ou transformado em mera serapilheira. 

- Não havia pelo menos um oficial que estimasse os subordinados?

- Bem, um ou outro superior, tratava o pobre coitado com mais humanismo, com mais lisura – as exceções à regra. Porém, os seus iguais, não gostavam dessas “cortesias” e quase os odiavam por isso. Não perdoavam a sua “fraqueza”.  

     O sofrido tempo, como tudo na vida, passava. Depois de termos percorrido quase todas as estradas do norte e feito imenso fogo com a vetusta «mauser» na carreira de tiro de Espinho, provocando-me dores insuportáveis nos frágeis ombros, por pouco quebrando a omoplata…

- E não punha nada para se proteger? – pergunta com espanto o jovem Henrique. 

- Eu usava, como me tinham sugerido outros jovens, uma toalha por baixo da camisa, mas o diabólico instrutor deu por isso. Ministrou-me uma tareia monumental: pontapés e bofetadas mil! Nunca esquecerei esse dia. Ele berrava que nem um possesso: «quero ver se levas para a guerra a toalha, menino da mamã

- Não se trata assim um ser humano – lamenta Henrique, indignado com tamanha agressividade.

- Nós não éramos considerados seres humanos, mas sim máquinas de guerra, coisas execráveis, tratados pior, quem sabe, do que os presos na cadeia! Nos discursos dos governantes nós éramos os «Soldados de Portugal», com letra maiúscula; nos aquartelamentos éramos os cães raivosos, a escumalha, sacos de lixo!

- E os outros, como reagiram?   

- Ficaram indiferentes! Não era nada com eles. Continuaram a disparar para aqueles alvos, bonecos de madeira, parecidos connosco, os quais estavam a uma distância enorme, perto da praia. Eu fui dos piores em tiro ao alvo, salvo erro. Para disparar bem é necessário que o espírito esteja sossegado e haja uma motivação. Eu, na tropa, nunca estive bem.

- Você é antimilitarista.

- Podes crê-lo. Fui sempre, desde que nasci, praticamente. Nunca gostei de fardas militares, de gente que dá ordens por tudo e por nada, de domadores de cérebros, de parasitas que vivem, a bem dizer, do orçamento. Muito gastam, e produzem nada.

- Nem toda a gente estará de acordo consigo. E das polícias? O que pensa delas? – perguntou Henrique com alguma expectativa.

- É diferente. A Polícia de Segurança Pública, a Guarda Nacional Republicana, a Judiciária, e outras, são necessárias para combater o banditismo, a ladroeira, os assassinos, etc. Não tem comparação, embora eu, se tivesse poder, talvez fundisse a GNR (conotada com os militares) com a PSP. E outra coisa: criava (ou desenvolvia, caso já exista) uma polícia marítima, com equipamentos sofisticados: ótimos helicópteros, lanchas rápidas, etc., a fim de defender a nossa costa, tanto dos pescadores estrangeiros que roubam o nosso pescado, como dos traficantes de droga, armas, e prostituição, além de impedir a entrada de imigrantes clandestinos; criava também uma polícia aérea, para vigiar, do ar, todo o nosso território e prevenir incêndios. Ambas as polícias teriam um comando comum.

- E as Forças Armadas?! – interroga Henrique, incrédulo com aquilo que ouvia. 

- Acabava com elas, obviamente.       

- Contudo, elas derrubaram o regime que você tanto detestava – lembrou Henrique, quase num desafio.

- É verdade, e ainda bem que me falas nisso. Porém, não te esqueças que também foram elas que, em Maio de 1926, derrubaram a 1.ª República, dando assim azo a que surgisse o chamado Estado Novo. O “edifício” salazarista desmoronar-se-ia, mais tarde ou mais cedo, por si próprio. «Nada é eterno». Depois da morte do chefe, os seus herdeiros de regime já não se entendiam. Era uma questão de tempo. Exemplos desses existem em todo o lado. Repara: Marcelo Caetano não era bem visto pelos ultras e pelo diretor da PIDE/DGS – algo iria acontecer brevemente; a situação política teria de se definir. Fosse quem fosse que ganhasse o poder, algo teria de mudar. Por outro lado, os militares que fizeram o 25 de Abril de 1974 não estavam todos, como sabes, imbuídos do espírito revolucionário – muitos deles queriam era acabar com a guerra colonial.

- Por quê? Sendo militares, deviam gostar da guerra! – espicaça o jovem Henrique.

- De certo modo gostavam. Simplesmente já lá iam treze anos! Alguns desses militares de carreira tinham combatido em Angola, Moçambique e Guiné-Bissau. Estavam cansados, fartos desses conflitos. E outra coisa: aquela guerra não era clássica, não prestigiava quem nela combatia. Os soldados da FRELIMO, por exemplo, andavam mal vestidos e alguns deles descalços! Se não fossem ajudados por vários governos, morriam à fome. Um oficial desse exército, em termos de eficácia, não valia um soldado americano. Os combatentes de Angola não se entendiam entre si! O MPLA tanto odiava o exército português como o da UNITA!

     O pequenino Napoleão Bonaparte granjeou prestígio porque venceu algumas batalhas a generais famosos; não é o mesmo que ganhar a maltrapilhos! Além disso, a África não é para brincadeiras, é perigosíssima: o clima, as febres... E há outra coisa: o governo, como estavam a faltar oficiais de carreira: alferes, tenentes e capitães, toca a promover milicianos a esses postos, sem terem passado pela Academia Militar! Eu conheci um alferes que tinha apenas o 3.º ou 4.º ano do liceu! Fora o melhor aluno no curso de furriéis, um militarista ferrenho, cara de pau, e por isso passou para a escola de oficiais; se continuasse na tropa, não sei, logo seria promovido a tenente, e a seguir a capitão!              

- Com tão poucas habilitações literárias?!

- Estás a ver agora por que os militares de carreira derrubaram o regime? Não foi certamente pelos nossos lindos olhos, para implementar em Portugal o socialismo científico, ou uma democracia a sério. Os militares são conservadores, por natureza. Agem como os médicos, os juízes, etc. – tentam preservar a sua classe, aumentar os privilégios, o prestígio...   

- O Cândido é demolidor!

- Nem por isso! Sou justo, pelo menos tento sê-lo. Mas deixemos isso, esses assuntos são para os especialistas na matéria, eu sou apenas um empregado de escritório e um estudante do Curso Comercial (técnico de contas). Mas sabes que em Infantaria Seis me aconteceram duas coisas que nunca mais esqueci. Uma desagradável e outra assim-assim. A primeira foi quando barrei o meu casqueiro com o doce de cereja que a minha mãe me mandara. Logo que dou uma dentada, parto um molar. A velhota não se apercebera e deixara lá dentro um caroço. O dente, pouco a pouco, foi apodrecendo, causou-me dores intensas, noites sem dormir.

- E por que não foi tratá-lo?

- Também eu queria. Mas aonde? Expus o caso ao enfermeiro e ele disse-me para ir aguentando, o exército não tinha médicos dentistas, e se os tinha não tratavam os dentes dos soldados.

- E os particulares?

- Para esses tinha de se marcar consulta, perder horas, e os preços eram proibitivos, não estavam ao alcance das nossas bolsas.

- Valia mais arrancá-lo.

- Foi o que eu fiz, mas em África, no Hospital Militar de Bissau. E aí já foram dois! Um contagiara o outro.

- Mais uma razão para odiar a tropa.

- Sim, mais uma razão a acrescer às outras. Mas deixa-me contar-te aquele episódio engraçado, mas ao mesmo tempo esclarecedor. Como estava perto do Porto, que eu já conhecia mais ou menos, na noite de São João, em Junho, não quis perder essa oportunidade, única talvez, de conhecer uma das maiores manifestações de alegria no país inteiro.

      Queria ver «in loco» essa famosíssima festa. Depois do jantar, servido às dezoito horas, uma feijoada de porco (só a cabeça e orelhas, porque a parte nobre ia toda para as messes), sigo, com mais alguns camaradas, em direção ao centro da cidade nortenha. Percorríamos esse longo trajeto a pé! Não é que o dinheiro do ordenado não desse para chamarmos um táxi; ganhávamos três ou quatro escudos por mês, uma autêntica “fortuna”, simplesmente nós gostávamos de caminhar!       

- Estou a ver! Para fazerem a digestão da feijoada! – ironiza Henrique.

- O táxi custaria trinta ou quarenta escudos. Isso não lucrava eu em dez meses! Mas continuando… Pelo caminho íamos na galhofa, atirando piropos às sopeiras que apareciam às varandas dos prédios ou na rua, umas bonitas e outras feias, enfim, divertíamo-nos à nossa maneira. A cidade invicta lembrava (de acordo com o que vira no cinema) Pequim, Nova Iorque, Londres, Tóquio… um mar de gente, o bulício, a barafunda. Em certas ruas quase já não se podia andar. Nem queria crer. Habituado a um meio calmo, aquilo mexia comigo, deixava-me intranquilo. Tantas luzes, e tamanha cacetada de alho-porro na cabeça, estavam a pôr-me tonto, completamente perturbado. Empurra daqui, empurra dali, graçola daqui, piadinha dacolá, vamos seguindo de rua em rua, de beco em beco, ouvindo música popular, gritos eufóricos, guinchos de crianças. Uma verdadeira loucura. A certa altura, seriam dez horas da noite, já nem os meus camaradas do quartel eu conseguia enxergar; encontrava-me sozinho no meio daquela imensa multidão. Um cenário assustador!

     Os gracejos choviam de todo o lado, mas eu de cada vez que os ouvia achava menos piada. Se o São João era aquilo… não gostava! Fui andando, andando, perdido, e cheguei, sem eu saber como, às Fontainhas. Aí as coisas estavam, se possível, ainda mais movimentadas. O espaço físico era insuficiente, exíguo, para tanto folião. O cheiro a sardinhas assadas era insuportável. Eu sufocava. Disse para os meus botões: «depois do tão apregoado fogo-de-artifício pões-te imediatamente a caminho do colchão

     O espetáculo foi maravilhoso. Nunca tinha visto coisa tão bonita. Nas festas da minha terrinha também havia fogos de vista, mas à beira disto… Não me recordo quanto tempo durou – estaria ali o resto da noite a ver o céu em festa. Logo que a harmoniosa “trovoada” acabou, recomeçaram as cacetadas, as mil brincadeiras, a folia, a pândega. Eu, porém, não tinha feitio para colaborar nessas manifestações de alegria e espontaneidade. Era demasiado tímido e bicho do mato para isso. Tentei furar como um rato pelo meio da multidão em delírio, todos bem bebidos, vi-me gladiador no circo de Roma, Hércules lutando contra a hidra de Lerna, e depois de enorme esforço dou comigo na estrada a caminhar em direção a Custóias.

     Aproveitei para fazer um chichi, já não esvaziava a bexiga há séculos! Como o tempo passou rapidamente! Quase cinco horas da manhã! Chego finalmente ao aquartelamento, cansado, extenuadíssimo, e peço à sentinela que me abra a porta de entrada. Recusou, alegando que não podia, só às seis da manhã. Até a essa hora teria de aguardar na rua. Não insisti. Não valeria a pena. O regulamento militar assim o determinava e eu tinha de me resignar. Quem era eu para impor a sua abertura? Se ainda fosse graduado, mas não, era apenas um simples soldado raso! Não insisti, também para não prejudicar o colega, caso ele acedesse ao pedido e fosse apanhado nessa falta. Uma hora passava depressa. Comecei a movimentar-me, sem destino, sereno e tranquilo, sem pressas, e eis que vejo um barracão. Tratava-se de um silo, uma espécie de armazém, cheio de palha. Fui até lá e estendi-me deleitosamente. Estava quase a adormecer quando ouço algo a mexer-se ali perto. Levanto-me ligeiramente e qual não é o meu espanto ao verificar que se tratava de ratazanas! «Que se lixe», resmunguei. Com o sono a dominar-me, não podia ser esquisito.

      Deitei-me novamente e adormeci profundamente. Corria o risco de dormir todo o dia. No entanto, por volta das seis da manhã, uma poderosa voz faz-se ouvir: «Quem está aí dentro?» Na mão trazia longa e temível forquilha. Ainda estremunhado, respondo: «sou eu, um soldado de Infantaria 6; assisti à festa de São João e como cheguei antes da alvorada ao quartel não me deixaram entrar

     O agricultor pareceu satisfeito e convencido com a minha resposta. Olhou fixamente para mim, com aqueles olhos de águia, que tudo veem, e com uma certa complacência diz: «Está bem, está bem; agora vá-se embora

     Fiquei aliviado, como me tirassem do lombo um fardo de chumbo. Cheguei ao quartel ainda a tempo do pequeno-almoço e contei aos camaradas aquele estranho e hilariante episódio. Todos se riram a bom rir, até eu me ri!

- Como é bom ter vinte anos! – diz Henrique, encantado com a história.

- Estes pequenos episódios são somente banalidades; servirão um dia mais tarde, quando estivermos aposentados, para contar aos netos. Eles provavelmente não acreditarão, tal como hoje já não acreditam nos contos de fadas e no pai natal. A televisão, sobretudo, mas também a entrada para a escola em tenra idade, afastando assim as crianças dos avós, mata os sonhos da infância. // continua...    

            

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