segunda-feira, 31 de maio de 2021

 DICIONÁRIO ENCICLOPÉDICO DE MELGAÇO

Por Joaquim A. Rocha


// continuação de 12/02/2021...

ZARAGATAS


(1963) – Lê-se no Notícias de Melgaço número 1472, de 26/5/1963: «Uma Nuvem Desgarrada. “Pelo céu vai uma nuvem, todos dizem bem a vi; todos falam e murmuram, ninguém olha para si.” Em “A Voz de Melgaço” do passado dia 15 do corrente lemos com satisfação o pedido de socorro (!) com intervenção da Guarda Nacional Republicana para a rua da Calçada, onde há longos anos está instalada a nossa redação. Louvaríamos quem tão ardentemente se interessa pela paz do nosso burgo, se nessa local não vislumbrássemos apenas vingança torpe, alimentada por ódio mal contido. Sim, porque é isto apenas o que a referida local encerra; mas nós, que desde há largos anos permanentemente nos encontramos nesta rua, quer às duas da tarde quer às duas da manhã, não consentimos que o correspondente de “A Voz de Melgaço”, lá por andar de candeias às avessas com um morador do sítio, nos queira passar como desordeiros e maus vizinhos. Diga-nos o que entende por alterar o silêncio. Por o dono da casa falar em voz alta com os seus familiares? Tocar a telefonia um pouco mais alto? Ou uma criança inadvertidamente deixar cair um prato ou uma tigela? Não, senhor Paço!... Alterar o silêncio é andar pelas ruas até altas horas da noite a tocar bombo, ferrinhos e acordeão, como você tem feito com esse grupo de trabalhadores vindos de fora. Alterar o silêncio é estar até à meia-noite na tasca da Baetas ou da Quina em desgarradas e desafios, como você tem estado com o referido grupo. Alterar o silêncio é, depois de bem bebido, pegar num tambor e a altas horas da noite ir para o largo da Calçada e fazer um tal barulho que até as pessoas que se encontravam a velar um cadáver se sentiram anojadas com tanta falta de respeito pela dor alheia. Foi isto, senhor correspondente de “A Voz de Melgaço” o que você fez com o seu grupo na noite em que estavam a velar aquela boa senhora da Barbosa. Lembra-se? Isto sim; é alterar o silêncio, e contudo ainda não foi chamada a intervenção da Guarda Nacional Republicana para o meter em sítio onde outros estão com menos crime. Fiquemos por aqui, não é melhor?»

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NOTA: a equipa de A Voz de Melgaço, jornal quinzenário nascido em 1946, cuja sede residia em Braga, aceitava por vezes publicar artigos que visavam magoar a equipa do Notícias de Melgaço, um semanário feito em Melgaço, orientado pelo Dr. Augusto César Esteves, morador no Largo da Calçada.   

quinta-feira, 27 de maio de 2021

 GENTES DO CONCELHO DE MELGAÇO

(Freguesia de Cubalhão)

Por Joaquim A. Rocha



// continuação de 10/02/2021. 


RODRIGUES, Maria. Filha de José Rodrigues e de Eufrásia Vaz. Neta paterna de Manuel António Rodrigues e de Maria Domingues; neta materna de José António Vaz e de Joaquina Martins, todos lavradores, do lugar de Cima. Nasceu em Cubalhão a 11/6/1867 e foi batizada nesse dito dia. Padrinhos: os seus avós paternos. // Faleceu na década de quarenta ou cinquenta do século XX.

 

RODRIGUES, Maria. Filha de -------- Rodrigues e de --------------------------------. Nasceu por volta de 1869. // Faleceu no lugar de Baixo, Cubalhão, a --/--/1912, com quarenta e três anos de idade (Correio de Melgaço n.º 31, de 5/1/1913). 

 

RODRIGUES, Maria. Filha de Manuel António Rodrigues e de Rosa Domingues, lavradores, residentes no lugar de Baixo. Neto paterno de José Rodrigues e de Maria Rosa Alves (já defuntos); neto materno de José Custódio Domingues e de Maria Benta Domingues (já defuntos). Nasceu em Cubalhão a 18/4/1870 e foi batizada no dia seguinte. Padrinhos: José Maria Rodrigues e Maria Benta Rodrigues, solteiros, lavradores, tios da neófita, do lugar de Baixo.

 

RODRIGUES, Maria. Filha de Manuel José Rodrigues e de Maria Luísa Rodrigues, residentes no lugar de Cima. Neta paterna de José Rodrigues (já defunto) e de Luísa Afonso, do lugar de Baixo; neta materna de Manuel António Rodrigues e de Maria Domingues, do lugar de Cima, todos lavradores. Nasceu em Cubalhão a 1/10/1872 e foi batizada no dia seguinte. Padrinhos: Luís Alves e Rosa Rodrigues, solteiros, lavradores, tios da neófita, do lugar de Baixo. // Faleceu a 31/7/1948 (confirmar). 

 

RODRIGUES, Maria. Filha de José Rodrigues e de Isabel Rodrigues, lavradores, residentes no lugar de Baixo. Neto paterno de José Rodrigues e de Luísa Afonso, do dito lugar; neta materna de Manuel António Rodrigues e de Maria Domingues, do lugar de Cima. Nasceu em Cubalhão a 17/11/1874 e foi batizada na igreja católica local a 19 desse mês e ano. Padrinhos: Manuel Rodrigues e Maria Esteves, camponeses, moradores no lugar de Baixo. // Faleceu no lugar de Baixo, Cubalhão, a 13/5/1941.

 

RODRIGUES, Maria. Filha de Luís Rodrigues e de Maria Rosa Vaz. Nasceu em Cubalhão a --/--/1913 (Correio de Melgaço n.º 63, de 24/8/1913). // Nota: deve ser a mesma senhora que faleceu em Cubalhão a --/--/1995 (ver “A Voz de Melgaço” n.º 1042). 

 

RODRIGUES, Maria Albina. Filha de Bento Rodrigues e de Joaquina Martins, moradores no lugar de Cima. Neta paterna de Francisco José Rodrigues e de Ana Martins, de Orjais; neta materna de Domingos Martins e de Maria Marques, do lugar de Cima. Nasceu em Cubalhão a 8/1/1857 e foi batizada no dia seguinte. Padrinhos: Manuel Martins e Maria Marques.    

 

RODRIGUES, Maria Albina. Filha de Manuel António Rodrigues e de Maria Domingues. Neta paterna de Pedro Rodrigues e de Maria Domingues; neta materna de Manuel Domingues e de Maria Rosa Pereira. Nasceu em Cubalhão a 13/10/1858 e foi batizada na igreja no dia seguinte. Padrinhos: Luís Pereira e sua mulher, Isabel Rodrigues, todos do lugar de Cima.

 

RODRIGUES, Maria Albina. Filha de Francisco Rodrigues e de Maria Rosa Vaz, lavradores, residentes no lugar de Baixo. Neta paterna de Manuel Rodrigues e de Maria Rodrigues; neta materna de Bento Manuel Vaz e de Rosa Rodrigues, todos camponeses e moradores no dito lugar de Baixo. Nasceu em Cubalhão a 15/7/1875 e foi batizada na igreja católica local no dia seguinte. Padrinhos: a sua avó paterna e António Vaz, solteiro, lavrador, tio da neófita.   

 

RODRIGUES, Maria Albina. Filha de Manuel António Rodrigues, lavrador, natural de Cubalhão, e de Maria Esteves, natural de Parada do Monte, residentes no lugar de Baixo. Neta paterna de António Rodrigues e de Engrácia Rodrigues; neta materna de Francisco Manuel Esteves e de Maria Florinda Afonso, todos camponeses. Nasceu em Cubalhão a 15/1/1878 e foi batizada na igreja católica local a 18 desse mês e ano. Padrinhos: o seu avô materno e Úrsula Afonso, solteira, camponesa, natural de Parada do Monte. // Faleceu na sua freguesia de nascimento a 17/6/1935. // Nota: deve ser a mesma senhora que casou em 1912 com José Domingues (ver «Correio de Melgaço» n.º 24, de 17/11/1912). 

 

RODRIGUES, Maria Albina. Filha de Manuel Rodrigues e de Joaquina Rosa Marques, residentes no lugar de Cima. Neta paterna de José Rodrigues e de Eufrásia Vaz; neta materna de Manuel Joaquim Marques e de Maria Vaz, todos lavradores. Nasceu em Cubalhão a 10/8/1891 e foi batizada na igreja católica local no dia seguinte. Padrinhos: os seus avós paternos. // Faleceu a 8/9/1891.

 

RODRIGUES, Maria Albina. Filha de Manuel Joaquim Rodrigues, natural do lugar de Baixo, onde o casal residia, e de Maria Vaz, do lugar de Orjais. Neta paterna de Manuel António Rodrigues e de Maria Esteves; neta materna de José Vaz e de Joaquina Vaz. Nasceu em Cubalhão a 31/7/1903 e foi batizada na igreja católica da localidade no dia 2 de Agosto desse dito ano. Padrinhos: os seus avós paternos, lavradores. // Faleceu na sua freguesia de nascimento a 23/4/1984.   

 

RODRIGUES, Maria dos Anjos. Filha de José Rodrigues, natural do lugar de Cima, e de Maria Rosa Rodrigues, natural do lugar de Orjais, onde o casal residia, cubalhoenses, lavradores. Neta paterna de José Rodrigues e de Eufrásia Vaz; neta materna de Manuel José Rodrigues e de Maria Joaquina Dias. Nasceu em Cubalhão a 1 de Novembro de 1905 e no dia seguinte foi batizada na igreja católica da localidade. Padrinhos: os seus avós paternos. // Faleceu a 4/4/1907, em casa de seus pais, sita no lugar de Orjais, com apenas 17 meses de idade, e foi sepultada no adro da igreja.

 

RODRIGUES, Maria Benta. Filha de José Rodrigues e de Maria Rosa Alves, lavradores, cubalhoenses. Nasceu em Cubalhão por volta de 1837. // Camponesa. // Faleceu a 31 de Agosto de 1908, em sua casa de morada, sita no lugar de Baixo, com todos os sacramentos da igreja católica, com setenta e um anos de idade, no estado de solteira, sem testamento, sem filhos, e foi sepultada no adro da igreja. 

 

RODRIGUES, Maria da Conceição. Filha de Manuel Rodrigues e de Joaquina Marques, lavradores, residentes no lugar de Cima. Neta paterna de José Rodrigues e de Eufrásia Vaz; neta materna de Manuel Joaquim Marques e de Joaquina Vaz. Nasceu em Cubalhão a 13/3/1900 e foi batizada na igreja católica da localidade no dia seguinte. Padrinhos: Luís Rodrigues e Maria Rodrigues, solteiros, cubalhoenses. // Faleceu na sua freguesia de nascimento a 7/3/1974.

 

RODRIGUES, Maria Elisa. Filha de António Rodrigues e de Maria Martins. Nasceu no lugar de Orjais, Cubalhão, a --/--/1937 (Notícias de Melgaço n.º 373, de 24/10/1937). // Faleceu a --/--/1938, com seis meses de idade (Notícias de Melgaço n.º 395, de 1/5/1938, e 397).

 

RODRIGUES, Maria de Jesus. Filha de Luís Rodrigues e de Maria Rosa Vaz, lavradores, cubalhoenses. Neta paterna de José Rodrigues e de Eufrásia Vaz; neta materna de Manuel Luís Vaz e de Rosa Rodrigues. Nasceu em Cubalhão a 28/2/1905 e foi batizada na igreja da localidade a 1 de Março desse dito ano. Padrinhos: os seus avós paternos, rurais. // Faleceu a 19/5/1906, em casa de seus pais, sita no lugar de Cima, com apenas catorze meses de idade, e foi sepultada no adro da igreja paroquial.

 

RODRIGUES, Maria Joaquina. Filha de Jerónimo Rodrigues e de Luísa Esteves. Neta paterna de Manuel Rodrigues e de Joaquina Rodrigues; neta materna de Custódio Esteves e de Maria de Sousa, todos do lugar de Cima. Nasceu a 9/7/1837 e foi batizada nesse dia pelo padre Luís Manuel Esteves da Nóvoa. Padrinhos: José Martins e sua mulher, Vicência Rodrigues. // (Este assento foi feito a 17/9/1860). // Lavradeira. // Faleceu a 6/11/1906, em sua casa de morada, sita no lugar de Cima, com todos os sacramentos da igreja católica, no estado de casada com Francisco Domingues Carvalho, sem testamento, com filhos, e foi sepultada no adro da igreja.

 

RODRIGUES, Maria Joaquina. Filha de António Rodrigues e de Perpétua Vaz, lavradores, do lugar de Baixo. Neta paterna de Manuel José Rodrigues e de Isabel Domingues; neta materna de Ana Vaz, solteira. Nasceu em Cubalhão a 1/5/1862 e foi batizada a 3 desse mês e ano. Padrinhos: José António Vaz, lavrador, e sua esposa, Joaquina Martins, do lugar de Cima.

 

RODRIGUES, Maria Luísa. Filha de -------------- Rodrigues e de ------------------------------. Nasceu por volta de 1837. // Faleceu no lugar de Cima, Cubalhão, a --/--/1914, com 77 anos de idade (Correio de Melgaço n.º 82, de 11/1/1914).  

 

RODRIGUES, Maria Luísa. Filha de José Rodrigues e de Ana Maria Pereira, lavradores, residentes no lugar de Baixo. Neta paterna de Ana Rosa Rodrigues, solteira; neta materna de Manuel António Pereira e de Maria Rosa Rodrigues. Nasceu a 29/5/1865 e foi batizada no dia seguinte. Padrinhos: José Rodrigues e Maria Luísa Rodrigues, solteiros, lavradores. // Faleceu no sobredito lugar de Baixo, Cubalhão, a --/--/1918, com cinquenta e três anos de idade (Jornal de Melgaço n.º 1227, de 22/11/1918). 

 

RODRIGUES, Maria Rosa. Filha de Caetano Rodrigues e de Maria Covelo (confirmar). Nasceu por volta de 1796. // Lavradeira. // Casou com Manuel António Pereira, de quem ficou viúva. // Faleceu no lugar de Baixo, a 20/1/1867, com 71 anos de idade, e foi sepultada na igreja. // Não fizera testamento. // Deixou dois filhos.

 

RODRIGUES, Maria Rosa. Filha de Manuel António Rodrigues e de Maria Rosa Domingues. Nasceu por volta de 1805. // Lavradeira. // Casou com Bento Manuel Vaz. // Faleceu no lugar de Baixo, a 27/8/1862, com cinquenta e sete anos de idade, e foi sepultada na igreja. // Não fizera testamento. // Deixou quatro filhos. 

 

RODRIGUES, Maria Rosa. Filha de Francisco José Rodrigues e de Ana Maria Martins. Nasceu por volta de 1818. // Lavradeira. // Casou com Manuel Domingues. // Faleceu em Orjais, a 19/7/1864, com quarenta e seis anos de idade, e foi sepultada na igreja. // Não fizera testamento. // Deixou uma filha. 

 

RODRIGUES, Maria Rosa. Filha de Manuel António Rodrigues e de Angélica Domingues, lavradores, cubalhoenses. Nasceu em Cubalhão por volta de 1822. // Camponesa. // Faleceu a 3/1/1904, em sua casa de morada, sita no lugar de Cima, com todos os sacramentos da igreja católica, com 82 anos de idade, viúva de Francisco José Vaz, sem testamento, com filhos, e foi sepultada no adro da igreja.

 

RODRIGUES, Maria Rosa. Filha de José Rodrigues e de Luísa Afonso, lavradores, cubalhoenses. Nasceu em Cubalhão por volta de 1841. // Camponesa. // Faleceu a 10/4/1910, no lugar de Baixo, onde nascera, com todos os sacramentos da igreja católica, com 69 anos de idade, no estado de casada com Manuel Rodrigues Veiga, sem testamento, com filhos, e foi sepultada no adro da igreja paroquial.

 

RODRIGUES, Maria Rosa. Filha de Bento Rodrigues e de Joaquina Martins, do lugar de Cima. Neta paterna de Francisco Rodrigues e de Ana Martins, de Orjais; neta materna de Domingos José Martins e de Maria Marques, do lugar de Cima. Nasceu a 2/11/1859 e foi batizada no dia seguinte. Padrinhos: os seus avós maternos.   

 

RODRIGUES, Maria Rosa. Filha de Manuel José Rodrigues e de Maria Joaquina Dias, lavradores, cubalhoenses. Neta paterna de Francisco José Rodrigues e de Ana Maria Martins; neta materna de José Dias e de Isabel Pereira, todos do lugar de Orjais. Nasceu em Cubalhão a 8/3/1867 e foi batizada na igreja a 10 desse mês e ano. Padrinhos: a avó materna da neófita e António Rodrigues, solteiro. // Faleceu no lugar de Orjais, Cubalhão, a --/--/1933, com 66 anos de idade (Notícias de Melgaço n.º 190, de 9/4/1933).  

 

RODRIGUES, Maria Rosa. Filha de Luís Manuel Rodrigues e de Helena Vaz, residentes no lugar de Orjais. Neta paterna de Manuel António Rodrigues e de Maria Domingues, cubalhoenses; neta materna de Joaquim Vaz, natural de Paderne, e de Rosa Alves, natural de Cubalhão, todos camponeses. Nasceu em Cubalhão a 11/8/1885 e foi batizada na igreja católica local a 13 desse mesmo mês e ano. Padrinhos: a sua avó materna, viúva, e Francisco José Alves, casado, lavrador. // Casou na igreja da sua freguesia natal a 1/2/1911 com o seu conterrâneo António Rodrigues. 

 

RODRIGUES, Maria Rosa. Filha de Manuel Rodrigues, do lugar de Baixo, onde moravam, e de Joaquina Rosa Domingues, do lugar de Orjais, lavradores. Neta paterna de Joaquim Rodrigues e de Margarida Rodrigues; neta materna de Manuel Domingues e de Maria Rosa Pires. Nasceu em Cubalhão a 20/10/1900 e foi batizada na igreja nesse mesmo dia, mês e ano. Padrinhos: os seus avós maternos. // Casou na CRCM a 1/8/1935 com o seu conterrâneo Manuel José Rodrigues. // O seu marido morreu em França a 7/2/1958. // Ela finou-se na sua freguesia de nascimento a 4/12/1974.  

 

RODRIGUES, Maria Rosa. Filha de Manuel Rodrigues, do lugar de Baixo, e de Maria Rosa Vaz, do lugar de Cima, onde o casal residia, lavradores. Neta paterna de Manuel Rodrigues e de Rosa Domingues; neta materna de António Luís Vaz e de Maria Albina Domingues. Nasceu em Cubalhão a 2/8/1903 e no dia seguinte foi batizada na igreja. Padrinhos: António Luís Vaz, viúvo, lavrador, e Rosa Teresa Domingues, solteira, camponesa. // Casou na CRCM a 6/5/1926 com Manuel José Esteves, de vinte e sete anos de idade, natural de Parada do Monte. // O seu marido morreu na freguesia da Vila, SMP, a 11/10/1946. // Ela faleceu na sua freguesia natal a 3/2/1986.   

 

RODRIGUES, Maria Rosa. // Nasceu por volta de 1923. // Faleceu no lugar de Cima, Cubalhão, a --/--/1929, com apenas seis anos de idade (NM 37, de 10/11/1929).

 

RODRIGUES, Maria Rosa. Filha de António Joaquim Rodrigues e de Rosalina Domingues. Nasceu em Cubalhão a --/--/1932 (NM 143, de 20/3/1932).

 

RODRIGUES, Palmira de Jesus. Filha de Luís Rodrigues e de Maria Rosa Vaz, lavradores, cubalhoenses. Neta paterna de José Rodrigues e de Eufrásia Vaz; neta materna de Manuel Luís Vaz e de Rosa Rodrigues. Nasceu em Cubalhão a 15/11/1906 e no dia seguinte foi batizada na igreja católica da localidade. Padrinhos: Manuel Domingues, solteiro, lavrador, e Joaquina Rosa Vaz, solteira, camponesa. // Faleceu a 5/2/1909, em casa de seus pais, sita no lugar de Cima, com apenas dois anos de idade, e foi sepultada no adro da igreja paroquial da freguesia.

 

RODRIGUES, Prudêncio. Filho de ----------- Rodrigues e de -----------------------------------. Nasceu em Cubalhão a --/--/18--. // Em 1908 requereu à Câmara Municipal de Melgaço (sessão de 12/2/1908) autorização para deitar entulho no caminho público, a qual lhe foi concedida. // (Jornal de Melgaço n.º 722). 

 

RODRIGUES, Pureza da Conceição. Filha de Manuel Rodrigues, do lugar de Baixo, onde o casal residia, e de Joaquina Domingues, do lugar de Orjais, lavradores. Neta paterna de Joaquim Rodrigues e de Margarida Rodrigues; neta materna de Manuel Domingues e de Maria Rosa Pires. Nasceu em Cubalhão a 26/10/1909 e foi batizada na igreja católica local a 31 desse mesmo mês e ano. Padrinhos: António de Jesus Domingues, solteiro, lavrador, e Maria da Ressurreição Domingues, solteira, camponesa. // Casou na CRCM a 12/1/1933 com Manuel Pereira. // Faleceu na sua freguesia natal a 23/1/1997.  

 

RODRIGUES, Rosa. Filha de Jerónimo Rodrigues e de Luísa Esteves, lavradores, cubalhoenses. Nasceu em Cubalhão por volta de 1835. // Lavradeira. // Faleceu a 25/9/1894, em sua casa de morada, sita no lugar de Cima, com todos os sacramentos da igreja católica, com 59 anos de idade, no estado de casada com Manuel Luís Vaz, sem testamento, com filhos, e foi sepultada na igreja paroquial. 

 

RODRIGUES, Rosa. Filha de Manuel José Rodrigues e de Maria Luísa Rodrigues, lavradores, residentes no lugar de Cima. Neta paterna de José Rodrigues e de Luísa Afonso, do lugar de Baixo; neta materna de Manuel António Rodrigues e de Maria Domingues, do lugar de Cima. Nasceu em Cubalhão a 23/3/1867 e foi batizada na igreja paroquial no dia seguinte. Padrinhos: a sua avó paterna e Bernardo Alves, casado, lavrador, do lugar de Baixo. 

 

RODRIGUES, Rosa. Filha de Manuel José Rodrigues e de Maria Dias. Neta paterna de Francisco Rodrigues e de Ana Martins (já defuntos); neta materna de José Dias e de Isabel Pereira (já defunta). Nasceu a 17/2/1871 e foi batizada a 19 desse mês e ano. Padrinhos: Joaquim Martins e Joaquina Martins, solteiros, todos lavradores, de Orjais.

 

RODRIGUES, Rosa. Filha de Manuel Joaquim Rodrigues e de Maria Rosa Vaz. Nasceu em Cubalhão a --/--/1913 (Correio de Melgaço n.º 68, de 28/9/1913).

 

RODRIGUES, Rosa. Filha de Luís Rodrigues e de Maria Rosa Vaz. Nasceu em Cubalhão a --/--/1917 (Jornal de Melgaço n.º 1172, de 25/8/1917). // Faleceu no lugar de Cima, Cubalhão, a --/--/1918, com 14 meses de idade (Jornal de Melgaço n.º 1227, de 22/11/1918).  

 

RODRIGUES, Rosa de Jesus. Filha de Manuel José Rodrigues (Parada) e de Florinda Alves, lavradores, residentes no lugar de Orjais. Neta paterna de Francisco Rodrigues e de Joana Rosa Esteves, camponeses, naturais de Cubalhão; neta materna de Caetano Alves e de Justina Rodrigues, camponeses, naturais de Parada do Monte. Nasceu em Cubalhão a 4/2/1879 e foi batizada na igreja católica local no dia seguinte. Padrinhos: Manuel Bento Martins e Maria Vaz, casados, lavradores, cubalhoenses. // Faleceu na sua freguesia de nascimento a 24/2/1946.   

 

RODRIGUES, Rosalina. Filha de Manuel Rodrigues, do lugar de Baixo, onde o casal residia, e de Joaquina Rosa Domingues, do lugar de Orjais, lavradores. Neta paterna de Joaquim Rodrigues e de Margarida Rodrigues; neta materna de Manuel Domingues e de Maria Rosa Pires. Nasceu em Cubalhão a 15/5/1904 e foi batizada na igreja da localidade a 17 desse mesmo mês e ano. Padrinhos: os seus avós maternos, rurais. // Casou a 12/12/1948 na igreja católica da sua terra natal com o seu conterrâneo Manuel José Domingues. // Em 1972 foi decretada pelo tribunal a separação de pessoas e bens (3/3/1972). // Faleceu na sua freguesia de nascimento a 15/1/1986.    

 

SEARA

 

SEARA, Ana. Filha de Manuel António Domingues Seara e de Maria Luísa Marques, lavradores, cubalhoenses. Nasceu em Cubalhão por volta de 1833. // Camponesa. // Faleceu a 26/5/1900, em sua casa de morada, sita no lugar de Baixo, repentinamente, com 67 anos de idade, solteira, sem testamento, sem filhos, e foi sepultada na igreja. 

 

SEARA, Ana Rosa. Filha de António Joaquim Domingues Seara e de Ludovina Rosa Alves. Neta paterna de Manuel António Domingues Seara e de Maria Luísa Marques; neta materna de Francisco José Alves e de Maria Engrácia Rodrigues. Nasceu em Cubalhão a 21/3/1855 e foi batizada no dia seguinte pelo padre Manuel Joaquim Esteves, natural de Paderne. Padrinhos: os seus avós maternos.  

 

SEARA, António Joaquim. Filho de Manuel António Domingues Seara e de Maria Luísa Marques, lavradores, cubalhoenses. Nasceu em Cubalhão por volta de 1821. // Camponês. // Faleceu a 6/2/1898, em sua casa de morada, sita no lugar de Cima, com todos os sacramentos da igreja católica, com 76 anos de idade, viúvo de Ludovina Rosa Alves, sem testamento, com filhos, e foi sepultado na igreja paroquial.   

 

SEARA, António José. Filho de Manuel António Domingues Seara e de Maria Domingues, residentes no lugar de Baixo. Neto paterno de Manuel António Domingues Seara e de Maria Luísa Marques; neto materno de António Domingues e de Joaquina Domingues, todos rurais. Nasceu em Cubalhão a 2/6/1889 e foi batizado no dia seguinte. Padrinhos: o avô materno e Ana Domingues Seara, solteira, cubalhoense.  

 

SEARA, Deolinda de Jesus. Filha de Manuel António Domingues Seara e de Maria Domingues, residentes no lugar de Baixo. Neta paterna de Manuel António Domingues Seara e de Maria Luísa Marques; neta materna de António Domingues e de Joaquina Domingues, todos lavradores. Nasceu em Cubalhão a 6/3/1896 e foi batizada no dia seguinte. Padrinhos: António Joaquim Domingues e Maria Rosa Domingues, casados, lavradores, cubalhoenses. // Casou na CRCM a 29/6/1921 com José Maria, de 41 anos de idade, seu conterrâneo, filho de Manuel Domingues de Carvalho e de Maria de Jesus Pereira. // Faleceu na sua freguesia de nascimento a 3/8/1964.  

 

SEARA, Emília. Filha de António Joaquim Domingues Seara e de Ludovina Rosa Alves, lavradores, residentes no lugar do Torrão (!). Neta paterna de Manuel António Seara e de Maria Luísa Marques; neta materna de Francisco José Alves e de Maria Engrácia Rodrigues. Nasceu em Cubalhão a 21/7/1863 e foi batizada na igreja paroquial no dia seguinte. Padrinhos: Francisco Vaz e sua mulher, Ana Boaventura Pereira, lavradores. // Faleceu em Cubalhão a 19/2/1943.     

 

SEARA, Eugénia. Filha de Manuel António Domingues Seara e de Maria Luísa Marques, cubalhoenses. Nasceu em Cubalhão por volta de 1821. // Camponesa. // Faleceu a 14/5/1900, em sua casa de morada, sita no lugar de Cima, com todos os sacramentos da igreja católica, com 79 anos de idade, no estado de viúva de António Luís Domingues, sem testamento, com filhos, e foi sepultada na igreja.  

 

SEARA, Francisco. Filho de Manuel António Domingues Seara e de Maria Albina Domingues, moradores no lugar de Baixo. Neto paterno de Manuel Domingues Seara e de Maria Luísa Marques; neto materno de António Domingues e de Joaquina Domingues. Nasceu em Cubalhão a 23/8/1897 e foi batizado na igreja católica a 25 desse mês e ano. Padrinhos: Francisco Domingues e Miquelina Domingues, solteiros, todos lavradores, cubalhoenses. // Faleceu a 7/11/1905, em casa de seus pais, sita no lugar de Baixo, e foi sepultado no adro da igreja.

 

SEARA, Joaquina. Filha de ------------ Domingues Seara e de ---------------------------------. Nasceu por volta de 1853. // Morou no lugar de Cima, freguesia de Cubalhão. // Faleceu a --/--/1939, com oitenta e seis anos de idade (Notícias de Melgaço n.º 432).

 

SEARA, Lina. Filha de António Joaquim Seara e de Ludovina Alves, moradores no lugar de Cima. Neta paterna de Manuel Seara e de Maria Luísa Marques, do lugar de Baixo; neta materna de Francisco José Alves e de Engrácia Rodrigues, do lugar do Torrão (!). Nasceu a 9/2/1858 e foi batizada na igreja católica nesse mesmo dia. Padrinhos: os seus avós maternos. // Faleceu em Cubalhão a 19/2/1939.  

 

SEARA, Luísa. Filha de ------------ Domingues Seara e de --------------------------------------. Nasceu por volta de 1858. // Morou no lugar de Cima, Cubalhão. // Faleceu a --/--/1939, com oitenta e um anos de idade (Notícias de Melgaço n.º 435).

 

SEARA, Manuel António. Filho de ------------ Seara e de -----------------------------------. Nasceu a --/--/18--. // Estava viúvo de Filomena (ou Florência) Marques, quando voltou a casar na igreja de Cubalhão, a 2/1/1886, com a sua parente em 2.º grau de afinidade, Maria Albina, nascida a 14/6/1858 e batizada dois dias depois, solteira, filha de António Domingues e de Joaquina Domingues. Testemunhas: Francisco Domingues, casado, e António Joaquim Domingues, solteiro, do lugar de Baixo, todos rurais.  

 

SEARA, Manuel António. Filho de António Joaquim Domingues Seara e de Ludovina Rosa Alves, lavradores, residentes no lugar de Cima. Neto paterno de Manuel António Domingues Seara e de Maria Luísa Marques, do lugar de Baixo; neto materno de Francisco José Alves e de Maria Engrácia Vaz (ou Rodrigues), do lugar de Cima. Nasceu a 26/5/1869 e foi batizado nesse mesmo dia. Padrinhos: Manuel Domingues Seara e sua irmã, Ana, solteiros, do lugar de Baixo, todos lavradores. // Faleceu em Cubalhão, no lugar de Cima, a 17 de Janeiro de 1941. // Nota: deve ser o senhor que em 1913 foi nomeado regedor efetivo para a freguesia de Cubalhão; era seu substituto António Luís Vaz (ver Correio de Melgaço n.º 54, de 22/6/1913). Em 1915 foi novamente nomeado (Correio de Melgaço n.º 154, de 27/6/1915). A 6/8/1916 foi eleito membro da Comissão Venatória, como substituto (Correio de Melgaço n.º 211, de 13/8/1916).        

 

SEARA, Manuel Francisco. Filho de António Joaquim Domingues Seara e de Ludovina Rosa Alves, lavradores, residentes no lugar de Cima. Neto paterno de Manuel António Domingues Seara e de Maria Luísa Marques; neto materno de Francisco José Alves e de Maria Engrácia Rodrigues. Nasceu em Cubalhão a 25/3/1862 e foi batizado no dia seguinte. Padrinhos: Francisco Vaz e sua mulher, Ana Boaventura Pereira, lavradores, do lugar de Cima. 

 

SEARA, Maria Amélia. Filha de Manuel António Domingues Seara e de Maria Rosa Domingues, lavradores, residentes no lugar de Baixo. Neta paterna de Manuel Domingues Seara e de Maria Luísa Marques; neta materna de António Domingues e de Joaquina Domingues. Nasceu em Cubalhão a 28/3/1891 e foi batizada na igreja católica local no dia seguinte. Padrinhos: Francisco José Domingues, casado, e Albina Domingues, solteira, lavradores, cubalhoenses. // Casou na igreja de Cubalhão e na CRCM a 18/9/1922 com o seu conterrâneo Manuel Joaquim Vaz. // O seu marido morreu na freguesia de Fiães a 4/8/1956. // Ela finou-se na freguesia de Cubalhão a 1/4/1975.   

 

SEARA, Rosa. Filha de Manuel António Seara e de Maria Luísa Marques, lavradores. Nasceu em Cubalhão por volta de 1821. // Faleceu a 7/3/1907, em sua casa de morada, sita no lugar de Pomares, freguesia de Paderne, com todos os sacramentos da igreja católica, com 86 anos de idade, no estado de viúva de Manuel António Rodrigues, sem testamento, com filhos, e foi sepultada no adro da igreja de Paderne.

 

SEARA, Rosa Lina. Filha de Manuel António Domingues Seara e de Maria Domingues, residentes no lugar de Baixo. Neta paterna de Manuel Domingues Seara e de Maria Luísa Marques; neta materna de António Domingues e de Joaquina Domingues, todos lavradores. Nasceu em Cubalhão a 29/4/1893 e foi batizada na igreja local no dia seguinte. Padrinhos: Manuel Domingues e Maria Rosa Domingues, solteiros, cubalhoenses. // Casou na Conservatória do Registo Civil de Melgaço a 19/5/1921 com António Joaquim Rodrigues, de vinte e três anos de idade, seu conterrâneo, filho de Manuel Rodrigues e de Joaquina Marques. // Ambos os cônjuges faleceram na freguesia de Cubalhão: o seu marido a 27/12/1946 e ela a 1/4/1967. 

 

SEARA, Rosa Teresa. Filha de António Joaquim Domingues Seara e de Ludovina Rosa Alves, moradores no lugar de Cima. Neta paterna de Manuel António Domingues Seara e de Maria Luísa Marques, do lugar de Baixo; neta materna de Francisco José Alves e de Maria Engrácia Rodrigues, do lugar de Cima, todos lavradores. Nasceu a 20/12/1867 e foi batizada no dia seguinte. Padrinhos: os seus avós maternos. 

 

SILVA

 

SILVA, Georgina. Filha de ------------ Silva e de -------------- Amorim Ferreira. Nasceu em --------------, a --/--/19--. // Em 1938 fez exame do 2.º grau do ensino primário na escola de Cubalhão, com a professora Maria da Glória Abreu, e ficou distinta (Notícias de Melgaço n.º 413, de 18/9/1938). 

 

SOARES

 

SOARES, Filomena de Jesus. Filha de Manuel José Soares e de Emília Domingues Seara, residentes no lugar de Cima. Neta paterna de António Joaquim Soares e de Maria Rosa Marques; neta materna de António Domingues Seara e de Ludovina Alves, todos lavradores. Nasceu em Cubalhão a 5/2/1893 e foi batizada na igreja da localidade no dia seguinte. Padrinhos: José Vaz, guarda-fiscal, e Maria Angélica Domingues de Barros, casados, cubalhoenses. // Faleceu em Cubalhão a 27/12/1965. 

 

SOARES, José Joaquim. Filho de ------------- Soares e de ---------------------------------. Nasceu em ---------------, a --/--/18--. // Estava viúvo de Maria Teresa Lopes, de São Paio, quando casou na igreja de Cubalhão a 14/2/1887 com Luísa, cubalhoense, nascida a 4/2/1846 e batizada dois dias depois, filha de Manuel Gonçalves e de Ana Gonçalves. Testemunhas presentes: Francisco José Domingues e Francisco Domingues, casados, todos lavradores.  

 

SOARES, Manuel António. Filho de Manuel José Soares e de Emília Domingues Seara, residentes no lugar de Cima. Neto paterno de António Manuel Soares e de Maria Rosa Marques; neto materno de António Joaquim Seara e de Ludovina Alves, todos lavradores. Nasceu em Cubalhão a 7/5/1891 e foi batizado na igreja católica local 10 desse mês e ano. Padrinhos: os seus avós paternos. // Faleceu a 5/8/1891.   

 

SOARES, Manuel José. Filho de António Manuel Soares, natural de São Paio, e de Maria Rosa Marques, natural de Cubalhão, residentes no lugar de Cima. Neto paterno de António Manuel Soares e de Maria Rosa Afonso; neto materno de António Marques e de Maria Rosa Domingues. Nasceu em Cubalhão a 2/5/1868 e foi batizado nesse dito dia. Padrinhos: José Joaquim Soares, casado, e sua irmã, Rosa, solteira, ambos de São Paio. // Casou na igreja de Cubalhão, a 4/6/1890, com a sua parente no 3.º grau, Emília, nascida a 21/7/1863, solteira, filha de António Joaquim Seara e de Ludovina Rosa Alves, todos lavradores. Testemunhas: Francisco José Domingues, do lugar de Baixo, e Manuel Luís Vaz, do lugar de Cima, casados.   

 

SOARES, Maria Joaquina. Filha de António Manuel Soares e de Maria Rosa Marques, lavradores, residentes no lugar de Cima. Neta paterna de António José Soares e de Maria Rosa Afonso, de Cavaleiro Alvo, São Paio; neta materna de António Marques e de Maria Rosa Domingues, do lugar de Cima. Nasceu em Cubalhão a 28/7/1859 e foi batizada a 31 desse mês e ano. Padrinhos: José Joaquim Soares e Maria Rosa Soares, tios paternos. // Deve ter morrido ainda bebé.  

 

SOARES, Maria Joaquina. Filha de António Joaquim (ou António Manuel) Soares e de Maria Rosa Marques, lavradores, residentes no lugar de Cima. Neta paterna de António José Soares e de Maria Rosa Afonso; neta materna de António Marques e de Maria Rosa Domingues. Nasceu a 6/2/1862 e foi batizada a 9 desse mês e ano. Padrinhos: José Joaquim Soares, lavrador, e Rosa Soares, solteiros, ambos de Cavaleiro Alvo, São Paio. // Casou com António, agricultor, natural de Carracolva, Arcos de Valdevez, filho de João Gonçalves e de Maria Teresa. // Faleceu na freguesia de Cubalhão, lugar de Cima, por volta de 1919 (Jornal de Melgaço n.º 1246, de 18/5/1919). // Por sua morte foi citado o seu filho, Manuel Joaquim Gonçalves, residente em parte incerta do Brasil, a fim de assistir a todos os termos do inventário orfanológico a que se procedia por óbito da mãe (Jornal de Melgaço n.º 1268, de 26/10/1919).  

 

SOARES, Maria Rosa. Filha de Manuel José Soares e de Emília Domingues Seara, residentes no lugar de Cima. Neta paterna de António Joaquim Soares e de Maria Rosa Marques; neta materna de António Joaquim Domingues Seara e de Ludovina Alves, todos lavradores. Nasceu em Cubalhão a 6/7/1895 e foi batizada na igreja católica da localidade no dia seguinte. Padrinhos: Manuel Joaquim Domingues e Rosa Domingues, solteiros, cubalhoanses. // Casou na CRCM a 23/5/1920 com Secundino de Jesus Domingues. // Faleceu na sua freguesia de nascimento a 11/12/1977.   

 

SOARES, Rosa Joaquina. Filha de António Manuel Soares, natural de São Paio, e de Maria Rosa Marques, natural de Cubalhão, lavradores, residentes no lugar de Cima. Neta paterna de António Manuel Soares e de Maria Rosa Afonso; neta materna de António Marques e de Maria Rosa Domingues. Nasceu em Cubalhão a 12/5/1864 e foi batizada a 15 desse mês e ano. Padrinhos: José Joaquim Soares e Rosa Soares, solteiros, lavradores. // continua...

domingo, 23 de maio de 2021

 POEMAS DO VENTO

Por Joaquim A. Rocha


// continuação de 9/3/2021...



TECNOCRACIA

 

Roubaram, cruéis, meus sentimentos,

despojaram-me de todas as emoções;

fiquei calmo, frio, sem tormentos,

sem nervos, sem sonhos ou ilusões.

Transformaram-me em máquina, em robô.

Penso como computador: - friamente.

E agora, seco, desumanamente,

laboro como máquina de tricô.

Tudo que faço é genial, perfeito!

Sem erros, manchas, imperfeições.

Trabalho com o cérebro, sem paixões…

Só o belo, o grandioso, eu aceito.

Tenho o dom da medida exata…

Tenho o equilíbrio dentro de mim. 

Dedos ágeis cordão umbilical desata,

separam coração e cérebro por fim!

 

18/5/1978

 

GLÓRIA AO “SÁBIO” MARQUES

 

Cale-se de dândi Gaudêncio

os espirros grandes que atroam;

cale-se de fungagá seus ventos

que nos ares seus cânticos entoam;

cale-se de mestre Laginha

os seus silêncios eternos;

cale-se do nosso louvaminha

o seu amor aos céus e ódio aos infernos.

 

Cale-se de Einstein, cale-se de Galileu,

as coisas grandes que fizeram;

que eu canto o “sábio” Marques,

 maior do que Zeus,

a quem russos e americanos obedeceram.

Canto os seus loucos, fatais inventos,

o seu engenho, o seu génio, as suas artes;

canto a sua imaginação, os seus talentos,

que coisa igual jamais se viu por estas partes!

 

Cesse tudo o que a ciência antiga canta,

 que outra nova era para ela se alevanta!

 

18/5/1978

 

SER POETA

 

Ser poeta é ser nada

é ser ninguém!

É o preocupar-se com o alheio

é ter o coração cheio

de amor e ternura;

é ter algo de loucura

é ter na vida a sepultura

e na morte alguma paz!

 

É o se ser capaz

de denunciar a injustiça

para haver um mundo escorreito

é o ter a vontade firme

de modificar um regime

para criar outro perfeito! 

// continua...


terça-feira, 18 de maio de 2021

 MELGAÇO: Padres, Monges e Frades

Por Joaquim A. Rocha


// continuação de 18/04/2021 



AZEVEDO, António Jacinto (Padre). Filho do capitão João de Araújo Azevedo e de Mariana de Araújo Teixeira. Nasceu no lugar de Carvalho de Lobo, freguesia de Rouças, a 11/11/1699, e foi batizado na igreja de Rouças nesse dito dia. // Tornou-se irmão da Confraria das Almas da Vila, SMP, a 6/12/1724. // Morreu em Rouças a 5/1/1787, sendo sepultado na igreja da Santa Casa da Misericórdia de Melgaço. // Gerou um filho numa mulher, cujo nome se desconhece, ao qual deram o nome de António; o rapaz foi criado pelo avô paterno, que no testamento lhe deixou vinte mil réis.

 

AZEVEDO, Carlos António Araújo (Padre). Filho de António Jacinto de Araújo Azevedo e de Jerónima Luísa de Araújo Gomes Magalhães. Neto paterno de João de Araújo Azevedo e de Guiomar Gomes de Abreu; neto materno de Sebastião Gomes do Souto e de Jerónima de Araújo Magalhães. Nasceu na Casa de Soengas, Chaviães, a 28/6/1807. // Quis ser clérigo, por isso, a 28/5/1830, seus pais fizeram-lhe o património. // Estudou em Braga. // A 21/5/1837, na igreja de Chaviães, foi padrinho de Secundino Maria Alves, nascido seis dias antes. // Estabeleceu-se em Santa Maria de Leirado, Galiza, na paróquia de San Pedro da Torre, próximo da cidade de Ourense, onde foi capelão da Senhora do Rosário, capela fundada em 1641 por um dos seus antepassados, licenciado Lorenzo Pereira de Araújo. // Morreu a 1/11/1861, às vinte horas, na sua casa de Soengas, Chaviães, de repente. // Tinha 53 ou 54 anos de idade. // Não fizera testamento. // (Sobre ele ver o livro “À la Recherche de mes Racines”, páginas 153 e 154). 

 

AZEVEDO, Francisco António Simões (Padre). // Morou no lugar do Outeiro, freguesia de Chaviães. // A 3/10/1808, na igreja de Chaviães, foi padrinho de Francisco António de Sousa, nascido dois dias antes. 

 

AZEVEDO, Manuel de Araújo Caldas (Padre). // Nasceu no século XVIII. // Era natural do lugar do Maninho, freguesia de Alvaredo. // Gerou em Brites Maria de Araújo, solteira, de Ribeiro de Carse, bispado de Ourense, uma menina, Maria Araújo Azevedo Caldas, que viria a casar com Belchior, filho do boticário Luís de Araújo Fernandes Lobarinhas. Uma bisneta do padre, Maria Engrácia de Araújo Lira de Abendanho, casou com Francisco José de Abreu Lima e Castro, natural de Paderne, passando o casal a morar no Maninho, Alvaredo, mudando depois para São Gregório, onde ela morreu a 13/1/1850. // (ver “O Meu Livro das Gerações Melgacenses”, volume I, páginas 602 e 603, da autoria de Augusto César Esteves).  

 

AZEVEDO, Manuel José Lopes (Padre). Nasceu na vila de Melgaço (confirmar). // A 11/2/1810, na igreja de São Paio, foi padrinho de Maria Joaquina, nascida a 6 desse dito mês e ano, batizada pelo padre João Manuel Durães, de Prado, filha de Domingos José Durães e de Josefa Maria Lopes de Azevedo, moradores na Carpinteira. Neta paterna de Sebastião Durães e de Maria Manuela Mendes, do dito lugar; neta materna de Domingos António Lopes de Azevedo e de Maria Pires Veloso, da Vila de Melgaço.

 

AZEVEDO, Manuel Nunes (Padre). Filho do capitão João Araújo Azevedo e de Mariana de Araújo Teixeira. Nasceu em Carvalho de Lobo e foi batizado na igreja de Rouças a 6/7/1690. Padrinhos: seus tios maternos, António Rodrigues e Eugénia. // A 25/3/1745 funda uma capela de missas de cariz perpétuo, dedicada à Senhora da Conceição, na igreja paroquial de Rouças, com a intenção «de cumprir as obrigações que tinha com a casa de seu pai.» // Designou seu irmão, Francisco de Araújo Poderé, primeiro administrador, e posteriormente os seus descendentes. Reservou para esse fim alguns dos seus bens, situados em Carvalho de Lobo, tais como vinhas, pastagens, e uma horta. // Morreu a 6/3/1751.  

 

 

BACELAR, Caetano Gomes (Padre). // Faleceu na freguesia de Paços a 18/9/1782.

 

BACELAR, Francisco Gomes (Padre). // Morreu na freguesia de Paços a 4/9/1780.

 

BACELAR, João Pereira (Padre). // Em 1674 cantou a primeira missa; foi pároco de Remoães.

 

BACELAR, Ventura de Araújo (Padre). Filho de Domingos Rodrigues de Araújo e de Isabel Gonçalves [de Araújo]. Nasceu na Vila de Melgaço no século XVII. // A 26/5/1705 inscreveu-se na Confraria das Almas. // Arranjou uma amante, Ângela de Araújo, solteira, filha de Maria Longares, natural da freguesia de Santa Cristina de Baleixe, Galiza. // Morreu no lugar da Pigarra, SMP, a 23/9/1755. // Pai de Jerónimo e de Ângela. Nota: ao seu apelido Araújo acrescentou Bacelar!

 

     [ARAÚJO, Ângela. Filha do padre Ventura de Araújo (Bacelar), natural da Vila de Melgaço, e de Ângela de Araújo, natural de Santa Cristina de Baleixe, Galiza. Neta paterna de Domingos Rodrigues de Araújo e de Isabel Gonçalves [de Araújo]; neta materna de Maria Longares, galega. Nasceu no século XVIII. // Criou-se na Quinta da Pigarra, SMP, em casa de uma das suas tias paternas. // Casou na igreja matriz da Vila a 12 de Agosto de 1734 com Bernardo Pereira, filho de Pedro Esteves e de Isabel Esteves, moradores na Corga do Ribeiro dos Homens. // Lê-se no livro do Dr. Augusto César Esteves, «O Meu Livro das Gerações Melgacenses», I volume, página 533: «Pelo seu testamento cerrado, aberto a 6/10/1738, apenas conseguiu dispor da terça dos seus bens em favor da tia, que a criou, visto seu pai andar ainda por este mundo e ninguém se ter lembrado de lhe falar na renúncia da herança da filha, constituída por poucos e desvaliosos bens.» // Faleceu sem geração.]    

 

     [ARAÚJO, Jerónimo. Filho do padre Ventura de Araújo (Bacelar), natural da Vila de Melgaço, e de Ângela de Araújo, solteira, natural de Santa Cristina de Baleixe, Galiza. Neto paterno de Domingos Rodrigues de Araújo e de Isabel Gonçalves [de Araújo]; neto materno de Maria Longares, galega. Nasceu no lugar do Rego, freguesia de Prado, a 20/10/1726. Padrinhos de batismo: Jerónimo Nunes e sua mulher, Isabel de Araújo, da Vila de Melgaço, tios do batizando. // Irmão de Ângela de Araújo.]

 

BARREIROS, Francisco Gomes (Padre). // A 1/4/1870 já era o abade de SMP, Vila de Melgaço. // Em 1885 mantinha-se no seu posto. // Penso que cessou funções de cura da Vila a 4/7/1886. // Depois daquele ano foi colocado em SMP o padre encomendado, Elias de Jesus Marques, natural de Prado.   

 

BARREIROS, Luís Manuel Domingues (Padre). Filho de Manuel José Domingues e de Isabel Gonçalves, lavradores. Nasceu em Alvaredo por volta de 1822. // Foi pároco da freguesia de Penso. // A 11/1/1884, na igreja de Penso, foi padrinho de Anatólia, nascida dois dias antes, filha de António Joaquim Domingues e de Maria Ludovina Bernardes. // Em 1886 ainda era o pároco dessa freguesia. // A 19/3/1886, na igreja de Penso, foi padrinho de Isabel, nascida nesse dito dia, filha de António Domingues e de Maria Ludovina Bernardes. // A 9/5/1886, na igreja de Remoães, foi padrinho de João Caetano, nascido três dias antes, filho de Manuel Joaquim Esteves e de Maria Claudina Domingues. A madrinha era Rosa Domingues, solteira, ambos tios do neófito. // A 15/11/1891, na igreja de Penso, foi padrinho de Isabel, nascida no dia anterior, filha de José Esteves Cordeiro, natural de Penso, e de Rosa Maria Domingues, natural de Alvaredo, moradores na residência paroquial de Penso. A madrinha, Rosa Clara Domingues Barreiros, era sobrinha do padrinho. // Morreu na residência paroquial de Penso a 30/1/1893, com setenta e um anos de idade, com todos os sacramentos da igreja católica, com testamento, e foi sepultado na igreja daquela freguesia de Melgaço.

 

BARROS, António Augusto da Silva (Padre). Filho de António Augusto de Barros, de Fonte Arcada (falecido antes de 1951), e de Guilhermina da Silva (faleceu em Alvaredo a 24/1/1954), de Monsul, Póvoa de Lanhoso. Neto paterno de --------------- de Barros e de -------------; neto materno de Augusto Clemente da Silva e de Rosa de Jesus Araújo. Nasceu em Fonte Arcada, Póvoa de Lanhoso, a 26/4/19--. // Foi prefeito no Seminário de Braga (Padre Carlos Vaz, página 611). // Em 1950 era pároco de Alvaredo. Lê-se no Notícias de Melgaço n.º 942, de 13/8/1950: «Alvaredo em festa e oração desde 26 a 30. – A convite do reverendo pároco desta freguesia, António Augusto da Silva Barros, deslocaram-se de Braga os reverendos padres e sagrados oradores, Apolinário Rodrigues Rios, vice-reitor do Seminário Menor de Braga, e Gonçalo Araújo Pinheiro, superior do mesmo Seminário, a fim de com as suas locuções darem o brilho esperado da festa do SS. Coração de Jesus. – Dia 26 – Chegada dos reverendos padres, pela tarde grande sermão, onde não faltaram as lágrimas sinceras da gente desta laboriosa terra.» // Em 1956, sabendo que o Dr. Júlio de Lurdes Esteves queria pedir a sua exoneração de Provedor da SCMM, juntou-se a outros, entre eles Mário Ranhada, e percorreram as freguesias do concelho recolhendo várias assinaturas. O objetivo era que o Governador Civil do Distrito não aceitasse a demissão e o convencesse a continuar nesse lugar. Queriam, também, que ele fosse presidente da Câmara Municipal, cargo que estava vago havia quatro anos. No «Notícias de Melgaço» n.º 1225, de 16/12/956, já se informa que o Dr. Júlio foi nomeado presidente da Câmara Municipal de Melgaço; a posse decorreria a uma quarta-feira, 19/12/1956, no Governo Civil. Começou a exercer o seu mandato no dia 20, mas devido a doença não esteve lá muito tempo. // Em 1973 o padre Barros deu ao Sporting Clube Melgacense 150$00, a fim daquele grupo desportivo se reorganizar. 

 

BARROS, Manuel José da Graça (Padre). // Na década de trinta do século XIX já era pároco da freguesia de Chaviães. // A 7/10/1839, na igreja de Chaviães, foi padrinho de Maria Rosa, nascida dois dias antes, filha de Maria Rita Pereira, moradora no lugar de Fonte. A madrinha era Maria Rosa Gonçalves, do lugar do Barraço. // A 2/12/1840, na igreja de Chaviães, foi padrinho de Quitéria de Jesus, nascida a 30 de Novembro desse dito ano, filha de José Caetano Soares e de Antónia Maria Soares. // A 10/8/1841, na igreja de Chaviães, foi padrinho de Joaquina Rosa, nascida quatro dias antes, filha de Rosa Maria Trancoso, moradora no lugar do Outeiro. // A 14/2/1842, na igreja de Chaviães, foi padrinho de Manuel José, nascido dois dias antes, filho de José Bento Alves e de Maria Joaquina de Sousa. // A 1/10/1842, na igreja de Chaviães, foi padrinho de Rosa Cândida, nascida a 29/9/1842, filha de Francisca Teresa Pereira, do lugar da Fonte, e de Matias José de Araújo [Azevedo], do lugar do Outeiro. // A 30/12/1842, na igreja de Chaviães, foi padrinho de Guilhermina Joaquina Salgado, nascida três dias antes. // A 30/5/1844, na igreja de Chaviães, foi padrinho de Leopoldina de Jesus Soares, nascida no dia anterior. // A 24/1/1847, na igreja de Chaviães, batizou Maria Rosa, nascida seis dias antes, filha de Manuel José Domingues e de Francisca Rosa Vaz, lavradores.   

 

BATISTA, Orlando (Padre). Filho de António Batista e de Albertina de Jesus Fernandes. Nasceu em Pousafoles, Fiães, a --/--/193-. // Ordenou-se sacerdote no seminário de Braga no ano de 1962. // Fixou residência há muitos anos em Valença do Minho. // Em 1999, sendo pároco de Gondomil e Friestas, foi também nomeado capelão do hospital de Valença (VM 1123). 

 

BERNARDINO DE SÃO JOSÉ (Frei). // Filho de Sebastião Esteves do Souto (Brasileiro), e de Guiomar Gomes de Abreu Magalhães. Nasceu no século XVIII, na Quinta da Barqueira, São Martinho de Alvaredo, na altura termo de Valadares. // Foi o 22.º guardião do convento das Carvalhiças, SMP. Tomou posse do lugar a 28/8/1797. No período em que esteve à frente da guardiania adquiriram-se alguns livros para a biblioteca, fez-se de novo a Divina Imagem Dolorosa, etc. (ver mais em Obras Completas de ACE, volume I, tomo II, páginas 389 e 390).   

 

BERNARDO, Domingos José (Padre). Nasceu em Castro Laboreiro. // Em 1866 andava por Prado. A 7/10/1866, no batismo de Margarida Cândida, na igreja de Prado, ele assinou a rogo do pai da criança, Rafael Rodrigues, solteiro, analfabeto.

 

BERNARDO, Manuel António (Padre). Filho de Manuel Joaquim Bernardo (Pintor), castrejo, e de Maria Custódia Martins, do lugar da Peneda, freguesia da Gavieira. Nasceu no lugar do Ribeiro de Cima, Castro Laboreiro, a 21/12/1911. // Em 1929 regressava de Braga (ver um seu poema “Avé”, em Correio de Melgaço n.º 22, de 21/7/1929). // Lê-se no Notícias de Melgaço n.º 83, de 26/10/1930: «fizeram os exames de filosofia – 2.ª parte – os alunos (…) e Manuel António Bernardo; ficaram todos aprovados, dando, por isso, ingresso no Seminário de Teologia [de Braga].» // Escreveu no Notícias de Melgaço n.º 86, de 16/11/1930: «No penúltimo número lemos na secção deste jornal, “À sombra do Cruzeiro”, dirigida pelo Sr. Carlos de Castro, aquelas linhas em que focava a necessidade da construção de uma estrada que ligue a freguesia de Castro Laboreiro com a Vila de Melgaço. Não admira que o ilustre colega mostrasse aquele interesse na construção dessa estrada, pois que tem observado as necessidades do povo castrejo e o seu coração não pode deixar de anelar o bem de quem tem jazido em esquecimento perante as autoridades. Castro é a maior freguesia do Minho – e talvez de Portugal! Foi uma terra importante, está cheia de gloriosas tradições, no entanto é hoje a mais humilde freguesia de Melgaço. Castro Laboreiro, que noutros tempos foi um baluarte avançado do Minho, ameaçando a Galiza com sua alta e tenaz fortaleza, está hoje tão esquecido que nem sequer tem um caminho em condições a ligá-lo com a sede do concelho. Infeliz povo! Se o caminho que tens para Melgaço fosse no tempo dos imperadores romanos estaria em melhores condições. O caminho que existe, se é que merece o nome de caminho, é por assim dizer, intransitável, está uma vergonha, razão tinha Carlos de Castro. Mas não ficam aqui os males de que o povo castrejo amargamente se queixa. O seu castelo, padrão de glórias antepassadas, testamento de nobres feitos de armas, jaz em ruínas sem que ninguém se importe dele. (…) Não temo dizer aqui a quem compete a conservação dos monumentos nacionais, que a fortaleza era superior à da própria Vila de Melgaço, quer pela antiguidade, quer pela posição. Mas de que vale esta comparação, se o próprio castelo de Melgaço (…) não é convenientemente prezado? Era bom que as autoridades olhassem para esses monumentos, que tantas glórias nos recordam. (…) / Por que é que Castro não recebe subsídios para as suas escolas? Acaso não paga o povo as suas contribuições? É de desejar que se dê remédio a estes males e a muitos mais que sucessivamente irei aqui apontando…» // Ainda no Notícias de Melgaço n.º 86, de 16/11/1930, escreveu: «O seu castelo (referindo-se a Castro Laboreiro), padrão de glórias antepassadas, testemunho de nobres feitos de armas, jaz em ruínas sem que ninguém se importe dele…» // No Notícias de Melgaço n.º 87, de 23/11/1930, prossegue: «No último número prometi voltar ao assunto (…) pronto a bater-me em prol dos interesses da freguesia onde nasci. Prometi falar da Guarda-Fiscal e do Registo Civil, mas como há muito a dizer, e ponderar, tratarei por enquanto da 1.ª questão, ficando a do Registo Civil para mais tarde. Não é meu propósito ofender a útil corporação que tanto bem fez à nação, mas discutir a questão das guias, apoiando-me na lei da imprensa que permite discutir as leis para conhecer a sua utilidade e conveniência. Por isso, desculpem-me os empregados da GF porque não quero referir-me às suas pessoas mas às leis que regulam seu serviço. Portanto, continuem eles cumprindo as ordens que lhes oficiam os superiores, porque é o seu dever, e não lhes dou louvor do contrário. Precisamente, essas ordens, é que eu vou ponderar, para avaliar da sua legalidade sem derivar agravo para ninguém. / É de todos sabido como durante alguns anos foi exigida a manifestação dos gados na zona da fronteira para obstar à exportação do mesmo para Espanha. Devido às circunstâncias financeiras dos dois países e ao obstáculo posto por parte de Espanha à entrada do gado, o trânsito cessou, continuando no entanto os manifestos em vigor. Quando em princípios de Dezembro de 1928 esteve nesta freguesia, em distração venatória, Carlos de Barros, ex-Governador Civil de Viana, houve quem lhe representasse quanto era custoso aguentar os manifestos, devido à rudeza do povo, que na maior parte é analfabeto. De regresso a Viana o Sr. Carlos de Barros oficiou ao Ministério das Finanças referindo a situação do povo de Castro, e pedindo a extinção dos manifestos. Estes, com efeito, foram suprimidos, mas parece que não agradou à GF esta medida do governo e, por isso, dentro de pouco tempo começaram a aparecer as guias. Os manifestos haviam sido suprimidos nos primeiros meses de 1929 e já em Julho, do dito ano, baixava ao Ministério a representação… (ver mais acima). Ali se expunha quanto a Guarda-Fiscal molestava o povo com as guias, ajuntando um exemplar das mesmas… (…) / não diferem essencialmente dos extintos manifestos; (…) / as guias não têm razão de existir…» // No Notícias de Melgaço n.º 88, de 30/11/1930, Bernardo Pintor explana as suas ideias acerca das guias, e diz mesmo que tem dúvidas da sua legalidade. Pergunta: «se são legais porque não têm os impressos próprios?» E diz mais: «… são um meio de exploração à bolsa dos castrejos…» Os manifestos custavam 50 centavos e as guias atingiam 4$00, conforme fosse este ou aquele posto a vendê-las! Na Peneda compraram-se a 8$00! Uma simples folha A 4. / E termina: «como se há de crer legal uma coisa que não é uniformeNota: estávamos ainda na chamada Ditadura Militar; quando Salazar assumiu a chefia do governo nunca mais permitiu escritos deste tipo. // As afirmações do ainda seminarista foram de imediato contestadas. Bernardo Pintor não esperava aquela reação e contra atacou. Em 1.º lugar dirige-se ao diretor do jornal: «Sr. Diretor – em virtude do decreto com força de lei n.º 12.008 exijo a publicação do presente artigo na íntegra do seu conteúdo. Você intimou-me a cessar os meus artigos (…) pela razão que muito bem sabe, e eu conformei-me, ainda que a lei da imprensa me não proibia tal narração, mas agora tem de publicar o presente artigo porque fui atingido na correspondência de Cristóval. Não estou com mais preâmbulos. / Escrevi em três números seguidos um artigo sob o título “Interesses de Castro Laboreiro” que os leitores tiveram ocasião de ler. A censura, ou antes, o delegado da Comissão de Censura, impôs-me silêncio, alegando que eu não sabia escrever. Ainda que a intimação fosse feita contra a regra da lei da imprensa, submeti-me para não causar transtorno à publicação deste semanário. Todos devem saber quanto custa a um jovem na força da idade não poder lutar pelos seus ideais… pela verdade! Eu comentava factos e expunha o que o povo sofre para mostrar o caminho a seguir. Não pense alguém que eu sou lobo faminto que deseje devorar a Guarda-Fiscal, não. Eu reconheço a sua necessidade, mas dentro dos justos limites. Por isso lhe chamei «útil instituição» num dos meus artigos. Reconheço também quanto é prejudicial à nação o nefasto contrabando. Gostei até do artigo do Sr. Nóvoas e estranho que não continue a sua campanha contra os contrabandistas. Toda a minha repugnância está na questão das guias e seu preço.» / Em 2.º lugar, enfrenta o adversário: «Respondo, portanto, à correspondência de Cristóval porque isso me faculta o já mencionado decreto. / O (…) correspondente daquela localidade diz que «mercadoria é o que se compra e vende» e por isso também os gados devem ser considerados mercadorias porque se compram e vendem. Concedo-lhe que em sentido lato assim seja, mas em sentido estrito eu entendo que «mercadoria é o que se compra e vende, mas só enquanto é objeto de comércio, isto é, enquanto está exposto à venda ou transita de um lugar para ser vendido.» Se assim não é, os prédios são mercadoria, e portanto devem ser inscritos naqueles impressos a que me referia. Um fato, um chapéu, um guarda-sol, etc., segundo o meu parecer, são mercadorias só nas transações comerciais porque se, depois de possuídos por um particular, continuam a ser mercadorias, devem precisar de um impresso daqueles a que já aludi. Assim, eu julgo que o gado seja mercadoria enquanto é exposto à venda numa feira ou é objeto de comércio, não porém enquanto o lavrador o possui para seu governo (para seus trabalhos agrícolas). / Diz-me que só por intuição malévola se pode confundir a taxa das guias com impostos, mas… confesso a verdade: não compreendo como tamanho seja o seu preço. Se a guia faz falta por conveniência fiscal, não podia ter o preço duns $50, como tinham os manifestos? / Todo o lavrador é igual em face das leis e não compreendo como os da linha de fronteira sejam obrigados a pagar uma taxa, que não é pequena, pelos seus gados que se consideram mercadorias; e os que estão fora da referida linha, nada pagam, apesar de terem igualmente seus gados! / Diz-me que o seu preço é uniforme, mas eu mostrei nos meus artigos que não. Contra factos não há argumentos. Diz-me que a lei é de 1888, da monarquia. Quanto a Monarquia, saiba que eu me não filio em partidos políticos; só quero ver os direitos de cada um de nós respeitados. Mas atenda: os homens que presidem à Nação devem procurar o bem dos súbditos e não iludir o nosso povo que resgatou a Pátria com as pesadas contribuições. Por isso não acredito que o muito digno Ministro das Finanças, atendendo os pedidos dos povos da fronteira, suprimisse os manifestos e deixasse em vigor as guias que molestam o povo mais do que os manifestos. Se a lei foi publicada deveu ser abolida, porque se estivesse em vigor não precisava o Governo decretar os manifestos que têm o mesmo efeito das guias. / É próprio dos grandes homens não fazerem coisas inúteis. Quanto à lei ter 42 anos não se admire de não ser conhecida por mim, porque só tenho metade desses anos; e a Guarda-Fiscal, que é mais antiga do que a própria lei, parece-me não ter dela, lei, conhecimento até ao ano de 1929. Não poderia dizer-me qual o preço que a lei fixa às guias? Quem lhes fixou o preço atual? / Se a GF cumpre (…) a sua missão, é esse o seu dever, e portanto só merecerá os aplausos e admiração de quem tenha boa mentalidade. Seria de desejar que o muito digno correspondente de Cristóval esclarecesse estes casos pela sã filosofia e boa apresentação que teve na sua correspondência: isto para desilusão do povo que se julga ofendido nos seus direitos. Já vê que não quero mal à Guarda Fiscal, mas anelo somente o bem do nosso povo. / 11/12/1930, Bernardo Pintor. // Em 1931 publicou um poema, ao qual deu o título de “O órfão e a caridade” (ver Notícias de Melgaço n.º 96, de 1/2/1931, página 3). // A 8/7/1934 foi-lhe conferida pelo arcebispo primaz, na capela do Seminário Conciliar de Braga, a ordem de diácono (NM 239, de 22/7/1934). // No Notícias de Melgaço n.º 240, de 29/71934, lê-se: «o seminarista Manuel António Bernardo (…) dirigiu o coro aquando da missa nova cantada pelo padre José Augusto Alves, da Gave, rezada a 22/7/1934 na sua terra natal.» // Ordenou-se sacerdote na Sé de Braga a 15/8/1934 e cantou missa nova no dia seguinte no Santuário do Sameiro (NM 244, de 9/9/1934). // Foi vigário cooperador (ou 2.º coadjutor) da matriz da Póvoa de Varzim de 1934 a 1935 (ver NM 248, de 14/10/1934); pároco de Sequeira, Braga, de 1935 a 1936; e de Riba de Mouro desde 23/8/1936. // Em termos ideológicos, era conservador; em 1938, aquando da festa da Senhora da Orada, elogiou calorosamente os legionários de Melgaço! // Em Junho de 1938 o padre Bernardo Pintor já estava a paroquiar a freguesia de Riba de Mouro. Colaborava no Notícias de Melgaço e, nos seus escritos, mostrava a sua simpatia ao corporativismo. Aos legionários chamava-lhes «soldados de novos ideais», «soldados briosos»…(NM 402, de 26/6/1938). / Provavelmente só conhecia os chefes: Dr. João Durães, Dr. Júlio Esteves, tenente Lopes, padre António de Jesus Rodrigues (capelão do núcleo e comandante de lança), Abílio Domingues (este, delegado escolar e professor oficial em SMP, nascido em Castro em 1900, foi agraciado nesse ano de 1938 pelo Comando Geral da Legião Portuguesa com a medalha da dedicação pelos serviços «que tem prestado à Legião Portuguesa neste concelho») e até, imaginem, o Dr. Augusto César Esteves (velho republicano), pois se conhecesse a maioria deles, analfabetos e esfomeados, a trabalhar de sol a sol na agricultura ingrata, ou na construção civil e na estrada para Castro Laboreiro, recebendo em troca quase nada, o padre Bernardo teria com certeza uma opinião bem diferente. // Lê-se no Notícias de Melgaço n.º 858, de 23/5/1948: «CLAMOR DE RIBA DE MOURO – “Muito pode quem quer”, diz o velho rifão e é certo. Está neste caso o brioso e devoto povo de Riba de Mouro que, apesar dos clamores terem sido proibidos, não tem deixado de vir cumprir o voto que os seus antepassados contraíram para com a Nossa Senhora da Orada. E assim vimo-lo chegar, no passado dia 16, acompanhado do seu muito zeloso pároco, reverendo Manuel António Bernardo, não [em procissão], como noutro tempo, mas em piedosa peregrinação de romagem a Nossa Senhora da Orada, em cujo templo celebrou missa solene a grande instrumental e sermão pelo seu pároco que – em abono da verdade – se deve dizer é um distinto orador, dotado de excelentes qualidades de eloquência.» // «Realizou-se ontem, pelas 16 horas, da Portela para a igreja paroquial desta freguesia, uma luzida procissão em honra do glorioso mártir São João de Brito, sendo conduzida a sua nova imagem entre cânticos e louvores para a nossa igreja. Foi orador o reverendo padre António Bernardo, de Riba de Mouro, Monção, que muito agradou.» (A procissão ocorreu no dia 19, na freguesia de ChaviãesNotícias de Melgaço n.º 903, de 26/6/1949). Lê-se no Notícias de Melgaço n.º 1026, de 1/6/1952: «Festa a Santo António – ano a ano esta romaria está criando nome, graças à dedicação do pároco de Riba do Mouro, reverendo Manuel António Bernardo, um melgacense que, fora da sua terra, ali vem fazendo uma obra notável de engrandecimento da freguesia

     Fundou em 1953 o jornal paroquial “Voz da Nossa Terra”. // Participou no Congresso Histórico de Portugal Medievo, realizado em Braga de 6 a 10/11/1959, apresentando um estudo sobre Castro Laboreiro e seus forais, o qual foi muito apreciado pelos congressistas; esse estudo foi publicado no volume XVIII/XIX, n.º 41-42 (53-54) da revista Bracara Augusta. Lê-se no Notícias de Melgaço n.º 1585, de 30/1/1966: «O distinto e erudito investigador reverendo MABP, que há 35 anos começou a escrever para o público em “Notícias de Melgaço”, honrando-nos com a sua interessante e valiosa colaboração, apresentou ao Congresso Histórico de Portugal Medievo, realizado na cidade de Braga (…), em Novembro de 1959, um notável estudo sobre Castro Laboreiro e seus forais, estudo que foi muito justamente apreciado, discutido e sublinhado com gerais aplausos pelos congressistas. / O valioso estudo que faz honra ao seu autor, castrejo de nascimento e pelo coração, foi publicado no volume XVIII/XIX, n.º 41-42 da revista Bracara Augusta, agora editado em separata, gentilmente oferecida com amiga dedicatória ao nosso modesto semanário, onde iniciou seus voos literários e se afirmou um incipiente escritor com predileção pelas coisas do passado. / Inicia o ilustre castrejo a apresentação da sua terra natal como um núcleo populacional típico de autóctones da população portuguesa, da raça lusitana, assoalhado na montanha, única terra de Melgaço com águas vertentes ao rio Lima, de privilégios e isenções de tributos que favoreceram a sua colonização e com uma população típica de trabalhadores fortes e amantes do seu torrão natal, ligados à terra sáfara por um culto fervoroso e inigualável. Na interessante separata publica em apêndice e comenta judiciosamente os forais de Afonso Henriques (segundo Lousada), e de D. Sancho I, e de D. Afonso III (segundo informa D. Manuel I), esclarecendo que, erradamente, se atribuiu a Castro Laboreiro uma carta de foro outorgada por A. Afonso III a 15/1/1271, o qual bem parece reforma do de D. Sancho I, exibido aquando das inquirições de 1258. / Ao nosso erudito conterrâneo, padre Bernardo Pintor, agradecemos sensibilizados a oferta do seu curioso e instrutivo opúsculo, com a sua honrosa dedicatória, e apresentamos-lhe as nossas mais entusiásticas felicitações pelo seu valioso trabalho que revela erudição, amor à sua terra natal, e demorada e honesta investigação das origens e da história dos seus antepassados      

     Morreu a 1/3/1996 no Seminário de São Teotónio, Monção, onde estava internado, e foi sepultado no dia seguinte no cemitério da sua terra natal, no lugar do Ribeiro de Cima, onde nascera. // Era um homem culto, grande investigador, deixando alguns livros com interesse, sobretudo na área da história regional. // “Melgaço Medieval”, de 1975, é um livro valioso para a História de Melgaço. // (Ver Notícias de Melgaço n.º 239, de 22/7/1934, e A Voz de Melgaço n.º 1047, de 15/3/1996).  

// continua...