quinta-feira, 30 de janeiro de 2020

LINA - FILHA DE PÃ
(romance)

Por Joaquim A. Rocha

 
 
 
 
XIII Capítulo
 

     Era a primeira vez que os dois amantes dormiam juntos; já tinham estado entre lençóis, mas em residenciais galegas, apenas durante algum tempo; agora nada, nem ninguém, os perturbaria. Ao contrário do que seria de esperar, nem um nem outro sofreu qualquer pesadelo durante a noite. Dormiram tranquilos, sem quaisquer problemas de consciência, sem remorsos, sem coisa alguma que os atormentasse!

   

- Vamos levantar-nos, aconchegar o estômago, e tratar do enterro. Espero que a cerimónia não passe de hoje: estou farta desta treta – disse Lina ao amante.

- Eu vou tratar de tudo na funerária; temos de libertar a sala para colocar o caixão. Pede a alguém que te ajude. Vamos despachar isto.

    

     Nem sequer se deu ao trabalho de ir verificar se a esposa expirara, ou ainda continuava moribunda. Vestiu-se e dirigiu-se à Vila a fim de encomendar o funeral. Ali tratavam de tudo – tivesse ele dinheiro para pagar. Talvez encomendasse uma urna de primeira classe, para mostrar àquela gente da Vila que os da montanha tinham dinheiro, não eram nenhuns pelintras, como os da Ribeira.

     A Lina, antes de ir ter com o coveiro, foi verificar em que estado se encontrava a patroa. Tinha a boca e os olhos abertos, a cor da pele amarelada. «Deve ser por causa do veneno» - vaticinou. Desejou-lhe: «Vai para as profundezas do inferno» - num tom metálico, marmóreo, sem qualquer compaixão. Sucumbira durante a noite, sem ninguém a assistir, sozinha e abandonada. Ela, que fora estimada pela família, que tivera amigos, que fora amada pelo marido. Que morte horrível aquela!

 

     Os da Vila apareceram com uma urna preta, brilhante no exterior, forrada com tecido de seda no seu interior, e mais utensílios para a cerimónia fúnebre. O viúvo caprichara: «Quero um funeral de primeiríssima, ouviu?» - dissera ao comerciante com altivez. Este, aproveitando a deixa, trouxera tudo aquilo que havia para esse efeito. No fim apresentaria a conta. «Deixe os pormenores connosco – somos profissionais» - foi a seca resposta.

     Tudo correu dentro da normalidade. Alguém aconselhou o seu enterramento nesse dia, à tardinha, porquanto o corpo da defunta já começava a ter um cheiro esquisito, insuportável. O mês de Agosto trazia temperaturas muito elevadas àquelas zonas mais altas do concelho. A moradia não tinha aparelhos de ventilação, pois não havendo energia elétrica não existia maneira de pô-los a funcionar. É possível que houvesse à venda aparelhos com pilhas, mas por ali ninguém pensava em tal coisa. Ainda era cedo para o progresso chegar àquelas zonas altas do Minho.     

   
 


 
     Dali a tempos Lina tem uma conversa calma com o amásio:




- Que alívio! Desta já nos livramos. Emília está a ser devorada pelos bicharocos e nós estamos aqui juntos, felizes. Mas ainda falta uma coisa para um final completamente vibrante, espetacular, como nos filmes: o nosso casamento. 

- Pensava que não querias casar. Não estamos melhor assim? Olha que os vizinhos podem desconfiar. Para quê tanta pressa?

- Não quero que me apontem o dedo: «vai ali a concubina do Filipe!» Desejo ser a tua esposa e não a tua amásia. Tu agora és viúvo, tal como eu – nada impede o nosso matrimónio.

- Isso é verdade; eu também quero casar contigo, ver no teu dedo a aliança, és a mulher da minha vida, apenas tenho receio das más-línguas. Que irão dizer: «Ainda há meia dúzia de meses lhe morreu a mulher e já está a tratar da papelada para se matrimoniar com a empregada

- Que falem, gente reles, quero lá saber! Não se pode contentar Deus e o Diabo ao mesmo tempo. Vais à Conservatória, tratas da documentação, e pronto: casamos. O casamento religioso será na igreja do antigo convento: é mais chique.

- Como queiras, por mim tudo bem. Só te quero ver satisfeita, alegre e feliz. 
 


 
     Em um dia qualquer da semana seguinte eis o senhor Filipe na Conservatória do Registo Civil:

 
- Por aqui senhor Filipe? – perguntou, curioso, o funcionário.

- Venho tratar de uns papéis.

- Não me diga que vai dar o nó pela segunda vez?!

- Um homem não foi feito para viver sozinho, precisa da companhia de uma fêmea.

- Nisso tem razão. Eu também me casei em segundas núpcias. A minha primeira esposa finou-se muito nova, devido a uma doença sem cura, deixando-me uma menina de três aninhos nos braços. Por vezes a vida, ou o destino, é cruel. // Bem, mas vamos ao que interessa: traz os seus documentos e os da noiva? E já agora: quem é a felizarda?

- Vou casar com a minha empregada, a Lina; já está lá em casa quase há um ano e acabamos por gostar um do outro.

- Desejo-vos felicidades.

 

     Depois de todos os impressos preenchidos, o homem retirou-se. O funcionário foi logo a correr comentar o caso com o Conservador, que estava no seu gabinete, agarrado a um grande calhamaço. Adorava ler aquelas leis antigas, para as comparar com as mais recentes.

 

- Posso entrar, Senhor Doutor?

- Faz favor, Gabriel. O que deseja?

- O Senhor Doutor lembra-se daquele caso que deu muito que falar, do suposto parto, da venda de uma criança de Cartagães, do degredo da compradora para Monção, que depois (segundo a vítima, pois não há provas testemunhais) apareceu aqui na Vila fardada de legionário, para dar uma valente coça na prima do ex-amante, que a denunciara à Guarda?

- Lembro-me de tudo isso. A senhora Pulquéria ia morrendo! Se não a descobrem a tempo… E depois?

- O senhor Filipe, natural de Lamas Santas, veio aqui tratar dos papéis para casar com ela!

- Mas esse cavalheiro não enviuvou há pouco tempo?

- Exatamente. E ela é a sua criada há um ano a esta parte.

- Curioso o que me conta. A mulher desse senhor falece e ele casa com a criada. Interessante! Ouça: vá ali ao posto e traga-me aqui o cabo da GNR.

 

    Depois de falar longamente com o cabo Benjamim, o Conservador saiu e foi ter com o Delegado do Procurador da República. Conversaram durante meia hora: 

 

- No mínimo é estranho, este caso – comentou o Delegado. - Quase que não deixaram arrefecer o corpo da coitada! Das duas, uma: ou nada temem, ou então querem demonstrar que nada têm a temer. Isto não vai ficar assim: o corpo da defunta tem de ser analisado por peritos; se morreu de doença, tudo bem, caso contrário terão de se sentar no banco dos réus. Essa Lina já há muito tempo que tem um cadastro razoável. Andou algum tempo sossegada, mas essa víbora é um autêntico vulcão – de vez, em quando, lança cá para fora a mortífera lava e peçonha. Não lhe daremos tréguas.

- Nós só permitiremos o casamento depois da análise ao corpo da morta – disse o Conservador. – Se houver crime, que sofram as consequências.

 

     As autoridades pediram ao coveiro para ir à campa da defunta, Dona Emília, por volta das vinte e duas horas, a fim de retirar de lá o seu cadáver, para os médicos fazerem uma certa experiência, mas tudo em sigilo. Dois soldados da Guarda Nacional Republicana acompanharam a operação. Os funcionários da Morgue embrulharam o corpo em roupas especiais e meteram-no na carrinha. Tudo rápido, sem dar muito nas vistas, sem chamar a atenção de quem quer que fosse.

    Algumas horas depois estavam num hospital do Porto. Um médico, especialista em autópsias, rasga - de alto, a baixo - a barriga da falecida e retira do seu interior alguns órgãos, para posterior análise. Mete tudo aquilo em uns frascos, entrega-os a um colaborador e afasta-se. O resto do trabalho seria feito por outros especialistas.

 

**

 

     Uns dias depois estava disponível o resultado da análise. Não havia quaisquer dúvidas: Emília fora assassinada! Quem a matou utilizara raticida. O hospital enviou essa informação para as autoridades de Melcarte.

     O Delegado do Procurador da República logo que recebeu essas notícias pôs-se em campo. Chamou o comandante do posto da Guarda Nacional Republicana e deu-lhe instruções:

 

- Temos de deter ambos, mas cuidado: o presumível assassino já foi emigrante no Brasil, é negociante, e pode estar armado com arma de fogo; a tal Lina não é mulher para brincadeiras, nem flor que se cheire – ao longo dos anos tem vindo a refinar a sua maldade. Estamos perante um casal perigoso, todo o cuidado será pouco.

- Esteja descansado, Senhor Doutor Delegado; vamos apanhá-los a ambos. Tenho uma ideia, que deve resultar: vou mandar as praças à civil, assim podem aproximar-se sem chamar a atenção.   

- Acho boa ideia. Bom trabalho.

 

 

 

     A Lina movimentava-se alegremente, feliz. Bem alimentada, bem vestida, já tendo acesso à conta bancária do futuro marido, bem recheada, algumas ações de empresas sólidas, embora não percebesse aqueles algarismos, pois era analfabeta, mas ele explicava-lhe tudo tim-tim por tim-tim: - «Já temos mais de cinco mil contos» – dizia-lhe ele, a rir.

      Nada a preocupava: a loja continuava a vender bem, estava agora ao balcão um rapaz bem-parecido, um parente do Filipe, os negócios prosperavam – iam de vento, em popa. Que mais desejava? Um certo dia diz ele, meio a sério meio a rir:

 

- Agora só nos falta um bebé para nos sentirmos cem por cento realizados. Será que ainda podes engravidar?  

- Quem sabe? Até pode acontecer! Queres um menino ou uma menina?

 

      Ela sabia perfeitamente que não poderia novamente dar à luz, mas para lhe agradar mentiria, como o fizera sempre. Quando esteve em São Cristóvão, teria à volta de dezoito anos, amancebou-se com o patrão, um galego fidalgo, Dom José Linhares, que casara nesse lugar com uma filha de um comerciante local. Às tantas, a Lina ficou grávida. O galego entrou em pânico; a perspetiva da criada vir a ter uma criança sua não lhe agradava absolutamente nada. Fora ótimo ter relações sexuais com uma rapariga da idade dos filhos, mas não passava de uma plebeia, analfabeta, inculta; deixar vir ao mundo o fruto dessa relação não estava nos seus horizontes. Antes que as coisas se adiantassem, ordenou-lhe:

 

- Tens de abortar; já arranjei uma parteira galega, competente, para tratar de tudo.

- Não quero. Tenho medo. E os riscos? Será que não corro riscos?!

- Claro que não, Lina. Pensas que eu te deixaria morrer?! Essa senhora está habituada a fazer abortos, tem uma experiência de longos anos. É cem por cento eficaz. Podes confiar em mim e nela.   

 

    O fidalgo galego meteu mãos à obra, delineou tudo cuidadosamente, e dentro de dias já a jovem tinha perdido o feto. Ficou um pouco abalada, mas recuperou depressa, devido sobretudo à sua juventude e a uma boa alimentação. 

     Depois desse episódio, a Lina nunca mais teve condições para engravidar. O seu útero ficara deveras afetado.

     Logo a seguir Dom José desinteressou-se dela e convenceu a esposa a dispensar os seus serviços. É como diz o ditado: «um azar nunca vem só     

 

**

 

     Vamos retomar o fio à meada. Onde tinha ficado? Ah! Já me lembro: em Lamas Santas. A Lina, com a conivência do amante, envenenara a patroa, a senhora Dona Emilinha.

    

     A Guarda Nacional Republicana começou a rondar-lhes a porta. Anotou os seus passos, quando saíam e entravam, para onde iam. Verificaram que ele todos os dias, de manhã, saía no carro, que carregava com produtos do estabelecimento. Tratava-se, sem qualquer dúvida, de artigos de contrabando, que seriam vendidos aos galegos. Ela saía pouco de casa: ia à loja, conversava cerca de meia hora com clientes e empregado e depois subia a fim de tratar da casa e da comida.   

     Com estes dados, os guardas prepararam o seu plano de captura: quando ele saísse de casa, dar-lhe-iam voz de prisão. Ela ainda tinha a porta aberta, para se despedir dele, e era nessa altura que deteriam ambos.

     Aconteceu numa quinta-feira de manhã: quando Filipe saía de casa e se dirigia para o seu carro, estacionado ali perto, surge, detrás de uma grande árvore, um soldado da GNR e aponta-lhe a arma: «considere-se preso!» O homem ficou estupefacto e não conseguiu reagir de imediato. Logo a seguir, surgiram mais dois soldados – um foi algemar o comerciante e o outro saltou os degraus e prendeu a criminosa.

     A Lina reagiu com uma agressividade canina. Transformara-se de repente numa leoa, ou em um tigre da savana. Seus olhos flamejavam:

 

- Seus canalhas! Que estão a fazer? Agora prendem pessoas honestas e trabalhadoras?

 

    O guarda que a detivera olhou friamente para ela e disse-lhe:

 

- Cale-se, sua descarada! Explique no tribunal, ao Senhor Doutor Juiz, as suas razões.

 

     Empurrou-a para fora de casa e obrigou-a a juntar-se ao amante.

 

     Eram cerca de quinze quilómetros de Lamas Santas à Vila, quase todo o trajeto a descer. Cinco pessoas: três agentes da autoridade e o casal teriam de palmilhar a pé aquele percurso. A Guarda Nacional Republicana nessa altura possuía apenas uma mota, velha, com um atrelado ao lado, permitindo viajar nela apenas duas pessoas, sem quaisquer comodidades. Os jipes estavam nas cidades e nas Forças Armadas. Podiam chamar um táxi, mas como, não havendo comunicações?

 

- A caminho! – grita um dos guardas.

 

      Demoraram quase três horas. A soez mulher, depois de barafustar imenso, resolveu calar-se. Não podia gastar energias em vão. «Como teriam descoberto o crime?» - interrogava-se. «Escapou-me qualquer pormenor» - disse entre dentes.

      Primeiro levaram-nos para a prisão, improvisada, da Guarda Nacional Republicana, a que davam o nome de calabouço: uma cela com apenas dez metros quadrados. Lá dentro via-se uma cama de madeira, pequena, só para uma pessoa, e duas cadeiras – tudo de uma pobreza franciscana.

    Nesse edifício, inaugurado em 1932, estava instalado o Tribunal, a Câmara Municipal, as Conservatórias, as Finanças, toda a burocracia do concelho. Uma incrível amálgama! Apenas a Guarda-Fiscal tinha quartel próprio, junto às muralhas do vetusto castelo – os postos estavam distribuídos pelos sítios onde os achavam necessários; a Polícia Internacional fixara-se perto da fronteira com a Espanha.     

   A Lina foi interrogada de uma forma brutal:

 

- Mesmo que não confesses, passarás anos na cadeia, pois as provas são evidentes – ameaçaram os interrogadores.

    

      Depois de dias de tortura, de fome e sede, de violentas punhadas, cheia de inchaços, sabendo já que o amante não resistira ao interrogatório e confessara toda a verdade, omitindo apenas os pormenores que o incriminariam ainda mais, atirando para ela todas as culpas, a Lina acabou por ceder. «Terei outras oportunidades, o mundo ainda não acabou para mim

        Deu-se então início ao processo jurídico: nomeou-se o advogado de acusação; o advogado de defesa foi escolhido pelo senhor Filipe. O primeiro, era de Melcarte; e o segundo de Monção. O julgamento, apesar da confissão dos assassinos, iria levar os seus tempos, seguir os seus trâmites – em Portugal «país de brandos costumes» tudo se fazia lentamente, sem pressas. O regime corporativista conseguira esse milagre: colocara em estado de hibernação os portugueses. Enquanto os outros países progrediam, o país de Camões, de Eça, etc., estagnava! E se alguém resmungasse era acusado de comunista e os agentes da Polícia Internacional de Defesa do Estado tratavam-lhe logo da saúde. Podia, na pior das hipóteses, ir parar ao Tarrafal, sito em Cabo Verde, de onde dificilmente sairia com vida!

     Tudo calado, tudo mudo, nada de contestações. Os vencimentos do funcionalismo público mal davam para comer e pagar a renda da casa; a pequena corrupção era geral. Ia-se a uma Repartição Pública pedir um documento e necessitando dele urgentemente tinha de se entregar uma gorjeta. Enfim, vivia-se no país do marasmo. Os que defendiam a liberdade eram coagidos a abandonar o país. Os melhores cientistas, professores universitários, escritores de renome, deixavam esse Portugal cinzento, labrego.                

     Depois de uma decisão do juiz, os dois criminosos foram transferidos para a prisão concelhia, a alguma distância do posto da Guarda Nacional Republicana, a fim de aguardarem julgamento; depois deste concluído, iriam para a cadeia de uma qualquer cidade, muito mais segura. 

     Como iam a pé, primeiro levaram o Filipe. Estava um farrapo humano: magro, sujo, a barba por cortar, parecia um mendigo. Não reagia a nada – quase não tocava na comida que vinha do pequeno restaurante, tão diferente, para pior, daquela que a Lina lhe servia. Ajudara a destruir a esposa, agora estava ali a sofrer as consequências desse crime horrendo, nefando. Preferia extinguir-se, a passar por esta vergonha. Pensara, erradamente, que a companheira e amante era uma exímia estratega, tudo faria na perfeição: ninguém suspeitaria de nada. E o que aconteceu? Estavam ambos presos, iriam ser julgados e condenados pelo Tribunal a pesadas penas. Acabaria seus dias numa dessas prisões da cidade, junto com os maiores criminosos do país. Tinha a percepção de que não era nenhum santo, mas comparado com aqueles bandidos, assassinos cruéis, era quase um anjo.

     Fora o amor, aquele amor tardio, serôdio, que o conduzira a este estado de coisas. O azar batera-lhe à porta. Podia considerar-se um homem rico, era considerado por toda a gente, ninguém sabia do seu passado brasileiro, aquela parte mais sombria da sua existência, nem a própria Emília! Limpara, com imenso esforço, a sua imagem, mas agora voltara àqueles tempos tenebrosos. «Não merecia acabar assim!» - concluiu. // continua...

segunda-feira, 27 de janeiro de 2020

GENTES DO CONCELHO DE MELGAÇO
(Freguesia de Cristóval)
 
Por Joaquim A. Rocha





// continuação

ALVES, José. // Lê-se no Notícias de Melgaço n.º 940, de 23/7/1950: «No passado dia catorze foi julgado no tribunal judicial desta comarca José Alves, casado, do lugar da Mouriga, freguesia de Cristóval, por ofensas corporais em Augusto Rafael Domingues, de vinte anos de idade, do lugar da Porta, da mesma freguesia, sendo condenado em quinze dias de prisão correcional, três de multa, à razão de 8$00 diários, prisão aquela que lhe foi substituída a 30$00 diários, perfazendo a importância total de 474$00, no imposto de justiça de 300$00 e acréscimos legais, indemnização ao queixoso de 90$00 e ainda em 200$00 para o seu defensor oficioso

 

ALVES, José Avelino. Filho de Maria Alves, solteira, natural de Paços, moradora no lugar de Viladraque, mas acidentalmente a residir no lugar de Marga, Cristóval. Neto materno de José Alves e de Rosa Esteves. Nasceu em Cristóval a 22/5/1901 e foi batizado na igreja a 26 desse mês e ano. Padrinhos: José Joaquim Marques, solteiro, lavrador, e Maria Fernandes, solteira, camponesa. // Casou a 8/12/1923, na CRCM, com Rosa Pires, de vinte e quatro anos de idade, natural de Paços, filha de José Joaquim Pires e de Alexandrina Pires. // Faleceu em Paços a 5/7/1968. // Nota: deve ser filho de Maria Joaquina Alves (ver em Paços).

 

ALVES, José Bento. Filho de Manuel Alves e de Ana Luísa Pereira do Lago. Neto paterno de Manuel Caetano Alves e de Benita Baldera; neto materno de José Caetano Pereira do Lago e de Francisca Caetana Ribeira, todos da Rua Verde. Nasceu a 28/11/1857 e foi batizado na igreja de Cristóval a 30 desse mês e ano. Padrinho: Bento Alves, tio paterno do batizando, do sobredito lugar.

 

ALVES, José Emílio. Filho de António José Alves, natural de Lamas do Mouro, e de Albina da Silva, natural de Cristóval, lavradores, residentes no lugar de Carvão. Neto paterno de Joaquim Alves e de Maria Rosa Domingues, de Gavião, Lamas de Mouro; neto materno de Gonçalo Luís da Silva e de Joaquina Esteves, de Carvão. Nasceu a 27/11/1884 e foi batizado a 30 desse mês e ano. Padrinhos: António Emílio Pires e sua irmã, Joaquina Pires, solteiros, lavradores, residentes em São Gregório.  

 

ALVES, José Joaquim. Filho de Manuel José Alves, natural de Lamas de Mouro, e de Maria da Silva, cristovalense, lavradores, residentes no lugar da Granja. Neto paterno de António Alves e de Delfina Pereira; neto materno de Manuel Joaquim da Silva e de Francisca Rodrigues. Nasceu em Cristóval a 8/12/1896 e foi batizada na igreja a 10 desse mês e ano. Padrinhos: Manuel da Silva, casado, lavrador, e Francisca Rodrigues, casada. // Casou a 14/12/1926, na Conservatória do Registo Civil de Melgaço, com Júlia Augusta de Almeida.  

 

ALVES, José de Lurdes. Filho de Manuel Alves, natural de Rouças, e de Albina Rosa Monteiro, natural de Cristóval, lavradores, residentes no lugar de Carvão. Neto paterno de Manuel Alves e de Teresa de Jesus Lourenço; neto materno de João Monteiro e de Maria Antónia Rodrigues. Nasceu em Cristóval a 31/5/1909 e foi batizado na igreja a 3 de Junho desse mesmo ano. Padrinhos: Manuel Alves, casado, lavrador, e Albina Rosa Monteiro, solteira, camponesa.    

 

ALVES, José Manuel. Filho de Francisco Alves e de Francisca Pereira, de Carvão. Neto paterno de António Alves e de Ana Joaquina Domingues, do dito lugar; neto materno de José Pereira do Lago e de Francisca Ribeira, de São Gregório. Nasceu a 28/1/1842 e foi batizado a 1 de Fevereiro desse mesmo ano. Padrinhos: Manuel José de Almeida e Maria do Outeiro, do Ramo. // Casou na igreja da sua terra, no estado de solteiro, a 20/11/1879, com Ludovina Rosa, de trinta e seis anos de idade, solteira, sua parente no terceiro grau de consanguinidade, filha de Manuel Luís Gonçalves e de Francisca Caetana Pereira, do Ramo. Testemunhas: António Manuel Gonçalves, casado, lavrador, do Ramo; Manuel Carvalho, solteiro, lavrador, de São Gregório; e Francisco Lourenço, solteiro, lavrador, de Marga.   

 

ALVES, José Manuel. Filho de Manuel Alves e de Luísa Rodrigues, da Rua Verde. N.p. de Caetano Álvares e de Benita Baldera; n.m. de José Caetano Pereira e de Francisca Caetana Ribeira. Nasceu a 7/9/1843 e foi batizado no dia seguinte. Padrinhos: o seu avô materno e sua filha Antónia. // (Faleceu ainda bebé). 

 

ALVES, José Manuel. Filho de -------- Alves e de -------------------------------------. Nasceu por volta de 1847. // Faleceu em Cristóval a --/--/1912, com sessenta e cinco anos de idade (Correio de Melgaço n.º 9, de 4/8/1912).

 

ALVES, Josefa. Filha de Manuel Alves e de Josefa Gonçalves, da freguesia de São Pedro da Torre, bispado de Ourense. Nasceu por volta de 1804. // Faleceu em Doma a 26/5/1866, com 62 anos de idade, casada com António Monteiro, com todos os sacramentos, com testamento em Notas, sem filhos, e foi sepultada na igreja paroquial.

 

ALVES, Josefa. // Nasceu na freguesia de Valongo, bispado de Ourense, por volta de 1825. // Faleceu no lugar de Carvão a 26/8/1901, com setenta e seis anos de idade, no estado de casada com Francisco Domingues, com todos os sacramentos, sem testamento, sem filhos, e foi sepultada no cemitério de Cristóval.

 

ALVES, Josefa. Filha de Francisco Alves e de Francisca Pereira do Lago, residentes no lugar de Carvão. Neta paterna de António Alves e de Ana Joaquina Domingues, do dito lugar; neta materna de José Caetano Pereira do Lago e de Francisca Caetana Ribeira, de São Gregório. Nasceu a 1/2/1851 e foi batizada na igreja de Cristóval a 3 desse mês e ano. Padrinho: José de Sousa Viana, solteiro, de São Gregório. // Casou na igreja de Cristóval a 12/12/1888 com Manuel Rodrigues, de 59 anos de idade, natural de Cela Nova, bispado de Ourense, viúvo de Dolores Alves Martins, falecida no lugar de Carvão, Cristóval. Testemunhas: Manuel Francisco Rodrigues, viúvo, e Francisco José Rodrigues, casado, lavradores, residentes no lugar da Porta.   

 

ALVES, Júlio Augusto. Filho de António José Alves, natural de Lamas de Mouro, e de Albina da Silva, natural do lugar de Carvão, Cristóval, lavradores. Neto paterno de Joaquim Alves e de Maria Rosa Domingues; neto materno de Gonçalo Luís da Silva e de Joaquina Esteves. Nasceu em Cristóval a 15/6/1899 e foi batizado na igreja a 21 desse mês e ano. Padrinhos: José Augusto de Brito e Albina Rosa Alves, casados, lavradores. // Fez exame do 1.º grau a 3/7/1914 na escola do sexo masculino de Cristóval, com o professor Abel Nogueira Dantas, obtendo a classificação de «ótimo» (Correio de Melgaço n.º 106, de 7/7/1914).

 

ALVES, Leonídia Augusta. Filha de António José Augusto, soldado da Guarda-Fiscal, natural da Póvoa de Varzim, e de Maria Teresa Alves, natural de Rouças. Nasceu em Cristóval a 7/1/1898. // Casou na Conservatória do Registo Civil de Melgaço a 13/8/1921, e na igreja de Rouças a 24/8/1921, com Frederico Augusto Esteves, funileiro na Vila de Melgaço, filho natural de Elisa Augusta Esteves e de Frederico Augusto dos Santos Lima. // Faleceu na Vila, onde morava, a 1/7/1954. // Era irmã da esposa de Cícero Cândido Solheiro, Maria Angelina Alves.  

    

ALVES, Lindolfo Augusto. Filho de ------- Alves e de ---------------------------------. Nasceu em -----------, a --/--/19--. // Morou em Cevide. // Casou com ----------------------------------. // Foi remetido a juízo pela Guarda Nacional Republicana «por maus tratos a uma sua enteada» (NM 849, de 17/2/1948, página 4). // Morreu no hospital da SCMM a 25/7/1963.

 

ALVES, Lucinda dos Santos. Filha de Aníbal José Alves, proprietário, natural de Chaviães, e de Olívia Rodrigues, proprietária, natural de Cristóval, moradores no lugar de Cevide. Neta paterna de José Augusto Alves e de Carlota Maria Rodrigues; neta materna de Joaquim Rodrigues e de Benedita Mendes. Nasceu em Cristóval a 1/11/1907 e foi batizada na igreja a 4 desse mês e ano. Padrinhos: Joaquim Rodrigues e Benedita Mendes, casados, proprietários.  

 

ALVES, Ludovina Rosa. Filha de Caetano Alves e de Rosa Francisca Rodrigues, lavradores, residentes em São Gregório. N.p. de Francisco Alves e de Francisca Pereira, de Carvão; n.m. de Joaquim Rodrigues e de Francisca Caetana Gonçalves, de São Gregório. Nasceu a 3/9/1882 e foi batizada na igreja de Cristóval a cinco desse mês e ano. Padrinhos: José Alves, casado, lavrador, morador no lugar de Carvão, tio paterno da neófita, e a avó materna da mesma, viúva.

 

ALVES, Luís Manuel. Filho de Manuel Alves e de Claudina Moreda (*), lavradores-proprietários, residentes em Sucastelo. N.p. de João Alves e de Josefa Vaz, do dito lugar; n.m. de Luís Moreda e de Maria Monteiro, de São Gregório. Nasceu a 3/1/1891 e foi batizado na igreja no dia seguinte. Madrinha: Benedita Pires Pereira, casada, proprietária, moradora na Rua Verde de São Gregório. // Casou com Augusta da Conceição, de 18 anos de idade, cristovalense, filha de Manuel Vitorino (?) de Magalhães e de Delfina Esteves (do Ramo?), na CRCM, a 25/1/1915. // Finou-se na sua freguesia a 27/3/1967. // Pai de Iracema Claudina, batizada em 1916 (Correio de Melgaço n.º 184, de 30/1/1916), a qual faleceu nos Casais a --/--/1916, com apenas 16 dias de idade (Correio de Melgaço n.º 186, de 13/2/1916). /// (*) Claudina Moreda faleceu a 14/1/1891. 

 

ALVES, Luísa. Filha de Romualdo Álvares e de Caetana Rodrigues, de Desteriz, Galiza. // Faleceu no lugar dos Casais, Cristóval, a 23/7/1864, com sessenta anos de idade, no estado de casada com Manuel Mendes, com todos os sacramentos, sem testamento, sem filhos, e foi sepultada na igreja paroquial.

 

ALVES, Manuel (Padre). // Em 1834 era o abade de Cristóval.

 

ALVES, Manuel. Filho de Francisco Rodrigues Alves e de Maria Pires, do lugar da Porta. // Casou, na igreja de Cristóval, a 23/3/1836, com Josefa, filha de Francisco António Esteves e de Luísa Esteves, da Granja.

 

ALVES, Manuel. Filho de António Alves e de Ana Domingues. Nasceu por volta de 1813. // Faleceu no lugar de Carvão a 22/6/1873, com sessenta anos de idade, casado com Ana Afonso, com todos os sacramentos, sem testamento, e foi sepultado na igreja. // Deixou um filho: Manuel.

 

ALVES, Manuel (Catarinho). Filho de Manuel Caetano Alves e de Benta Baldera. // Proprietário. // Casou com Maria Luísa, filha de José Pereira do Lago e de Francisca Caetana Ribeira. // A sua esposa faleceu na Rua Verde de São Gregório a 18/10/1864, com 50 anos de idade, com todos os sacramentos, sem testamento, e foi sepultada na igreja local. // Ele morreu a 14/6/1891, também na Rua Verde, com 74 anos de idade, com todos os sacramentos, com testamento feito na Espanha, e foi sepultado na igreja no dia 16. // Pais de Joaquina, de Maria, de Albina, de António e de José. 

 

ALVES, Manuel. Filho de João Alves e de Feliciana do Outeiro, do Ramo. Neto paterno de Francisco Alves e de Maria Benta Fernandes, de Pontedeva; neto materno de Manuel José do Outeiro e de Maria Luísa Rodrigues, do Ramo. Nasceu a 12/7/1838 e foi batizado a 16 desse mês e ano. Padrinho: Manuel Francisco Moreda, de São Gregório. // Faleceu a 8/10/1838. 

 

ALVES, Manuel. Filho de Manuel Rodrigues Alves e de Josefa Esteves, do lugar da Porta. N.p. de Francisco José Rodrigues Alves e de Maria Joaquina Pires, do dito lugar; n.m. de Francisco António Esteves e de Maria Luísa Esteves, da Granja. Nasceu a 26/4/1848 e foi batizado no dia seguinte. Padrinhos: o seu avô paterno e sua filha, Antónia, tia do bebé. // Casou na igreja de Cristóval a 14/8/1878, com Maria da Cruz, de 21 anos de idade, solteira, cristovalense, filha de Joaquim Júlio Lopes e de Josefa Durães, de São Gregório. Testemunhas: Francisco Domingues, solteiro, ferreiro, e seu irmão, José Domingues, casado, lavrador, moradores no Campo do Souto; e Francisco José Rodrigues, solteiro, lavrador, do lugar da Porta. 

 

ALVES, Manuel. Filho de João Alves e de Josefa Vaz, rurais, moradores no lugar de Sucastelo. Neto paterno de Francisco Alves e de Maria Benta Fernandes, de Aldeia, São Veríssimo de Pontedeva, Ourense; neto materno de Francisco Vaz e de Ana da Ribeira, do Outeiro, Paços. Nasceu a 1/9/1857 e foi batizado na igreja de Cristóval a 3 desse mês e ano. Madrinha: a sua avó materna. // Casou na igreja de Cristóval a 26/5/1890 com Benedita (*), solteira, nascida a 8/1/1849, filha de Luís Moreda e de Maria Monteiro, lavradores, residentes no lugar de São Gregório. Testemunhas presentes: padre Luís Manuel Marques, de São Gregório, e Francisco José Rodrigues, solteiro, proprietário, morador no lugar da Granja. // Enviuvou em 1891. // Casou em segundas núpcias, na sobredita igreja, a 20/11/1893, com Albina do Outeiro, solteira, nascida a 25/9/1850, filha de Manuel do Outeiro e de Francisca Bermudes, lavradores, residentes no lugar de Doma. Testemunhas presentes: Manuel Domingues, casado, lavrador, residente no lugar de Doma, e Francisco Domingues, solteiro, do mesmo lugar. // Pai de Luís Manuel Alves (ver). /// (*) O padre enganou-se, pois quem casou com Manuel Alves foi a sua irmã Claudina Moreda (ver).

 

ALVES, Manuel. Filho de Maria Joaquina Alves. Nasceu em Cristóval a --/--/1914 (Correio de Melgaço n.º 116, de 15/9/1914).

 

ALVES, Manuel Amadeu. Filho de --------- Alves e de --------------------. Nasceu a --/--/19--. // Faleceu em Marga, Cristóval, a --/--/2000 (VM 1134, de 15/3/2000). 

 

ALVES, Manuel António. Filho de Manuel António Alves e de Benita de Puga. // Casou na igreja de Cristóval a 4/1/1841, com Ana Luísa, filha de José Caetano Pereira e de Francisca Caetana Ribeira. Testemunhas do ato religioso: Manuel José Domingues e sua mulher, Antónia Luísa Alves, todos da Rua Verde.  

 

ALVES, Manuel António. Filho de Luís Manuel Alves e de Augusta da Conceição de Magalhães. Nasceu em Cristóval a --/--/1917 (Correio de Melgaço n.º 237, de 18/2/1917).

 

ALVES, Manuel Augusto. Filho de Manuel José Alves e de Maria da Silva, moradores no lugar da Granja. N.p. de António Alves e de Delfina Pereira; n.m. de Manuel Joaquim da Silva e de Francisca Rodrigues. Nasceu em Cristóval a 10/8/1900 e foi batizado na igreja a 12 desse mês e ano. Padrinhos: José Joaquim da Silva e Albina Rosa da Silva, solteiros, cristovalenses. // Fez exame do 1.º grau a 3/7/1914 na escola masculina de Cristóval, com o professor Abel Nogueira Dantas, obtendo a classificação de «ótimo» (Correio de Melgaço n.º 106, de 7/7/1914).

 

ALVES, Manuel Caetano. // Casou com Benita Baldera. // A sua esposa faleceu na Rua Verde de São Gregório, freguesia de Cristóval, a 2/4/1858, com todos os sacramentos, sem testamento, e foi sepultada na igreja no dia 3; não teve missa, nem ofício, por ser tempo impedido. No entanto, o viúvo mandou rezar por sua alma trinta missas e os ofícios do costume de sete padres.  

 

ALVES, Manuel Caetano. Filho de Manuel Alves e de Ana Joaquina Afonso, moradores em Carvão. Neto paterno de António Alves e de Ana Domingues, do dito lugar; neto materno de Manuel Afonso e de Isabel Alves, de Pousafoles, Fiães. Nasceu a 13/7/1853 e foi batizado na igreja de Cristóval no dia seguinte. Padrinhos: Manuel Caetano Enriques e sua mulher, Maria Luísa Afonso, de Pousafoles, tios do neófito. // Lavrador. // Faleceu em Carvão a 24/5/1882, solteiro, com todos os sacramentos, sem testamento, e foi sepultado na igreja no dia 25.  

 

ALVES, Manuel Francisco. Filho de Francisco Alves e de Francisca Pereira (do Lago), moradores no lugar de Carvão. Neto paterno de António Alves e de Ana Joaquina Domingues, do dito lugar; neto materno de José Caetano Pereira e de Francisca Ribeira, de São Gregório. Nasceu a 21/10/1845 e foi batizado a 23 desse mês e ano. Padrinhos: Manuel Francisco Domingues e sua mulher, Isabel Ventura Ribeira, de Carvão. // Faleceu em Carvão a 9/8/1871, solteiro, com todos os sacramentos, sem testamento, e foi sepultado na igreja.  

 

ALVES, Manuel José. Filho de António José Alves, natural de Lamas do Mouro, e de Albina da Silva, natural de Cristóval, lavradores, residentes no lugar da Cruz. Neto paterno de Joaquim Alves e de Maria Rosa Domingues, do Gavião, Lamas de Mouro; neto materno de Gonçalo Luís da Silva e de Joaquina Esteves, do lugar da Cruz. Nasceu a 12/2/1882 e foi batizado na igreja de Cristóval a 17 desse mês e ano. Padrinhos: António José Alves, de Gavião, Lamas (representado pelo avô materno do bebé), e Josefa Rodrigues, solteira, de Carvão, Cristóval.  

 

ALVES, Manuel José. Filho de Maria Alves, natural de Paços, solteira, camponesa, moradora no lugar do Ranhado. Neto materno de José Alves e de Rosa Esteves. Nasceu na freguesia de Cristóval a 18/7/1909 e foi batizado na igreja a 24 desse mês e ano. Padrinhos: José Avelino Cousso e Constança Gonçalves, solteiros, lavradores. // Morreu a 15/8/1910.   

 

ALVES, Maria. Filha de Manuel Alves e de Ana Afonso, de Pousafoles, Fiães, moradores em Carvão, Cristóval. N.p. de António Alves e de Ana Joaquina Domingues, de Carvão; n.m. de Manuel Afonso e de Isabel Luísa Alves, de Pousafoles. Nasceu a 1/1/1852 e foi batizada na igreja de Cristóval a 4 desse mês e ano. Padrinhos: Manuel Caetano Enriques e sua mulher, Maria Luísa Afonso, tios da batizanda.

 

ALVES, Maria. Filha de António Evaristo Alves e de Luísa Ribeiro, lavradores, do lugar da Porta. Neta paterna de Clara Joaquina Alves, solteira, de Quintas, Chaviães; neta materna de Francisco Ribeiro e de Helena Marques, do lugar da Porta. Nasceu a 22/11/1893 e foi batizada a 27 desse mês e ano. Padrinhos: Francisco José Rodrigues Junior, solteiro, da Granja, e Benedita Ribeiro, solteira, do lugar da Porta, tia da batizanda. // Casou com Justino, de 23 anos, filho de António Pereira e de ---------- Esteves, natural da freguesia de (?), na CRCM, a --/--/1919. // Enviuvou a --/--/19--. // Faleceu em Cristóval a 7/5/1978.   

 

ALVES, Maria da Ascensão. Filha de -------------- Alves e de ---------------- Monteiro. Nasceu a --/--/192-. // Em 1938 fez exame do ensino primário na escola de Cristóval, ficando aprovada (NM 409).

 

ALVES, Maria Benta. Filha de João Alves e de Feliciana do Outeiro, moradores no lugar da Calçada, Cristóval. Neta paterna de Francisco Alves e de Maria Benita Fernandes, de Pontedeva, Galiza; neta materna de José do Outeiro e de Maria Rodrigues, da Calçada. Nasceu em Cristóval a 13/4/1840 e foi batizada na igreja a 19 desse mês e ano. Madrinha: sua tia Josefa Alves. 

 

ALVES, Maria Benta. Filha de Manuel Caetano Alves e de Ana Luísa Pereira. N.p. de Caetano Alves e de Benita Baldera; n.m. de José Caetano Pereira e de Francisca Caetana Ribeira, todos da Rua Verde, Cristóval. Nasceu em Cristóval a 9/8/1849 e foi batizada na igreja a 11 desse mês e ano. Padrinhos: os seus avós maternos.  

 

ALVES, Maria Ermelinda. Filha de António José Alves, natural de Lamas de Mouro, e de Albina da Silva, natural de Cristóval, lavradores, residentes no lugar de Carvão, Cristóval. Neta paterna de Joaquim Alves e de Maria Rosa Domingues, do Gavião, Lamas de Mouro; neta materna de Gonçalo Luís da Silva e de Joaquina Esteves, de Carvão. Nasceu a 31/5/1890 e foi batizada na igreja a 1 de Junho desse mesmo ano. Padrinhos: José de Brito, casado, morador em Viladraque, Paços, e Joaquina Durães, viúva, proprietária, moradora na Sobreira, Cristóval. 

 

ALVES, Maria Francisca. Filha de Manuel Francisco Rodrigues Alves e de Josefa Esteves, moradores no lugar da Porta. // Faleceu nesse lugar a 25/10/1867, com 30 anos de idade, solteira, sem testamento, sem filhos, e foi sepultada na igreja. 

 

ALVES, Maria de Jesus. Filha de José Manuel Alves e de Ludovina Rosa Gonçalves, lavradores, residentes em Carvão. Neta paterna de Francisco Alves e de Francisca Caetana Pereira, do dito lugar; neta materna de Manuel Luís Gonçalves e de Francisca da Ribeira, do Ramo. Nasceu a 30/9/1880 e foi batizada na igreja de Cristóval nesse dia. Padrinhos: Francisco José Rodrigues, solteiro, proprietário, morador na Granja, e a avó materna da criança, viúva.  

 

ALVES, Maria Joaquina. Filha de Tadeu Álvares e de Maria Rosa do Outeiro. // Faleceu em São Gregório a 8/11/1864, com 90 anos de idade, solteira, com todos os sacramentos, com testamento, e foi sepultada na igreja. // Mãe de Feliciana. 

 

ALVES, Maria Luísa. Filha de Francisco Alves e de Ana Lopes, do Pico. Neta paterna de Pedro Alves e de Pepa Vasques, de Regados, Padrenda, Galiza; neta materna de Francisco Lopes e de Maria Joana, do Pico. Nasceu a 22/3/1840 e foi batizada a 25 desse mês e ano. Padrinhos: padre Domingos José Meleiro, da Carpinteira, São Paio, representado por Manuel Lopes, do Pico, e Margarida Lopes, tia da batizanda. 

 

ALVES, Maria Luísa. Filha de Manuel Francisco Rodrigues Alves e de Josefa Esteves, do lugar da Porta. N.p. de Francisco José Rodrigues Alves e de Maria Joaquina Pires, do dito lugar; n.m. de Francisco António Esteves e de Maria Luísa Esteves, da Granja. Nasceu a 23/7/1842 e foi batizada no dia seguinte. Padrinho: o seu avô paterno. 

 

ALVES, Maria Ventura. Filha de Francisco Alves e de Maria Ventura do Souto. // Faleceu no lugar de Doma a 12/10/1879, com oitenta e três anos de idade, no estado de viúva de Francisco Mendes, com todos os sacramentos, sem testamento, e foi sepultada na igreja. Deixou uma filha: Ana.

 

ALVES, Maurício Monteiro. Filho de ---------- Alves e de ---------------------------. Nasceu a --/--/19--. // Faleceu no lugar de Carvão, Cristóval, a --/--/1996 (VM 1045). 

 

ALVES, Olívia Luísa Monteiro. Filha de ---------- Alves e de --------------------. Nasceu em -------------- a --/--/19--. // Suponho que nasceu em Monção. // Lê-se no Notícias de Melgaço n.º 1029, de 22/6/1952: «Vendem-se – Por preços módicos, propriedades de bom rendimento (terras lavradias, pinheirais, casas e moinhos com dois rodízios) no lugar de Cevide, freguesia de Cristóval. Falar com Olívia M. Alves. // São Gregório.» // Em 1975 estava viúva e residia em São Gregório. // Faleceu antes de 1999 (VM 1122).  

 

ALVES, Onório António dos Santos. // Casou na igreja de Cristóval em 1937, com Aurora Domingues (NM 378).

 

ALVES, Palmira. Filha de Manuel José Alves, natural de Lamas de Mouro, e de Maria da Silva, natural de Cristóval, lavradores, residentes no lugar da Granja. N.p. de António Alves e de Delfina Pereira; n.m. de Manuel Joaquim da Silva e de Francisca Rodrigues. Nasceu em Cristóval a 31/10/1904 e foi batizada na igreja a 2 de Novembro desse mesmo ano. Madrinha: Albina Rosa da Silva, solteira, proprietária. // Casou a 10/11/1926, na CRCM, com Manuel António Bernardo. // Enviuvou a 6/1/1987. // Faleceu a 4/2/1992, na freguesia de Briteiros (Santo Estêvão), concelho de Guimarães.     

 

ALVES, Palmira da Glória. // Nasceu por volta de 1895. // Morou na Sobreira, Cristóval. // Faleceu em 1938, com 43 anos de idade (NM 407, de 31/7/1938).

 

ALVES, Palmira de Jesus. Filha de --------- Alves e de ---------------------------------. Nasceu a --/--/19--. // Fez exame do 1.º grau a 6/7/1916 na escola Conde de Ferreira, sita na Vila, obtendo a classificação de «ótima» (Correio de Melgaço n.º 206, de 9/7/1916).

 

ALVES, Palmira Joaquina. // Lê-se no Notícias de Melgaço n.º 1024, de 11/5/1952: «Na maternidade do hospital da Misericórdia desta vila, deram à luz uns lindos meninos, as senhoras Maria Rosa Gregório e Marcelina Esteves, de Penso; Palmira Joaquina Alves, de São Gregório, Cristóval (morto) e Constança Esteves, das Carvalhiças, desta vila

 

ALVES, Pureza de Jesus. Filha de Manuel José Alves e de Maria da Silva, moradores no lugar da Granja. Neta paterna de António Alves e de Delfina Pereira; neta materna de Manuel Joaquim da Silva e de Francisca Rodrigues. Nasceu em Cristóval a 5/5/1898 e foi batizada na igreja a 13 desse mês e ano. Padrinhos: Manuel Joaquim da Silva, casado, lavrador, e Albina Rosa da Silva, solteira. // Faleceu na sua freguesia de nascimento a 2/10/1984. 

 

ALVES, Rosa. Filha de António José Alves, natural de Lamas de Mouro, e de Albina Silva, natural de Cristóval, lavradores, residentes em Carvão, Cristóval. N.p. de Joaquim Alves e de Maria Rosa Domingues, de Gavião, Lamas de Mouro; n.m. de Gonçalo Luís da Silva e de Joaquina Esteves, de Carvão. Nasceu a 10/3/1893 e foi batizada nesse dia. Padrinhos: Francisco José Rodrigues e Maria Rodrigues, solteiros, proprietários, moradores na Granja. // Casou com Adelino, de 30 anos de idade, seu conterrâneo, filho de Maria Rodrigues, da Granja, na CRCM, a 23/10/1918. // Ambos faleceram em Cristóval: o marido a 18/11/1959 e ela a 22/1/1976 (?). 

 

ALVES, Rosa Maria. // Faleceu no lugar de São Gregório, freguesia de Cristóval, a 14/9/1804; foi amortalhada em túnica de São Francisco e sepultada na igreja de Cristóval. // Era casada com Francisco José Veloso. 

 

ALVES, Secundino António. Filho de Bento Alves e de Maria Caetana Alonso, moradores em São Gregório. Neto paterno de José Alves e de Maria Joaquina, de Frossos, Braga; neto materno de Tomás Alonso e de Vitória Joaquina, da Vila de Melgaço, moradores na Corga. Nasceu a 23/2/1877 e foi batizado na igreja de Cristóval a 26 desse mês e ano. Padrinhos: os seus avós maternos.

 

ALVES, Teresa. Filha de Francisco Alves e de Ana Lopes, residentes no lugar do Pico. Neta paterna de Pedro Alves e de Josefa Vasques, de Regadas, Padrenda; neta materna de Francisco Lopes e de Joana Domingues, do lugar do Pico, Cristóval. Nasceu a 8/6/1844 e foi batizada a 12 desse mês e ano. Padrinhos: padre Domingos José Meleiro, de São Paio (representado por António Lopes, tio da batizanda), e Teresa, filha de António Fernandes, do lugar da Rubinha, Padrenda, Tui. // Casou com Francisco António Fernandes. // Faleceu por volta de 1918, pois em Dezembro desse ano eram citados seus filhos, Maria Joaquina Fernandes e marido, João dos Santos, e Manuel Joaquim Fernandes, ausentes em parte incerta dos Estados Unidos do Brasil, para assistirem a todos os termos até final do inventário a que se procedia por seu óbito (Jornal de Melgaço n.º 1232, de 3/1/1919).  

 

*

 

AMÁLIA. Filha de Petronila Maria Exposta, solteira, moradora, como caseira, no lugar de São Gregório. Nasceu a 4/7/1888 e foi batizada na igreja de Cristóval a seis desse mês e ano. Padrinhos: António Miguel Monteiro, solteiro, maior de catorze anos de idade, e Maria Gonçalves, solteira, moradores em São Gregório. // Faleceu na sua freguesia a 21/3/1961.  

 

AMARAL

 

AMARAL, Angélica da Conceição. Filha de António José Amaral e de Antónia Manda Torres. Nasceu em São Gregório a --/--/1932 (Notícias de Melgaço n.º 164, de 11/9/1932). // Casou com Osvaldo José de Sousa, natural de Paços. // Depois do matrimónio embarcaram para África. // O seu marido morreu por volta de 2006, em Braga, capital do Minho, para onde vieram morar depois da independência de Angola. // Ela faleceu também em Braga, em Setembro de 2014. // Mãe de Vítor de Sousa, casado, residente na capital do Minho, antigo vice-presidente da Câmara Municipal de Braga; fora eleito nas listas do Partido Socialista.

 

AMARAL, António José. Filho de --------- Amaral e de ------------------------------. Nasceu em -------------------, a --/--/18--. // Veio para Melgaço como sargento da Guarda-Fiscal. // Casou a --/--/1916 com Antónia Manda Torres (Correio de Melgaço n.º 208, de 23/7/1916). // O casal teve sete ou oito filhos.  

 

AMARAL, Eva da Luz. Filha de António José Amaral e de Antónia Manda Torres. Nasceu em Cristóval a --/--/192-. // Em 1938 fez exame do 2.º grau na escola de São Gregório e ficou distinta (NM 413, de 18/9/1938).

 

AMARAL, Georgina da Anunciação. Filha de António José Amaral e de Antónia Manda Torres. Nasceu em Cristóval a --/--/192-. // Em 1935 fez exame do 2.º grau na escola de São Gregório e ficou distinta (NM 283, de 1/9/1935).

 

AMARAL, Maria da Glória. Filha de António José Amaral e de Antónia Manda Torres. Nasceu em Cristóval a --/--/192-. // A 17/7/1933 fez exame do 2.º grau, quarta classe, ficando distinta (NM 204, de 13/8/1933).

 

AMARAL, Nair das Dores. Filha de António José Amaral e de Antónia Manda Torres. Nasceu em Cristóval a --/--/1919 (JM 1262, de 14/9/1919).

 

AMORIM

 

AMORIM, Dr. Adão. // Lê-se no Notícias de Melgaço n.º 1039, de 7/9/1952: «3.º prémio (tiro aos pombos, 31/8/1952) – Taça Asilo Pereira de Sousa – ao senhor Dr. Adão Amorim, chefe da delegação aduaneira de São Gregório

 

AMORIM, Adriano. Filho de ------------- de Amorim e de --------------------------------. Nasceu a --/--/19--. // A 3/7/1914 fez exame do 1.º grau na escola do sexo masculino de Cristóval, com o professor Abel Nogueira Dantas, obtendo a classificação de «ótimo» (Correio de Melgaço n.º 106, de 7/7/1914).

 

AMORIM, Ana Rosa. Filha de Palmira Alice Amorim, natural de Paços. Nasceu na freguesia de Cristóval a --/--/1939 (NM 434). 

 

AMORIM, António. Filho de ---------- Amorim e de -------------- Esteves. Nasceu a --/--/18--. // Em 1912 embarcou para o Brasil; com ele seguiram Luís Douteiro e Manuel Pires (Correio de Melgaço n.º 21, de 27/10/1912).

 

AMORIM, António. Filho de Camilo de Amorim, natural da freguesia de Crespos, partido judicial de Bande, diocese de Ourense, e de Ana Bermudes, natural da freguesia de Paços, Melgaço, proprietários, moradores no lugar da Ferraria, Cristóval. Neto paterno de Manuel de Amorim e de Luísa Mora; neto materno de João Bermudes e de Francisca da Silva. Nasceu a 23/11/1907 e foi batizado na igreja de Cristóval a 27 desse mês e ano. Padrinhos: João Pires Teixeira, solteiro, proprietário, natural da Vila de Melgaço, e Ludovina Bermudes, casada, proprietária. // A 13/7/1916 fez exame do 1.º grau (3.ª classe do ensino primário), na escola Conde de Ferreira, Vila, obtendo a classificação de «ótimo». Morava em Paços e era seu professor Sebastião Pereira (Correio de Melgaço n.º 207, de 16/7/1916). // No verão de 1918 fez exame do 2.º grau, ficando aprovado (Jornal de Melgaço n.º 1220, de 24/8/1918). // Nos inícios da década de trinta namorou com Maria Leonor da Rocha, natural da Vila de Melgaço, e ambos geraram o Alfredo, nascido em SMP a 15/1/1933. // Logo depois ele embarcou para o Brasil, onde teve oficina de serralheiro, casou com uma brasileira, salvo erro, e foi pai de duas raparigas. // O filho Alfredo, depois da tropa, foi também para o Brasil, ainda chegou a estar com o progenitor e irmãs, mas depois seguiu o seu percurso (*). // Penso que o António nunca mais voltou à sua terra natal. /// (*) Ver a biografia do Alfredo na Vila de Melgaço, no apelido Rocha.

 

AMORIM, António. Filho de ---------- Amorim e de ----------------------. Nasceu a --/--/19--. // Natural do lugar do Ramo, Cristóval. // A sua esposa deu à luz, em 1950, um menino (ver Notícias de Melgaço n.º 939, de 16/7/1950). // Nota: deve ser o senhor que casou com Palmira das Dores Gomes. // continua...