sexta-feira, 31 de maio de 2019

LEMBRANÇAS AMARGAS
(romance)
 
Por Joaquim A. Rocha



CAPÍTULO XXX


A religião é mel para os que dela se alimentam
 

      A doutrina, ou catequese, era obrigatória para todas as crianças que frequentassem a escola primária; o padre, e o professor do ensino primário, formavam uma sagrada, sólida e estratégica aliança, mantinham uma vigilância apertada para que essa obrigação fosse cumprida. O castigo seria severo para todos aqueles que tentassem ludibriá-los. Eu, católico como era, embora com um espírito rebelde, nunca faltava a esses deveres. Venham assistir a uma aula: 



 
- Quem é Deus?

- Deus é o pai todo-poderoso, criador do céu…

- Muito bem. E como se compõe a santíssima trindade?

- Pai, Filho, Espírito Santo.

- Como se chama a mãe de Jesus?

- Maria.

- Insuficiente. É assim: Virgem Maria, esposa de São José. Apanhas uma canada; para a próxima já responderás corretamente.         

- Mas o senhor abade disse que a mãe de Jesus se chama simplesmente Maria.

- O senhor abade é o senhor abade; eu sou eu. Eu sou a catequista e estou aqui para vos ensinar. Vais dizer-me, tu aí, ó Francisco, quais são os sete pecados cardeais?

- «Soberba»; «avareza»; «luxúria»; «ira», e não me lembro de mais.

- Quem quer responder? Tu vais para ali de castigo, assim, de costas para os outros.

- Eu sei, senhora catequista.

- Então responde.

- … «gula», «inveja» e «preguiça».

- Muito bem. O pecado da preguiça é o que vocês mais cometem. Agora ali o Cândido: vais-nos dizer quais são os dez mandamentos da lei de Deus.

- Dez mandamentos? Tantos?

- Ninguém ri, se não fica ali de castigo. São dez e vais dizê-los.

- Só me lembro de quatro: «não matarás»; «não furtarás»; «não levantarás falso testemunho»; «não cobiçarás mulher alheia»; …

- … «não invocarás o santo nome de Deus em vão»; … Bem, agora vamos sair. Tu, ó Aniceto, vais buscar a caixa, o Júlio leva a bandeira… Já vem ali o senhor abade, todos perfilados.

- Boa tarde! Então como vão os nossos rapazes?

- Uns melhor do que outros, senhor padre Alberto.

- Vamos marchar um pouco, em frente, hoje damos a volta à avenida Salazar, o exercício também faz bem. Não se esqueçam que no próximo domingo às nove horas fazem a primeira comunhão, no fim passam pela sacristia para tomar um copo de cacau quentinho.

- Senhor abade, eu não tenho roupa para levar, só tenho esta que trago vestida.

- Oh, diabo! Isso é que é mau. Olha: vais falar com a minha irmã Teresinha, ela que veja o que se pode arranjar, talvez adapte – ela tem muito jeito para a costura – umas calças minhas que já não me sirvam, ultimamente engordei uns quilitos, e uma camisa usada também por lá se arranja.

- Sim senhor, senhor padre Alberto; e muito obrigado.  

- Deus compensar-me-á sobejamente por tudo aquilo que faço pelos pobrezinhos, é a minha obrigação. Jesus dizia sempre: «venham a mim as criancinhas.» Então eu, não havia de respeitar esse seu amor pelos mais pequeninos? Esses corpos bem direitos. Depois da curva vamos cantar o hino nacional, ai daqueles que se enganem. Assim: «heróis do mar, nobre povo, nação valente, imortal, levantai hoje de novo o esplendor de Portugal, entre as brumas da memória, ó pátria sente-se a voz dos teus egrégios avós que há de guiar-te à vitória; às armas, às armas, sobre a terra e sobre o mar! Às armas, às armas, pela pátria lutar, contra os canhões marchar, marchar

- Não está mal, mas quero essas vozes bem afinadas, a Pátria vem depois do Pai que está no céu: «Deus, Pátria, Família.» Quem é o Chefe, quem é?

- Salazar! Salazar!

- Mais forte.

- Salazar!!! Salazar!!!...     



 

terça-feira, 28 de maio de 2019

SONETOS DO SOL E DA LUA
 
Por Joaquim A. Rocha



Braga romana, 2019


«VIAGEM NO INTERIOR DE MIM»

 
 

Viajo pelo cosmos à deriva,

Montado num vetusto dinossauro,

Com cara de turco, chino, ou mauro,

Um guerreiro feroz, filho de Shiva.

 

Deixo o bicharoco numa arriba,

Seu corpo abandonado pra restauro;

Alimentado só com salsa e sauro,

Por triste e esquelética amiba.

 

Mas antes que o vermelho sol se extinga

Vou falar com o deus do universo;

Dar-lhe a beber litros da minha pinga…

 

Mostrar-lhe, em bela prosa e verso,

Sem qualquer pudor ou vil choraminga,

Por quem corro, choro, e armas terço.
 




 
Braga romana, 2019
 

 

 

 



 


 

 

 

 


domingo, 26 de maio de 2019

GENTES DO CONCELHO DE MELGAÇO
 
Freguesia de Alvaredo 
 
Por Joaquim A. Rocha
 
 
 



 
 
continuação
 
 
 
ABREU

    

ABREU, Albertina. Filha de Aureliano de Abreu, natural de Paderne, e de Augusta Esteves, natural de Alvaredo, viúva, tecedeira, residente no Maninho. Neta paterna de Caetano Manuel de Abreu e de Ana de Castro, lavradores, residentes em Ferreiros; neta materna de Rosa Esteves, solteira. Nasceu em Alvaredo a 10/9/1894 e foi batizada no dia seguinte. Padrinhos: José de Abreu e Maria de Abreu, solteiros, lavradores, do lugar de Ferreiros.

 

ABREU, Albina de Jesus. Filha de José Joaquim de Abreu, de Paderne, e de Clara Alves Sanches, de Alvaredo, lavradores, residentes no lugar de Canda. N.p. de António Manuel de Abreu e de Maria José Besteiro; n.m. de Joana Domingues, solteira. Nasceu em Alvaredo a 9/7/1888 e foi batizada a 16 desse mês e ano. Padrinhos: Ponciano de Abreu e sua irmã, Maria Júlia de Abreu, solteiros, de Paderne. // Faleceu a 25/7/1888, com apenas dezasseis dias de idade, e foi sepultada na igreja paroquial. 

 

ABREU, Ana. // Faleceu em Ferreiros a 16/1/1859. // Era solteira. 

 

ABREU, Ana. Filha de Luís Abreu, natural de Alvaredo, e de Benta Domingues, natural de Penso. // Faleceu a 13/7/1873 na casa dos pais, sita no lugar de Ferreiros. // Era solteira, lavradora, do dito lugar. // Tinha 30 anos de idade. // Não deixou testamento.

 

ABREU, Angelina Anésia. Filha de José de Abreu e de Esmeralda Mendes, moradores no lugar da Fonte. N.p. de José de Abreu e de Elísia Domingues; n.m. de Angelina Mendes. Nasceu a 11/5/1939. // Agricultora. // Casou na igreja de Alvaredo a 4/2/1967 com Aurélio Alves. // Morou no lugar do Maninho. // Com geração.    

 

ABREU, António. Filho de Francisco de Abreu e de Francisca Pires, moradores no lugar do Souto. N.p. de Lourenço José Abreu e de Francisca Mendes, do Pereiro; n.m. de João Pires e de Ana Besteiro. Nasceu 18/5/1833 e foi batizado a 21 desse mês e ano. Padrinhos: António de Abreu e Luísa de Abreu, tios do bebé. // Casou com Maria Rodrigues. // Faleceu a 22/3/1898, na sua casa do lugar do Barbeito, com todos os sacramentos, viúvo, sem testamento, sem filhos, e no dia seguinte foi sepultado na igreja paroquial.   

 

ABREU, António. Filho de Manuel António de Abreu, natural de Alvaredo, e de Faustina Rodrigues, natural de Penso, residentes no lugar do Coto. Neto paterno de Lourenço José de Abreu e de Francisca Mendes, do lugar do Pereiro; neto materno de João Manuel Rodrigues Vilarinho e de Maria Joana Esteves, naturais de Penso. Nasceu em Alvaredo a 2/5/1840 e foi batizado na igreja a 4 desse mês e ano. Padrinhos: Francisco Gomes e Luísa de Abreu. // (Gémeo de Francisco, falecido a 8/3/1846). // Tinha 34 anos de idade, era solteiro, lavrador, morava no lugar do Coto, quando casou na igreja de Penso, a 7/4/1875, com Maria Teresa, de 26 anos de idade, solteira, camponesa, residente em Paradela, filha de João Francisco Rodrigues e de Mariana de Araújo, naturais de Penso. Testemunhas: Domingos Esteves Cordeiro, rural, morador em Rabosa, e José Joaquim Rodrigues de Azevedo, rural, morador em Barro Grande. // Pai de Joaquina, casada com Ilídio de Castro, natural de Paderne, e de Manuel. 

 

ABREU, António. Filho de Bento Abreu e de Deolinda Martins. N.p. de Manuel Timóteo Abreu e de Joaquina Ferreira; n.m. de António Luís Martins e de Clara Fernandes, todos os avós falecidos antes do seu nascimento. Nasceu em Bouças a 5/9/1914. // Casou a 3/12/1949 com Doroteia da Luz Rodrigues. // Em 1955 teve problemas com a justiça; a GNR enviara um auto ao tribunal por ele ter agredido (mais José Bento Fernandes e José Carpinteiro, de São Paio) António Pires, natural de Chaviães. // Enviuvou a 27/12/1991 e faleceu a 5/9/2002. // Era tio de António Abreu, dono do restaurante Pomba, sito no lugar da Sobreira.

 

ABREU, António. Filho de Albino de Abreu e de Rosa Eufémia Castro, residentes em Bouças. Nasceu por volta de 1947. // Casou com Maria Elvira Domingues. // É proprietário do conhecido Restaurante Pomba, da Charneca. Devido a um serviço de razoável qualidade, ganhou fama no país e na Galiza. Ali serve-se o arroz de lampreia, além de outros pratos. À mesa servem duas senhoras: uma delas, filha dos donos. // Em 2007 justificou, no Cartório Notarial de Melgaço, um prédio rústico “Outeiros”, adquirido em 1986 por doação de seus pais. 

 

ABREU, António. Filho de -------- Abreu e de ----------- Rodrigues. Nasceu em ------------, a --/--/19--. // Casou com Virgínia Fernandes. // Em 1979 adquiriram um prédio rústico por doação de Manuel Abreu e mulher Isolina Fernandes, moradores em Bouças, onde eles também residiam em 2001.

 

ABREU, Augusta. Filha de ----------- Abreu e de ----------- Esteves. Nasceu em -----------, a --/--/1---. // A 17/8/1934, três horas da manhã, manifestou-se um incêndio na sua casa «que se não fosse a prontidão com que lhe acudiram os vizinhos teria ficado em penúria extrema» (NM 243, de 2/9/1934).

 

ABREU, Benigno. Filho de Mário de Abreu e de Delfina Mendes, moradores no lugar do Maninho. Neto paterno de José de Abreu e de Elisa Pires; neto materno de Manuel Mendes e de Maria de Sousa. Nasceu em Alvaredo a 16/1/1930. // Casou na igreja da sua freguesia a 24/5/1949 com Isaura Gonçalves.  

 

ABREU, Bento. Filho de Manuel Timóteo Abreu e de Joaquina Ferreira, solteiros, lavradores, moradores em Bouças. Neto paterno de João Abreu e de Joana Rosa Besteiro Santos; neto materno de Bento Manuel Ferreira e de Luísa Gonçalves, de Bouças. Nasceu no dito lugar a 12/3/1860 e foi batizado na igreja a 19 (já fora batizado em casa, por correr risco de vida, por Luísa Gonçalves, ficando esta sua madrinha). // Casou a 11/11/1901 com Deolinda Martins. // Faleceu no lugar das Bouças a --/--/1934 (NM 225, de 11/3/1934). // Com geração.  

 

ABREU, Caetano Manuel. Filho de Manuel António Abreu e de Faustina Maria Rodrigues, residentes no lugar do Coto. Neto paterno de Lourenço de Abreu e de Francisca Mendes, do Pereiro; neto materno de João Manuel Rodrigues (Marinho ou Vilarinho) e de Maria Joana Esteves, de Penso. Nasceu a 8/7/1843 e foi batizado a 16 desse mês e ano. Padrinhos: Caetano Manuel Alves de Magalhães e Vitória Ventura Castro de Sousa, de Penso. // Casou na igreja de Paderne a 17/5/1865, exibindo licença do Juízo Orfanológico, com Ana, de trinta anos de idade, solteira, padernense, filha de António Luís de Castro e de Maria Joaquina Soares, do lugar do Paço, moradores no lugar de Crastos, Paderne. Testemunhas: António Manuel de Abreu, solteiro, lavrador, irmão do noivo, e António Fernandes, solteiro, rural, do lugar de Penelas. // A 8/4/1870 nasceu-lhes o filho Aureliano, o qual morreu em 1894. // Caetano Manuel morreu no lugar de Ferreiros, Alvaredo, a --/--/1914.

 

ABREU, Delfina. Filha de José de Abreu e de Elisa Pires, lavradores, residentes no lugar do Maninho. Neta paterna de Caetano Manuel de Abreu e de Ana de Castro; neta materna de Manuel Joaquim Pires e de Domingas Camanho de Carvalho. Nasceu em Alvaredo a 11/7/1897 e foi batizada no dia seguinte. Padrinhos: António José de Sousa Lobato e sua mulher, Maria Angélica de Fontes, rurais, do Maninho. // Casou a 30/12/1918, na CRCM, com Manuel Gonçalves, de dezanove anos de idade, seu conterrâneo, filho de Teresa Gonçalves. // Ambos faleceram em Alvaredo: o seu marido a 11/4/1977 e ela a 30/6/1986.     

 

ABREU, Emília. Filha de Bento de Abreu e de Deolinda Martins, lavradores, residentes no lugar de Bouças. Neta paterna de Manuel Timóteo de Abreu e de Joaquina Ferreira; neta materna de António Luís Martins e de Clara Fernandes. Nasceu em Alvaredo a 7/11/1903 e foi batizada a 9 desse mês e ano. Padrinhos: Albino Martins e Emília Pires, alvaredenses. // Casou a 13/6/1925, na Conservatória do Registo Civil de Melgaço, com Eduardo José Fernandes. // Ambos os cônjuges falecerem em Alvaredo: o marido a 10/10/1971 e ela a 13/1/1982.   

 

ABREU, Fernando. Filho de António de Abreu e de Doroteia da Luz Rodrigues. Nasceu em Alvaredo a --/--/1950. // Casou a --/--/1973 com Maria Teresa Fernandes. // Morou no Maninho. // Faleceu na Vila de Melgaço a 11/1/1998 e foi sepultado no cemitério de Alvaredo.

 

ABREU, Iracema. Filha de Julieta de Abreu. Nasceu em Alvaredo a --/--/1939.

 

ABREU, Joaquim José. Filho de João de Abreu e de Joana Rosa Besteiro, residentes em Bouças. Neto paterno de Ventura de Abreu e de Maria Besteiro; neto materno de Manuel Besteiro dos Santos e de Francisca Gomes. Nasceu a 17/10/1826 e foi batizado a 19 desse mês e ano. Padrinhos: Manuel Luís Abreu, do lugar de Barreto (tocou na pia batismal, com procuração do mesmo, Manuel António Lourenço, do Souto), e Maria Abreu, de Barreto.

 

ABREU, Joaquina. Filha de Francisco José de Abreu e de Maria Engrácia, lavradores, residentes no lugar da Charneca. // Faleceu a 25/7/1865 na sua casa, sita no dito lugar, com 75 anos de idade. // Era casada. // Sem geração.           

 

ABREU, Joaquina. Filha de Luís de Abreu e de Maria da Lage. Nasceu em Alvaredo por volta de 1817. // Casou com Luís Manuel Fernandes. // Lavradeira. // Faleceu na sua casa do lugar do Barreto a 10/10/1897, repentinamente, com 80 anos de idade, viúva, com testamento, com filhos, e no dia seguinte foi sepultada na igreja paroquial.  

 

ABREU, Joaquina. Filha de António de Abreu e de Maria Teresa Rodrigues, lavradores, residentes no lugar do Coto. Neta paterna de Manuel António de Abreu e de Faustina Rodrigues; neta materna de João Francisco Rodrigues e de Mariana de Araújo. Nasceu na freguesia de Alvaredo a 25/4/1888 e foi batizada no dia seguinte. Padrinhos: Matias da Rocha e esposa, Benta Joaquina Rodrigues, lavradores, de Penso. // Casou a 17/8/1911 com Ilídio (7/6/1888-8/10/1933), natural de Paderne, filho de Eduardo Manuel de Castro e de Maria Amália Esteves. // Faleceu no lugar do Coto a 24/11/1963 e foi sepultada no cemitério de Alvaredo, na mesma campa de seu marido. // Com geração. 

 

ABREU, José. Filho de Maria de Jesus Abreu, da Charneca. Neto materno de Ana Luísa de Abreu, de Penso, moradora em Alvaredo. Nasceu no dito lugar a 11/5/1857 e foi batizado a 13 desse mês e ano. Padrinhos: José Joaquim Domingues e Maria de Sousa Gama, solteira, ambos do referido lugar.

 

ABREU, José. Filho de ---------- Abreu e de -------------------------------. Nasceu a --/--/1---. // Ver Notícias de Melgaço n.º 868, de 15/8/1948. // No Notícias de Melgaço lê-se: «a 5/1/1949, pelas 11 horas, à porta do tribunal, se há-de proceder à arrematação em hasta pública pelo maior preço oferecido acima do valor matricial do prédio denominado “Chadeiro”, sito no lugar da Torre… e vai à praça por 12.023$20, por haver falta de acordo entre os interessados na sua adjudicação, na acção de divisão de coisa comum que José Abreu, solteiro, maior, de Fonte, move contra José Pires e mulher Isabel Andrade, João Pires Carvalho e mulher Genoveva Canes, Delfina Abreu e marido Manuel Gonçalves, Mário Abreu e mulher Delfina Mendes, todos de Alvaredo, e ainda Manuel Abreu, viúvo, de Penso. Por este são citados os credores e comproprietários incertos para assistirem à praça. Melgaço, 6/12/1948

 

ABREU, José. Filho de José de Abreu e de Elísia Pires, rurais, moradores no Maninho. Neto paterno de Caetano Manuel de Abreu e de Ana de Castro; neto materno de Manuel Joaquim Pires e de Domingas Camanho de Carvalho. Nasceu a 9/7/1907 e foi batizado pelo padre Francisco Leandro Álvares de Magalhães a 16 desse mês e ano. Padrinhos: José Barbosa Martins, negociante, e Emília Martins, lavradeira, ambos solteiros. // Morreu a 5/4/1984 (na sepultura ficou registado o dia seis). // Na mesma campa foi sepultada sua esposa, Esmeralda Mendes (21/3/1907-10/10/1989). // Com geração. 

 

ABREU, Luís. // Deve ter nascido ainda no século XVIII. // Casou com Maria Luísa da Laje. // Ele morreu primeiro; ela, sua viúva, faleceu a 12/10/1859. // Pais de Joaquina, casada com Luís Manuel Fernandes da Costa, e avós de Manuel Abreu Fernandes da Costa, nascido a 15/1/1841, entre outros.

 

ABREU, Luís Manuel. Filho de Manuel José Abreu e de Luísa Rodrigues Leite, moradores no lugar de Ferreiros. // Faleceu a 30/8/1876, na sua casa, sita no dito lugar, no estado de viúvo de Maria Benta Domingues, com 63, ou 73 anos de idade. // Era lavrador. // Fez testamento. 

 

ABREU, Luís Manuel. Filho de ----------- Abreu e de ---------------------------------. Nasceu a --/--/19--. // A 16/7/1918 fez exame do 1.º grau e obteve um «bom».

 

ABREU, Luísa. Filha de Lourenço José de Abreu e de Francisca Mendes, da Parreira. // Faleceu na sua casa de Ferreiros a 26/1/1876, com 92 anos de idade, no estado de viúva de Francisco Gomes. // Fez testamento. // Com geração.

 

ABREU, Manuel. Filho de António de Abreu e de Maria Teresa Rodrigues, lavradores, residentes no lugar do Coto. Neto paterno de Manuel António de Abreu e de Faustina Rodrigues; neto materno de João Rodrigues e de Maria Ana de Araújo, de Paradela, Penso. Nasceu a 21/2/1876 e foi batizado no dia 23 desse mês e ano. Padrinhos: padre Manuel António de Sousa Lobato, do lugar de Vilar, e Carolina Rodrigues, do lugar do Pinheiro. // Lê-se no Notícias de Melgaço n.º 981, de 10/6/1951: «No passado dia 3 faleceu em sua casa de residência, no lugar da Granja, freguesia de Alvaredo, o nosso amigo, senhor Manuel de Abreu, de 76 anos de idade, esposo querido da senhora D. Constança Augusta de Sousa Lobato e pai amantíssimo do nosso estimado amigo e assinante senhor Luís Abreu, probo comerciante no Peso. O seu funeral, realizado no dia seguinte, foi muito concorrido, tendo-se celebrado missa e ofícios de corpo presente com muita concorrência de fiéis. À família enlutada, especialmente àquele nosso amigo, envia Notícias de Melgaço o seu cartão de sentidas condolências    

 

ABREU, Manuel. Filho de António de Abreu e de Maria Rodrigues, lavradores, residentes no lugar do Barbeito. N.p. de Francisco de Abreu e de Francisca Pires; n.m. de José Rodrigues e de Maria Luísa Esteves. Nasceu a 14/2/1882 e foi batizado a 16 desse mês e ano. Padrinhos: padre Manuel António de Sousa Lobato e Ana de Sousa Lobato, solteira. // Faleceu a 7/8/1882.

 

ABREU, Manuel. Filho de António de Abreu e de Maria Rodrigues, lavradores, residentes no lugar do Barbeito. N.p. de Francisco de Abreu e de Francisca Pires; n.m. de José Rodrigues e de Maria Luísa Esteves. Nasceu a 30/6/1885 e foi batizado a 2 de Julho desse ano. Padrinhos: padre Manuel António de Sousa Lobato e Benta Domingues Caldas, casada. // Faleceu a 6/9/1892 e foi sepultado na igreja de Paderne.

 

ABREU, Manuel. Filho de Bento Manuel de Abreu e de Deolinda Martins. Nasceu em Alvaredo a --/--/1918. // Casou em 1946 com Isolina Fernandes. // Morou em Bouças. // Faleceu a 9/8/1998. 

 

ABREU, Manuel António. Filho de Lourenço José de Abreu e de Francisca Mendes. N.p. de José de Abreu, solteiro, e de Joana Rodrigues, solteira; n.m. de Manuel Mendes e de Joana Rodrigues! Nasceu por volta de 1782. // Casou com Faustina Rodrigues [Vilarinho], natural de Penso. // Lavrador. // Faleceu na sua casa, sita no lugar do Coto, com 78 anos de idade, a 22/2/1860. // Deixou três filhos. // A sua viúva, Faustina, faleceu com 65 anos de idade, a 8/9/1872.

 

ABREU, Manuel Joaquim. Filho de Manuel António de Abreu, natural de Alvaredo, e de Faustina Rodrigues [Vilarinho], natural de Penso, lavradores, residentes no lugar do Coto. N.p. de Lourenço José de Abreu e de Francisca Mendes; n.m. de João Manuel Rodrigues Vilarinho e de Maria Joana Esteves, de Lages, Penso. Nasceu em Alvaredo a 14/9/1837 e foi batizado na igreja no dia seguinte. Padrinhos: Manuel José Rodrigues e Maria Joana Esteves, de Lages, Penso. // Tinha 27 anos de idade, era solteiro, rural, morava no lugar do Coto, Alvaredo, quando casou na igreja de Penso a 11/5/1865, com Maria José, de 18 anos de idade, filha de Domingos José Esteves de Abreu e de Maria Rosa de Araújo, pensenses. Testemunhas: Manuel António de Abreu, solteiro, rural, do Coto, Alvaredo, e José Joaquim Rodrigues, solteiro, camponês, de Mós, Penso. // Morreu em Cortinhas a 10/12/1879, com 41 anos de idade, casado com a sobredita Maria José, e foi sepultado na igreja de Penso. // Deixou filhos.

 

ABREU, Manuel José. Filho de Lourenço José Abreu, solteiro, do Pereiro, Alvaredo, e de Caetana (?) Rocha, solteira, do lugar de Felgueiras, Penso. N.p. de José de Abreu, solteiro, e de Joana Rodrigues, solteira; n.m. de Cipriano da Rocha e de Francisca Gonçalves. // Casou com Maria Luísa Rodrigues. // Faleceu na sua casa do lugar de Ferreiros, com 80 anos de idade, a 13/5/1861, no estado de viúvo. // Deixou um filho.

 

ABREU, Manuel Luís. Filho de Luís de Abreu e de Maria Luísa da Laje, lavradores, de Alvaredo. Nasceu em Alvaredo por volta de 1801. // Tinha setenta anos de idade, era viúvo de Maria Teresa da Rocha, morava na Casa da Bastida, Penso, quando voltou a casar, na igreja de Penso, a 18/8/1871, com Maria Teresa, de 44 anos de idade, solteira, moradora no lugar de Mós, filha de António de Sousa e de Maria Benta Esteves Reguengo, de Penso. Testemunhas presentes: o padre Manuel José Domingues e o padre IJGT. // Morreu em sua casa da Bastida, lugar de Laranjeira, a 22/7/1873, com 72 anos de idade, casado com Maria Teresa de Sousa, e foi sepultado na igreja de Penso. // Fizera testamento. // Não deixou filhos.   

 

ABREU, Manuel Timóteo. Filho de João de Abreu e de Joana Rosa Besteiro dos Santos. // Casou com Joaquina, filha de Bento Manuel Ferreira e de Luísa Gonçalves, nascida a 10/3/1828. // Morou em Bouças. // Faleceu nesse lugar a 5/9/1895, com todos os sacramentos, sem testamento, e foi sepultado na igreja. // A sua viúva finou-se a 9/1/1908. // Com geração.

 

ABREU, Marcelina. Filha de José de Abreu e de Esmeralda Mendes. Nasceu na freguesia de Alvaredo a --/--/1933 (NM 300, de 1/10/1933). // Faleceu no lugar de Fonte a --/--/1935, com apenas dezoito meses de idade (NM 264, de 10/3/1935).

 

ABREU, Maria. Filha de Luís Manuel de Abreu e de Maria Luísa da Lage. // Casou com Joaquim Gonçalves. // Faleceu na sua casa do Barbeito (?), no estado de viúva, com 70 anos de idade, a 7/7/1879. // Fez testamento. // Sem geração.      

 

ABREU, Maria. Filha de João de Abreu e de Joana Rosa Besteiro dos Santos, residentes no lugar de Bouças. N.p. de Ventura de Abreu e de Maria Besteiro; n.m. de Manuel Besteiro dos Santos e de Francisca Luísa Gomes de Abreu, de Bouças. // Lavradeira. // Faleceu na sua casa do Maninho, com quarenta e quatro anos de idade, no estado de casada com Severino António de Sousa e Castro, a 23/4/1860. // Deixou três filhos. // O seu viúvo morreu a 14/2/1886.  

 

ABREU, Maria. Filha de Bento de Abreu e de Deolinda Martins, lavradores, residentes no lugar de Bouças. N.p. de Manuel Timóteo de Abreu e de Joaquina Ferreira; n.m. de António Joaquim Martins e de Clara Fernandes. Nasceu em Alvaredo a 28/9/1909 e foi batizada a 3 de Outubro desse ano. Padrinhos: Albino Martins e Emília Pires, casados, lavradores, do lugar de Bouças. // Faleceu a 21/12/1909, no dito lugar de Bouças, com apenas três meses de idade, e no dia seguinte foi sepultada no cemitério local.

 

ABREU, Maria. Filha de José de Abreu e de Elisa Pires, lavradores, residentes no lugar do Maninho. N.p. de Caetano de Abreu e de Ana de Castro; n.m. de Manuel Joaquim Pires e de Domingas Camanho de Carvalho. Nasceu em Alvaredo a 27/3/1910 e foi batizada a 30 desse mês e ano. Padrinhos: José Barbosa Martins, solteiro, negociante, e Emília Martins, solteira, camponesa.

 

ABREU, Maria Adelina. Filha de ----------- Abreu e de -------------------------------. Nasceu em -----------, a --/--/19--. // Em 1979 era solteira e residia no Maninho.

 

ABREU, Maria José. Filha de Manuel Timóteo de Abreu e de Joaquina Ferreira, lavradores, residentes em Bouças. N.p. de João de Abreu e de Joana Rosa Besteiro dos Santos; n.m. de Bento Manuel Ferreira e de Luísa Gonçalves, todos do referido lugar. Nasceu a 29/7/1864 e foi batizado a 31 desse mês e ano. Padrinhos: Vitorino Manuel de Abreu, casado, lavrador, e Maria José Pires, casada, lavradeira, ambos de Bouças. // Lavradeira. // Morou no lugar de Bouças. // Faleceu a 16/2/1892, no estado de solteira, com todos os sacramentos, sem testamento, sem filhos, e foi sepultada na igreja. 

 

ABREU, Maria José. Filha de ------------ Abreu e de --------------- Fernandes. Nasceu em ------------, a --/--/19--. // A partir das eleições autárquicas de 9/10/2005 assumiu o cargo de secretário na Junta de Freguesia.

 

ABREU, Maria Luísa. Filha de Francisco José Esteves de Abreu e de Maria Joaquina Vaz, residentes no lugar de Barbeito. N.p. de Manuel Esteves de Abreu e de Teresa de Sousa; n.m. de Matias Vaz e de Maria Antónia Pires, do lugar de Pinheira, freguesia de São João de Barcela, Galiza. Nasceu a 23/4/1834 e foi batizada a 25 desse mês e ano. Padrinhos: padre Lourenço Esteves de Abreu, do lugar do Barbeito, e Maria Joaquina, do lugar do Coto.

 

ABREU, Maria Rosa. Filha de ------------ Abreu e de --------------------------------. Nasceu na Charneca a --/--/1---. // Em 1955 foi autuada pela GNR por apascentar gado em terreno alheio. // Na reunião da Câmara Municipal de Melgaço de 20/5/1957 foi lido um requerimento seu, no qual solicitava internamento num hospital do Porto. Deferido. // (Parece ser a mãe de Julieta, casada com Adelino Lourenço Alves).

 

ABREU, Maria Rosa. Filha de Aureliano de Abreu, solteiro, de Paderne, e de Augusta Esteves, solteira (*), tecedeira, de Alvaredo, moradora no lugar do Maninho. N.p. de Caetano Manuel de Abreu e de Ana de Castro; n.m. de Rosa Esteves, solteira. Nasceu em Alvaredo a 14/11/1892 e foi batizada no dia seguinte. Padrinhos: Francisco Martins, casado, e Rosa Martins, solteira, lavradores. // Casou na CRCM a 3/6/1926 com Daniel Gonçalves. // O seu marido morreu a 21/2/1947. // Ela faleceu em Alvaredo a 23/1/1969. /// (*) À margem do assento de batismo da filha ficou escrito: «legitimada por subsequente matrimónio por Aureliano de Abreu.» // Ver Albertina de Abreu.

 

ABREU, Mário. Filho de José de Abreu e de Elisa Pires. Nasceu em Alvaredo a --/--/1902. // Casou com Delfina Mendes. // A GNR passou-lhe uma multa por ter violado o parágrafo único do artigo 118.º do Código das Posturas Municipais (deixou pastar o seu gado em terreno alheiover NM 846, de 18/1/1948). // Foi autuado pela GNR, em 1956, por possuir um canídeo sem o devido registo. // Pai de Benigno de Abreu...   

 

ABREU, Rosa. Filha de Mário de Abreu e de Delfina Mendes. Nasceu na freguesia de Alvaredo a --/--/1939.

 

ABREU, Rosa Maria. Filha de ---------- Abreu e de ------------------------------------. Nasceu em -----------, a --/--/19--. // Casou com Paulo Fernandes, funcionário da Empresa de Transportes “Gama”, do Porto. // Mãe de Joana Filipa, nascida na década de 80 do século XX. // (A Voz de Melgaço n.º 952).

 

ABREU, Virgínia. Filha de Bento de Abreu e de Deolinda Martins, residentes no lugar de Bouças. N.p. de Manuel Timóteo de Abreu e de Joaquina Ferreira; n.m. de António Luís Martins e de Clara Fernandes. Nasceu 18/6/1911. // Faleceu em Bouças em 1916, ainda não tinha cinco anos de idade.

 

ABREU, Vítor. Filho de José de Abreu e de Esmeralda Mendes, ambos de Alvaredo, residentes no lugar de Fonte. N.p. de José de Abreu e de Elísia Pires; n.m. de Angelina Mendes. Nasceu em Alvaredo a 16/7/1931. // Casou na igreja da sua freguesia natal a 9/11/1952 com Adélia de Jesus dos Santos.   

 

ABREU, Vitorino Manuel. Filho de João de Abreu e de Joana Rosa Besteiro. Nasceu em Alvaredo por volta de 1822. // Casou com Maria José Pires (1824-1904). // Morou no Maninho. // Foi eleito “juiz” para o biénio 1872-1873, tendo como substitutos José Joaquim Martins e José Bento Domingues Freitas, ambos de Fonte. // Faleceu a 13/1/1897, com setenta e cinco anos de idade, no dito lugar do Maninho, sem sacramentos, por não poder recebê-los, com testamento, sem filhos, e no dia seguinte foi sepultado na igreja. 
 
NOTA: não esquecer que a freguesia de Alvaredo só pertence ao concelho de Melgaço a partir de Outubro de 1855; antes pertencia ao concelho de Valadares.