ANEDOTAS
Na
minha terra havia um casal, pobres caseiros de uma quinta, que tinha já dezoito
ou dezanove filhos. Um dia a mulher vira-se para o marido e diz-lhe:
- Ó Manuel, vem a caminho mais um filho! Estou
novamente prenha.
- Ó Pulquéria: seja rapaz ou rapariga
põe-se-lhe o nome Saber.
- Que raio de nome, homem. Como foste magicar
tal coisa?!
- Repara: não dizem para aí que o saber não
ocupa lugar?
*
Dois namorados passeiam pela alameda Inês Negra. Às tantas
o jovem vira-se para a rapariga e diz-lhe:
- Ó meu amor – vês além aquele pomar?
- Vejo, querido, não sou cega.
- E se fôssemos para debaixo daquela linda
pereira namorar?
Ela
ficou pensativa, mas por fim cedeu. O tempo estava seco, instalaram-se, e logo
a seguir deram mil beijos e abraços. Porém, o rapaz, excitadíssimo, queria ir
mais longe. A rapariga não cedia. Diz ao namorado:
- Eu sou temente, respeito muito aquele que
está lá em cima.
Acontece que em cima da árvore, a saborear uma bela pêra, estava um
miúdo, ladrão de fruta. Como ouviu a conversa, responde:
- Ó minha menina - por mim faça como lhe der na
real gana, eu só quero é peras!
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