sexta-feira, 1 de maio de 2015

     



ANEDOTAS      


     Na minha terra havia um casal, pobres caseiros de uma quinta, que tinha já dezoito ou dezanove filhos. Um dia a mulher vira-se para o marido e diz-lhe:

- Ó Manuel, vem a caminho mais um filho! Estou novamente prenha.
- Ó Pulquéria: seja rapaz ou rapariga põe-se-lhe o nome Saber.
- Que raio de nome, homem. Como foste magicar tal coisa?!
- Repara: não dizem para aí que o saber não ocupa lugar?

*

     Dois namorados passeiam pela alameda Inês Negra. Às tantas o jovem vira-se para a rapariga e diz-lhe:

- Ó meu amor – vês além aquele pomar?
- Vejo, querido, não sou cega.
- E se fôssemos para debaixo daquela linda pereira namorar?

      Ela ficou pensativa, mas por fim cedeu. O tempo estava seco, instalaram-se, e logo a seguir deram mil beijos e abraços. Porém, o rapaz, excitadíssimo, queria ir mais longe. A rapariga não cedia. Diz ao namorado:

- Eu sou temente, respeito muito aquele que está lá em cima.
       
     Acontece que em cima da árvore, a saborear uma bela pêra, estava um miúdo, ladrão de fruta. Como ouviu a conversa, responde:

- Ó minha menina - por mim faça como lhe der na real gana, eu só quero é peras!       

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