sábado, 17 de outubro de 2015


OS NOVOS LUSÍADAS

Por Joaquim A. Rocha 




17

Tinha na minha mente castigar
Os sanguessugas desta linda pátria
Os vis parasitas, sempre a louvar,
A comer à lauta da teta mátria.
Mas as pernas dobram, falta o ar,
A longa energia foi pra a via láctea.
 Porém farei das tripas coração,
Para que não criem falsa ilusão.

18

Esquece, velho e digno Camões,
As nereidas e as lindas ninfas do Tejo.
Os grandes feitos, as vãs ilusões,
Que tudo isso eu hoje já não vejo.
Dos céus mandam-nos enormes tufões
  Pragas de mosquitos e percevejo.
E pra que eu possa cantar o país
Devo arrancar o mal pela raiz.  



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