quarta-feira, 27 de março de 2019


GENTES DO CONCELHO DE MELGAÇO

 

ALVAREDO

 

 

 

 
 

 

 

 

 

 

 

 

Joaquim A. Rocha

 

 

 

Edição de autor

 

 

 

 

 

 

 

Ficha técnica

 

Título: Gentes do Concelho de Melgaço – Alvaredo

 

Autor – Joaquim Agostinho da Rocha

 

Capa – Brasão da freguesia

 

Fotografias – vários autores

 

Execução gráfica –

 

Tiragem –

 

Depósito legal –

 

ISBN –

 

Data de edição –

 

Correio eletrónico: joaquim.a.rocha@sapo.pt

Blogue: Melgaço, Minha Terra

 
Telemóvel: 965815648

 

 

 

 

 

 

 

 

Obras do autor

 

 

Obras a publicar

 

Poemas do Vento

Sonetos do Sol e da Lua

Quadras ao deus dará

Escritos sobre Melgaço

Entre Mortos e Feridos (romance)

Lembranças Amargas (romance)

Gentes de Melgaço (biografias)

Dicionário Enciclopédico de Melgaço

A Minha Vida em Imagens

A minha religião e outros escritos

Auto da Palina

Frágeis Elos (2.ª edição) 

Melgaço: Padres, Monges e Frades

 

Obras publicadas

 

Livros

 

Frágeis Elos (uma história familiar)

Dicionário Enciclopédico de Melgaço (I e II volumes)

Lina – Filha de Pã (romance)

Os Meus Sonetos e os do frade

Os Novos Lusíadas (2018)

Melgacenses na I Grande Guerra

(em parceria com Valter Alves)
 
 
 

Separatas

 

A Origem de Algumas Famílias Melgacenses

A Febre Tifoide e os seus Protagonistas

Tomás das Quingostas (200 anos do seu nascimento)

A Provável Origem de Melgaço e Paderne

 

Prefácios nos seguintes livros de José A. Cerdeira e do Dr. Augusto César Esteves:

 
Tomaz das Quingostas (JAC)

O Buraco da Serpe (JAC)

A Adversidade por Madrasta (JAC)

O Sonhador dos Montes da Aguieira (JAC)

Nas Páginas do Notícias de Melgaço (ACE)

 

Colaborações

 

No Boletim dos Serviços Sociais da CGD

No Boletim Cultural da Câmara Municipal de Melgaço

No jornal «A Voz de Melgaço»

No jornal «Fronteira Notícias»

Artigo sobre o santuário da Peneda no livro Lugares Sagrados

 de Portugal I, editado pelo Círculo de Leitores em 2016.

 
etc.
 

 

 

Apresentação


         Construir biografias perfeitas é, quanto a mim, impossível. Nem sequer as chamadas autobiografias, isto é, aquelas biografias feitas pelo próprio, são completas. Isso explica-se facilmente: para se fazer uma biografia perfeita era necessário seguir todos os passos do biografado desde a sua nascença até à sua morte; ora isso nunca acontece, nem poderá jamais acontecer. Cada ser humano segue o seu percurso, deixa normalmente a sua terra natal, por vezes emigra, casa no estrangeiro, etc. Quanto à autobiografia, seria mais fácil construí-la, mas para tal o biógrafo teria de se assumir como tal, o que raras vezes acontece. Normalmente conta parte da sua vida, geralmente em livro, quando atinge certa idade, e julga ter algo para dizer, ou legar, aos outros humanos. Penso que um camponês ou um operário, mesmo um simples empregado de escritório, não estará motivado para deixar aos vindouros a sua modesta biografia. Aqueles que viajaram muito, conhecendo outros povos, outras línguas, outros costumes, esses sim, desejarão registar tudo aquilo que observaram, tudo aquilo que aprenderam. Tendo isso em conta, direi, de cada um, aquilo que souber, sem acrescentar nada, nem amesquinhar quem quer que seja. Se mais não digo, é porque os documentos foram parcos na sua informação. Dos vivos gostaria de dizer muito mais – mas para isso teria de bater de porta em porta, sendo bem recebido nuns casos e mal noutros, correndo riscos desnecessários, e aumentando exponencialmente a despesa com a obra. Assim, registei aquilo que pude, e se houver uma 2.ª tiragem, como espero, as pessoas ajudar-me-ão, sem dúvida, já sem desconfianças, nem preconceitos de espécie alguma. É provável que nesta 1.ª edição omita alguns nomes. Peço desculpa se isso vier a acontecer, mas não me era de todo possível conhecer o nome de toda a gente. Sobre o caráter das pessoas não me pronuncio, pois não as conhecendo ser-me-ia impossível falar delas de uma forma mais profunda. Quanto às profissões, bens materiais, etc., da maioria pouco sabendo, ou nada, que posso eu dizer? Falarei mais de uns do que de outros, mas não pensem que se trata de uma seleção aristocrática. Não! A razão é simples: há indivíduos que pela sua formação, ou pela vontade de intervir, se destacam dos outros. Estes têm obra feita, quer individualmente, quer coletivamente, e por isso merecem mais umas linhas – é uma questão de justiça.               
 
 
     É bom nunca esquecer que a freguesia de São Martinho de Alvaredo pertenceu ao concelho de Valadares até 24/10/1855; a partir daí passou a pertencer ao concelho de Melgaço. Logo, todos os naturais desta freguesia que morreram antes de ela ser integrada no concelho de Melgaço não farão parte, salvo raras exceções, deste estudo.                                     

 


     A freguesia de Alvaredo tem diversos lugares: Barbeito, Bouças, Canda, Charneca, Coto, Esteves, Felgueiras, Ferreiros, Fonte, Granja (meeiro com Paderne), Maninho, Pereiro, Pinheiro, Sobreira, Souto, Vilar (meeiro com Paderne).

     Cada lugar tem as suas caraterísticas, apesar de fazer parte de um todo que é a freguesia; estas formam por si uma unidade, chamada concelho. Lugares e freguesias levaram séculos a afirmar a sua própria identidade. A religião católica teve um papel importante neste processo, sobretudo através da igreja paroquial e da capela. Há lugares, por exemplo em Castro Laboreiro, que realizam festas anuais a determinados santos. Por conseguinte, temos a festa da freguesia, que em princípio será a principal, e a festa deste ou daquele lugar, conforme o número de habitantes e o seu poder financeiro. Por vezes surge um emigrante, com algum dinheiro, disposto a suportar toda a despesa do arraial.

     Outrora, sobretudo antes da década de sessenta do século XX, quando a população emigrou em massa, faziam-se em algumas freguesias do concelho feiras mensais, ou anuais. Com a desertificação dos diversos lugares, agora, século XXI, já se torna quase impossível realizar essas feiras. Vai continuando a da sede do concelho, mas até essa qualquer dia desaparece, por falta de compradores. Hoje em dia tudo se vende nos supermercados, e eles espalharam-se por todo o país! As feiras quase que deixaram de fazer sentido.       



A ordem das micro biografias será alfabética (A - Z) e não cronológica.    


 
 



                         ABENDANHO








ABENDANHO, Francisco Joaquim. Filho de Francisco José de Abreu Lima e Castro e de Maria Engrácia Araújo Lira Abendanho. Neto paterno de Luís Mendes e de Maria de Abreu e Lima; neto materno de Luís de Araújo Lobarinhas e de Mariana Antónia de Abendanho Lira Sotomaior. Nasceu em Alvaredo nos inícios do século XIX. // Casou em Paços a 24/8/1834 com Ana Luísa, filha de Pedro Nóboa e de Francisca do Outeiro, morador em Sá. // Ambos os cônjuges faleceram sem geração.  





 

ABENDANHO, Luís Manuel. Filho de Francisco José de Abreu (Lima e Castro) e de Maria Engrácia de Araújo Lira de Abendanho. Neto paterno de Luís Mendes e de Maria de Abreu e Lima; neto materno de Luís de Araújo Lobarinhas e de Mariana Antónia de Abendanho Lira Sotomaior. Nasceu em Alvaredo a --/--/17--. // Em 1819 tinha negócios em São Gregório. // Casou na freguesia de Cristóval a --/--/18— com Maria Teresa Benito de Puga, filha de Francisco de Puga e de Eufémia Esteves, residentes em São Miguel de Desteriz, Galiza. // Com geração (ver em Cristóval, no apelido Abreu).  

 

ABENDANHO, Manuel Alexandre. Filho de Francisco José de Abreu (Lima e Castro) e de Maria Engrácia de Araújo Lira Abendanho, naturais de Alvaredo. Nasceu por volta de 1802. // Casou na igreja de Paços a 7/6/1837 com Maria Joaquina Pires, filha de Manuel António Pires e de Antónia Maria da Ribeira, naturais de Paços. Testemunhas: Caetano José da Ribeira, do Outeiro, e Manuel Gonçalves, do Casal. // Faleceu no lugar de Merelhe, Paços, onde morava, a 27/10/1864, com 62 anos de idade, com todos os sacramentos da igreja católica, no estado de casado com Maria J. Pires, sem testamento, com filhos, e foi sepultado na igreja paroquial.  

 

ABENDANHO, Maria Engrácia. Filha de Luís de Araújo Lobarinhas, boticário, e de Mariana Antónia de Abendanho Lira Sotomaior. Nasceu em Alvaredo a --/--/17--. // Casou com Francisco José de Abreu Lima e Castro, filho de Luís Mendes e de Maria de Abreu e Lima, moradores no lugar de Apião, Paderne. // Faleceu em São Gregório, Cristóval, a 13/1/1850, no estado de viúva, e foi sepultada dois dias depois na igreja dessa freguesia de Melgaço. // Com geração.   

 

ABENDANHO, Maria José. Filha de Francisco José Abreu Lima Castro e de Maria Engrácia Araújo Lira Abendanho. Neta paterna de Luís Mendes e de Maria de Abreu e Lima; neta materna de Luís de Araújo Lobarinhas e de Mariana Antónia de Abendanho Lira Sotomaior. Nasceu no lugar do Maninho a 5/9/1805 e foi batizada no dia 9 do dito mês e ano. Padrinhos: padre José Domingues Costa, dos Bacelos, e a Senhora do Rosário. // Casou em Cristóval a 29/7/1829 com Manuel Ventura, filho de João Manuel Rodrigues Táboas e de Ana Domingues, de São Gregório. // Faleceu a 2/1/1871. // Nota: é descendente do padre Manuel de Araújo Caldas de Azevedo. 

 

ABENDANHO, Rosa Maria. Filha de Francisco José Abreu Lima e Castro e de Maria Engrácia Araújo Lira Abendanho. N.p. de Luís Mendes e de Maria de Abreu e Lima; n.m. de Luís de Araújo Lobarinhas e de Mariana Antónia de Abendanho Lira Sotomaior. Nasceu em Alvaredo 17/4/1809 e foi batizada a 25 desse mês e ano. Padrinhos: José Luís Mendes de Abreu e Sousa e sua sobrinha, Rosa Maria Mendes Abreu e Sousa, ambos da Portela do Couto de Paderne, termo de Valadares.   // continua...





 






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