GENTES DE MELGAÇO
(microbiografias)
Por Joaquim A. Rocha
ABREU,
José Manuel. Filho de Tomaz José Gomes de Abreu e de Constança Teresa de
Araújo. Neto paterno de Leão José Gomes de Abreu e de Maria Pereira da Costa
Araújo; neto materno de Manuel António de Araújo e de Maria Gonçalves. Nasceu na
vila de Melgaço a 9/11/1796 e foi batizado pelo padre Carlos Domingues a 8 de
Dezembro desse ano. Padrinho: António José de Araújo Lima, residente no Porto.
Testemunhas: Luís Manuel Araújo, António Luis Fernandes… // Acerca dele
escreveu o Dr. Augusto César Esteves (O Meu
Livro das Gerações Melgacenses, volume I, p.p. 92-93): «Foi uma das
vítimas do miguelismo local pois, [por] longos dias, viu coar-se a luz do dia
através das grades das cadeias, onde o encarceraram; mas debaixo desta vil
perseguição ao homem talvez estivesse e se escondesse uma inconfessada luta de
interesses patrimoniais movida pelo ódio de melgacenses poderosos malquistados
com o progenitor deste desditoso moço. Viu-se, contudo, compensado após Dona
Maria II ser aclamada, em Melgaço, rainha de Portugal, pois, por carta real de
4/11/1843, foi-lhe confirmada a nomeação de escrivão camarário, cargo que
ocupou sempre com muita proficiência e grandeza de isenção.» // Casou com
Joaquina de Jesus (Jascão?),
filha de José Cardoso de Campos, da freguesia da Senhora da Piedade, e de Joana
da Purificação, de São João Batista de Ruivás, ambas pertencentes à diocese de
Lamego, moradores no Porto. O casal residiu no lugar da Corga e na Rua de
Baixo, de Santa Maria da Porta, Melgaço. Por ter sido acusado de corrupção,
abandonou o cargo a 11/8/1843. // Faleceu, no estado de pobreza, a 23/6/1848, e
foi sepultado na igreja da Santa Casa da Misericórdia, somente com ofício de
sepultura. Seu irmão, António Máximo, mandou-lhe fazer um ofício de dezasseis
padres a 1/7/1848. // A sua viúva faleceu a 1/3/1871. // Com geração.
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