sexta-feira, 12 de agosto de 2016

GENTES DE MELGAÇO
(microbiografias)

Por Joaquim A. Rocha




ABREU, José Manuel. Filho de Tomaz José Gomes de Abreu e de Constança Teresa de Araújo. Neto paterno de Leão José Gomes de Abreu e de Maria Pereira da Costa Araújo; neto materno de Manuel António de Araújo e de Maria Gonçalves. Nasceu na vila de Melgaço a 9/11/1796 e foi batizado pelo padre Carlos Domingues a 8 de Dezembro desse ano. Padrinho: António José de Araújo Lima, residente no Porto. Testemunhas: Luís Manuel Araújo, António Luis Fernandes… // Acerca dele escreveu o Dr. Augusto César Esteves (O Meu Livro das Gerações Melgacenses, volume I, p.p. 92-93): «Foi uma das vítimas do miguelismo local pois, [por] longos dias, viu coar-se a luz do dia através das grades das cadeias, onde o encarceraram; mas debaixo desta vil perseguição ao homem talvez estivesse e se escondesse uma inconfessada luta de interesses patrimoniais movida pelo ódio de melgacenses poderosos malquistados com o progenitor deste desditoso moço. Viu-se, contudo, compensado após Dona Maria II ser aclamada, em Melgaço, rainha de Portugal, pois, por carta real de 4/11/1843, foi-lhe confirmada a nomeação de escrivão camarário, cargo que ocupou sempre com muita proficiência e grandeza de isenção.» // Casou com Joaquina de Jesus (Jascão?), filha de José Cardoso de Campos, da freguesia da Senhora da Piedade, e de Joana da Purificação, de São João Batista de Ruivás, ambas pertencentes à diocese de Lamego, moradores no Porto. O casal residiu no lugar da Corga e na Rua de Baixo, de Santa Maria da Porta, Melgaço. Por ter sido acusado de corrupção, abandonou o cargo a 11/8/1843. // Faleceu, no estado de pobreza, a 23/6/1848, e foi sepultado na igreja da Santa Casa da Misericórdia, somente com ofício de sepultura. Seu irmão, António Máximo, mandou-lhe fazer um ofício de dezasseis padres a 1/7/1848. // A sua viúva faleceu a 1/3/1871. // Com geração.      

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