OS MEUS SONETOS
Por Joaquim A. Rocha
Preso Político
Ai, quando eu dormia naquela cama,
Cheia de pulgas, mil e cem piolhos,
Ausência de luz ferindo meus olhos,
Lençóis, outrora brancos, eram lama!
- «Pior passou o tal Vasco da Gama,
Lavrando
os mares em grandes trolhos,
Na
cabeça pensamentos zarolhos,
Em
busca de outras terras e da fama!»
Mas eu, pobre de mim, sem rota ou
trilho,
Fiquei submerso na escuridão;
Sem grandeza, sem voz, sem qualquer brilho.
- «…Perdido na miséria e podridão.
Como
animal, um simples rafeiro,
Sofreste
dia-a-dia, o tempo inteiro!»
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