GENTES DE MELGAÇO
(biografias)
Por Joaquim A. Rocha
Por Joaquim A. Rocha
Freguesia de Cristóval
U, ABREU, José Joaquim (Dr.)
Filho de Miquelina Rosa de Abreu, solteira, proprietária. Neto materno de José Joaquim
de Abreu, natural da freguesia de Alvaredo, e de Francisca Rosa Gomes, natural da freguesia de Paços. Nasceu
na freguesia de Monte Redondo, província de Ourense, a --/--/1880. // Morou em São Gregório, Melgaço. Depois
dos estudos secundários ingressou na Universidade de Coimbra, tendo concluído, em 1904, o
Curso de Direito. // Fixou-se na Vila de Melgaço como advogado. // Casou na
igreja de Cristóval a 3/4/1901 com Augusta Maria de Araújo, de 23 anos de
idade, solteira, nascida em São Gregório, filha de José Joaquim de Araújo e de
Benedita Pires Pereira. Testemunhas presentes: Francisco Joaquim Pacheco,
guarda-fiscal aposentado, e Manuel Pereira da Costa, proprietário, ambos
residentes em Cristóval. Moraram na Rua Verde de São Gregório (*), onde possuíam
uma boa casa em granito, na qual lhe nasceram os filhos legítimos. // Em 1911 toma posse
de Conservador do Registo Civil de Melgaço, o primeiro a fazê-lo, pois essa
Conservatória fora criada nesse ano, lugar que ocupou até à sua morte. // Em
1912 foi administrador do concelho de Melgaço; nesse ano fazia parte da Comissão Municipal
do Partido Republicano Evolucionista (Correio de Melgaço n.º 7). // A 12/1/1913 pediu a
demissão de administrador do concelho, tendo sido substituído a 24 de Fevereiro
desse ano pelo Dr. António Augusto Durães. // Em Junho de 1913 deu 2$50 para
ajudar a escola de Cristóval (Correio de Melgaço n.º 55). // Foi jurado pela
freguesia de Cristóval no segundo semestre de 1915 (Correio de Melgaço n.º
157, de 18/7/1915). // Foi novamente administrador do concelho em 1919, a seguir à
intentona monárquica, conhecida por «monarquia
do norte»; tomou posse a 14 de Fevereiro (Jornal de Melgaço n.º
1235). //
Voltou a ter esse cargo em 1921 e em 1923, tomando posse a 6 de Dezembro.
Aguentava apenas uns escassos meses nesse espinhoso lugar. // A Companhia de
Seguros “Adamastor”, com sede em Lisboa e filial no Porto, em 1919 nomeou-o seu
agente em Melgaço (Jornal de Melgaço de 13/4/1919). // Faleceu na sua casa
de São Gregório, Cristóval, a 20/10/1938, com apenas 58 anos de idade. Alguém comentou no “Notícias
de Melgaço” n.º 419: «...figura de
destaque no meio republicano.» // A sua viúva residiu depois em casa do seu
filho, Dr. José Joaquim de Abreu, advogado, sita no lugar da Orada, freguesia da Vila, onde se finou a 9/2/1954, com 76 anos de
idade. // Pai do referido Dr. Abreu, advogado e Conservador do Registo Civil e Predial de
Melgaço, e de Abel, militar.
/// (*) Também
possuía uma casa na Vila, onde residia a sua "namorada", Emília Rodrigues, mais
conhecida por “Emília Barrenhas”, em quem gerou dois filhos: Eurico e José
Augusto.
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