ANEDOTAS
Por Joaquim A. Rocha
A
senhora Maria, moradora no Bairro Alto, Lisboa, às quatro da madrugada sai da
cama, zangadíssima, assume à varanda, e grita: «malandros, não deixam descansar as pessoas, eu já tenho setenta anos de
idade e não consigo pregar olho por vossa causa. Escutem, ouçam o que vos digo:
deus não dorme, e um dia vai castigar-vos.»
O mais reguila, já habituado àquelas
palavras terríveis dos moradores do bairro, oportunista, vira-se para a senhora
e diz-lhe: «está a ver: deus, que é muito
superior a si, não dorme; e você, uma simples mortal, quer ter mais direitos do
que ele.»
*
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A
professora Clotilde naquele dia não atinava com o tema a tratar. Lembrou-se
então de falar da fome em Portugal. Dirigiu-se a um dos alunos, chamado Pedro, apesar
de pobre sempre bem-disposto, conversador, e pediu-lhe:
- Pedro,
o que é que tu pensas sobre o assunto?
-
Senhora professora: eu apenas posso falar daquilo que conheço. Por exemplo: lá
em casa é só fartura: o meu pai está farto da minha mãe, a minha mãe está farta
do meu pai, ambos estão fartos dos filhos, e estes estão fartos dos pais. Além
disso, a minha avó está constantemente a dizer: «estou farta, farta!»
- Ai,
Pedrinho: com tanta fartura, têm que começar a fazer dieta!
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