sábado, 5 de setembro de 2015

ANEDOTAS

Por Joaquim A. Rocha



     A senhora Maria, moradora no Bairro Alto, Lisboa, às quatro da madrugada sai da cama, zangadíssima, assume à varanda, e grita: «malandros, não deixam descansar as pessoas, eu já tenho setenta anos de idade e não consigo pregar olho por vossa causa. Escutem, ouçam o que vos digo: deus não dorme, e um dia vai castigar-vos
    O mais reguila, já habituado àquelas palavras terríveis dos moradores do bairro, oportunista, vira-se para a senhora e diz-lhe: «está a ver: deus, que é muito superior a si, não dorme; e você, uma simples mortal, quer ter mais direitos do que ele.» 

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     A professora Clotilde naquele dia não atinava com o tema a tratar. Lembrou-se então de falar da fome em Portugal. Dirigiu-se a um dos alunos, chamado Pedro, apesar de pobre sempre bem-disposto, conversador, e pediu-lhe:
- Pedro, o que é que tu pensas sobre o assunto?
- Senhora professora: eu apenas posso falar daquilo que conheço. Por exemplo: lá em casa é só fartura: o meu pai está farto da minha mãe, a minha mãe está farta do meu pai, ambos estão fartos dos filhos, e estes estão fartos dos pais. Além disso, a minha avó está constantemente a dizer: «estou farta, farta

- Ai, Pedrinho: com tanta fartura, têm que começar a fazer dieta!




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