quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

DICIONÁRIO ENCICLOPÉDICO DE MELGAÇO
 
Por Joaquim A. Rocha





 
CRIMES
 
(1913) - PINHO, Rosa. Filha de ----------- de Pinho e de --------------------------------------. Nasceu a --/--/18--. // Morou no lugar dos Casais, Paços. // A 13/1/1913 respondeu em processo correcional «porque tendo encontrado um lenço com duas notas de 20$00, pertencente a Ana Migueis, se recusou fraudulentamente a entregar-lhas.» Foi assim condenada em 60 dias de prisão correcional, 10 dias de multa, e custas e selos do processo. Foi seu defensor o Dr. Augusto Lima (Correio de Melgaço n.º 33, de 19/1/1913).  
 
(1913) - RODRIGUES, António. Filho de -------- Rodrigues e de -----------------------------. Nasceu em Queirão, Paderne, a --/--/18--. // A 15/8/1912 recebeu de Eduardo das Neves & Irmão, de Aveiro, milhares de sardinhas, tendo o Dr. Vitoriano de Castro, subdelegado de saúde, mandado queimar 7.500 delas; isto no Peso (Correio de Melgaço n.º 11). // No Correio de Melgaço n.º 64, de 31/8/1913, pode ler-se: «na tarde de sexta-feira, nas proximidades do Peso, deu-se um crime que reclama imediato castigo. António Rodrigues, o Tostas, peixeiro de Paderne, foi vítima de um tal Luís, o Paradinha, músico, da Granja, Alvaredo, que lhe desfechou diversas pancadas com uma gancha de ferro, prostrando quase sem vida o infeliz Tostas, pelo facto presumível de ter a cavalgadura deste, num dos dias da última semana, comido uns pendões numa propriedade próxima ao hotel Ranhada, pelo que pagara de multa um escudo. O paciente recolheu, gravemente ferido, ao hospital da Misericórdia e julga-se que seja fatal o desenlace. O malvado fugiu, ignorando-se o seu paradeiro      


 

(1913) - GONÇALVES, Maria Rosa. Filha de Rosa Gonçalves, solteira, de Portelinha, Castro Laboreiro. Neta materna de Joaquim Gonçalves e de Luísa Rodrigues. Nasceu a 17/4/1883 e foi batizada a 22 desse mês e ano. Madrinha: Maria Gonçalves, viúva, tia materna. // Lê-se no “Correio de Melgaço” n.º 85, de 1/2/1914: «Pela autoridade administrativa de Castro Laboreiro foi capturada a 28/1/1914 MRG, casada, do Rodeiro, que a 29/8/1913, por questões de ciúme, deu diversas punhaladas na sua prima Guilhermina Gonçalves, solteira, do mesmo lugar, a qual sucumbiu aos ferimentos recebidos a 20/9/1913. Conduzida para esta Vila (SMP) foi entregue às autoridades judiciais, dando entrada na cadeia.» // No Correio de Melgaço n.º 109, de 28/7/1914, lê-se: «No tribunal desta comarca respondeu hoje, em audiência geral, Maria Rosa Gonçalves e João Rodrigues Belchior, de Castro Laboreiro, acusados do crime de que foi vítima Guilhermina Gonçalves, também de Castro.» // No Correio de Melgaço n.º 110, de 4/8/1914, a notícia é dada com mais desenvolvimento: «Realizou-se nos dias 28 e 29 de Julho o julgamento em audiência geral de MRG e de JRB, acusados de a 29/8/1913, no Ribeiro de Cima, terem-se envolvido em desordem com Guilhermina Gonçalves, vibrando-lhe diversas punhaladas, de cujos ferimentos veio a falecer a 20/9/1913. A Maria Rosa foi condenada em dois anos de prisão correcional, custas e selos do processo, levando-se-lhe em conta o tempo já sofrido, sendo absolvido o J.R.B.» // Faleceu a 29/3/1945.
 
 

 

 



 
 

 

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