domingo, 19 de fevereiro de 2017

GENTES DE MELGAÇO
 
Por Joaquim A. Rocha
 
 
 
microbiografias
 
GREGÓRIO, Germano. Filho de Dúlia Gregório, solteira (e de Inocêncio Pereira, solteiro nessa altura), ambos da Vila. Neto materno de Francisco Joaquim Gregório e de Carlota Joaquina Colmeiro. Nasceu na vila de Melgaço a 23/4/1932. // Quase com dez anos de idade, com a 3.ª classe, perde sua mãe, que estava internada no hospital ou no asilo. Ele fora acolhido pelo hospital da Santa Casa da Misericórdia de Melgaço, onde se manteve até aos onze, doze anos. Como levantava alguns problemas à Misericórdia de Melgaço vai para o Porto, para uma Instituição Social – ali começa a aprender a profissão de marceneiro. Aos quinze anos sai daquela Instituição e segue para a cidade da Guarda, para outra Instituição, onde lhe ensinam a arte de sapateiro. Joga também futebol. Fica ali até ir à inspeção e ingressar no serviço militar. Assentou praça a 27/4/1953. Fez tropa obrigatória de 1953 a 1954 – dezoito meses. Findo esse tempo, requere a continuação, agora como contratado. O requerimento é deferido. Esteve um ano em Mafra; dali parte para Braga, Infantaria 8, e neste quartel ficará até à sua passagem à reserva, em 1989, com as divisas de 1.º cabo-adjunto. Fora motorista de oficiais de alta patente. // Casou em Braga, em 1958, com Teresa de Jesus, filha de Firmino Vieira e de Adelina Antunes, natural de Vila Verde. // Tiveram três filhos: José Manuel (nasceu em Braga a 25/7/1964 e casou com Ana Rodrigues); Maria Domitília (nasceu em Braga a 18/10/1962 e casou com Fernando José Ferreira da Costa); e Maria das Dores (mãe solteira de uma menina – parece que casou posteriormente com outro namorado e emigrou para França). // Germano Gregório reformou-se em 1995 (A Voz de Melgaço n.º 1036). // Morreu em Braga a 26/4/2007, e foi sepultado no cemitério Monte d’Arcos. // Nota: apesar de ter nascido na maior pobreza, foi equilibrando a sua vida, e acabou por viver feliz com a sua mulher e filhos. Somente uma coisa o entristecia: o não ter descoberto o paradeiro da sua irmã (por parte da mãe), Luísa Maria Gregório, nascida na vila de Melgaço a 19/6/1927, e levada para outra vila ou cidade, com doze ou treze anos de idade, por um juíz de direito e sua esposa, os quais a devem ter perfilhado e mudado o nome.         

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