DICIONÁRIO ENCICLOPÉDICO DE MELGAÇO
Por Joaquim A. Rocha
Cartas de um castrejo
18.ª - «Senhor
Redactor: assim como a revolução
francesa abalou e convulsionou, nos seus seculares alicerces, os velhos
princípios que seguiam as nações, assim a criação de escolas nesta freguesia,
de acordo com a população e os recenseamentos, há-de transformar e purificar,
até, a nossa vida de sempre. Havemos de ser, porque assim o queremos e temos do
nosso lado a Justiça, os cidadãos conscientes de que a Pátria necessita, os
homens aptos para superar as maiores contrariedades da vida, tudo o que
aspiramos, como membros duma nação livre e com foros de civilizada. Porém, o
indispensável para a concretização destas aspirações é a luz que provém da
instrução – e esta só nos pode vir da escola. Queremos escolas, pois, e não
trepidaremos em afrontar as maiores contrariedades para adquiri-las. Não nos
falha a esperança de que o Ministro da Instrução ouviu os nossos rogos justos
da última carta e que, em breve, mandará saber das nossas necessidades, com
relação às escolas a criar nesta freguesia. A paróquia não bole, a Câmara Municipal
de Melgaço não ouve?! Nós não desanimaremos, enquanto o Correio de Melgaço
receber as nossas cartas e as publicar, certos de que, tanto teimaremos, tanto
levantaremos os brados da nossa incontestável justiça, que seremos (…) ouvidos.
// As searas e os batatais conservam um aspecto regular; porém, estes precisavam
o tratamento cúprico. Os nossos cultivadores não conhecem ainda esta vantagem:
teriam melhores frutos e a conservação mais segura se aplicassem o sulfato nos
seus batatais. Experimentem. / Castro Laboreiro, 2/6/1916.»
Sem comentários:
Enviar um comentário