Por Joaquim A. Rocha
ROUBOS
(1952) – Lê-se no
Notícias de Melgaço n.º 1014, de 24/2/1952, acerca de São Paio: «Nesta freguesia não há respeito algum pela
propriedade alheia. Quase todos os dias de manhã, ou à tarde, tem-se visto
grupos de rapazes e raparigas, de corda ao ombro e machada ou foice na mão,
caminhando para as carvalheiras do Porto Vilar e Cabana, onde cortam lenhas de
carvalho, vidoeiro, castanheiro, amieiro, etc. Pedem-se providências a quem de
direito para ver se acabam, de uma vez para sempre, estes abusos. Na próxima
[oportunidade] continuar-se-á este assunto de capital importância.» //
Correspondente. // Lê-se mais no Notícias de Melgaço n.º 1019, de 30/3/1952: «Pedimos aos ratoneiros e ratoneiras dos
montes que tenham cuidado com a violação da propriedade alheia. Quando não se
emendem, publicaremos os seus nomes e respetivas moradas para o que a lei permitir.»
(1952) - Lê-se no
Notícias de Melgaço n.º 1021, de 20/4/1952: «Penso, 16. No passado dia 11, de
madrugada, audaciosos gatunos penetraram, por arrombamento de uma das janelas
mais fracas do lado da cozinha, na casa de habitação do senhor Raul Rocha, cujo
proprietário chegou no mesmo dia com sua esposa e filho e, depois de terem
mexido e remexido todas as gavetas dos móveis à procura de joias que não
encontraram, contentaram-se com alguns fatos usados que bem por certo não serão
vestidos por pessoas destas redondezas por cautela e tática. Foram detidos por
suspeita certos indivíduos desta freguesia que não gozam de boa fama, mas há
mais para averiguações, mas como nada se apurasse foram postos em liberdade …
temporária.» // Lê-se também no Notícias de Melgaço n.º 1040, de 28/9/1952:
«Penso. O vandalismo começa a campear cá pela terra. Na noite de 1 para 2 do
mês corrente indivíduo de baixo caráter e de inqualificável perversidade
inutilizou e roubou a torneira do fontenário do Bairro Grande para se tornar
mais fácil encher o cantarinho a qualquer pessoa de família e com o produto da
venda da referida torneira fazer alguma patuscada. A descoberta do malvado
há-se fazer-se com o tempo.»
(1959) - Em 1959
lê-se: «Na
noite de 29 para 30 do mês findo de Janeiro alguém furtou do estabelecimento de
José Barbosa Martins cinco peças de pano de lençol, dez de riscado, dois ou
três cobertores de algodão, dez cortes de fazenda para fato de homem, um pacote
de cigarros três-vintes, uma peça de flanela e cerca de 100$00 em dinheiro – ao
todo um roubo avaliado em 8.700$00. Aguardamos o resultado dos esforços
empregados pela GNR na descoberta destes ladrões, que bem poderão vir a ser o
gérmen de qualquer quadrilha.» E mais à
frente: «Também no passado dia 25 esteve
a beber na loja de Nicolau Martins, no lugar do Maninho, Sérgio Santos Esteves,
morador em Messegães, e mais dois indivíduos. Mais tarde, quando Sérgio
regressava a casa foi assaltado no caminho, soqueado e roubado de 1.990$00,
afora vários documentos. Pela Guarda Nacional Republicana foram detidos os
assaltantes, que a estas horas já estão na cadeia entregues a juízo.»
// continua...
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