AS MINHAS ANEDOTAS
Por Joaquim A. Rocha
Pergunta o arquiteto a um pedreiro: - «sabes o
que é uma casa inteligente?» - «Não faço a mínima ideia», diz o pedreiro. -
«Pois bem» - diz o arquiteto - : «é uma casa que sabe esquivar-se ao IMI.»
Dois amigos encontram-se na rua. Um deles, diz
ao outro: - Sabes, fui convidado para um casamento, mas estou hesitando em
aceitar.
- Então, porquê? Fica caro, não é?!
- Sim, fica muito caro; e àquele casal não se
pode dar uma prenda qualquer. No entanto, o motivo é outro.
- Já agora diz-me qual a razão por que não
queres aceitar o convite.
- Repara: eu, quando vou a uma boda, gosto de
comer e beber bem. Paguei, mas como e bebo à grande e à francesa. Neste
casamento não se fala em comida, apenas oferecem um copo de água! «Um finíssimo copo de água», lê-se no
cartão. Para beber água, bebo-a em casa.
- Tens razão. Não vás. Eu faria a mesmíssima
coisa.
Lê-se no Notícias de Melgaço n.º 31, de 22/9/1929: «Partiu há dias [de
São Paio de Melgaço] para Monção o menino António Augusto Gonçalves Ribeiro,
acompanhado de seu pai, para tirar de um ouvido um feijão, o qual o ia
perturbando assaz, pois que se lhe tinha introduzido quase no canal interno do
mesmo. Tendo voltado bom, felicitámo-lo a ele e à família.»
Nota: segundo me informaram, esse feijão foi colocado em um frasco com água, tendo crescido enormemente.
Erro tipográfico:
No “Notícias de Coisa Nenhuma” n.º 52, de
2/3/1930, escreveu-se: «De visita a sua estimada família encontra-se no lugar
de Modorra o nosso pesadíssimo e colaborador deste semanário senhor
António da Silva Rodrigues.»
O senhor António Rodrigues, homem já muito
vivido, assíduo correspondente do dito jornal, achou graça ao erro e escreveu as
seguintes quadras, as quais foram publicadas no número seguinte do dito jornal:
Caro senhor diretor,
Sou pesado, pesadinho;
Mas não sou como o senhor,
Com barriga de toucinho!
Com barriga de toucinho,
Com corpo de elefante;
Bebe uma pipa de vinho,
Vossemecê e sua amante.
desenho de Luís Filipe Gonzaga Pinto Rodrigues |
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