SONETOS DO SOL E DA LUA
Por Joaquim A. Rocha
MALDADE
Paira
nos ares a subtil maldade,
Com
seus fartos odres cheios de ódio;
Tem
corpo esbelto, julga-se no pódio,
Simboliza
um tempo sem idade.
Sempre
cheia de orgulho e vaidade,
Queima
mais do que o próprio sódio;
Brilha bem mais do que o letal nódio,
Não
tem amor, pena, honestidade.
Tem
olhos de bruxa má, peçonhenta,
A
vingança mora na sua mente;
É
louca, senil, ladra, rabugenta…
Quando
faz mal fica alegre, contente,
Essa
coisa asquerosa, nojenta,
Mãe
do terrível demo, vil serpente.
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