DICIONÁRIO ENCICLOPÉDICO DE MELGAÇO
Por Joaquim A. Rocha
AFOGAMENTOS
Nos oceanos, nos mares, nos rios, até nos poços, têm-se, ao longo dos séculos, afogado milhares ou milhões de seres humanos. As guerras marítimas são as causas principais dessas mortes, mas também as viagens de barco, as pescas, e até os suicídios, estes em menor número. As praias atraem - cada ano que passa - mais gente. Não sei se por ignorância, por falta de cuidado, por ousadia desnecessária, o certo é que todos os verões a água dos mares leva para o seu gigantesco estômago imensos corpos de homens, mulheres e crianças.
// MARQUES, António José. Filho de Manuel
António Marques e de Ana Domingues, lavradores, de Cavaleiro Alvo, São Paio de Melgaço. Nasceu na
década de 80 do século XVIII. // Lavrador. // Casou com Ana Domingues (!). // Faleceu
a 20/8/1861, com 80 anos de idade, mais ou menos, sem sacramentos, por se ter
afogado num poço. Foi sepultado na igreja de São Paio no dia 22. Deixou
um testamento, onde solicitava um só ofício com assistência de dez sacerdotes,
devendo - desses dez - acompanhar seu corpo até à igreja o número de cinco. Deixou uma
filha natural, herdeira de seus bens.
// A 11/3/1862, pelas sete horas da manhã, no rio
Minho, no sítio da Rocha, limites de Alvaredo, Melgaço, «foi
encontrado um defunto sem cabelo e bastante martirizado, baixo de estatura, de
idade pouco mais ou menos de vinte anos» e foi sepultado na igreja
de Alvaredo nesse dia.
// DIAS,
Manuel José. // Apareceu morto a 23/8/1869, por afogamento no rio Minho,
nas pesqueiras das (Alminhas?),
sitas em Remoães, Melgaço. Era o soldado n.º 23, da 4.ª Companhia …………. Foi sepultado na
igreja de Remoães.
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