SONETOS DO SOL E DA LUA
Por Joaquim A. Rocha
O
tempo
Se
tu pudesses sequer deduzir
Quão
profundo é o meu querer,
Não
me deixarias assim sofrer,
Em
Ourique ou Álcacer-Quibir.
Luto
imenso, para te servir,
E
nem tua sombra eu posso ver;
Deixas
a redoma ao escurecer,
Chegas
sempre depois de eu partir.
Tu
és como a minha estranha sorte:
Anda,
sem rumo, à minha procura;
Se
vou para sul, vai para o norte,
Num
ritual dançado, com loucura…
Em
busca dum sonho, do seu consorte,
Dum
tempo sem amor e sem ternura!
Sem comentários:
Enviar um comentário