S O N E T O S
Por Joaquim A. Rocha
obra de um escultor melgacense |
(143)
Esculpi
minha efígie em granito,
Ficou
feia, horrível, quase esfinge;
Não
se nota a boca, nem laringe,
É
semelhante a Seth do Egito.
É
um eco longínquo, maldito,
Que
a minha débil mente atinge,
O
meu frágil corpo e alma cinge,
Num
abraço de morte, letal grito.
Queria
desfaze-la, mas não posso,
Tornou-se
verdadeira, ganhou vida;
Apesar de estática, tem poder…
À
sua volta nasceu lago ou poço,
Que
lhe serve de forte, de guarida,
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