DICIONÁRIO ENCICLOPÉDICO DE MELGAÇO
Por Joaquim A. Rocha
roubos
NUNES, Hilário. Filho de José Maria
Nunes e de Maria Luísa Solha, lavradores, residentes no lugar de Pomar. Neto paterno
de Manuel Joaquim Nunes e de Teresa Esteves; neto materno de Manuel António
Solha e de Antónia Casimira Pereira. Nasceu em Penso a 29/1/1877 e foi batizado
nesse dia. Padrinhos: José Joaquim Rodrigues, casado, rural, e Maria Ludovina
Rodrigues, solteira, camponesa, ambos moradores no lugar das Lages. // Era
solteiro, militar, quando casou na igreja de Penso a 23/8/1899 com Maria
Pereira, de 21 anos de idade, solteira, camponesa, sua conterrânea, filha de
Carolina Pereira. Testemunhas presentes: António Solha, casado, e Bernardino
Pires, solteiro, rurais. // Em 1933 queixava-se de
que lhe tinham furtado sete cestos de milho do canastro (Notícias de Melgaço n.º 197, de 11/6/1933). // Em 1936 morava no sobredito lugar de Pomar, quando os
gatunos lhe roubaram duas cabras, das melhores que possuía no rebanho (NM 333).
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Lê-se no Notícias de Melgaço n.º 224, de 4/3/1934: «Na noite de 22 para 23 do mês findo foram
assaltadas algumas casas na freguesia de Remoães, mas felizmente os seus
proprietários só apanharam o susto, devido à rápida intervenção dos habitantes daquela
freguesia, que puseram os gatunos em debandada.»
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FERNANDES,
Baltazar. Filho de Francisco António Fernandes e de Maria Clemência Vilas,
lavradores, residentes no lugar de Barro (ou Bairro) Pequeno, freguesia de Penso. Neto paterno de Luís Manuel Fernandes e de
Maria Luísa Fernandes, do lugar de Casal Maninho; neto materno de Manuel Luís Vilas e de Maria
Joaquina Alves, do lugar de Pomar. Nasceu em Penso a 2/5/1873 e foi batizado na igreja católica dois dias depois.
Padrinhos: Vicente Vaz e sua esposa, Maria Emília Esteves Cordeiro, rurais, da Casa
do Campo. // Casou com Ermelinda de Faro. // Lê-se no Notícias de Melgaço n.º
233, de 27/5/1934: «A noite passada (17 de Maio) roubaram aos senhores
Baltazar Fernandes, Libério Esteves, e Manuel Esteves Reguengo, o milho que
tinham em três moinhos sitos nos limites do lugar de Pomar. Apresentada a
queixa hoje de manhã ao senhor regedor, esta autoridade passou buscas em duas
casas do lugar de Mós, não tendo encontrado o milho furtado àqueles senhores,
porém, numa delas encontrou, dentro de uma caixa, um saco com cesto e meio de
espigas. Interrogados os donos da casa, disseram que lhas tinham emprestado uma
pessoa do lugar das Lages, a qual confirmou esta declaração, tendo por isso o
senhor regedor abandonado as investigações. Com espanto de todos, essa pessoa
das Lages veio agora dizer que não lhe tinha dado nenhumas espigas, e uma filha
de um dos queixosos viu passar esse indivíduo junto da sua casa, pela uma hora
da noite, com um grande saco às costas. O senhor regedor comunicou o caso
superiormente. Oxalá venha a saber-se quem não teve pejo de ir roubar, principalmente,
um dos queixosos, que tem os filhos com fome.» // Morreu em Penso a
2/5/1953. // Com geração.
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