SONETOS
Por Joaquim A. Rocha
O
MEU LAR
(140)
Residi
numa selva de betão,
Ali
para os lados de Odivelas…
Tudo
se assemelhava a favelas,
Do
Rio de Janeiro ou Paquistão.
Pereceu
ali minha ilusão,
A
minha crença em coisas belas;
As
serenatas à luz das mil velas,
O
meu amor, minha religião!
Fiquei
vazio, isolado, sozinho,
Zangado
com o mundo, com as gentes,
Bebi
jeropiga, litros de vinho,
Afoguei
a dor em aguardentes.
Regressei
cansado ao velho Minho,
Onde
jazo ao lado de descrentes.
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