SONETOS DO SOL E DA LUA
Por Joaquim A. Rocha
EM PLENO VERÃO
Na
hora árdega do meio-dia
Bate
fortemente meu coração;
O
cérebro mergulha em ilusão,
O
meu peito absorve maresia.
Ouço
ao longe estranha sinfonia,
Como
lamentando antiga paixão;
Um
vil pecador pedindo perdão,
Aves
a voar, em plena harmonia.
Eis
senão quando o céu escurece,
Um
vendaval rompe pelos ares,
Um
forte sismo deita abaixo tudo.
O
povo ajoelha, e, em uma prece,
Reza
ao senhor dos ventos e dos mares…
E
eu ali: surdo, cego, e mudo!
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