DICIONÁRIO ENCICLOPÉDICO DE MELGAÇO
Por Joaquim A. Rocha
// continuação…
ROUBOS
(1947) Lê-se no Notícias de Melgaço n.º 813, de
6/4/1947, página 3: «A gatunagem
anda desenfreada por aqui – hortas, espigueiros, madeiras e esteios de ferro
das latadas, tudo se rouba sem o menor escrúpulo, nem receio. Quando será
inaugurada a nova cadeia de Melgaço?»
(1948) – Lê-se no Notícias de Melgaço n.º 867, de
1/8/1948: «Foi capturado e enviado ao tribunal desta comarca, Augusto António
Esteves, natural da freguesia de Chaviães, e sem morada certa, por ter
praticado vários furtos na referida freguesia, onde trazia aquele povo
alvoroçado, o qual depois de interrogado no posto da GNR confessou sete daqueles
furtos.»
(1948) – Lê-se no Notícias de Melgaço n.º 869, de
22/8/1948: «Pela Guarda Nacional Republicana.
Foi no passado dia catorze roubada do estabelecimento do comerciante desta vila
senhor Horácio César de Oliveira uma sua bicicleta, que imediatamente este
comerciante e o comandante do posto da G.N.R. perseguiu o gatuno, que foi
encontrado em um milheiral, mas conseguiu pôr-se em fuga. O larápio, que se
presume ser o cadastrado Manuel do Coto, da freguesia de Tangil, anda sendo
perseguido pela mesma guarda.»
(1948) – Lê-se no Notícias de Melgaço n.º 870, de
29/8/1948: «Pela Guarda Nacional Republicana.
Por motivos de furto de gado praticados pela quadrilha do “Carqueijo” sabemos
de fonte autorizada que no posto desta vila se está a proceder ao levantamento
de autos de declarações de diversas testemunhas e queixosos.»
(1949) – Lê-se no Notícias de Melgaço n.º 912, de
25/91949, acerca de um roubo praticado na Pensão Boavista, sita no lugar do
Peso, freguesia de Paderne: «Ao senhor Oceano
Atlântico Ribeiro roubaram sete peruas. Pede-se ao larápio, se tiver
consciência, a graça de as restituir, gordas e maçudas, como as roubou. Se não
estiver o senhor Oceano Ribeiro, pode mesmo entrega-las à esposa, D. Rosinha,
que dará cem escudos de gorgeta a quem lhas entregar, sãs e escorreitas.»
(1950) – Lê-se no Notícias de Melgaço n.º 925, de
17/2/1950, referindo-se a Penso: «Esta freguesia não é
das mais férteis em novidades. No entanto, não faltam os larápios que, com a
maior facilidade, assaltam casas de habitação, palheiros e capoeiras. Tudo lhes
serve: a carne de porco, as ferragens e as galinhas. Até o arame das latadas
vai, não sei para quê! Naturalmente para alguma travessia fluvial que não honra
quem a não quer ver, ou porque só quer ver o que mais lhe interessa…»
Correspondente.
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