terça-feira, 12 de novembro de 2019

DICIONÁRIO ENCICLOPÉDICO DE MELGAÇO
 
Por Joaquim A. Rocha




AFOGAMENTOS

// A 3/6/1908 apareceu afogado nas margens do rio Minho, limites do lugar da Torre, freguesia de Alvaredo, o corpo de um indivíduo do sexo masculino, aparentando ter à volta de quarenta anos de idade, o qual foi sepultado, por ordem da autoridade civil, no local onde aparecera. 
 
 

 

     // BESTEIRO, Jerónimo. Filho de José Besteiro, natural de Paderne, e de Florinda Pires, natural de Alvaredo, caseiros na Quinta da Carrasqueira. Neto paterno de Manuel José Besteiro e de Maria Joana de Castro; neto materno de Manuel António Pires e de Joaquina Fernandes. Nasceu em Alvaredo a 22/3/1898 e foi batizado a 24 desse mês e ano. Padrinhos: o avô materno e Emília Pires, casados, lavradores. // A 24/6/1912 – entre as 15 e as 16 horas – afogou-se no rio Minho, no sítio da Ferreira, perto do posto fiscal, quando tomava banho; tinha apenas catorze anos de idade! «Era essencialmente trabalhador e bem comportado…» O caso ainda deu que falar, pois «tendo o cadáver … aparecido no sábado, 29, pelas sete horas da manhã, e tendo o regedor oficiado imediatamente ao administrador, só o cadáver foi levantado, para se lhe dar sepultura, cinquenta e quatro horas depois do seu aparecimento, isto é, na segunda-feira, 1 de Julho, pelas treze horas …; apesar de estar na água, apresentava na parte superior o aspeto de carbonizado, exalando, pelo seu estado de putrefação, um cheiro deveras insuportável, a ponto de o povo, na sua indignação, lhe querer dar sepultura sem as formalidades legais. E é num estado destes que os dignos médicos se haviam de abalançar a fazer a autópsia! …apesar do seu mau estado, foi conduzido para o cemitério, acompanhando-o bastante povo – no que fez enorme sacrifício – bem como a associação cultual e o respetivo pároco.» // (A carta foi enviada de Alvaredo, com data de 5/7/1912 e publicada no Correio de Melgaço n.º 5). O corpo apareceu junto à pesqueira “Carvalha”… Escreve o jornalista: «depois de ter sido dado conhecimento às autoridades, foi o cadáver autopsiado pelos distintos facultativos municipais Dr. António Pereira de Sousa e Dr. Vitoriano de Castro, assistindo Manuel Rodrigues Ferreira, juiz de paz, em Penso, e seu escrivão Adriano Barbeitos     
 

 
 

     // RODRIGUES, José. Filho de -------- Rodrigues e de -----------------------------. Nasceu por volta de 1895. // Morreu afogado a 17/9/1914, pelas quinze horas e trinta minutos, na ocasião em que tomava banho no rio Minho, no poço chamado “Argazil”; era solteiro, tinha dezanove anos de idade, e morava no lugar dos Raposos, Prado (Correio de Melgaço n.º 117, de 22/9/1914, e Correio de Melgaço n.º 119, de 6/10/1914). 

      // VAZ, José. // Morreu afogado no rio Minho em 1915, próximo de Penso, quando tomava banho; tinha catorze anos de idade (Correio de Melgaço n.º 161, de 15/8/1915).
 
 







     // PINTO, Fernando Augusto. Filho de José Maria Pinto, proprietário, natural da freguesia de Remoães, e de Maria da Glória da Conceição Monteiro, doméstica, natural de Paderne, moradores na Quinta da Torre. Neto paterno de José Maria Pinto e de Joaquina Fernandes; neto materno de Manuel Bento Monteiro e de Maria José de Sousa Lobato. Nasceu em Paderne a 6/1/1904 e foi batizado a 10 desse mês e ano. Padrinhos: o seu avô materno e Marcelina Rosa Monteiro, solteira, doméstica, tia materna do batizando. // Em 1914 frequentava a escola do sexo masculino de Remoães, tendo por professor José Caetano Gomes; nesse ano, a 2 de Julho, foi fazer exame do 1.º grau na escola Conde de Ferreira, Vila, obtendo a classificação de «bem» (Correio de Melgaço n.º 106, de 7/7/1914). // Morreu no rio Minho, por afogamento, a 3/8/1917, com apenas treze anos de idade (Jornal de Melgaço n.º 1169, de 4/8/1917, e Jornal de Melgaço n.º 1170, de 11/8/1917). 

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