terça-feira, 18 de setembro de 2018

DICIONÁRIO ENCICLOPÉDICO DE MELGAÇO
 
Por Joaquim A. Rocha






 
                                  Roubos
 
No Correio de Melgaço n.º 149, de 16/5/1915, lemos a seguinte comédia num acto: «Um meliante qualquer, de Paderne, do qual não se sabe o nome, que trabalha há tempos em Espanha, roubou, a 14/5/1915, a Manuel José Fernandes, proprietário de Alvaredo, um redeiro, que aquele cidadão tinha a secar perto do rio Minho. Preso, com o objecto roubado, foi conduzido a esta Vila por dois cabos de polícia, daquela freguesia, um armado com uma espingarda caçadeira e o outro munido de um bom cacete. O atrevido gatuno, porém, ao chegar a Galvão de Cima, perto da Vila, deu às de Vila Diogo, deixando os representantes da autoridade com cara… à banda! O cabo da polícia que trazia a arma caçadeira ainda deu ao gatilho por duas vezes, mas… cruel decepção!.. a arma era velha e para maior infelicidade estava descarregada, não podendo fazer fogo sobre o gatuno que – auxiliado pelas rijas gâmbias – atravessou campos e o regato de Prado, pondo-se em bom lugar. Os seus perseguidores ainda tentaram procurá-lo pelos campos de centeio, mas em vão o fizeram, pois não o viram mais. Resolveram então vir contar o caso ao administrador do concelho e fazer-lhe entrega da rede roubada, que o meliante tinha deixado como recordação.» Quer dizer: o pobre diabo deixou-lhes a rede, carregou com ela quase cinco quilómetros a pé, e ainda queriam que ele fosse para a cadeia. Bons tempos!  
 

 


PEREIRA, Firmino. Filho de Bernardino Pereira e de Marcelina Esteves Cordeiro, residentes no lugar das Lages. Neto paterno de Francisco Pereira e de Maria Joana Gonçalves; neto materno de Francisco António Esteves Cordeiro e de Mariana Gonçalves, todos lavradores. Nasceu em Penso a 2/3/1872 e foi batizado no dia seguinte. Padrinhos: os avós maternos, de Casal Maninho. // Proprietário. // Casou com Maria Amália da Cruz Rodrigues. // Em Junho de 1918, quando andava a sachar nas suas propriedades, os gatunos partiram o vidro de uma janela de sua casa, roubando-lhe um relógio e corrente de prata, dois cordões de ouro, uma aliança de ouro, e algum dinheiro, pouco, por não terem encontrado mais (Jornal de Melgaço n.º 1211, de 22/6/1918).   
 


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ALMEIDA, Maria das Dores. Filha de ------------- Almeida e de --------------------. Nasceu por volta de 1858. // Em 1918 a Câmara Municipal concedeu-lhe uma licença para ela vedar um seu quintal, sito à Feira Nova (JM 1198, de 9/3/1918). // Tinha a profissão de forneira. // A 26/4/1906 foi madrinha de Paulo José de Sousa. // A 9/3/1919, enquanto ela estava na feira, assaltaram-lhe a casa, de onde furtaram um cordão de ouro e 81$50 (JM 1242, de 13/4/1919). // Faleceu na Vila a --/--/1933, com 75 anos de idade. 

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