DICIONÁRIO ENCICLOPÉDICO DE MELGAÇO
Por Joaquim A. Rocha
Casa fidalga em ruínas (vila de Melgaço) |
CASA DE MIDÃO
Marca de alvarinho produzido na freguesia de Paderne, Melgaço,
por Armando Abel Gonçalves. No concurso de vinhos alvarinhos de 2006 obteve a
medalha de ouro. O 2.º lugar foi para a Casa do Cerdedo, Rouças, e o 3.º para
a Adega do Sossego, Peso, Paderne. Em 2009 foi novamente o 1.º classificado (Revista Municipal n.º 48, de Agosto/2009).
CASA DO MINHO
Existem
duas: uma no Rio de Janeiro, fundada em 1924, e outra em Lisboa, fundada no ano
de 1923. A do Brasil já teve à sua frente o grande artista melgacense, Manuel
Igrejas. De acordo com os seus estatutos, na de Lisboa não se permitia discutir
política nem religião. Um dos seus ilustres dirigentes (presidente da Direção) foi o
melgacense por adoção, juiz conselheiro Manuel Fernandes Pinto, que nascera em
Monção na segunda metade do século XIX. Por decreto de 2/12/1886 foi nomeado
delegado do procurador régio para Melgaço, tomando posse a 27 desse mês. Como
foi promovido a juiz de Direito a 18/5/1889 teve de ir para Monchique. Em 1897
foi para Montalegre. Voltou para Melgaço como juiz, tendo sido empossado a
2/6/1900. Por ter sido promovido à primeira classe em 1906 seguiu para
Idanha-a-Nova. Também foi juiz em Ceia, e em duas varas em Lisboa. Foi colocado
no Tribunal da Relação de Lisboa e acabou por ser vice-presidente do Supremo
Tribunal de Justiça. Em 13/2/1913 foi designado para o cargo de Governador
Civil de Viana do Castelo. / Casara em Lisboa, a 8/9/1897, com Ludovina Amélia,
filha de Vitorino da Rocha Gonçalves, melgacenses. / Faleceu na capital do país
a 12/7/1944. A sua viúva acabou seus dias em Melgaço a 10/10/1954, com 80 anos
de idade. / Os descendentes do Dr. Juiz Pinto são proprietários da “Casa da
Calçada”, por um filho dele, Dr. Henrique, ter casado com Maria Higina de
Magalhães. / A Direção da Casa do Minho (Lisboa) decidiu construir uma nova
sede. O projeto era do arquiteto Fernandes Pinto, neto do Dr. Juiz Pinto, e já
tinham o terreno para o efeito (VM 936, de 1/4/1991). Suponho que esse projeto não foi avante. / Em 1975 tinha
cerca de 600 sócios, o que era pouco para tantos minhotos que havia em Lisboa.
/ Em 1995 estava instalada, provisoriamente, na Rua dos Anjos. Aguardava a
aprovação do projeto e que se tirassem as barracas no terreno cedido pela
Câmara Municipal de Lisboa para a sua construção; esperava também um subsídio
do MPAT a fim de arrancar a primeira fase (VM 1041,
de 1/12/95). / A 19/12/1995 foi assinado, entre a
DGOTDU, CCRLVT, e a Casa do Minho, um protocolo de comparticipação para o
projeto de execução da nova sede… (VM 1046,
de 1/3/1996). / Em 2007 escreveu-se que a sua sede
era na Rua Professor Orlando Ribeiro, 3 D – Lisboa (VM 1291, de 1/12/2007).
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