SONETOS DO SOL E DA LUA
Por Joaquim A. Rocha
a sombra de Drácula |
Abrem
os tempos brechas nos castelos,
Põe
verdete nas faces dos metais,
Derrubam
as árvores colossais,
Devoram
tinta de painéis tão belos!
Mas
os deuses usaram tais desvelos,
Prendas,
atrativos, dons naturais,
Em
rostos femininos, que jamais,
Tempo
há-de sumi-los, esquece-los!
Apenas
a morte vai um dia desfazer,
O
trabalho das divinas criaturas,
Obra-prima
do viril universo.
Vai
exibir seu infindo poder…
Restarão
os ossos, frágeis esculturas,
Para
o vate cantar num frugal verso.
Este soneto foi inspirado num outro de Ribeiro da Silva
(ver Notícias de Melgaço n.º 369, de 26/9/1937).
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