POEMAS DO VENTO
Por Joaquim A. Rocha
TECNOCRACIA
Roubaram, cruéis, meus sentimentos,
despojaram-me de todas as emoções;
fiquei calmo, frio, sem tormentos,
sem nervos, sem sonhos ou ilusões.
Transformaram-me em máquina, em robô.
Penso como computador: - friamente.
E agora, seco, desumanamente,
laboro como máquina de tricô.
Tudo que faço é genial, perfeito!
Sem erros, manchas, imperfeições.
Trabalho com o cérebro, sem paixões…
Só o belo, o grandioso, eu aceito.
Tenho o dom da medida exata…
Tenho o equilíbrio dentro de mim.
Dedos ágeis cordão umbilical desata,
separam coração e cérebro por fim!
18/5/1978
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