DICIONÁRIO ENCICLOPÉDICO DE MELGAÇO
Por Joaquim A. Rocha
ROUBOS
Na noite de 8 para 9/10/1936,
noite de tempestade, os gatunos penetraram pelo telhado e entraram na casa de
habitação de Cândido Augusto Esteves, comerciante, com estabelecimento no lugar
do Cruzeiro da Serra, freguesia de Prado, descendo à loja, de onde roubaram chapéus, lenços,
peúgas e ligas, tabaco, fósforos, papéis de fumar, queijo, marmelada,
chouriços, bacalhau, e dinheiro que ali restava para trocos; calculou-se o
valor do roubo em 600$00 (seiscentos escudos). // Notícias de Melgaço n.º 328.
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Em 1937 os “filhos da noite” penetraram na
residência do padre de Chaviães, roubando-lhe a carne de um porco, azeite,
lençóis e outras coisas mais. A autoridade do concelho prendeu para
averiguações diversos indivíduos daquela freguesia (Notícias de Melgaço n.º 343).
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CASTRO,
Manuel. Filho de Joaquim Nunes de Castro, guarda-fiscal, natural de Messegães,
Monção, e de Angelina Rosa Rodrigues, lavradeira, natural de Pontepedrinha, Prado
de Melgaço. Neto paterno de Luís Manuel Nunes de Castro e de Marcelina Rosa
Alves; neto materno de João Evangelista Rodrigues e de Maria da Encarnação
Rodrigues. Nasceu na freguesia de Prado a 9/3/1903 e foi batizado na igreja
paroquial a 16 desse mesmo mês e ano. Padrinhos: a sua avó paterna e São
Lourenço. // Aprendeu a profissão de serralheiro. // A 12/1/1936 iriam ser
arrematados em hasta pública duas casas, ambas na Rua do Carvalho: a 1.ª por
2.000$00 e a 2.ª, metade pró-indiviso, com altos e baixos, por 500$00; além de
uma leira na Fonte da Vila (produção de pão e vinho), por 2.000$00. Estes bens
pertenciam ao viúvo António Rodrigues, que já morara na Vila, e iam à praça
para pagamento do passivo descrito e aprovado no inventário feito por morte da
mulher, do qual era credor Manuel Nunes de Castro, industrial. // A 15/3/1937 os ladrões assaltaram o seu estabelecimento
comercial, sito no Largo Hermenegildo Solheiro (hoje rua), levando bacalhau,
tabaco, sardinhas e atum em conserva, além de outros artigos, assim como 41$50
em dinheiro português e dez pesetas (Notícias de Melgaço n.º 347). // A 27/12/1938 o dito estabelecimento
foi ameaçado pelas chamas; na cave existia um forno de pão, e foi aí que o fogo
começou, ardendo parte das traves, contudo não teve grandes consequências (Notícias de Melgaço n.º 428). // Casou na CRCM a 24/8/1939 com
Ascenção dos Ramos Rodrigues, solteira, doméstica, natural da vila, SMP, filha
de Mercedes dos Prazeres Rodrigues (Graixa);
casaram na igreja da vila a 15/2/1959. // Teve um Café e uma pequena fábrica de
gasosas, além de uma loja de cal e tijolos, e outros artigos. // No ano de 1959
mandou construir um prédio na Rua Hermenegildo Solheiro, perto do edifício da
Câmara Municipal, defronte à sobredita loja, onde residiu com a família, e em
cujos baixos tinha comércio de materiais de construção civil. // Possuía uns
terrenos no Barral, onde produzia um excelente vinho, segundo constava. Ele
gabava-o muito: «o meu binho do Varral
não tem igual.» // Morreu na freguesia de Ramalde, cidade do Porto, a
14/12/1982. // Com geração.
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