quarta-feira, 21 de setembro de 2016

GENTES DE MELGAÇO
(microbiografias)
 
Por Joaquim A. Rocha


obra prima de Óscar Augusto Marinho

PEREIRA, Marcelino Ilídio. Filho de Bernardino Pereira e de Marcelina Rosa Esteves Cordeiro, residentes no lugar das Lages. Neto paterno de Francisco Pereira e de Maria Joana Gonçalves; neto materno de Francisco António Esteves Cordeiro e de Mariana Gonçalves, todos lavradores. Nasceu na freguesia de Penso a 14/2/1871 e foi batizado na igreja paroquial no dia seguinte. Padrinhos: os seus avós maternos, residentes no lugar de Casal Maninho. // Aos 15 anos de idade partiu para a capital do país, empregando-se no comércio. // Em 1912 assistiu em Lisboa, com seu irmão Firmino, às comemorações do 5 de Outubro (Correio de Melgaço n.º 23, de 10/11/1912). // Com o tempo, e depois de muito esforço, tornou-se um grande negociante de bacalhau, fazendo fortuna à custa do fiel amigo. A empresa “Marcelino Ilídio Pereira & Irmão” tinha os armazéns no Largo do Corpo Santo, Lisboa; forneciam de bacalhau e azeite os hospitais de Lisboa, Escola Académica, Casa Pia, entre outros (Correio de Melgaço n.º 47, de 27/4/1913). // Casou com Rosa da Ascenção Rodrigues Vilarinho. // Foi vítima de acidente a 2/7/1915, quando conferia uns fardos de bacalhau, depositados no barracão e desembarcados poucos dias antes no Cais da Areia; um lote de fardos desabou, apanhando-lhe a perna direita (Correio de Melgaço n.º 156). // Segundo o Jornal de Melgaço n.º 1264, de 28/9/1919, ele era dono de um interessante solar no lugar de Barro Grande, Penso. // No Notícias de Melgaço n.º 199, de 25/6/1933, pode ler-se: «na passada quarta-feira, de tarde, quando se estava realizando a feira, no Largo Hermenegildo Solheiro, encontraram-se Marcelino Ilídio Pereira, comerciante e rico proprietário de Penso, e o capitão Luís Augusto de Carvalho, os quais, depois de alta e acalorada discussão, passaram a vias de facto com os respectivos guarda-sóis, sendo o primeiro o que iniciou a luta. Acudiram várias pessoas que apartaram os contendores. Da refrega saiu ferido o segundo, com uns ferimentos no olho esquerdo feitos com o manípulo do guarda-sol (…) o qual recebeu tratamento na Farmácia Araújo, sendo os socorros médicos prestados pelo Dr. Sá… Consta-nos que o segundo vai mandar imprimir em folheto, para distribuir, uma carta que deu origem ao conflito.» // Faleceu em Penso, na sua quinta da Polita, a 18/8/1933 (ver Notícias de Melgaço n.º 206, de 27/8/1933, e Notícias de Melgaço n.º 209, de 24/9/1933). // Em 1935 a sua viúva ofereceu aos Bombeiros Voluntários de Melgaço um automóvel «Cóle». // Esta finou-se a 31/3/1940. // Pai de Maria da Purificação Vilarinho Pereira (nasceu a 2 de Fevereiro de 1---).       

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