domingo, 25 de setembro de 2016

DICIONÁRIO ENCICLOPÉDICO DE MELGAÇO
 
Por Joaquim A. Rocha
 
 
não matarás
 
 
 
crimes
 
 
 
GARCIA, Joaquina Rosa. Filha de João Garcia e de Maria Esteves, lavradores. Nasceu em Penso por volta de 1808, ainda essa freguesia pertencia ao concelho de Valadares, hoje freguesia de Monção. // Lavradeira. // Faleceu a 27 de Setembro de 1870, com 62 anos de idade, viúva de Manuel Caetano Rodrigues, e foi sepultada na igreja paroquial. // Escreveu o pároco: «encontrou-se assassinada em sua própria casa, no lugar das Lages, Penso.» E mais à frente: «declaro que a finada tinha recolhido em sua casa um rapaz natural da Galiza, não tinha dado terra certa em alguns dias que tinha estado nesta freguesia, procurando casa aonde se justasse para servir, sucedeu no dia 27 um filho da finada, por nome António José Rodrigues, e uma filha da mesma, Maria Teresa Rodrigues, saírem para a feira do dia vinte e sete, ficando a mãe destes com o criado em casa, e ao recolherem-se daquela acharam sua mãe morta, tendo desaparecido o criado, que levara um relógio, vestiu-se com calça, colete, jaqueta, camisa e chapéu, do filho da finada, deixando os andrajos com que andava vestido antes, e a camisa com sangue nos pulsos, aparecendo rasto de querer abrir uma caixa, com uma machada, martelo, cinzel, tudo da mesma casa, o que tudo indica ser o matador o mesmo criado, a quem o guarda do barco de Sela [Galiza] tirou o relógio que lhe quis vender, por o dito guarda suspeitar era furtado e o mandou para seu dono ao depois de inteirado do sucedido. Fiz esta declaração para constar
 
     // Nota: é sempre perigoso meter em casa quem não se conhece. Como bem diz o ditado: «cautelas e caldo de galinha nunca fez mal a ninguém
 
 
 
 
 
 

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