quarta-feira, 6 de janeiro de 2021

DICIONÁRIO ENCICLOPÉDICO DE MELGAÇO

Por Joaquim A. Rocha

 


// continuação...

CRIMES


(1954) - DOMINGUES, António da Cruz. Filho de Joaquim Domingues e de Rosa Pereira, lavradores, residentes no lugar de Cima, Lamas de Mouro. Neto paterno de Manuel Domingues e de Clara Domingues; neto materno de José Bento Pereira e de Rosa Teresa Domingues. Nasceu na freguesia de Lamas de Mouro a 25/10/1910 e a 29 desse mês e ano foi batizado na igreja matriz. Padrinhos: António Domingues e Maria Domingues, solteiros, camponeses, moradores no lugar de Cima. // Lavrador. // Casou na Conservatória do Registo Civil de Melgaço a 8/6/1932 com Albina Esteves, filha de Felisménia Esteves, nascida na freguesia de Parada do Monte por volta de 1889, portanto mais velha do que o marido 21 anos! // Moraram em Lamas do Mouro, no lugar de Cima. // A sua esposa faleceu a 12/1/1954, com sessenta e cinco anos de idade, envenenada por (…), mais conhecida pela alcunha de Palina, a fim de lhe roubar o marido, que já era amante da criminosa, tendo-se provado em tribunal que ele fora conivente no crime. // Tanto ele como a Palina foram condenados a graves penas de prisão. // Depois do regresso da cadeia casou em segundas núpcias, na igreja de Paderne, a 29/10/1966, com Maria Armanda Domingues, de vinte e nove anos de idade, natural da freguesia de Paderne, filha de Joaquina Rosa Domingues. // Morreu em Paderne a 26/11/1981.    

 

(1956) - FERNANDES, José Diogo. Filho de Manuel Fernandes e de --------------------. Nasceu a --/--/1---. // No Notícias de Melgaço n.º 1201, de 10/6/1956, escreveu-se: «Pelos diários de Lisboa soube-se aqui na passada sexta-feira, à tarde, a triste notícia de na fronteira franco espanhola, próximo da povoação de Tostela e na estrada de Figueras para a França, terem sido avistados pela Guarda Civil dois automóveis de matrícula portuguesa a escaparem-se à sua fiscalização, e porque não obedeceram às suas ordens balearam-nos, furando os pneus a um dos veículos e ferindo os passageiros do outro. Neles iam "emigrantes" indocumentados portugueses e espanhóis e dessas balas dois deles vieram a falecer, os nossos conterrâneos de Alvaredo, José Diogo Fernandes (casado) e Bento Fernandes (solteiro, irmão do José Diogo), estando no hospital de Gerona gravemente ferido José Abreu Barreiros (nascido a 3/8/1931), e dois outros, cuja gravidade dos ferimentos se desconhece, Francisco Fernandes Domingues (nascido a 10/6/1928; solteiro, da Sobreira) e António Abreu Gonçalves (nascido a 21/9/1933). Nas cadeias de Gerona encontram-se ainda os nossos conterrâneos José Augusto Afonso Domingues, Eduardo Besteiro (nascido a 2/11/1924), Franklim Lopes Rodrigues (nascido a 28/2/1927) e Augusto Vilarinho, que morava no lugar de Felgueiras. Estes e os feridos seriam mais tarde julgados em Portugal em tribunal militar.» // Eram todos melgacenses. 

 

(1956) - FERNANDES, Bento. Filho de Manuel Fernandes e de -----------------------------. Nasceu a --/--/19--. // Morreu a --/--/1956 na fronteira franco-espanhola, baleado pela Guarda Civil, quando tentava emigrar para França. // Era jovem e solteiro. // Mais uma vítima do satânico “salazarismo” e “franquismo”. // Irmão de José Diogo.

 

(1982) - LIMA, Manuel Armindo (Padre). Filho de Manuel Luís de Lima, natural de Rouças, e de Maria Esteves Calçada, natural da freguesia de Chaviães. Neto paterno de Justiniano de Lima e de Albina Pinheiro; neto materno de Justino Esteves Calçada e de Rosa Maria Alves. Nasceu na freguesia de Chaviães a --/--/1938 (Notícias de Melgaço n.º 411). // Pertenceu aos padres missionários da Boa Nova e foi assassinado em Angola a 3/2/1982 (A Voz de Melgaço n.º 1140, de 15/6/2000).

 

(1996) - PIRES, Francisco. Filho de ---------- Pires e de ----------- Rei. Nasceu por volta de 1962. // Casou com Rosa Maria Lopes. // Morreu devido a uma explosão de bomba no metro de Paris, ocorrida a 3/12/1996. // Tinha apenas trinta e quatro anos de idade. // continua...








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