DICIONÁRIO ENCICLOPÉDICO DE MELGAÇO
Por Joaquim A. Rocha
// continuação...
(1954) - DOMINGUES,
António da Cruz. Filho de Joaquim Domingues e de Rosa Pereira, lavradores,
residentes no lugar de Cima, Lamas de Mouro. Neto paterno de Manuel Domingues e
de Clara Domingues; neto materno de José Bento Pereira e de Rosa Teresa
Domingues. Nasceu na freguesia de Lamas de Mouro a 25/10/1910 e a 29 desse mês
e ano foi batizado na igreja matriz. Padrinhos: António Domingues e Maria
Domingues, solteiros, camponeses, moradores no lugar de Cima. // Lavrador. //
Casou na Conservatória do Registo Civil de Melgaço a 8/6/1932 com Albina
Esteves, filha de Felisménia Esteves, nascida na freguesia de Parada do Monte por volta de
1889, portanto mais velha do que o marido 21 anos! // Moraram em Lamas do
Mouro, no lugar de Cima. // A sua esposa faleceu a
12/1/1954, com sessenta e cinco anos de idade, envenenada por (…),
mais conhecida pela alcunha de Palina, a fim de lhe roubar o marido, que já era amante da
criminosa, tendo-se provado em tribunal que ele fora conivente no crime. // Tanto ele
como a Palina foram condenados a graves penas de prisão. // Depois do regresso
da cadeia casou em segundas núpcias, na igreja de Paderne, a 29/10/1966, com
Maria Armanda Domingues, de vinte e nove anos de idade, natural da freguesia de
Paderne, filha de Joaquina Rosa Domingues. // Morreu em Paderne a 26/11/1981.
(1956) - FERNANDES,
José Diogo. Filho de Manuel Fernandes e de --------------------. Nasceu a
--/--/1---. // No Notícias de Melgaço n.º 1201, de 10/6/1956, escreveu-se: «Pelos diários de Lisboa soube-se aqui na passada
sexta-feira, à tarde, a triste notícia de na fronteira franco espanhola,
próximo da povoação de Tostela e na estrada de Figueras para a França, terem
sido avistados pela Guarda Civil dois automóveis de matrícula portuguesa a
escaparem-se à sua fiscalização, e porque não obedeceram às suas ordens
balearam-nos, furando os pneus a um dos veículos e ferindo os passageiros do
outro. Neles iam "emigrantes" indocumentados portugueses e espanhóis e dessas
balas dois deles vieram a falecer, os nossos conterrâneos de Alvaredo, José
Diogo Fernandes (casado) e Bento Fernandes (solteiro, irmão do José Diogo), estando no hospital de Gerona gravemente ferido José Abreu Barreiros (nascido a 3/8/1931), e dois outros, cuja gravidade dos ferimentos se desconhece, Francisco
Fernandes Domingues (nascido a 10/6/1928; solteiro, da Sobreira) e António
Abreu Gonçalves (nascido a 21/9/1933). Nas cadeias de
Gerona encontram-se ainda os nossos conterrâneos José Augusto Afonso Domingues,
Eduardo Besteiro (nascido a 2/11/1924), Franklim Lopes
Rodrigues (nascido a 28/2/1927) e Augusto Vilarinho,
que morava no lugar de Felgueiras. Estes e os feridos seriam mais tarde julgados em
Portugal em tribunal militar.» //
Eram todos melgacenses.
(1956) - FERNANDES,
Bento. Filho de Manuel Fernandes e de -----------------------------. Nasceu a
--/--/19--. // Morreu a --/--/1956 na fronteira franco-espanhola, baleado pela Guarda
Civil, quando tentava emigrar para França.
// Era jovem e solteiro. // Mais uma vítima do satânico “salazarismo” e
“franquismo”. // Irmão de José Diogo.
(1982) - LIMA,
Manuel Armindo (Padre). Filho de Manuel Luís de
Lima, natural de Rouças, e de Maria Esteves Calçada, natural da
freguesia de Chaviães. Neto paterno de Justiniano de Lima e de Albina Pinheiro;
neto materno de Justino Esteves Calçada e de Rosa Maria Alves. Nasceu na freguesia de Chaviães a --/--/1938 (Notícias de Melgaço n.º 411). // Pertenceu aos padres missionários da Boa
Nova e foi assassinado em
Angola a 3/2/1982 (A Voz de Melgaço n.º 1140, de 15/6/2000).
(1996) - PIRES,
Francisco. Filho de ---------- Pires e de ----------- Rei. Nasceu por volta de
1962. // Casou com Rosa Maria Lopes. // Morreu devido a uma explosão de bomba no metro de
Paris, ocorrida a 3/12/1996. // Tinha apenas trinta e quatro anos de
idade. // continua...
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