sexta-feira, 13 de setembro de 2019

POEMAS DO VENTO
 
Por Joaquim A. Rocha




O «cante» do Alentejo…
 
                   É simples, não tem vaidade;

Ai quem me dera cantá-lo,

Apesar da minha idade.

 

Apesar da minha idade,

Apesar da fraca voz;

Um dia tive vontade

De cantar em Estremoz.

 

De cantar em Estremoz,

De cantar na Vidigueira;

Um dia tive vontade

De cantar à vossa beira.

 

De cantar à vossa beira,

De cantar ao vosso lado,

Cantarmos a vida inteira,

O «cante», que é nosso fado.

 




POMBAS


Pomba brava, pomba mansa,

Onde está vossa diferença?

- «Eu vivo nas matas de França

Longe da humana presença

 
«Eu, pomba pacata, mansa,

Vivo com seres humanos;

Dou-me com gente de trança,

E até com franciscanos.
 

 
 
       Moro em Braga, em Lisboa,

No Porto e Santarém;


Já morei também em Goa,

Em Damasco e Belém


A nossa Terra é pequena,

Vamo-nos ver certo dia;

Talvez na Serra Morena,

Ou no Mar da Fantasia.



 


 
 


 

 


 

 

 



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