OS NOVOS LUSÍADAS
(tentativa de continuação de OS LUSÍADAS de Camões)
Primeira Parte
11
11
Doença destruiu parte do povo,
Poucos
sobreviveram à chacina;
Em
nome de um deus e mundo novo
Matam
lacaios, chefe, concubina…
Os
que restaram foram para o covo,
Cumprindo
penas, sua cruel sina.
E
assim, privados da sua liberdade,
Transformam-se
em noivos da saudade.
E
para quê, senhores, tanto castigo…
Que
mal fizera aquela pobre gente?
Naquele
sítio não havia mendigo,
Nenhum
ser maltratado ou indigente;
Todos
tinham sopa e persigo,
Um
sorriso nos lábios de contente.
Para
quê destruir quase uma nação,
Tratá-la,
como fatal maldição?
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Mais tarde vieram os jesuítas,
Mais tarde vieram os jesuítas,
No
alforge a evangelização;
Gente
fanática, vis parasitas,
Esmagando
virtude, sã razão.
Por
palavras, cem mil vezes reditas,
Impuseram
nova superstição.
E
pra que a coisa parecesse digna
Tornaram
a fé dos outros maligna!
14
E assim se foi criando um país,
E assim se foi criando um país,
Dezenas
de vilas, grandes cidades;
Mil
capelas, a igreja matriz,
Grossas
riquezas, e cem mil maldades.
Explorou-se
com ganas e perfis,
O
café tornou-se rei das vaidades.
Muitas
escolas, e até colégios,
Surgiram,
e os muitos privilégios.
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Pra produzir açúcar, engenhos mil,
PARA VENDA
Pra produzir açúcar, engenhos mil,
De
África levaram os escravos;
Gente
da Europa foi para o Brasil
Em
busca de ouro, rosas e cravos.
De
todo o lado, jovem, ou senil,
Queria
pertencer ao grupo dos nababos.
Por
fim, a descoberta da borracha,
Criou
ricos, alguns só por laracha.
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10 euros |
10 euros Nota: a este preço, acrescem os portes . |
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