DICIONÁRIO ENCICLOPÉDICO DE MELGAÇO
Por Joaquim A. Rocha
MACRÓBIOS
Costumamos dizer: «vale mais morrer de velho do que quando somos novos». Contudo, desde quando surgiu no planeta terra esta estranha e especial espécie, à qual deram o nome de humanos, a vida - entre o nascimento e a morte - é demasiado curta, mas se comparada com outras espécies, é uma das mais longas. Apesar dessa realidade, nós gostaríamos de durar mais, e se possível com saúde. O envelhecimento é natural, mas é difícil de aceitar. Eu invejo os deuses, porque eles jamais perecem. Vivam no céu, no olimpo, onde quer que eles estejam, conservam-se sempre jovens e ativos. Não têm doenças, não engordam, estão sempre elegantes e bonitos. Nós ficamos sem dentes, sem cabelo, as rugas surgem sem serem desejadas. Enfim, teremos de nos resignar. Talvez um dia, quem sabe, possamos dominar o tempo, ou chegarmos a um planeta distante, onde não se morra.
AFONSO,
Emília Augusta. Filha de José Afonso, soldado da guarda-fiscal, natural de
Cousso, e de Mariana de Jesus Gomes, natural de Prado. Neta paterna de
Francisco Afonso e de Maria Luísa Gonçalves; neta materna de Manuel Narciso
Gomes e de Maria Josefa Martins. Nasceu em Prado a 14 de Setembro de 1894 e foi
batizada na igreja a 23 desse mesmo mês e ano. Padrinhos: Joaquim Afonso, natural
de Cousso, e Maria Augusta Afonso, irmã da neófita, solteira. // Faleceu na
freguesia de Monserrate, Viana do Castelo, a 4 de Fevereiro de 1987, com noventa e dois anos de idade.
ALVES,
Glória de Lurdes. Filha de António Xavier Alves (Soqueiro da Bouça Nova), natural
de São Paio, e de Filomena Albina de Castro, natural de Prado, onde
moravam. Neta paterna de João Alves e de Maria do Carmo Fernandes; neta materna
de Vitorino José de Castro e de Carolina Rosa Alves. Nasceu em Prado a
5/10/1908 e foi batizada na igreja paroquial a 13 desse mesmo mês e ano.
Padrinhos: Manuel Joaquim Domingues, casado, do lugar do Pinheiro, Paderne, e
Maria de Jesus Domingues dos Santos, casada, de Remoães. // Casou a 6/10/1930
com o sargento, ou oficial, da marinha de guerra, Manuel dos Santos Morais, de
Vila Flor, Trás-os-Montes. O marido sofreu um acidente que lhe afetou a vista,
sendo colocado na reserva. Assim, passaram a residir em Bouça Nova, onde
mandaram construir uma vivenda. // Em 1951 o seu marido emigrou para o Brasil.
// Em Setembro de 1952, no navio “Serpa Pinto” (onde seguiu também o melgacense Manuel
Igrejas) embarcou a Glória de Lurdes e os seus três filhos. Pensavam ficar
cinco anos, mas acabaram por ficar o resto da vida. // Ela morreu nesse país,
viúva, a 21/7/2000 (VM 1144), com 91 anos de idade.
ALVES,
Prazeres de Lurdes. Filha de Libório Alves, natural de Alvaredo, e de
Maria Cândida Gonçalves, natural de Prado, moradores no lugar do Souto. Neta
paterna de Luís António Alves e de Ana Esteves; neta materna de João Caetano
Gonçalves e de Teresa de Jesus Dias, todos jornaleiros. Nasceu em Prado a
15/2/1908 e foi batizada na igreja paroquial a 20 desse mesmo mês e ano.
Padrinhos: António Rodrigues, do lugar de Queirão, Paderne, e Leopoldina Alves,
solteira, natural de Paços. // Faleceu na freguesia de Paços a
29/5/1999, com noventa e um anos de idade.
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