DICIONÁRIO ENCICLOPÉDICO DE MELGAÇO
Por Joaquim A. Rocha
CRIMES
Quem ler a bíblia dos cristãos verifica que logo nas primeiras páginas Caim assassina o seu irmão Abel. David manda matar um dos seus generais a fim de lhe ficar com a esposa. Sansão mata centenas ou milhares de filisteus. No novo testamento, os crimes continuam. Os romanos matam um judeu chamado Jesus, juntamente com dois ladrões. Então pergunto eu: será que os seres humanos apareceram no planeta terra para destruir tudo à sua volta, inclusive os seus semelhantes? Esta pergunta jamais terá resposta, porque os seres humanos são bons, maus, e assim-assim. Depende da situação, do momento, até do humor. Na guerra todos somos assassinos: uns matam por prazer, outros por obrigação.
(1879) - CASTANHEIRA,
Luís Manuel. Filho de Feliciano José Castanheira, sapateiro, natural da Vila de
Melgaço, e de Anastácia Rodrigues, lavradeira, natural de Penso. Neto paterno de
Maria Josefa Castanheira; neto materno de João Manuel Rodrigues e de Maria José
Gomes. Nasceu na freguesia de Penso por volta de 1854. // Jornaleiro. // Morreu em Mós, a 4/8/1879, com apenas 25 anos de idade,
solteiro, «ferido por um tiro de pistola»,
e foi sepultado na igreja de Penso. // Morava no lugar da Gaia.
(1887) - ABREU, Gaspar Esteves. // Nasceu por volta de
1852. // Morou na Rua de Baixo do Rio do Porto, SMP. // Alfaiate. // Tinha 35
anos de idade, era solteiro, quando foi assassinado, em lugar incerto, a 31/7/1887,
aparecendo estrangulado e esfaqueado nos limites da freguesia de Remoães.
Sepultaram-no no sítio onde apareceu.
(1889) - MELÃO,
Aurélio. // Espanhol. // Apareceu morto a 15 de Junho de 1889, no sítio chamado o Coto do
Azedo, limites de Cristóval; fora abatido a tiro. // No dia seguinte foi
sepultado junto à capela do Senhor dos Passos, na freguesia de Cristóval.
(1892) - MARQUES,
Caetano. // Nasceu na freguesia de Remoães. // «Foi assassinado, julga-se, por dois indivíduos que o
assaltaram na estrada real, produzindo-lhe a morte por sufocação. A opinião
pública aponta-os, e a justiça procede nas devidas averiguações»,
assim se pode ler no jornal “Valenciano” n.º 1226, de 21/2/1892.
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