AS ANEDOTAS DO TI JAQUIM
Por Joaquim A. Rocha
desenho de Manuel Igrejas |
Há dias encontrei na Avenida da Liberdade,
cidade de Braga, alguns estudantes universitários, da Universidade do Minho.
Nas suas roupas estava escrito: «Literatuna». Isto é, eram estudantes de
Literatura e pertenciam à Tuna Académica. Tinham violas e guitarras, e cantavam
canções suas e de cantores famosos. Estendiam uma capa no chão para as pessoas
que os escutavam lhes darem dinheiro. No intervalo das canções perguntei-lhes:
- Como vão aplicar o dinheiro que esta
gente vos oferece? Um deles, mais desinibido, responde: - Esse dinheiro vai ser gasto nos passeios.
Eu, com cara de anjinho, exclamo: - Ainda
bem; estão a ficar todos estragados, precisam urgentemente de uma intervenção.
*
O senhor António era um brincalhão. Tinha uma
empresa de cargas e descargas. Um dia vira-se para o empregado, mostrando-lhe
um caixote, e pergunta-lhe:
- Será que consegues?!
- O moço, para agradar ao patrão, mesmo
ignorando o peso do caixote, responde:
- Consigo!
- O proprietário da empresa insiste:
- Achas mesmo que consegues?
- Já lhe disse patrão: consigo.
- Então, experimenta.
O
pobre do rapaz, armado em Sansão ou Hércules, tentou colocar o caixote às
costas, mas nem sequer conseguiu mexê-lo. O patrão, depois de rir às
gargalhadas, diz-lhe:
- Desculpa, isto foi uma brincadeira; o caixote
está cheio de chumbo, nem um elefante o conseguiria mover.
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