sexta-feira, 27 de maio de 2016

MAIS UMA VÍTIMA DO TABACO

Joaquim A. Rocha




LEITÃO, Pedro. Filho de Joaquim António Vieira Leitão e de Maria Manuela Ferreira de Araújo Leitão. Neto paterno de Joaquim dos Santos Leitão e de Eleusina Soledade das Dores Vieira; neto materno de José dos Santos Leitão e de Manuela Ferreira de Araújo (*). Nasceu em Lobito, Angola, a 16/12/1955. Veio para Braga com os pais ainda era criança. // Na sua juventude foi simpatizante do MRPP, movimento político dirigido pelo Dr. Arnaldo de Matos, que tinha como objetivo derrubar o regime corporativista de António de Oliveira Salazar e de Marcelo Caetano, e substituí-lo por um regime socialista (socialismo científico). // Fez alguns estudos, curso liceal, no Liceu Sá de Miranda, Braga, e foi admitido a 1/7/1974 como jornalista no Correio de Minho, depois no “Jornal de Notícias” (também colaborou no “Público”, no “Crime”, e no Alto Minho, na revista SIM, entre outras publicações). // Devido a divergências que surgiram no Jornal de Notícias, obrigando os seus responsáveis a reestruturações internas, chegou a um acordo com a administração, afastando-se definitivamente, recebendo em troca uma indemnização. // Em 2004 funda o jornal “Fronteira Notícias”, que tratava vários temas relacionados com alguns concelhos do Alto Minho (entre eles o de Melgaço) e da Galiza. // Possuía uma cultura vasta, sobretudo na área das ciências humanas, e uma inteligência viva e atuante. A prová-lo está a qualidade do jornal «Fronteira Notícias» – quase sozinho, apenas com a ajuda técnica dos seus dois filhos, Sérgio e Pedro, e de meia dúzia de colaboradores, apresentava todos os meses ao público um jornal excelente, igual, ou talvez melhor, do que alguns jornais de âmbito nacional. // Faleceu, devido a doença, provocada pelo excesso de tabaco, a 28/3/2016. Era casado com Ana do Sameiro Gomes Ferreira, natural de Braga.

        Nota: colaborei alguns anos com Pedro Leitão, no jornal «Fronteira Notícias», e pude comprovar que ele era de facto um grande jornalista, sobretudo na área da investigação e da entrevista. Um dia fomos os dois entrevistar Rui Solheiro, então presidente da Câmara Municipal de Melgaço, entrevista essa que depois foi publicada no referido jornal. Eu tirei as fotografias. // Tantas vezes lhe disse: «amigo, deixe de fumar, você assim mata-se.» Nunca quis ouvir os nossos conselhos, o vício era maior do que a sua vontade! Chegava a fumar três maços por dia! Morreu aos sessenta anos de idade, com cancro. Enfim, quando não se tem juízo «o corpo é que paga


     /// (*) Esta senhora era filha de Domingos Ferreira de Araújo, transmontano, formado em Farmácia no Porto, com estabelecimento farmacêutico em Melgaço, e de Maria de Sousa Viana, natural do lugar de São Gregório, freguesia de Cristóval, concelho de Melgaço. Ela, Manuela (ou Madalena), natural da vila de Melgaço, conheceu o seu marido quando ele foi para as Termas do Peso passar alguns dias.   

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