quarta-feira, 8 de abril de 2015

QUEIJO DE CABRA


Vinhos e queijos portugueses - um guia muito prático (Verbo)

     No jornal «A Voz de Melgaço» do mês de Abril de 2015 surgiu uma notícia muito interessante: um casal jovem, ela melgacense, resolveu dedicar-se ao fabrico de queijo de cabra. Fiquei muito contente, pois Melgaço tem imensas potencialidades nessa área. Espero que tudo lhes corra bem, que seja um êxito absoluto, e que outros jovens empreendedores apareçam no concelho, a fim de explorar as matérias-primas que aí existem. 
     Esse queijo, sobretudo o curado, pode mais tarde ser vendido em Viana e Braga, onde existem cerca de três mil melgacenses.
     Dedico o poema que se segue ao jovem casal, desejando-lhe mil felicidades. 


Não é, não, nas altas serras,
Que se faz queijo de cabra;
É em Prado, baixas terras,
Distante da serra brava.

O rio ali tão pertinho,
Um campo de futebol…
Não longe, o alvarinho,
Aloirado pelo sol.

A Verónica Solheiro,
Tendo seu Marco juntinho,
Faz o queijo verdadeiro,
Orgulho do Alto Minho.

As cabrinhas dão o leite
Para o produto nascer;
Vai ser o nosso deleite,
O gosto de bem comer. 

Foi ideia genial,
Vinda dos anjos do céu;
Ai que sorte, Portugal,
Vais ter um novo pitéu.

Que bom é para Melgaço,
Concelho deste país;
Terra de vinho e bagaço,
Belo presunto e maís.

Agora vamos ter queijo,
De primeira qualidade;
Para matar o desejo
Aos da aldeia e cidade. 

Joaquim Rocha

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