terça-feira, 30 de novembro de 2021

FERREIRA DA SILVA 

(Bracarense de nascimento, melgacense de coração)

Por Joaquim A. Rocha



// continuação de 12/08/2021.


   Lê-se no Notícias de Melgaço n.º 1430, de 25/3/1962: «Completamente restabelecido da doença de que foi acometido, há pouco tempo tivemos já o prazer de ver numa das ruas desta vila o nosso prezado amigo senhor Ernesto Viriato dos Passos Ferreira da Silva. Com os seus muitos amigos se congratula Notícias de Melgaço pois este nosso amigo é dos tais que ainda faz muita falta à nossa terra

 

     «O abaixo-assinado, na impossibilidade de o fazer pessoalmente e, ainda, no bom desejo de suprir faltas inevitáveis, usa deste meio para exprimir o seu profundo e indelével agradecimento às inúmeras pessoas e amigos que se dignaram significar-lhe a sua amizade e estima, informando-se, visitando-o, ou interessando-se, de qualquer modo, pelo seu estado de saúde durante o período evolutivo da sua doença. Melgaço, 23/3/1962.» EVPFS

 

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     A partir do número 1460, de 3/2/1963, torna-se diretor do “Notícias de Melgaço”. Escreveu então o artigo, ao qual deu o nome de APRESENTAÇÃO: «É de uso no exercício de qualquer cargo ou função diretiva pronunciar ou escrever algumas palavras ao jeito de apresentação. Ao assumir a direção do Notícias de Melgaço, missão para a qual fomos solicitados, insistentemente, por amigo muito querido (*), quase irmão, dedicado e fanático defensor dos interesses desta linda terra, cultor e cantor autorizado das suas belezas e fastos notáveis, não deixaremos de seguir a tradição: dizer aos nossos estimados e amáveis assinantes e leitores quem somos e ao que vimos. // Não nos parece descabido, neste momento, lembrar a uns e informar a outros que, durante largo período de tempo, orientamos e dirigimos o semanário Melgacense, antecessor de Notícias de Melgaço, ao qual imprimimos um aspeto gráfico moderno e nas suas colunas tratamos, o melhor que soubemos, dos problemas e das questões mais urgentes ligadas a este concelho. // De entre outros recordamos a campanha sobre a extensão da linha do Minho e consequente ligação ferroviária a Melgaço, libertando o nosso concelho da dependência vexatória e intolerável do vizinho concelho de Monção. Vão passados cerca de trinta e oito anos! Valerá a pena recordar?! Por agora diremos simplesmente que estamos satisfeitos, cumprimos o nosso dever; tratamos com firmeza, emoção e bairrismo dos assuntos de atualidade e interesse melgacense. Com paixão ou fria determinação e sempre com elegância e boa educação. As questões gerais ou locais, mesmo quando levadas ao terreiro da polémica, tratam-se com boas razões e inteligente argumentação; no fim e ao cabo todos temos o dever de pugnar, obstinadamente, pela grandeza material e moral da terra a que estamos ligados pelo nascimento ou pelo coração. «A missão é de paz e união.» Isto não significa renúncia, vistas as coisas sob qualquer ângulo e em todas as dimensões. Todos os que nos conhecem sabem que por temperamento e por dignidade, nunca viramos a cara a quem quer que seja; somos dotados de espírito combativo e ânimo de lutador. Porém, só compreendemos a luta quando servida pelo mais puro idealismo, por tudo quanto é digno, por tudo quanto é nobre, por tudo quanto de direito e de justiça nos cabe reclamar e defender. Todos juntos somos poucos para desenraizar a nossa terra do entorpecimento, do marasmo e do atraso em que vive, e para a encaminhar na senda do progresso e do engrandecimento a que tem direito incontestável. Ninguém se ofenda com a crítica que reputamos indispensável na campanha que se impõe; crítica construtiva, evidentemente, ao que está mal, aos que não sirvam com honestidade, acerto e dedicação, a tudo o que por preguiça, incompetência, imprevidência ou por medo deixe de fazer-se. // Somos contra o comodismo, a imoralidade, o devorismo, o não te rales, os avanços e recuos de caracol, as inversões de caranguejo; somos contra os interesses particulares quando lesem ou prejudiquem o bom andamento do interesse geral e contra as manifestações da vaidade, da teimosia e da inconsciência criminosa dos que não fazem nem deixam fazer. Nisto somos um inconformista. Um inconformista sem medo. Por outro lado, não regatearemos aplausos a toda a atuação útil, venha de que setor vier, a toda a obra generosa de humanidade, de beneficência e de caridade, a todas as iniciativas ponderadas e detidamente estudadas em prol do progresso material e do bem-estar dos melgacenses. E ficamos por aqui; para apresentação o que deixamos dito, basta. Resta-nos saudar muito fraternalmente todos os melgacenses, sem distinção, a imprensa de todo país e sobretudo a do nosso concelho.» // F.S. /// (*) Trata-se do Dr. Augusto César Esteves

 

     Lê-se no Notícias de Melgaço n.º 1460, de 3/2/1963: «Está de parabéns a redação do Notícias de Melgaço por haver escolhido para diretor do semanário o senhor Ernesto Viriato P. Ferreira da Silva, esse homem que é melgacense pelo coração e já ganhou as esporas de ouro do jornalismo local à frente do “Melgacense”. Isso é garantia do programa do Notícias ainda hoje se cifrar nas poucas palavras escritas em 1961, razão bastante para as não recordar aqui

                                     

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     Lê-se no Notícias de Melgaço n.º 1460, de 3/2/1963, página 4, o seguinte artigo do professor Ascensão Afonso: «NOVO DIRETOR. Apresenta hoje “Notícias de Melgaço” novo nome no seu cabeçalho. É o nome prestigioso de um homem a quem sobra a experiência e em quem abundam a inteligência e todas as outras qualidades capazes de darem prestígio a uma instituição ou a um jornal. Não comungamos de todas as ideias do novo Diretor do “Notícias” mas nem por isso deixamos de tributar-lhe toda a estima e toda a admiração que nos merece uma pessoa que, sem abdicar dos seus sentimentos, sabe respeitar os dos outros. A tolerância e a compreensão são qualidades que muito se apreciam e que distinguem as pessoas superiores. A nova etapa que “Notícias de Melgaço” hoje inicia haverá de ser, sem dúvida, benéfica para esta terra, tão falha de valores e tão rica de maldizentes. Confiamos no amor bairrista do Senhor Ernesto Viriato dos Passos Ferreira da Silva e felicitamos “Notícias de Melgaço” pela feliz escolha do novo Diretor. Ao querido Amigo desejamos os maiores triunfos e que estes redundem também em benefício da terra.» // Ascensão Afonso.

 

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     Notícias de Melgaço n.º 1462, de 17/2/1963: «NA ALVORADA DE UM NOVO ANO. // Com o presente número o Notícias de Melgaço entra festivamente no 35.º ano da sua existência. Mais um ano se inicia com este número; de harmonia com a praxe estabelecida, aqui vimos saudar os nossos queridos conterrâneos e prezados assinantes em especial, os leitores em geral, os dedicados colaboradores, enfim, todos quantos têm auxiliado desinteressadamente a regular publicação deste semanário que, de cabeça erguida, progride e vive honradamente dos seus próprios meios. Ao acolhimento e simpatia do público melgacense, sobretudo dos nossos assinantes, se deve, apesar de todas as dificuldades, o triunfo da sobrevivência do nosso jornal. É pois com grande júbilo que saudamos a alvorada de mais um ano de existência e, com o mesmo entusiasmo, a mesma confiança e a mesma fé de sempre prosseguiremos na rota vitoriosa de converter o Notícias de Melgaço em elo da cadeia que une o passado ao presente e ao futuro deste lindo rincão, em ordem a fomentar o amor que todos os melgacenses têm à sua terra – segredo e fonte do nosso sadio bairrismo. Neste dia de aniversário, sem reclamos, sem barulho, modesta mas devotadamente, cumprimos com alegria o dever que nos cabe de exprimir os mais ardentes votos para que aqui se continue a enaltecer e a honrar a terra de Santa Maria, prezando a sua história, prestando homenagem e culto aos seus homens ilustres, e dando o devido valor aos bens superiores do espírito. Manteremos, pois, acesa em nossas mãos este FACHO de amor bairrista melgacense e esperamos um dia transmiti-lo, assim bem vivo, a quem mais exaltada e firmemente possa e queira empunha-lo. // F.S.       

 

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     Lê-se no Notícias de Melgaço n.º 1465, de 17/3/1963: «INÉRCIA. // De entre as obras de grande utilidade social realizadas a expensas do legado testamentário do capitalista, proprietário e filantropo Conde de Ferreira nunca é demais destacar a construção de [várias] escolas primárias para ambos os sexos em vilas, cabeças de concelho, incluindo habitação para os professores. Uma dessas escolas, com duas salas de aula para ambos os sexos, foi construída num dos locais centrais desta vila, com frente à Praça da República e marginando a Rua Nova de Melo que da praça se prolonga até à Calçada. Nela aprenderam as primeiras letras e cursaram os vários graus de ensino primário ilustres melgacenses, do melhor nascimento, oriundos de famílias de todas as categorias sociais, uns ainda vivos, felizmente, e outros ultrapassados pela hora da “grande aventura, nunca experimentada pelos vivos e não relatada pelos mortos.” // Ali lecionou uma plêiade distinta de professores devotada, inteiramente, à sua nobre e alta missão, que do ensino fizeram verdadeiro sacerdócio e que muitas gerações de antigos alunos recordam com a maior saudade. // A escola Conde de Ferreira, mercê da incúria de quem tinha o dever e obrigação de conservá-la e da ação destruidora do tempo, atingiu o estádio de inadaptável às condições pedagógicas e às mais elementares exigências do ensino. Em sua substituição foi iniciada e encontra-se em fase de pleno desenvolvimento a construção do edifício das novas escolas para ambos os sexos que, salvo reparo quanto ao local escolhido e destinado à sua implantação, dentro em breve poderá abrigar, vantajosamente, a população escolar da vila e seu termo. O edifício da velha escola foi vendido em hasta pública pela Junta de Freguesia e adjudicado à CGDCP para no local ser construída uma agência da adjudicatária, vai isto há um ror de anos e entretanto, o ensino primário tem sido ministrado em autênticas espeluncas onde falta tudo, inclusive a luz, higiene e limpeza. Porque será que a CGDCP ainda não apresentou à Câmara o projeto e planta do edifício destinado aos seus serviços e não iniciou os trabalhos da construção?! Tenha-se em vista que isto dura há muitos anos e constitui a vergonha da nossa terra! Não há em Melgaço quem tome a iniciativa de lavrar o mais veemente protesto contra o imobilismo que conduz a este estado de inércia, revelador do atraso a que chegamos e teimamos em manter?! Pois à falta de quem mais autorizadamente invista contra esta vergonhosa inércia aqui lavramos aberta e indignadamente o nosso protesto. Se a CGDCP se arrependeu de instalar os seus serviços no local onde as ruinas da velha escola gritam a vergonha da incúria melgacense, à Câmara compete, mas já, esclarecer o assunto e, no caso de não serem iniciados os trabalhos de construção, dentro de curto prazo, o seu dever é expropriar o terreno e pô-lo, novamente, em hasta pública, certa de que, aqui, não falta quem lhe pegue e nele erga edifício moderno digno da nossa vila. O nosso protesto não deixará de ouvir-se enquanto providências não forem tomadas; providências drásticas se preciso for.» // F.S.

  

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     Lê-se no dito Notícias de Melgaço n.º 1465, de 17/3/1963: «JANTAR DE HOMENAGEM. // Completando e retificando o texto da notícia que, sob o título acima, foi publicado em Notícias de Melgaço de 3 do corrente, esclarecemos que, além dos oradores nela mencionados falaram, também, com muito brilho e sinceridade, os senhores reverendos padre Justino Domingues, virtuoso pároco desta vila, e doutores José Joaquim de Abreu e Henrique Ferreira Alves, distintos advogados na vizinha comarca de Monção. Não há que fazer comparações, como é evidente, pois que todos, indistintamente, procuraram interpretar, junto do homenageado, a mais alta consideração pela sua pessoa, como homem de sociedade, a muita admiração pelo seu saber, inteligência e humanidade, como magistrado integérrimo e a funda saudade com que o viam afastar-se desta comarca, onde serviu durante mais de cinco anos. O noticiarista, que não assistiu à homenagem prestada ao Meritíssimo Juiz Dr. José Gonçalves Ambrósio foi insuficientemente informado sobre o que se passou no jantar de despedida oferecido ao ilustre magistrado, no qual tomou parte numerosa e selecionada assistência, e não teve qualquer propósito insidioso, podemos garanti-lo, no destaque de alguns dos oradores e na omissão de outros. Quanto ao signatário, lembra-se do comentário feito pelo falecido Dr. Aníbal de Morais, que foi diretor de o Jornal de Notícias, do Porto, a propósito de qualquer notícia publicada no seu jornal, na qual um seu amigo se sentiu atingido: “Ah sim?!… Olhe, meu amigo: faça como eu, não o leia… // Pois é, mas esse desinteresse pode determinar omissões, como aquela que aqui deixamos referida e pela qual confessamos “Mea culpa”.» // F.S.         

 

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     Lê-se no Notícias de Melgaço n.º 1466, de 31/3/1963: «SANEAMENTO. // «Em todos os centros urbanos do país os representantes da sua administração vêm prestando escrupulosa e constante atenção aos problemas da salubridade pública pelo seu reflexo direto na defesa e valorização (física?) das populações. As instalações sanitárias da nossa vila, construídas sem prévio estudo e total desconhecimento da técnica aplicável, com as canalizações ligadas, por via de regra, à rede dos esgotos das águas pluviais, e (ou) mesmo sem qualquer saída, constituem um grave atentado às mais elementares condições sanitárias e um autêntico e permanente perigo para a saúde pública. Constitui já um lugar-comum a afirmação de que os problemas de saneamento, como o das águas potáveis, assumem fundamental importância, pois da sua boa solução depende em grande parte a vida, o desenvolvimento e o progresso dos aglomerados populacionais. No nosso caso particular esses problemas estão extraordinariamente facilitados, em virtude da vila se encontrar muito bem situada, com declives naturais, que permitem a implantação das condutas centrais de descarga, quase sem necessidade de tubos de queda e de fácil escoamento através do coletor para a fossa de recolha de todos os esgotos. Na rede geral de esgotos está naturalmente indicado o sistema unitário, constituído por uma única rede, onde são admitidas conjuntamente as águas residuais domésticas e industriais e as águas pluviais da respetiva bacia hidrográfica. Com a realização deste importante e indispensável empreendimento deixariam de ouvir-se os queixumes e protestos contra a fedentina pestilencial que infeta as ruas do nosso burgo, em especial na rua do Rio do Porto, de arranjo e pavimentação mais recentes, na qual, em certos períodos do ano, só é possível passar-se de lenço bem apertado ao nariz, a fim de diminuir a irritação da pituitária e a agonia gástrica daqueles que, por necessidade da vida quotidiana, são obrigados diariamente a percorrê-la. O mau cheiro evola-se das bocas ou boieiros abertos nas valetas da via pública, destinados a receber as águas pluviais e a lança-las na conduta que transporta essas águas ao local do despejo; a essa conduta estão ligadas as canalizações das fossas dos prédios urbanos, construídas na maioria sem atenção e sem respeito pelos conceitos sanitários e da técnica ou, o que é pior, onde desembocam os canos ou simples aberturas de saída das escorrências, detritos e dejetos do arcaico, anti-higiénico e condenado sistema de cortes e estrumeiras. O caso empestou de tal modo a atmosfera que (não sabemos se a Câmara se alguns moradores da rua) resolveram adotar a mirabolante solução de vedar a cimento os boieiros o que, não pondo termo às incómodas emanações mefíticas, criou o não menos grave problema de deixar as valetas sem aberturas para através delas se efetuar o esgoto das águas pluviais. Como era de esperar as águas das últimas chuvas correram pela declivosa rua em verdadeiras torrentes a ponto de, em certos trechos do percurso, atingirem o volume de um riacho ou (como sucedeu na desembocadura da praça) formarem um lago intransponível, tornando a rua intransitável! Pode isto continuar?! Bem sabemos que a execução do saneamento das povoações não constitui uma obra de fachada, daquelas que se prestam a inaugurações festivas, com música, foguetes, cortes de fitas, sessões solenes, discursatas, visitas oficiais e jantaradas; é uma obra do subsolo, obra de toupeira, que se não vê, mas que supera as obras de superfície e é indispensável à higiene e à saúde da população. Dir-se-á: mas é uma obra vultuosa, que custa muito dinheiro, que não cabe no modestíssimo orçamento municipal. Será assim? Este problema será objeto de estudo em outro artigo – este vai longo – e esperamos demonstrar que, apesar da deficiência dos réditos do município é possível, com o auxílio do Estado, meter ombros à meritória tarefa de dotar a vila com uma rede de esgotos e saneamento que lhe dê um ar de civilização e valorize fisicamente os seus habitantes.» // F.S.

 


 

     Lê-se no Notícias de Melgaço n.º 1467, de 7/4/1963: «SANEAMENTO. // No artigo de Apresentação, publicado em 3 de Fevereiro último, prometemos fazer crítica construtiva em ordem a comentar o que nos parece mal sem regatear aplausos ao que nos parece bem. É evidente que, esta nossa orientação, visa a encaminhar o nosso burgo na senda do progresso, do engrandecimento e da civilização. Não há nesta atitude interesse pessoal nem vaidade mas, tão-somente, a defesa dos direitos e das aspirações legítimas de Melgaço e dos melgacenses, sem nos preocuparem os latidos de rafeiros fraldiqueiros ou o coaxar das rãs que, do fundo do pântano, gritam a sua raiva incontida, de animal rasteiro contra o ruminante volumoso e pacífico que deles se avizinha. No último artigo, publicado sob o título acima, prometemos contribuir com algumas sugestões destinadas ao nosso município a fim de, com o auxílio do Estado, resolver o magno problema do saneamento e valorização física da população. O estudo dos esgotos da nossa vila parece ter sido feito há muito tempo e a memória descritiva e respetivas plantas, segundo nos dizem, encontram-se na Câmara Municipal, à espera de apreciação superior e oportunidade de realização. Sendo assim, não será magnífica oportunidade a visita de Sua Excelência o senhor Ministro das Obras Públicas a este concelho para lhe apresentar esse estudo e solicitar o seu alto patrocínio, no sentido de realizar a grande aspiração melgacense de resolver os problemas da salubridade pública e defesa do aglomerado populacional?! Convencidos estamos de que essa visita pode equiparar-se a um favor do céu, uma ocasião única de colocar, frente ao técnico, ao urbanista, ao Ministro, a quem o país, de norte a sul, deve tantas e tão importantes realizações, um melhoramento que podem situá-lo, sem favor, no plano do mais alto nível e de maior projeção local. Porém, não devemos apresentar-nos em posição de miserável pedinte e revelar que o assunto não foi objeto de estudo demorado e sobre ele não nos temos debruçado, atentamente, em busca de uma solução realizável; de mostrar que, a despeito de toda a boa vontade e interesse, esbarramos sempre com a pobreza da situação financeira do município e dos seus magros rendimentos, quase insuficientes para superar as suas despesas obrigatórias. Temos o dever de levar a Sua Excelência alguma coisa mais do que os planos e o pedido de um subsídio substancial para a execução do vultoso: o patrocínio da sugestão de um empréstimo na CGDCP, a longo prazo, com base no produto dos rendimentos destinados ao fim em vista. Quais seriam esses rendimentos? Não nos deteremos numa busca minuciosa das possibilidades que ainda restam ao município, nem na avaliação dos réditos que concretamente poderão ser apurados – esse trabalho cabe de facto e de direito ao senhor Presidente da Câmara e ao pessoal da secretaria municipal. Sugerimos, apenas, que a Câmara poderia hipotecar ao pagamento do empréstimo destinado à grande realização que preconizamos, os rendimentos das proveniências seguintes: a) Derrama sobre as contribuições gerais do Estado nos termos do decreto n.º 31.448, de 1/8/1947; b) Impostos referidos nos artigos 707 e 708 do Código Administrativo; c) Taxa de licença liquidada de harmonia com o disposto no parágrafo segundo do artigo 712 do Código Administrativo; d) Taxas de ligação e de conservação anual, nos termos dos números 101 e 102 da Portaria n.º 11.338 de 8/5/1946; e) Quaisquer outros rendimentos a criar e a rever, entre eles as taxas sobre barraqueiros e vendedores ambulantes que tantos prejuízos causam ao comércio local. // Em nossa modesta opinião é possível consignar ao pagamento de juros e capital do empréstimo destinado ao saneamento da vila um volume de rendimentos que permita à Câmara contrair um empréstimo de montante elevado. O resto virá da comparticipação do Estado e… da generosidade de Sua Excelência o senhor Ministro das Obras Públicas das sobras do plano de fomento e dotações invisíveis ou não de que dispõe o seu Ministério. Tem a palavra o senhor Presidente da Câmara. Tem a palavra Sua Excelência o senhor Ministro das Obras Públicas. Quanto a nós, apresentamos, modestamente, algumas sugestões que nos parecem viáveis e daremos leal e firmemente a melhor colaboração, dentro do nosso âmbito, em ordem a auxiliar a realização do empreendimento de maior tomo de que carece o nosso concelho. Mãos à obra! // F.S.         

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     Lê-se no Notícias de Melgaço n.º 1468, de 21/4/1963: «O Problema da Emigração da Gente do Minho e uma Nota da Junta de Emigração. // No passado dia 15, 0 Diário Popular publicou uma local subordinada ao título “A emigração está a privar de homens válidos muitas povoações minhotas. Por intermédio do S.N.I. recebeu da Junta de Emigração os esclarecimentos que a seguir publicamos, os quais, no entanto, sem desmentir ou contradizer os factos apontados contribuem para essa elucidação. Esclarece a referida Junta: “ A emigração que se vem verificando para França processa-se por duas formas: a) Por chamamento familiar; b) Por recrutamentos efetuados pela Junta. Quanto à primeira não nos parece justo nem humano impedir o chamamento de familiares; quanto à segunda, a emigração que se vem objetivando através de recrutamentos da Junta de Emigração faz-se por acordo, ou a pedido (solicitação) das autoridades locais. Se num ou noutro dos concelhos do Minho tem sido mais volumosa, contribuindo para certa rarefação da mão-de-obra, não é menos certo que, em outros concelhos, também do Minho ou limítrofes, essa mão-de-obra existe em excesso, a julgar pelas insistências das autoridades locais nos pedidos à Junta de novos recrutamentos. Se a falta de mão-de-obra assume, em algumas regiões, aspetos graves, tal se deve, essencialmente, à emigração clandestina, que as autoridades procuram combater numa ação que se tem intensificado nos últimos tempos com apreciáveis resultados.” // Na citada local referia que “estão várias povoações minhotas a atravessar um período de autêntica crise, lutando com falta de homens válidos, a maior parte dos quais se ausentou, sobretudo para França.” E registou também, como duro exemplo de uma situação nada brilhante, que em Castro Laboreiro se apresentou à inspeção militar um único mancebo – e era coxo! Estes são os factos indesmentíveis, com os comícios dos setenta que vieram passar o Natal a Deão, Ribeira Lima. // Quanto à emigração por “chamamento familiar”, permitiu-se admitir que ela poderá contribuir para transformar uma emigração, que eventualmente poderia ter caráter provisório, em “emigração definitiva”, se assim se pode chamar, pois anulará os laços sentimentais que seguram o português residente em qualquer parte do Mundo à Mãe Pátria. Não será assim? E, uma vez registados os esclarecimentos da Junta de Emigração, continua a insistir: “Há que assegurar, na medida em que tal depende das autoridades, a permanência mínima de determinados habitantes em cada povoação, evitando assim que a emigração se transforme em um êxodo, o benefício individual em um prejuízo para a coletividade o chamamento de outros países em um abandono do nosso.” // Diário Popular, de 21/01/1963. // NOTA DA REDAÇÃO: - Na verdade, pelo que temos notado no nosso concelho, a emigração por chamamento familiar contribui largamente para o êxodo que vimos observando. Famílias inteiras têm emigrado não só para a França mas para outras bem longínquas partes do globo terrestre, chegando a desfazer-se dos seus patrimónios e, pelo exemplo e por meio de notícias exageradas de bem-estar e de fáceis meios de fortuna, a tentar os parentes que cá ficaram para que os sigam na bela aventura e por sua vez abandonem também a sua terra. A emigração dos melgacenses vem de longa data. Porém, nos últimos anos, assumiu uma gravidade tal que, quando não é total, nas famílias ficam apenas os velhos incapacitados para o trabalho, as mulheres e as crianças. Não é o caso referido de Castro Laboreiro e a laracha (graça) do inspecionando coxo, pois que o castrejo, desde tempos imemoriais, militarmente é um faltoso, fundado talvez nas regalias do seu velho foral… Impele-os a miséria em que vivem na sua terra, nesta terra de insignificantes áreas cultiváveis, encravadas no dorso das montanhas, praticando uma agricultura economicamente deficitária, em que o húmus é fatidicamente afastado para o mar pelas torrentes, através das linhas de água que alimentam a sua voracidade. É evidente que a perspetiva de uma vida melhor atrai, com razão, aqueles que vivem do esforço muscular dos seus braços. A emigração é tentadora quanto à angariação normal dos meios de vida e das regalias de caráter social que o emigrante aufere. Em boa verdade, após o termo da “frota”, Melgaço vive praticamente do dinheiro do emigrante. Sem ele o comércio estiolaria e morreria à míngua; as aldeias não apresentariam o ar lavado do casario coberto a telha marselha e as terras não teriam a cerca-las latadas em ferro e arame e outros benefícios mais. No aspeto geral a emigração é um mal. Desgraçado do país que vive da exportação dos seus habitantes; localmente, porém, tem as suas vantagens e os seus inconvenientes. Quanto a Melgaço é um caso irremediável. Todos os que tinham saúde e ânimo, ou quase todos, se foram a tentar a ventura… As terras estão na eminência de ficarem sem ser cultivadas? Pois procure-se o remédio para curar ou, pelo menos, atenuar o mal. Sem pretensões a santo milagreiro, sempre diremos que a situação gravíssima em que se encontra o nosso concelho, pelo abandono dos seus naturais, pode ser encarada do ponto de vista do repovoamento. Há no Baixo Minho muitas famílias de agricultores que não desdenhariam mudar-se para cá, sob o regime de contrato de arrendamento por seis anos, nos termos da lei n.º 2114 ultimamente promulgada e desde que os proprietários rurais lhes ofereçam as necessárias condições de vida que lhes são negadas nas terras das suas naturalidades. O Grémio da Lavoura poderia tomar a iniciativa junto dos seus congéneres dos outros concelhos, das Juntas de Colonização Interna e de Emigração. É uma utopia o que se sugere? Experimentemos: talvez o caso se apresente viável e realizável. // F.S. // continua...   

sábado, 27 de novembro de 2021

OS NOVOS LUSÍADAS 


Continuação de 29/08/2021.



23

 

No tempo do rei Dom João terceiro,

Os lusos foram à Nova Guiné,

Queriam conhecer o mundo inteiro,

Imbuídos de garra e louca fé…

Buscavam a fama, algum dinheiro,

Pimenta, canela, o bom café.

Na mão transportavam a dura cruz

Os arautos do sonhador Jesus.


24

 

Atingiram as costas do Japão,

Conquistaram as ilhas Molucas…

Celebes, Sonda, são de Dom João,

As ondas do mar tornam-se eunucas.

Misturam realidade e ficção,

Como o evangelho de São Lucas.

Ai quem nos dera a nós lá estar

Para ver na praia o barco zarpar.

 

25

 

Cada viagem é uma aventura,

Cada naufrágio uma desgraça;

Navegam entre coragem… loucura,

Entre o grave-sério e a chalaça. 

Morrem de fome, sede, de secura,

Na conquista de Quíloa e Mombaça.

E para prolongar a imensa dor

Combatem por Cochim e Cananor. 

 

26

 

Escorbuto, malária, mil doenças,

Atingem nossos nautas ferozmente…

Rezam-se missas, reforçam-se crenças,

Mas cada dia falece mais gente...

Os que restam já sonham gordas tenças.

O rei, no seu trono, está contente... 

E antes que a parca a todos mate

Tocam os grandes sinos a rebate.


27

 

Perderam-se cem naus, muitas caravelas,

Os marinheiros que as pilotavam;

Por sua alma queimam-se tantas velas!

Choram-se as pessoas que se amavam...

Crentes oram nas igrejas… capelas,

Viúvas de dor e raiva gritavam.

O astro-luz do ar desaparece…

O povo lança-se ao chão numa prece.

 

28

 

E assim o bei ganhou eterna fama

À custa dessas vidas por cumprir;

Morreram no alto mar, longe da cama,

Em sofrimento atroz… a bramir.

E quantos tombaram na suja lama,

Para o anjo da morte bem nutrir.

Os deuses assistiram à matança,

Mas ficaram em paz, em segurança.

 

29

 

Gaspar Real topou a Terra Nova,

 João da Nova, Ascensão e Helena.

Aqui e ali levavam dura sova,

A tripulação ficava mais pequena.

O mar profundo era a sua cova,

Todos choram aquela triste cena.

Só resta àquela gente a ilusão,

Forte ânimo, o braço do capitão.


30

 

Pra provar a redondeza da Terra

Magalhães fez uma longa viagem.

Não quis saber de lutas ou de guerra,

Ocupou-se mais do tempo, da aragem.

Mas destino, que tudo em si encerra,

Despojou-lhe a vida, pô-lo à margem!

Pereceu cangado pelo sucesso,

Não permitindo assim o seu regresso.

 

31

 

Ficou vaidoso, o rei espanhol,

Apesar de voltar só uma nau.

Julgou-se um deus, o próprio sol...

Os mortos nem valiam a cruz tau.

Untou-se com óleo de girassol,

Deixou crescer a barba, o bisnau;

E para esconjurar todo o mal

Fez erguer uma bela catedral.

 

32

 

Santo, herói, Sebastião d’Elcano,

Por completar vivo a volta ao mundo;

Recebe propriedades, o magano, 

Títulos, uma arca de ouro, sem fundo; 

Tornou-se déspota, senhor tirano,

Espírito altivo, corpo rotundo…

E pra que fosse eterna sua fama

Dizia-se igual ao nosso Gama!


33

 

Francisco de Almeida fez História…

Da “Índia” foi primeiro vice-rei;

Encheu os pulmões de fama e glória,

Orgulho de Portugal, sua grei…

Não passava contudo de vanglória,

Esquecendo moral, a própria lei.

Cochim, Angediva, e Cananor,

São sinónimo de morte e de dor.

 

 34

 

No reinado de Dom João terceiro

Nasce a malquista Santa Inquisição.

O pobre herege era o primeiro

A cair na teia da organização.

E no chamado dia derradeiro

Ia à fogueira o judeu e o cristão!

Em nome da douta igreja católica

Derribava-se a bruxa melancólica.

 

35

 

Albuquerque, o guerreiro temível,

Segundo vice-rei, conquistador,

Qual Alexandre, forte, terrível,

Torna-se da guerra o grão senhor,

O soldado perfeito, invencível,

Dando ao rei título de imperador.

E para que o mundo não o esqueça

Ergueram-lhe estátua por promessa.


36

 

Malaca, Ormuz, a formosa Goa,

Passam a ser do reino português.

Foram orgulho da real coroa,

Mais importantes do que Ceuta e Fez.

          Estas praças, tão longe de Lisboa,

Tornam-se lusas como o rio Vez.

E para que haja absoluta certeza

Semeiam lá a língua portuguesa.

 

37

 

O Lopo Soares de Albergaria,

Homem de armas, terceiro vice-rei,

Devoto da mãe de Jesus, Maria,

Em Ceilão impõe a força, sua lei,

Feita de espada, de vil tirania;

E mais o que ele fez, nem eu sei.

Que interessa Colombo conquistar

Se logo depois a vai entregar?

 

38

 

Tomam a fortaleza de Safim,

À cabeça Diogo de Azambuja…

Mas que malta tão afoita e ruim,

Que faz que aquela boa gente fuja. 

Roubaram pimenta, ouro, marfim…

Eis a bestial festa da maruja!

E para que mais nada reste

Deixaram lá escorbuto e peste.

 

39

 

E diziam-se eles homens cristãos,

Aquelas verdadeiras feras à solta;

Os olhos vítreos, sujas as mãos,

Sempre em pé de guerra, em revolta.

Matavam por prazer, os cidadãos

Daquelas pobres terras ali à volta.

Não tinham pena, dó, nem consciência,

Cultivavam no lazer a violência. 


// continua...


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NOTA: - Se alguém estiver interessado em adquirir este livro pode faze-lo nas livrarias de Melgaço e de Braga. Eu posso enviá-lo pelo Correio. O preço é de oito euros mais a despesa de envio, aproximadamente dois euros. 

quinta-feira, 25 de novembro de 2021

 

GENTES DO CONCELHO DE MELGAÇO

 

LAMAS DE MOURO

 

 

Senhor Adílio de Jesus Pereira. Atendendo ao seu pedido, eis-me a rever minuciosamente os registos paroquiais (*), além de outros documentos, a fim de o esclarecer acerca de algumas dúvidas que as pequenas biografias lhe suscitaram. Cheguei à triste conclusão que o padre, ou alguém que colaborava com ele, errou quando preencheu os dados da criança (ou crianças) no livro dos batismos; esses erros chegaram até nós. Quanto a isso, poderemos fazer alguma coisa? Duvido, mas pelo menos tentámos. Envio-lhe micro biografias de alguns dos seus parentes, na tentativa, talvez vã, de arrumar a “casa”. Concentre-se em Clara Pereira, filha de António Pereira e de Ana Domingues. Casou com Domingos José Rodrigues, o qual morreu em Madrid na década de 50 do século XIX; ficou viúva ainda jovem, com uma filha, Teresa Caetana Rodrigues, nascida a 27/1/1855. Esta menina deve ter sido filha única do casal. // No que diz respeito a Teresa Rodrigues, que faleceu a 18/5/1884, com 50 anos de idade, penso que o nome dos seus pais não está certo, mas eu não posso alterar o que consta nos registos. Se é erro, teremos de viver com ele. Portanto, Teresa Rodrigues e Teresa Caetana Rodrigues, não são, eu diria obviamente, irmãs, talvez fossem parentes, quem sabe? /// (*) Quero aqui lembrar-lhe que a freguesia de Lamas de Mouro foi inserida no concelho de Melgaço no ano de 1855, juntamente com Castro Laboreiro e outras freguesias; daí eu apenas tratar de registos de pessoas que nasceram, ou faleceram, depois de Outubro desse ano de 1855. Como sabe, ao meu trabalho de investigação, dei o título de Gentes do Concelho de Melgaço.               

 

 

 

GREGÓRIO

 

GREGÓRIO, Perpétua. Filha de Manuel José Gregório e de Catarina Domingues. Nasceu por volta de 1821. // Faleceu no lugar da Igreja, Lamas de Mouro, a 29/5/1893, com 72 anos de idade, no estado de viúva de José Pereira (Bacelar), e foi sepultada na igreja paroquial no dia seguinte. // Com geração. // NOTA: em princípio, teria menos quinze anos do que o seu marido!    

 

PEREIRA

 

PEREIRA, Adílio de Jesus. Filho de ----------- Pereira e de ----------------------. Nasceu em Lamas de Mouro a --/--/19--. // Gémeo de Albertino de Jesus Pereira. // Reside em Várzea Travessa, Castro Laboreiro. É dono da padaria e pastelaria “A Castrejinha”.  

 

PEREIRA, Albertino de Jesus. Filho de ----------- Pereira e de -------------------------. Nasceu em Lamas de Mouro a --/--/19--. // Casou com a professora Maria de Fátima Afonso, natural de Castro Laboreiro. // Em 1996 residiam em Várzea Travessa, Castro Laboreiro. // (ver A Voz de Melgaço n.º 1057). // Albertino de Jesus é gémeo de Abílio de Jesus.  

 

PEREIRA, António. Filho de António Manuel Pereira e de Ana Maria Domingues, lavradores. // Morreu no lugar da Igreja, Lamas de Mouro, a 31/10/1881, no estado de viúvo de Maria Domingues, e foi sepultado na igreja paroquial. // Com geração.

 

PEREIRA, António. Filho de José Pereira (Bacelar) e de Perpétua Gregório. Neto paterno de António Manuel Pereira e de Ana Maria Domingues; neto materno de Manuel José Gregório e de Catarina Domingues. Nasceu a 5/5/1855 e foi batizado no dia seguinte. Padrinhos: Luís Pereira e sua mulher, Ana Gregório.

 

PEREIRA, António Joaquim. Filho de Francisco Pereira e de Maria Domingues, lavradores, residentes no lugar de Cima, Lamas de Mouro. Neto paterno de José Pereira (Bacelar) e de Perpétua Gregório; neto materno de António Domingues (Ferraria) e de Maria José Domingues. Nasceu em Lamas de Mouro a 21/2/1895 e foi batizado na igreja paroquial a 23 desse dito mês e ano. Padrinhos: o seu avô materno e Maria Gonçalves, viúva, criada de servir do padrinho. // Casou na CRCM a 7/10/1924 com Zulmira da Conceição Domingues. // Faleceu em Lamas de Mouro a 25/2/1931. 

 

PEREIRA, Clara. Filha de António Pereira e de Ana Domingues. Nasceu por volta de 1830. // Lavradeira. // Faleceu no lugar de Cima, Lamas de Mouro, a 26/3/1893, com 63 anos de idade, no estado de viúva de Domingos [José] Rodrigues, e foi sepultada na igreja no dia seguinte. // Mãe de Teresa Caetana Rodrigues.

 

PEREIRA, Deolinda. Filha de Francisco Pereira e de Maria Domingues, lavradores, residentes no lugar de Cima, Lamas de Mouro. Neta paterna de José Pereira (Bacelar) e de Perpétua Gregório; neta materna de António Domingues e de Maria José Domingues. Nasceu a 16/6/1889 e foi batizada nesse dia. Padrinhos: António Pereira e Emília Pereira, solteiros, lavradores, residentes no lugar de Igreja. // Casou com Joaquim Alves, na CRCM, a 17/7/1916. // Faleceu em Lamas de Mouro a 12/9/1968.  

 

PEREIRA, Emília. Filha de José Pereira “Bacelar” e de Perpétua Gregório. Neta paterna de António Pereira e de Ana Maria Domingues; neta materna de Manuel José Gregório e de Catarina Domingues. Nasceu a 5/9/1865 e foi batizada a 7 desse mês e ano. Padrinhos: Manuel Gregório e sua mulher, Ana Rodrigues. // Faleceu no lugar da Igreja, Lamas de Mouro, a 9/4/1941.

 

PEREIRA, Emília. Filha de Francisco Pereira e de Maria Domingues, lavradores, residentes no lugar de Cima. Neta paterna de José Pereira “Bacelar” e de Perpétua Gregório; neta materna de António Domingues e de Maria José Domingues. Nasceu em Lamas de Mouro a 16/6/1891 e foi batizada na igreja a 18 desse mês e ano. Padrinhos: Manuel José Domingues, solteiro, do lugar de Cima (por seu procurador, Manuel Domingues, casado, lavrador, do mesmo lugar) e Emília Pereira, solteira, lavradora, do lugar da Igreja. // Camponesa. // Faleceu a 12/8/1909, em casa de seus pais, sita no lugar de Cima, Lamas de Mouro, com todos os sacramentos da igreja católica, sem testamento, sem filhos, e foi sepultada no adro.  

 

PEREIRA, Francisco. Filho de José Pereira (Bacelar) e de Perpétua Gregório, lavradores, residentes no lugar da Igreja, Lamas de Mouro. Neto paterno de António Manuel Pereira e de Ana Maria Domingues; neto materno de Manuel José Gregório e de Catarina Domingues. Nasceu a 20/1/1860 e foi batizado a 24 desse mês e ano. Padrinho: Manuel José Gregório. // Tinha 25 anos de idade, era solteiro, camponês, quando casou na igreja de Lamas de Mouro a 8/7/1886, com Maria, de 22 anos de idade, solteira, filha de António Domingues e de Maria Domingues. // Faleceu a 14/3/1911, no lugar de Cima, onde residia, com todos os sacramentos da igreja católica, com 52 anos de idade, no estado de casado com a dita Maria Domingues, sem testamento, com filhos, e foi sepultado no adro da igreja paroquial.

 

PEREIRA, Isabel. Filha de Luís Pereira e de Ana Gregório. Neta paterna de António Manuel Pereira e de Ana Maria Domingues; neta materna de Manuel José Gregório e de Catarina Domingues. Nasceu a 25/6/1858 e foi batizada na igreja de Lamas de Mouro no dia seguinte. Padrinhos: José Esteves e sua mulher, Isabel Gregório. // Faleceu no lugar da Cela, Castro Laboreiro, a 23/8/1946.  

 

PEREIRA, Joaquim. Filho de José Pereira “Bacelar” e de Perpétua Gregório, do lugar da Igreja, Lamas de Mouro. Neto paterno de António Pereira e de Ana Maria Domingues; neto materno de Manuel José Gregório e de Catarina Domingues. Nasceu a 23/4/1857 e foi batizado a 26 desse mês e ano. Padrinhos: Luís Pereira e sua mulher, Ana Gregório, todos naturais de Lamas de Mouro. // Tinha 35 anos de idade, era solteiro, quando casou na igreja de Lamas de Mouro a 5/9/1892, com a sua parente por consanguinidade (2. º e 3.º grau por uma via e 3.º e 4.º por outra), Maria Rosa, de 20 anos de idade, solteira, lavradora, residente no lugar de Cima, filha de Manuel José Alves e de Maria Albina Domingues. (Os pais da noiva deram consentimento à filha para ela poder casar).

 

PEREIRA, Joaquina (ou Joaquim). Filho/a de Luís Pereira e de Ana Gregório. Neto/a paterno/a de António Pereira e de Ana Domingues; neto/a materno/a de Manuel José Gregório e de Catarina Domingues. Nasceu a 21/8/1856 e foi batizado/a na igreja de Lamas de Mouro a 24 desse mês e ano. Padrinhos: José Pereira “Bacelar” e sua mulher, Perpétua Gregório.

 

PEREIRA, José (Bacelar). Filho de António Manuel Pereira e de Ana Maria Domingues. Nasceu em Lamas de Mouro por volta de 1806. // Lavrador. // Faleceu no lugar da Igreja, freguesia de Lamas de Mouro, a 17/12/1881, com 75 anos de idade, no estado de casado com Perpétua Gregório. // Com geração.  

 

PEREIRA, José. Filho de Luís Pereira e de Ana Gregório, de Touça. Neto paterno de António Manuel Pereira e de Ana Maria Domingues; neto materno de Manuel José Gregório e de Catarina Domingues. Nasceu a 29/8/1867 e foi batizado na igreja de Lamas de Mouro a 1 de Setembro desse dito ano. Padrinhos: José Pereira “Bacelar” e sua mulher, Perpétua Gregório. (Gémeo de Manuel). // Tinha 29 anos de idade, era solteiro, lavrador, quando casou na igreja da sua terra, a 23/8/1896, com a sua parente no 2.º e 3.º grau de consanguinidade, Maria da Assunção, de 21 anos de idade, solteira, lavradora, residente no lugar de Igreja, Lamas de Mouro, filha de Joaquim Domingues e de Teresa Rodrigues. Testemunhas presentes: António José Alves, casado, lavrador, e José Domingues “Ferraria”, casado, lavrador, ambos do lugar de Igreja. // Nota: é provável que seja o mesmo senhor que respondeu a 3/8/1915, acusado de tentativa de homicídio frustrado; estava preso na cadeia de Melgaço depois de ter regressado do Brasil, para onde fugira havia alguns anos. Lê-se no jornal: «aborrecido de tanta liberdade, resolveu apresentar-se às autoridades, a fim de assumir a responsabilidade dos seus atos; foi absolvido» (ver Correio de Melgaço n.º 160, de 8/8/1915).  

 

PEREIRA, José Bento. Filho de José Pereira (Bacelar) e de Perpétua Gregório, lavradores. Nasceu em Lamas de Mouro por volta de 1850. // Tinha 30 anos de idade, era solteiro, quando casou na igreja da sua terra, a 15/8/1880, com Rosa Teresa, de 23 anos de idade, solteira, lavradora, sua conterrânea, filha de António Joaquim Domingues e de Mariana Alves. Testemunhas presentes: o padre Francisco Esteves, encomendado da freguesia de Lamas de Mouro, e Manuel Joaquim Gregório, casado, lavrador. // Morreu no lugar Cima, Lamas de Mouro, a --/--/1932, com oitenta (80) anos de idade (NM 141, de 28/2/1932).   

 

PEREIRA, José Joaquim. Filho de Francisco Pereira e de Maria Domingues, lavradores, residentes no lugar de Cima, Lamas de Mouro. Neto paterno de José Pereira (Bacelar) e de Perpétua Gregório; neto materno de António Domingues (Ferraria) e de Maria José Domingues. Nasceu em Lamas de Mouro a 11/4/1897 e no dia seguinte foi batizado na igreja paroquial. Padrinhos: o seu avô materno, e Maria Gonçalves, viúva, lavradeira, criada de servir do dito Francisco Pereira. // Morreu no lugar de Cima, Lamas de Mouro, a 16/6/1945.

 

PEREIRA, Justino. Filho de Joaquim Pereira e de Maria Alves, lavradores, residentes no lugar de Cima, Lamas de Mouro. Neto paterno de José Pereira (Bacelar) e de Perpétua Gregório; neto materno de Manuel José Alves e de Maria Albina Domingues. Nasceu em Lamas de Mouro a 21/1/1905 e foi batizado a 23 desse mês e ano. Padrinhos: os seus avós maternos, camponeses, moradores no lugar de Cima. // Faleceu a 21/3/1905 e foi sepultado no adro da igreja paroquial.

 

PEREIRA, Luís. Filho de José Pereira (Bacelar) e de Perpétua Gregório. Nasceu por volta de 1855. // Tinha trinta e dois (32) anos de idade, era solteiro, quando casou na igreja de Lamas de Mouro (com dispensa de Roma), a 22/2/1887, com Maria, de 24 anos de idade, solteira, filha de Bento Domingues e de Rosa Gregório, do lugar da Igreja. // Sem mais notícias.  

 

PEREIRA, Manuel. Filho de Luís Pereira e de Ana Gregório. Neto paterno de António Manuel Pereira e de Ana Maria Domingues; neto materno de Manuel José Gregório e de Catarina Domingues. Nasceu a 29/8/1867 e foi batizado a 1 de Setembro de esse dito ano. Padrinhos: Bento Domingues e sua mulher, Rosa Gregório. (Gémeo de José).

 

PEREIRA, Manuel. Filho de José Bento Pereira e de Rosa Teresa Domingues, lavradores, residentes no lugar de Cima. Neto paterno de José Pereira “Bacelar” e de Perpétua Gregório; neto materno de António Joaquim Domingues e de Mariana Alves. Nasceu a 23/5/1891 e foi batizado a 26 desse mês e ano. Padrinhos: Joaquim Fernandes e sua mulher, Maria Domingues, do Baleiral, Gavieira. // S.m.n.

 

PEREIRA, Manuel Adriano. Filho de Francisco Pereira e de Maria Domingues, lavradores, residentes no lugar de Cima. Neto paterno de José Pereira (Bacelar) e de Perpétua Gregório; neta materna de António Domingues e de Maria José Domingues. Nasceu em Lamas de Mouro a 17 de Março de 1893 e foi batizado na igreja paroquial a 19 desse mesmo mês e ano. Padrinhos: Rosendo de Pinho, casado, lavrador, residente no lugar de Cima, Lamas de Mouro, e Maria de Pinho, solteira, camponesa, do mesmo lugar e freguesia.

 

PEREIRA, Manuel José. Filho de Joaquim Pereira e de Maria Rosa Alves, lavradores, residentes no lugar de Cima, Lamas de Mouro. Neto paterno de José Pereira (Bacelar) e de Perpétua Gregório; neto materno de Manuel José Alves e de Maria Albina Domingues. Nasceu em Lamas de Mouro a 27/10/1901 e no dia seguinte foi batizado na igreja paroquial. Padrinhos: Manuel José Alves e Maria Albina Domingues, camponeses, avós maternos do batizando. // Casou na CRCM a 23/6/1924 com a sua conterrânea Umbelina Bernardo, de 19 anos de idade, filha de António Bernardo e de Ana Joaquina Alves. // Faleceu na sua freguesia natal a 23/3/1978. 

 

PEREIRA, Maria. Filha de José Bento Pereira e de Rosa Teresa Domingues. Neta paterna de José Pereira (Bacelar) e de Perpétua Gregório; neta materna de António Joaquim Domingues e de Mariana Alves. Nasceu a 29/7/1884 e foi batizada na igreja de Lamas de Mouro nesse dia. Padrinhos: Luís Domingues e Emília Pereira, todos lavradores. // Faleceu a 6/12/1947. 

 

PEREIRA, Maria Albina. Filha de Joaquim Pereira e de Maria Rosa Alves, lavradores, residentes no lugar de Cima, Lamas de Mouro. Neta paterna de José Pereira (Bacelar) e de Perpétua Gregório; neta materna de Manuel José Alves e de Albina Domingues. Nasceu em Lamas de Mouro a 20 de Abril de 1894 e dois dias depois foi batizada na igreja paroquial. Padrinhos: os seus avós maternos, Manuel José Alves e Albina Domingues, lavradores. // Casou na CRCM a 8/11/1920 com Manuel Domingues (Ferraria). // Faleceu na freguesia de Lamas de Mouro a 18/6/1974.  

 

PEREIRA, Maria Joaquina. Filha de José Pereira “Bacelar” e de Perpétua Gregório. Neta paterna de António Manuel Pereira e de Ana Maria Domingues; neta materna de Manuel José Gregório e de Catarina Domingues. Nasceu a 19/2/1863 e foi batizada na igreja de Lamas de Mouro no dia seguinte. Padrinhos: Manuel Gregório e Ana Alves. // Faleceu no lugar de Igreja, Lamas de Mouro, a 8/7/1877.  

 

PEREIRA, Maria Joaquina. Filha de Francisco Pereira e de Maria Domingues, lavradores, do lugar de Cima, Lamas de Mouro. Neta paterna de José Pereira (Bacelar) e de Perpétua Gregório; neta materna de António Domingues e de Maria José Domingues. Nasceu a 11/5/1887 e foi batizada a 12 desse mês e ano. Padrinhos: José Domingues e Joaquina Pereira. // Faleceu a 6/5/1956.

   

PEREIRA, Miquelina Rosa. Filha de Joaquim Pereira e de Maria Rosa Alves, lavradores, residentes no lugar de Cima, freguesia de Lamas de Mouro. Neta paterna de José Pereira (Bacelar) e de Perpétua Gregório; neta materna de Manuel José Alves e de Maria Albina Domingues. Nasceu em Lamas de Mouro a 18/9/1896 e foi batizada na igreja paroquial a 20 desse mês e ano. Padrinhos: os seus avós maternos. // Casou na CRCM a 6 de Abril de 1921 com José Joaquim Pereira. // Ambos os cônjuges faleceram em Lamas de Mouro: o marido a 14/6/1945 e ela a 10/9/1971.   

 

PEREIRA, Rosa. Filha de Luís Pereira e de Ana Gregório. Neta paterna de António Manuel Pereira e de Ana Maria Domingues; neta materna de Manuel José Gregório e de Catarina Domingues. Nasceu a 15/1/1863 e foi batizada na igreja de Lamas a 18 desse mês e ano. Padrinhos: José Pereira “Bacelar” e sua mulher, Perpétua Gregório.

 

PEREIRA, Rosa. Filha de José Pereira e de Rosa Teresa Domingues, lavradores. Neta paterna de José Pereira (Bacelar) e de Perpétua Gregório, do lugar da Igreja; neta materna de António Joaquim Domingues e de Mariana Alves, do lugar de Cima. Nasceu a 24/3/1887 e foi batizada na igreja de Lamas de Mouro a 27 desse mês e ano. Padrinhos: Luís Pereira e Emília Pereira, solteiros, tios da neófita. // Casou a 22/12/1909 com o seu conterrâneo e parente Joaquim Domingues, de 28 anos de idade.   

 

PEREIRA, Rosa. Filha de Francisco Pereira e de Maria Domingues, lavradores, residentes no lugar de Cima, freguesia de Lamas de Mouro. // Faleceu a 16/3/1900, com apenas cinco meses e meio de idade, e foi sepultada no adro da igreja.

 

PEREIRA, Rosa. Filha de Francisco Pereira e de Maria Domingues, lavradores, residentes no lugar de Cima, Lamas de Mouro. Neta paterna de José Pereira (Bacelar) e de Perpétua Gregório; neta materna de António Domingues e de Maria José Domingues. Nasceu em Lamas de Mouro a 8 de Fevereiro de 1901 e foi batizada na igreja paroquial a 11 desse mês e ano. Padrinhos: Manuel Domingues Barreira, solteiro, camponês, do lugar de Cima, Lamas de Mouro, e Maria Gonçalves, viúva, lavradeira, do lugar do Ribeiro, freguesia de Castro Laboreiro. // Casou na CRCM a 10/6/1926 com José Pereira. // Faleceu na sua freguesia natal a 23/2/1947.

 

PEREIRA, Rosa de Jesus. Filha de Francisco Pereira e de Maria Domingues, lavradores, residentes no lugar de Cima, Lamas de Mouro. Neta paterna de José Pereira (Bacelar) e de Perpétua Gregório; neta materna de António Domingues (Ferraria) e de Maria José Domingues. Nasceu em Lamas de Mouro a 31/10/1899 e foi batizada na igreja paroquial a 3 de Novembro desse mesmo ano. Padrinhos: António Domingues (Ferraria), viúvo, lavrador, do lugar de Cima, Lamas de Mouro, e Maria Gonçalves, viúva, do lugar do Ribeiro, freguesia de Castro Laboreiro.  

 

PEREIRA, Rosalina. Filha de José Bento Pereira e de Rosa Teresa Domingues, lavradores. Neta paterna de José Pereira “Bacelar” e de Perpétua Gregório, do lugar da Igreja; neta materna de António Joaquim Domingues e de Mariana Alves, do lugar de Cima. Nasceu a 28/4/1882 e foi batizada na igreja de Lamas de Mouro a 29 desse mês e ano. Padrinhos: Joaquim Pereira e Emília Pereira, do lugar da Igreja. // Faleceu a 31/12/1949. 

 

PEREIRA, Teresa Rosa. Filha de Luís Pereira e de Ana Gregório. Neta paterna de António Pereira e de Ana Domingues; neta materna de Manuel José Gregório e de Catarina Domingues. Nasceu a 27/1/1855 e foi batizada na igreja de Lamas de Mouro no dia seguinte. Padrinhos: José Pereira “Bacelar” e sua mulher, Perpétua Gregório.

 

RODRIGUES

 

RODRIGUES, Domingos José. // Faleceu em Madrid, Espanha, a 6/12/1855. Escreveu o padre: «… e se lhe fez o seu funeral na forma do costume e de suas possibilidades». // Era casado, do lugar de Cima, Lamas de Mouro. // Nota: deve ser o mesmo senhor que segue.  

 

RODRIGUES, Domingos José. Filho de Henrique José Rodrigues e de Isabel Gonçalves. Nasceu em Lamas de Mouro a --/--/18--. // Casou com a sua conterrânea Clara Pereira, camponesa, nascida por volta de 1830. // Morreu em Madrid, Espanha, a 6/12/1855 (ou 6/2/1856), no estado de casado com a dita Clara Pereira. // Com geração (ver Teresa Caetana Rodrigues).

 

RODRIGUES, Henrique. // Faleceu em Lamas de Mouro a 19/4/1854, no estado de viúvo, e foi sepultado na igreja paroquial no dia seguinte. // Teve três ofícios de sete clérigos. // Este senhor será Henrique José Rodrigues, pai de Domingos José Rodrigues?

 

RODRIGUES, Teresa. Filha de Domingos Rodrigues e de Clara Pereira. // Camponesa. // Faleceu em sua casa do lugar da Igreja, Lamas de Mouro, repentinamente, a 18/5/1884, com 50 anos de idade, no estado de casada com Joaquim Domingues, e foi sepultada no adro da igreja. // Com geração. // Nota: este assento paroquial está muito confuso.

 

RODRIGUES, Teresa Caetana. Filha de Domingos [José] Rodrigues e de Clara Pereira. Neta paterna de Henrique José Rodrigues e de Isabel Gonçalves; neta materna de António Pereira e de Ana Domingues. Nasceu a 27/1/1855 e foi batizada na igreja de Lamas no dia seguinte. Padrinhos: padre Agostinho Manuel Cardoso e Maria Pires. // Sem mais notícias.   

 

RODRIGUES, Tomásia. Filha de Henrique [José] Rodrigues e de Isabel Gonçalves, lavradores, moradores no lugar de Cima. Nasceu em Lamas de Mouro por volta de 1834. // Lavradeira. // Faleceu a 11/10/1903, em sua casa, sita no lugar de Cima, Lamas de Mouro, com 69 anos de idade, com todos os sacramentos da igreja católica, no estado de casada com Manuel Francisco Domingues, sem testamento, com filhos, e foi sepultada no adro da igreja paroquial.  

 

 

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Senhor Genilson Alves Correa:

 

       Solicitou-me elementos biográficos sobre a sua bisavó Florinda Rosa Afonso, casada que foi com Manuel Alves (*). Aquilo que eu encontrei em GENTES DO CONCELHO DE MELGAÇO, acerca de senhoras com esse nome, julgo que não lhe vai servir de nada, pois não me disse em que freguesia de Melgaço nasceu; se o seu avô Eduardo Alves nasceu (onde?) a 24/11/1901, a mãe dele, sua bisavó, teria nascido na década de 70 ou 80 do século XIX. Dê-me mais informações, e eu enviar-lhe-ei tudo que descobrir acerca dela. /// (*) Com este nome existiram milhares de pessoas do sexo masculino em Melgaço.       

 

 

 

AFONSO, Florinda Rosa. Filha de Manuel José Afonso e de Joana Gonçalves, lavradores, padernenses. Nasceu na freguesia de Paderne por volta de 1814. // Faleceu na sua casa, sita no lugar de Pomares, a 20/2/1892, com 78 anos de idade, no estado de viúva de Jerónimo [José] Fernandes, e foi sepultada no adro da igreja. // Deixou filhos.

 

FERNANDES, Constantino. Filho de Jerónimo José Fernandes e de Florinda [Rosa] Afonso. Neto paterno de Luísa Fernandes, da Cela, Cousso; neto materno de Manuel José Afonso e de Joana Rosa Gonçalves, de Pomares, Paderne. Nasceu em Paderne a 2/10/1853 e foi batizado dois dias depois. // Lavrador. // Casou na igreja do mosteiro a 23/7/1879 com a sua conterrânea e parente no 4.º grau de consanguinidade, Maria Vaz, de 17 anos de idade, solteira, camponesa, moradora no lugar de Fontes, filha de José Vaz e de Maria Teresa Lourenço, rurais. Testemunhas: António Luís Vaz, Tomás Afonso, ambos casados, e Marcelina Rosa Afonso, solteira, todos agricultores.

 

FERNANDES, Joaquim. Filho de Jerónimo José Fernandes e de Florinda [Rosa] Afonso, moradores em Pomares. Neto paterno de Luísa Fernandes, de Cousso; neto materno de Manuel José Afonso e de Joana Rosa Gonçalves, de Pomares. Nasceu a 27/8/1842 e foi batizado no dia seguinte. Padrinhos: tio materno, Domingos Afonso, e tia paterna, Rosa Marcelina, de Cousso.  

 

FERNANDES, José Joaquim. Filho de Constantino Fernandes e de Maria Vaz, lavradores, residentes em Fontes. N.p. de Jerónimo [José] Fernandes e de Florinda [Rosa] Afonso; n.m. de José Joaquim Vaz e de Maria Teresa Lourenço. Nasceu a 6/6/1890 e foi batizado dois dias depois. Padrinhos: José Joaquim Vaz, casado, lavrador, e Maria Teresa Lourenço, casada, doméstica. // Casou na CRCM a 3/4/1926 com Deolinda Vaz. // Ambos faleceram em Paderne: a esposa a 1/1/1978 e ele a 17/1/1979.

 

FERNANDES, José Manuel. Filho de Jerónimo [José] Fernandes e de Florinda Rosa Afonso, moradores no lugar de Pomares. Neto paterno de Luísa Fernandes, solteira, do lugar da Cela, Cousso; neto materno de Manuel José Afonso e de Joana Rosa Gonçalves, de Pomares. Nasceu em Paderne a 12/2/1840 e foi batizado no dia seguinte. Padrinho: seu tio materno, Domingos Afonso.   

 

FERNANDES, Júlia. Filha de Constantino Fernandes e de Maria Vaz, lavradores, residentes no lugar de Fontes. Neta paterna de Jerónimo [José] Fernandes e de Florinda Rosa Afonso; neta materna de José Vaz e de Maria Teresa Lourenço. Nasceu a 9 de Dezembro de 1892 e foi batizada no dia seguinte. Padrinhos: os seus avós maternos. // Casou na CRCM a 4/5/1914 com Manuel Francisco Rodrigues. // Faleceu em Paderne a 10/1/1970. // Mãe de Manuel Joaquim Rodrigues.  

 

FERNANDES, Ludovina Rosa. Filha de Jerónimo [José] Fernandes e de Florinda [Rosa] Afonso, moradores em Pomares. N.p. de Luísa Fernandes, da Cela, Cousso; n.m. de Manuel José Afonso e de Joana Rosa Gonçalves, de Pomares. Nasceu a 23/4/1848 e foi batizada no dia seguinte. Padrinhos: João Joaquim Vieites e sua irmã, Rosa, solteiros. // Morreu na sua casa de Pomares, a 3 de Maio de 1889, com 41 anos de idade, casada com José Maria Pereira, e foi sepultada na igreja. // Com geração.

 

FERNANDES, Manuel. Filho de Constantino Fernandes e de Maria Vaz, moradores em Fontes. N.p. de Jerónimo [José] Fernandes e de Florinda [Rosa] Afonso, de Pomares; n.m. de José Joaquim Vaz, de Fontes, Paderne, e de Maria Teresa Lourenço, dos Bouços, Alvaredo, lavradores. // Nasceu a 22/2/1881 e foi batizado nesse dia. Padrinhos: os seus avós maternos, residentes em Fontes.   

 

FERNANDES, Maria Albina. Filha de Jerónimo [José] Fernandes e de Florinda Rosa Afonso, moradores em Pomares. Neta paterna de Luísa Fernandes, da Cela, Cousso; neta materna de Manuel José Afonso e de Joana Rosa Gonçalves, de Pomares, Paderne. Nasceu em Paderne a 24/2/1838 e foi batizada na igreja a 26 desse mês e ano. Padrinhos: o tio materno, Domingos, e Rosa Marcelina, irmã da avó paterna da criança, do dito lugar da Cela.

 

FERNANDES, Maria Teresa. Filha de Constantino Fernandes e de Maria Vaz, moradores no lugar de Fontes. N.p. de Jerónimo [José] Fernandes e de Florinda [Rosa] Afonso, de Pomares; n.m. de José Joaquim Vaz, de Fontes, Paderne, e de Maria Teresa Lourenço, de Bouços, Alvaredo, lavradores. Nasceu a 1/4/1883 e foi batizada no dia seguinte. Padrinhos: os seus avós maternos.  

 

FERNANDES, Rosa. Filha de Constantino Fernandes e de Maria Vaz, lavradores, residentes no lugar de Fontes. N.p. de Jerónimo [José] Fernandes e de Florinda Rosa Afonso; n.m. de José Joaquim Vaz e de Maria Teresa Lourenço. Nasceu em Paderne a 10/6/1895 e foi batizada a 12 desse mês e ano. Padrinhos: o seu avô materno, viúvo, rural, e Mariana Afonso, doméstica. // Faleceu a 30/6/1899 e foi sepultada no adro da igreja paroquial.

 

FERNANDES, Rosa Marcelina. Filha de Jerónimo [José] Fernandes e de Florinda Rosa Afonso. Neta paterna de Luísa Fernandes, solteira, de Cousso; neta materna de Manuel José Afonso e de Joana Rosa Gonçalves, de Pomares, Paderne. Nasceu a 8/5/1845 e foi batizada no dia seguinte. Padrinhos: tio materno, Domingos, e tia paterna, Rosa Marcelina.   

 

FERNANDES, Teresa de Jesus. Filha de Constantino Fernandes e de Maria Vaz, moradores em Fontes, Paderne. N.p. de Jerónimo [José] Fernandes e de Florinda [Rosa] Afonso, de Pomares; n.m. de José Joaquim Vaz, de Fontes, e de Maria Teresa Lourenço, de Bouços, Alvaredo, lavradores. Nasceu a 9/7/1885 e foi batizada a 11 desse mês e ano. Padrinhos: os seus avós maternos. 

 

FERNANDES, Teresa de Jesus. Filha de Constantino Fernandes, pedreiro, e de Maria Vaz, doméstica, moradores no lugar de Fontes. Neta paterna de Jerónimo [José] Fernandes e de Florinda [Rosa] Afonso; neta materna de José Joaquim Vaz e de Maria Teresa Lourenço. Nasceu em Paderne a 9/1/1888 e foi batizada a 11 desse mês e ano. Padrinhos: os seus avós maternos, lavradores. // Casou na igreja do mosteiro a 19/11/1910 com Julião Afonso da Costa Guimarães, de 21 anos de idade, solteiro, camponês, natural de Sistelo, Arcos de Valdevez, filho de Domingos Afonso da Costa Guimarães e de Deolinda Fernandes, lavradores, de Sistelo. // Faleceu em Paderne a 22/2/1977.  

 

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AFONSO, Florinda Rosa (Grila). Filha de João Batista Afonso, natural de Rouças, e de Ana Rosa de Campos, natural de Prado, onde moravam, no lugar da Corredoura. Neta paterna de Manuel José Afonso e de Maria Joaquina de Castro, do lugar da Pombeira, Rouças; neta materna de José de Campos e de Clara Rosa Gonçalves, do lugar da Corredoura, Prado. Nasceu em Prado a --/--/1863. // Faleceu a 28/3/1947. // NOTA: ver, em Rouças, Florinda Afonso.

 

AFONSO, Florinda. Filha de João [Batista] Afonso (Grilo) e de Ana Rosa de Campos, lavradores, residentes no lugar de Carvalhos. Neta paterna de Manuel José Afonso e de Maria Joaquina de Castro, da Pombeira; neta materna de José de Campos e de Clara Maria Gonçalves, da Corredoura, Prado. Nasceu na freguesia de Rouças a 8/2/1863 e foi batizada a 11 desse mês e ano. Padrinhos: padre António Monteiro, de Cavaleiros, Rouças, e Maria Joaquina Gonçalves, solteira, lavradora, do lugar de Ferreiros, freguesia de Prado. // Faleceu em Prado a 28/3/1947. // NOTA: ver, em Prado, Florinda Rosa Afonso. 

 

joaquim.a.rocha@sapo.pt