OS MEUS SONETOS
Por Joaquim A. Rocha
Corro
em busca de coisa nenhuma,
Sabendo
que não a vou encontrar;
Então
porque a estou a procurar,
Rastejando
na noite como o puma?
Tudo
de mim foge, tudo se esfuma,
O
quente sol, o noturno luar,
Até
a sombra de um casto olhar,
Tudo
se esvai como a frágil espuma!
Mesmo
assim eu continuo, insisto,
Nessa
procura incessante, sem fim;
Ninguém
me convence, não desisto.
Sou
como Ulisses, fui sempre assim…
Em
coisas sem valor, aposto, invisto,
Fugindo
do equilíbrio, de mim.
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