GENTES DE MELGAÇO
Freguesia da Vila
Por Joaquim A. Rocha
PAÇO, Adriano. Filho de Lourenço do Paço, ferrador, da Vila
de Monção, e de Albina Cândida Moreira, padeira, da Vila de Melgaço, moradores
na Rua Nova de Melo. Neto paterno de João Manuel do Paço e de Maria Francisca
Pires, da Vila de Monção; neto materno de Mariana Vasques, solteira, padeira,
da Vila de Melgaço. Nasceu na Rua Nova de Melo, Vila de Melgaço, a 16/2/1894 e
foi batizado a 17 de Março desse mesmo ano. Padrinho: António Pires Teixeira,
solteiro, “brasileiro”, por ter sido emigrante no Brasil, natural da Vila de
Melgaço. // Andou na escola primária dos sete aos doze anos; fez exame do 1.º
grau na escola Conde de Ferreira, Vila, a 15/7/1907, obtendo um «bom». // Depois
da escola, aprendeu a arte de sapateiro com o mestre Zorobabel Martins
Rodrigues, mais conhecido por “Abel Sapateiro”, cuja oficina estava instalada
na Praça do Comércio, atual Praça da República, mantendo-se ali até ir para a
tropa – seria alistado no quartel de Valença a 18/7/1914, tendo sido combatente
na I Grande Guerra (1914-1918). Em Janeiro de
1918 já se encontrava em França há oito meses; era o soldado n.º 566. Mandou nessa
altura uma carta para o Jornal de Melgaço a pedir uma madrinha de guerra (ver Jornal
de Melgaço n.º 1192, de 26/1/1918). // A 5/11/1920 ingressou, como soldado,
na Guarda-Fiscal, no batalhão n.º 3, Porto, com o n.º 2307/20. Andou por
Matosinhos, Póvoa de Varzim, Peneda, Tibo, Várzea, Paradela, e São Gregório,
Cristóval, acabando por se reformar a 1/4/1945, com vinte e cinco anos de
serviço. // Casou na igreja de Santa Eulália, Monção, a 28/11/1925, com Arminda
da Glória, de 26 anos de idade, filha de Florinda Pereira Caldas, da freguesia
de São João de Sá, concelho de Monção. // Faleceu na sua casa de São Gregório,
freguesia de Cristóval, concelho de Melgaço, a 17/10/1959 (ou 15 ou 17/11/1959).
// A sua viúva faleceu também em São Gregório em Fevereiro de 1973, com 71 anos
de idade. // Pai de Armanda, de Honório, de Maria Ermelinda, de Maria da
Glória, e de Henrique. // Contam-se dele inúmeras histórias, algumas pouco
asseadas, outras que fazem rir o mais sisudo. Uma delas pode ler-se no meu «Dicionário
Enciclopédico de Melgaço», volume II, página 22 – Anedotário Melgacense.
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