AS MINHAS ANEDOTAS
Por Joaquim A. Rocha
Jesus
Cristo andava a viajar pelo planeta, acompanhado do seu inseparável Pedro,
quando, numa rua manhosa de uma qualquer vila ou cidade, dá de caras com um
mendigo, homem novo, estendido no chão, aparentemente inválido. Olha para o
desgraçado e diz-lhe: «Levanta-te e anda.» O pedinte não gostou nada daquilo
que ouviu. Vira-se para Jesus e diz-lhe com azedume: «ouça lá, quer estragar-me
o negócio? Eu levanto-me quando quero, ando quando me apetece, e você não tem
nada que me dar ordens, ouviu? Não é meu dono, nem meu patrão. E não se atreva
a pedir esmola nesta rua, senão...» Emanuel ficou esmagado, não esperava aquela
reação. Confessa ao seu companheiro de viagem: «Pedro, cada dia que passa gosto
menos dos humanos; são ingratos, desonestos, malcriados.» Pedro, até ali
calado, observa: «Senhor, o melhor é irdes para o vosso planeta, a que chamais céu,
aqui na terra estais deslocado; esta gente não presta, é agressiva, ainda vos
mata.» Jesus meditou um pouco e diz ao seu amigo terrestre: «tens razão; o problema
é o transporte».
*
O marido, embriagado, diz à mulher:
- Acabou-se o Paraíso!
A
esposa, que sabia do que ele estava a falar, comenta:
- Ainda bem que acabou. Bebesses menos; és uma
esponja!
- Não posso passar sem ele.
- Não quero saber. Vai para o inferno.
Afinal de contas “Paraíso” era a marca de vinho que ele costumava
comprar.
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