terça-feira, 26 de novembro de 2024

MELGAÇO: Padres, Monges e Frades.

Por Joaquim A. Rocha 



// continuação de 12/09/2024.


SOEIRO, Pedro (Padre). // Em 1282 era abade de Santa Marinha de Rouças (Obras Completas de Augusto César Esteves, volume I, tomo II, página 479).

 

SOTOMAIOR, Cleto José de Azevedo (Padre). // Em 1754 já era pároco (abade) da freguesia de Rouças. // Em 1757 foi provedor da Santa Casa da Misericórdia de Melgaço. // (Ver “Memórias Paroquiais de 1758”, páginas 174 e 175).

 

SOTOMAIOR, Diogo Agostinho (Padre). Filho de António José da Silva Sotomaior e de Damiana Teresa de Jesus de Sousa e Castro. Neto paterno de Miguel da Silva Sotomaior e de Francisca Micaela de Castro; neto materno de João Manuel de Sousa Castro Pereira e Araújo e de Feliciana Maria de Sousa e Castro. Nasceu em Remoães a 24/12/1797 (confirmar), e foi batizado na igreja a 1/1/1798. Padrinho: Diogo da Cunha Sotomaior, coronel de cavalaria de Vila Viçosa, por procuração passada ao brigadeiro governador de Valença, Sebastião Pinto Rolim Sotomaior. // Inscreveu-se na Ordem dos Gracianos.    

 

SOTOMAIOR, Francisco Lúcio de Sá (Padre). // Em 1775 já era o abade de Rouças; em 1800 tinha como seu cura o padre Lourenço José Rodrigues. // Em 1792 era o provedor da Santa Casa da Misericórdia de Melgaço. // Faleceu em 1824. // Um seu sobrinho, João de Sá Sotomaior, morgado do Reguengo, foi juiz de paz pelo círculo de Paderne nos anos de 1856-1857, e admitido na Confraria das Almas de Prado a 10/4/1862 por 9$000 réis, depois de falecido, e isto «segundo sua disposição testamentária.» // Um filho deste João de Sá Sotomaior, nascido em Paredes de Coura em 1825, foi presidente da Câmara Municipal de Melgaço (ver na Vila).

 

SOTOMAIOR, João Evangelista de Sá (Padre). Filho de Caetana Luísa Soares de Meneses Sotomaior (Pereira de Castro, de Eiró), solteira, moradora nas Adegas, Rouças, e de (*). Neto materno de Agostinho Pereira de Castro e de Luísa Caetana de Nostrosa Lira Sotomaior. Nasceu por volta de 1793. // Por decreto de 15/4/1843 nomearam-no abade colado da freguesia da Vila de Melgaço. Sucedeu ao padre Bernardino José Gomes, de Corujeiras. // A 31/3/1846, na igreja de SMP, foi padrinho de Florêncio, nascido três dias antes, filho de Manuel Ventura da Costa Pinto e de Maria Angélica Soares, solteiros. // A 7/7/1846, na igreja de SMP, foi padrinho de Pulquéria, nascida quatro dias antes, filha de Tomaz Afonso e de Vitória Joaquina Fernandes, residentes no lugar da Corga. // A 31/8/1846, na igreja de SMP, foi padrinho de Raimundo Lopes, nascido no dia anterior, filho de Josefa Lopes, solteira. // Inscreveu-se como irmão da SCMM a 2/7/1849. // A 17 de Setembro de 1853, na igreja de SMP, foi padrinho de Valeriano, nascido três dias antes, filho de Tomás Afonso e de Vitória Joaquina Fernandes. // A 28/1/1856, na igreja de SMP, foi padrinho de Secundino Maria, nascido sete dias antes, filho de Tomás Afonso e de Joaquina Vitória Fernandes. // A 27 de Setembro de 1859, na igreja de SMP, foi padrinho de Lopo de Castro, nascido dois dias antes. // A 20/4/1862, na igreja de SMP, foi padrinho de Silvana, nascida três dias antes, filha de José Costas e de Maria Josefa Fernandes, moleiros, moradores no lugar das Carvalhiças, Vila. // A 14/10/1863, na igreja matriz, foi padrinho de Manuel Joaquim, nascido quatro dias antes, filho de Caetano José Rodrigues e de Maria Rosa Gomes Domingues, lavradores, residentes no lugar da Corga, vila de Melgaço. // A 10/7/1866, na igreja de SMP, foi padrinho de Gabriel Pereira de Castro, nascido nove dias antes. // A 11/9/1868, na igreja de SMP, foi padrinho de Júlia da Glória, nascida quatro dias antes, filha de Francisco Maria de Melo e de Teresa Joaquina Alves, camponeses. A madrinha era Joaquina Júlia Gomes. // Morreu a 20/11/1878, em sua casa de residência, sita na Rua da Igreja, Vila, com 85 anos de idade, e foi sepultado no cemitério municipal, em caixão de granito, no qual foi gravado o seu nome e data de falecimento, caixão esse que há uns anos atrás estava junto à igreja do convento das Carvalhiças! // Constava, na altura, que era homem santo. Dá gosto ler os assentos de batismo, casamento e óbito, por si redigidos, pois tinha uma caligrafia lindíssima. // Ocupou o seu lugar o padre Francisco Gomes Barreiros. /// (*) Segundo o Dr. Augusto César Esteves, o pai da criança seria o padre Francisco Lúcio de Sá Sotomaior Leonês, pároco de Rouças (ver O Meu Livro das Gerações Melgacenses, I volume, página 257).

 

SOUSA, António (Padre). // A 19/4/1840, na igreja de Paderne, foi padrinho de Manuel José, nascido no dia anterior, filho de Luís António de Carvalho e de Maria José de Sousa. A madrinha era a sua irmã, Emília de Sousa, solteira.

 

SOUSA, Arcélio José Pereira (Padre). Filho de --------------------- e de --------------------. Nasceu na freguesia de Poiares, Ponte de Lima, a 1 de Janeiro de 1983. // Ordenou-se sacerdote a 27 de Julho de 2008. // Morou na Rua Dr. Alfredo de Magalhães, 2, Apartado 2, Gandra, Valença. // Em Setembro de 2018, vindo de Valença do Minho, tomou posse como pároco de algumas freguesias do concelho de Melgaço. // Em 2018 esteve no Panamá a fim de assistir às Jornadas da Juventude (A Voz de Melgaço n.º 1425, de 1/2/2019). (ver “A Voz de Melgaço” de 1/12/2022, página 24). // Pároco in solidum, moderador das paróquias de Alvaredo, Chaviães, Cristóval, Fiães, Paços, Penso, Rouças, Remoães, Prado, Melgaço (SMP); vice-presidente do Instituto Católico de Viana do Castelo; Diretor da Biblioteca Diocesana; Diretor da Livraria Diocesana; capelão da Santa Casa da Misericórdia de Melgaço. // «O reverendo padre Arcélio José Pereira de Sousa é dispensado da paroquialidade de Divino Salvador de Gandra, Santa Marinha de Taião, São Félix de Sanfins, São Tiago de Boivão e São Cristóvão de Gondomil, no arciprestado de Valença, e nomeado pároco “In Solidum” na condição de moderador, das paróquias de Alvaredo, Chaviães, Cristóval, Fiães, Paços, Penso, Rouças, Remoães, Prado, e SMP, no arciprestado de Melgaço, juntamente com o reverendo padre Carlos Alberto da Cruz Faria Martins que de vigário paroquial passará a pároco “In Solidum” das mesmas paróquias.» // «Padre Arcélio José Pereira de Sousa é dispensado de diretor do secretariado de liturgia, mantendo os outros ofícios que lhe estão confiados

 

SOUSA, Aureliano Augusto (Padre). // Residiu na Quinta da Torre, freguesia de Paderne. // A 29/9/1871, na igreja de Remoães, foi padrinho de Augusto Cândido Monteiro, nascido dois dias antes, filho de Maria Albina Monteiro, solteira, camponesa, residente na freguesia de Remoães.

  

SOUSA, Diogo Luís (Padre). Filho de José António Gomes Meleiro de Sousa e de Rosa Maria de Sousa Pinheiro (?). // Deve ter nascido por volta de 1765. // Foi admitido na Confraria das Almas a 10/5/1770, ficando remido por novecentos réis. // Viveu no lugar da Barronda, freguesia de Prado. // A 15/12/1808, na igreja de Remoães, serviu de testemunha no batismo de Damiana Teresa de Sousa e Castro Morais Sarmento, nascida quatro dias antes. // A 24/4/1828, na igreja de Prado, foi padrinho de Claudina Rosa, nascida a 21 daquele mês e ano, filha de António José Fernandes e de Maria Luísa Monteiro, residentes no lugar do Souto, Prado.

 

SOUSA, Domingos (Padre). A 7/1/1690 era pároco da igreja de SMP (ver Padroado Medieval Melgacense, de José Domingues, página 98, edição da CMM, 2004).  

 

SOUSA, Francisco Manuel (Padre). Nasceu em Prado, Melgaço. // A 26/9/1831, na igreja de Prado, foi padrinho de Joana Francisca, nascida quatro dias antes, filha de Joaquim António de Sousa Araújo (Besteiro) e de Ana Luísa Pinto, moradores no lugar do Carvalhal, Prado. A madrinha era Joana, do lugar de Gondomar, Remoães. Ele morava na vila de Viana.

 

SOUSA, Francisco Xavier (Padre). // Em 1801 residia no lugar de Estar, freguesia de Rouças. 

 

SOUSA, João de Andrade (Padre). Filho de António de Castro Sousa e Medranho e de Antónia Maria Teles e Meneses, da Casa do Peso. Neto paterno de Luís de Sousa e Castro e de Maria de Andrade de Abreu Medranho; neto materno de António de Castro Sousa Lobato e de Joana Maria de Meneses Cardoso. Nasceu em finais do século XVII ou inícios do século XVIII. // A 15/10/1718 era clérigo “in minoribus”. Por esta altura, e através de uma escritura, seus pais fizeram-lhe o património a fim de ele poder continuar os estudos. Concluiu o curso. // (Ver O Meu Livro das Gerações Melgacenses, de Augusto César Esteves, página 345).

 

SOUSA, João Manuel e Silva (Padre). // Nasceu no lugar do Coto do Preto, Rouças. // Foi pároco da freguesia de Castro Laboreiro. // A 13/12/1806, na igreja de Rouças, serviu de testemunha no casamento de António Francisco Vaz com Maria Rosa Domingues. // Em 1824 fundou a capela da Senhora da Conceição, no lugar da sua naturalidade, cuja escritura da fábrica se lavrou a 12 de Julho desse ano. A pedra de armas que a dita capela ostenta, e em homenagem a «sua majestade fidelíssima que Deus guarde», ou seja, a Dom João VI, e à «dinastia da sereníssima Casa de Bragança», deve-se-lhe em parte a ele, pois foi grande entusiasta dessa realização.      

 

SOUSA, José Alberto (Padre). Filho de Álvaro de Sousa e de Isaura de Jesus Gomes. Neto paterno de (Francisco António Esteves – “Chico Brasileiro”) e de Lucrécia das Dores Gomes de Sousa; neto materno de António Gomes e de Presigna Domingues. Nasceu em Rouças a 2/8/1935. // Estudou no Seminário da Senhora da Conceição de Braga, onde foi ordenado subdiácono a 22/3/1958, diácono a 13 de Julho desse ano, e presbítero a 15/8/1959. // Cantou missa nova na igreja da sua freguesia a 24/8/1958 e foi-lhe concedida licença pelas autoridades eclesiásticas para celebrar e confessar a 9/9/1959. Colocaram-no então nos serviços redatoriais do “Diário do Minho”. // Quando morreu o padre Albertino Pereira, pároco de Paderne, o bispo nomeou-o a ele seu sucessor, decorria o ano de 1975. // Devido ao falecimento do padre Manuel Lourenço, abade de Fiães, tornou-se arcipreste de Melgaço, o 5.º, ocupando esse cargo de 1990 até Dezembro de 2008. // No jornal “A Voz de Melgaço” n.º 1324, de 1/9/2010, podem ler-se dois artigos muito críticos à sua pessoa – um da autoria da Comissão Representante da Comunidade Padernense (que desejava expulsá-lo da paróquia) e outro escrito pelo padre Carlos Nuno Vaz, a residir em Braga desde jovem, que se colocou (estranhamente) ao lado da dita Comissão. // «Melgaço: Movimento em Paderne quer expulsar padre devido a desavenças em funerais.» «Um movimento de populares de Paderne, Melgaço, do qual faz parte o presidente da Junta local, decidiu entregar um abaixo-assinado junto do bispo de Viana do Castelo para pedir a “rápida substituição” do padre da freguesia.» “O Movimento de Defesa dos Interesses de Paderne convocou para ontem [quarta feira] uma reunião popular de onde saiu um abaixo-assinado, a entregar ao bispo de Viana, a pedir a substituição rápida do padre José Alberto em virtude de todas as coisas que têm sucedido”, contou à Lusa Rui Pinho que disse estar a falar não na qualidade de autarca mas de “responsável” do movimento. // “Em Paderne, Melgaço, igreja e fiéis andam de candeias às avessas por causa de dois funerais durante os quais o padre não terá acompanhado o corpo desde a casa mortuária à igreja”. // “Eu cumpri a lei. Isto aconteceu por causa de algumas pessoas que desconhecem as normas litúrgicas a respeito dos funerais e criticam sem saberem o que estão a dizer”, defende-se José Alberto de Sousa, padre há 35 anos na paróquia de Paderne, onde - garante - nunca ter tido “problemas com ninguém”. Na origem da contenda terá estado a interpretação do prior do “Ritual Romano da Celebração das Exéquias”, que prevê três esquemas para funerais, nenhum dos quais obriga o padre a acompanhar o corpo velado desde a capela mortuária à igreja. Nos funerais de sexta e sábado passados, o padre José Alberto decidiu esperar à entrada da igreja pelo corpo que se encontrava a ser velado na nova casa mortuária, inaugurada em novembro de 2009, e que apenas sexta começou a ser utilizada. Durante a cerimónia do primeiro, o pároco terá justificado que “esperava à porta da igreja pelos mortos que chegassem de fora da freguesia”. No segundo funeral terá dito que “os ricos têm casa para estar depositados e não precisam de ocupar a casa mortuária”, o que originou “a revolta da população”, contou à Lusa um dos populares. “Isto nunca tinha acontecido, mas desde sempre houve problemas com este padre”, acrescentou. // O padre Sousa, ordenado a 15/8/1958 e há 35 anos em Paderne, explica ser da opinião de que “todos podem ir para a casa mortuária, mas prioridade para os pobres”. A reunião de quarta-feira, organizada pelo Movimento de Defesa dos Interesses de Paderne, “teve uma super participação e contou com cerca de quinhentas assinaturas”, contou o responsável do movimento, que espera apenas que o padre José Alberto “cumpra com a palavra que deu”. “Comprometeu-se a ir embora se fizéssemos um abaixo-assinado e o entregássemos ao bispo”, explicou Rui Pinho. O padre José Alberto de Sousa aponta o dedo a “agitadores” na terra que “querem pôr o povo” contra si. “Querem tirar-me de cá”, sentencia. Hoje a igreja de Paderne assistiu a mais um funeral. “Tiveram de vir padres de fora para ir levantar o corpo à casa mortuária”, contou o responsável do movimento, que disse esperar apenas que o pároco “trate todos por igual”. // Morreu no hospital de Viana do Castelo a 25/9/2017.

 

SOUSA, José Luís (Padre). Filho de Luís de Sousa e de Maria Monteiro, da freguesia de Remoães. // Morreu a 4/3/1786. 

 

SOUSA, Luís António de Abreu (Padre). // Era pároco de Paços em 1818. // A 16/4/1834, em sessão camarária, assinou o Auto de Aclamação da rainha D. Maria II (Melgaço, Sentinela do Alto Minho, de ACE, página 108).

 

SOUSA, Luís Diogo (Padre). // Natural de Prado. // No ano de 1815, e na igreja de Remoães, batizou e foi padrinho de Maria Vitória, nascida nessa freguesia a 27/2/1815, filha de Maria Josefa, solteira, natural de Rouças, residente em Remoães.

 

SOUSA, Manuel António (Padre). // A 14/2/1879, na igreja de Remoães, foi padrinho de Manuel António, nascido três dias antes, filho de José Joaquim Besteiro e de Maria Claudina Gonçalves, lavradores, naturais de Paderne, residente na freguesia de Remoães.

 

SOUSA, Manuel Inácio (Padre). // A 13/4/1853, na igreja de Remoães, serviu de testemunha no casamento de António Joaquim Domingues com Maria Rosa Simões.

 

SOUSA, Manuel José (Padre). // Do lugar de Bilhões, Rouças. // A 11/3/1861, na igreja da freguesia de Rouças, foi padrinho de Florinda Domingues, nascida a 6 desse mês e ano. // A 26/12/1869, na igreja de Rouças, foi padrinho de Manuel Lourenço, nascido no lugar de Lobiô três dias antes.

 

SOUSA, Matias Ferreira (Padre). // Em 1721 era pároco de São Paio. // A 1/1/1722 foi padrinho de Joana Maria Engrácia de Sousa e Gama, nascida na Casa da Serra, Prado, a 27/12/1721.

 

SOUSA, Pedro (Padre). Filho de João Alves e de Ana de Sousa, residentes no lugar de Ferreiros, Prado. // Morou no lugar da Barronda. // No dia 5/1/1744, na igreja de Prado, batizou João Manuel, nascido dois dias antes, filho de Manuel Rodrigues Palhares, casado, natural de Barbeita, Monção, e de Maria do Souto, solteira, natural de Prado, Melgaço. // Morreu a 3/4/1783. // Tinha um irmão, também sacerdote, de nome Gaspar de Sousa.

 

SOUTO, António Manuel (Padre). // Irmão do padre Manuel António Souto. // Faleceu a 6/1/1784. 

 

SOUTO, Manuel António (Padre). // Morreu em Soengas, Chaviães, a 20/10/1784.

 

SOUTO, Manuel Lourenço (Padre). // A 21/1/1765, na igreja de SMP, batizou, e foi padrinho, de Maria Josefa, nascida a 18 desse mês e ano, filha de António Gonçalves e de Maria Teresa Gomes Claro, moradores no Rio do Porto, vila de Melgaço. Nota: a neófita era neta materna do padre José Gomes Claro e de Isabel Gonçalves, solteira. // Morreu na freguesia da Vila de Melgaço a 2/7/1772.

  

TEIXEIRA, Manuel Nunes de Araújo (Padre). Filho de Jerónimo Teixeira e de Isabel de Araújo. Neto paterno do capitão Jerónimo Teixeira e de Maria Rodrigues; neto materno de Manuel Esteves da Costa e de Isabel de Araújo, do Campo da Feira, SMP. Nasceu na vila de Melgaço no século XVIII. // A 22/5/1766 comprou por dezasseis mil réis a seu tio, Manuel Nunes Coelho, uma leira de souto e carvalheira, no lugar do Louridal, que lhe havia calhado nas partilhas da herança de sua mãe Maria Rodrigues. // Embora sacerdote, foi pai de João Manuel de Araújo Teixeira, gerado em Benta Maria de Araújo, solteira, natural de Chaviães.

 

     [TEIXEIRA, Francisco Caetano. Filho de João Manuel de Araújo Teixeira e de Maria Vitória de Sousa, moradores na Vila. Neto paterno do padre Manuel Nunes de Araújo Teixeira, da Vila, e de Benta Maria de Araújo, de Corveira, Chaviães; neto materno de Maria Josefa de Sousa, da Vila, e de Lourenço Gomes, do lugar das Lages, Penso. Nasceu a 3/10/1779 e foi batizado na igreja de SMP no dia seguinte. Padrinhos: Caetano José de Abreu Soares e Maria Josefa de Sousa, da Vila.] 

 

     [TEIXEIRA, Luísa Caetana. Filha de João Manuel de Araújo Teixeira e de Maria Vitória de Sousa, moradores na Vila. Neta paterna do padre Manuel Nunes Araújo Teixeira, da Vila, e de Benta Maria Araújo, solteira, de Corveira, Chaviães; neta materna de Lourenço Domingues, de Penso, e de Maria Josefa de Sousa, da Vila. Nasceu a 17/12/1780 e foi batizada na igreja nesse dia. Padrinhos: Dr. Luís Soares Calheiros e Caetana Maria Nunes, solteiros, residentes na Vila. Testemunhas: padre Manuel Pedro Loné, pároco de SMP, e MPF.]  

 

     [TEIXEIRA, Caetana Luísa. Filha de João Manuel de Araújo Teixeira e de Maria Vitória de Sousa e Gama, moradores na Rua Direita. Neta paterna do padre Manuel Nunes Araújo Teixeira, da Vila, e de Benta Maria Araújo, solteira, da Corveira, Chaviães; neta materna de Lourenço Domingues, de Penso, e de Maria Josefa de Sousa, da Vila. Nasceu a 8/8/1783 e foi batizada na igreja de SMP dois dias depois. Padrinhos: Dr. Luís Soares Calheiros, solteiro, e Caetana Josefa de Sousa, solteira, da Vila. Testemunhas: José Gomes, mordomo, e padre Caetano José Abreu Cunha Araújo.] 

 

     [TEIXEIRA, João Batista. Filho de João Manuel de Araújo Teixeira e de Maria Vitória de Sousa, moradores na Rua Direita, SMP. Neto paterno do padre Manuel Nunes Araújo Teixeira, da Vila, e de Benta Maria Araújo, solteira, de Chaviães; neto materno de Lourenço Domingues, de Penso, e de Maria Josefa de Sousa, da Vila. Nasceu a 10/6/1785 e foi batizado na igreja de SMP a 12 desse mês e ano. Padrinhos: Pedro Rodrigues de Sousa, de Chaviães, e Caetana Maria Nunes, solteira, da Vila.] 

 

 [TEIXEIRA, Antónia Caetana. Filha de João Manuel de Araújo Teixeira e de Maria Vitória de Sousa, moradores na Rua Direita, SMP. Neta paterna do padre Manuel Nunes de Araújo Teixeira, da Vila, e de Benta Maria de Araújo, solteira, do lugar da Corveira, Chaviães; neta materna de Lourenço Domingues, de Penso, e de Maria Josefa de Sousa, da Vila. Nasceu a 18/2/1787 e foi batizada na igreja de SMP pelo padre António Manuel Caetano Abreu Soares, tesoureiro-mor na Colegiada de Santo Estêvão da Vila de Valença, o qual serviu de padrinho.]

 

     [TEIXEIRA, Maria Ventura. Filha de João Manuel Araújo Teixeira e de Maria Vitória de Sousa. Neta paterna do padre Manuel Nunes de Araújo Teixeira, da Vila, e de Benta Maria Araújo, solteira, de Chaviães; neta materna de Lourenço Domingues, de Penso, e de Maria Josefa de Sousa, da Vila. Nasceu a 13/11/1790 e foi batizada na igreja de SMP a 18 desse mês e ano. Padrinhos: Jerónimo José Gomes Magalhães e a Senhora do Rosário.]    

 

     [TEIXEIRA, José Manuel. Filho de João Manuel Araújo Teixeira e de Maria Vitória de Sousa. Neto paterno do padre Manuel de Araújo Teixeira, natural da Vila, e de Benta Maria de Araújo, natural de Chaviães; neto materno de Lourenço Domingues, natural de Penso, e de Maria Josefa de Sousa, natural da Vila. Nasceu a 27/3/1793 e foi batizado na igreja de SMP a 30 desse mês e ano. Padrinhos: Joaquim Daniel Torres Salgado e Maria Joaquina, melgacenses.]

 

TEIXEIRA, Teotónio da Rocha (Padre). // Morreu na Vila de Melgaço a 5/1/1727.

 

TOJEIRA, Luís Manuel Afonso (Padre). Filho de Manuel Joaquim Afonso (Tojeira) e de Josefa Maria Alves, lavradores. Nasceu em Cousso por volta de 1851. // Foi pároco de Cousso desde 1889. // A 26/11/1894, na igreja de Cousso, foi padrinho de Luís, nascido três dias antes, filho de Justina Gonçalves, solteira. // A 18/10/1896, na igreja de Cousso, foi padrinho de Lino Enes, nascido no dia anterior. // Morreu a 28/4/1903, às onze horas da noite, na casa de residência paroquial da freguesia de Cousso, tuberculoso, com todos os sacramentos, com 52 anos de idade, sem testamento, e foi sepultado no adro da igreja paroquial.

 

TOJEIRA, Manuel Afonso (Padre). Filho de Manuel Joaquim Afonso (Tojeira) e de Maria Josefa (ou Josefa Maria) Álvares. Nasceu em Cousso por volta de 1838. // Em 1861 era subdiácono. // Morreu a 28/7/1876, no convento de Almoster, sito na freguesia de Santa Maria, concelho de Santarém, com todos os sacramentos da igreja católica, com apenas trinta e oito anos de idade, sem testamento, e foi sepultado no cemitério da freguesia de Santa Maria, concelho de Santarém.

 

TORRES, Duarte Vaz (Padre). // Filho de Manuel de Neiva, da freguesia de Prado, e de Doroteia Correia. // Em 1709 já andava no Seminário. // Em 1712 ainda não tinha 20 anos de idade. // Foi pároco da freguesia de Prado durante uns anos, e provedor da Santa Casa da Misericórdia de Melgaço em 1751. // Em 1758 era vigário na freguesia de Prado (“Memórias Paroquiais de 1758”, página 174). // Residiu no lugar da Corredoura, Prado. // Morreu a 23/6/1764 (ou 1766). // Lê-se em “Obras Completas” de Augusto César Esteves, volume I, tomo I, página 223: «Item, disse ele, testador, reverendo Duarte Vaz Torres, que no tempo de estudante, e antes de ser ordenado de ordens sacras, por fragilidade humana houvera de Luísa Esteves, solteira, da freguesia de Remoães, um filho chamado Manuel Vaz Torres, que era bem notório e também de que para haver de herdar seus bens sem impedimento algum, o qual ele, outorgante, reconhecera por seu filho natural, o qual embarcara para os Estados Unidos do Brasil, onde casara com Josefa Alves de Araújo, da freguesia de Nossa Senhora da Luz, da vila de Curitiba, e de entre ambos tem ele, outorgante, a notícia terem já quatro filhos legítimos por nome Luísa, José, Maria e Isabel, netos dele, testador» e pelo exposto instituía o filho herdeiro dos outros dois terços. Ora quando se finou o padre Duarte Vaz Torres fez-se inventário orfanológico por ser seu herdeiro o filho Manuel e em encontrar-se em tal momento ausente da terra. Mais tarde, alguns anos volvidos, Manuel Domingues e mulher, de Remoães, compraram ao filho do vigário tudo quanto cá herdara, mas como tudo estava sob a alçada da justiça foi preciso requerer-se ao juiz para lhe mandar conferir posse, ao que o referido magistrado deferiu por despacho de 5/5/1772. // O filho do sacerdote regressou ao Brasil e jamais visitou Melgaço. // Duarte Vaz Torres era irmão do padre Bento Vaz Torres, abade de São Martinho de Pedroso, na comarca de Chaves. // Ver, em “Memórias Paroquiais de 1758”, o que ele escreveu acerca da freguesia de Prado.       

 

TORRES, Inocêncio José da Gaia (Padre). Filho de José Manuel da Gaia Torres e de Rosa Maria Rodrigues. Nasceu em Penso por volta de 1823. // Morou no lugar de Felgueiras. // A 23/8/1847, na igreja de Penso, serviu de testemunha, juntamente com o padre Francisco António Fernandes, no casamento de Francisco Manuel Ferreira de Passos com Ana Luísa Esteves. // Em 1850 era encomendado na freguesia de SMP. // No dia 28/2/1850, ele e o padre Manuel José Domingues, na igreja de Alvaredo, serviram de testemunhas no batismo de António, nascido na dita freguesia no dia acima indicado, filho de Manuel Joaquim Domingues e de Matildes Martins, lavradores. // A 23/4/1856, na igreja de Penso, foi padrinho da sua sobrinha, Maria Ludovina, nascida nesse dito dia, filha de Manuel Inácio Bernardes e de Ana Maria da Gaia Torres. A madrinha, Felícia da Gaia Torres, do lugar de Felgueiras, era irmã do padrinho. // Em 1858 era coadjutor do abade de Penso. // A 8 de Abril de 1860, na igreja de Penso, onde era cura, foi padrinho de Teófilo Bernardes, nascido no dia anterior. // A 29 de Julho de 1873, na igreja de Penso, foi padrinho de Dario, nascido nesse dia, filho de António José da Rocha e de Áurea Fernandes. // A 11/11/1875, na igreja de Penso, foi padrinho de Delfim, nascido dois dias antes, filho de António José da Rocha e de Áurea Fernandes, rurais, residentes no lugar de Felgueiras. // A 2/7/1888, na igreja de Penso, serviu de testemunha no casamento de José Cordeiro com Rosa Maria Domingues, solteira, moradora na residência paroquial de Penso. A outra testemunha era o padre António de Sousa Lobato, do lugar da Rabosa. // A 19/1/1891, na igreja de Penso, foi padrinho de Inocêncio, nascido nesse dito dia, mês e ano, filho de Camilo Fernandes e de Marcelina Fernandes, rurais, moradores no lugar da Rabosa. // Morreu a 6/4/1898, no lugar de Felgueiras, apenas com o sacramento da extrema-unção, com setenta e cinco (75) anos de idade, sem testamento, e foi sepultado na igreja paroquial.   

  

TORRES, João Luís (Padre). Filho de João Luís Rodrigues Torres e de Maria Joaquina Esteves, rurais, moradores no lugar de Crastos, freguesia de Paderne. Neto paterno de Bernardino Rodrigues Torres e de Maria Gonçalves de Caldas, do lugar do Pinheiro; neto materno de Francisco Esteves e de Maria Caetana Lourenço, do lugar de Crastos. Nasceu a 22/1/1837 e foi batizado a 24 desse mês e ano. Padrinhos: Manuel e Maria, irmãos do batizando. // Esteve muitos anos no Brasil onde, segundo consta, conseguiu juntar alguma fortuna. // Proprietário. // Morreu no lugar de Crastos a 10/8/1909, em sua casa de morada, com todos os sacramentos, com testamento, e foi sepultado no adro da igreja paroquial. 

 

TORRES, João Manuel Vaz (Padre). // Nasceu no século XVIII. // A 6/12/1814, na igreja de Remoães, foi padrinho de sua sobrinha Joana Rosa, nascida dois dias antes, filha de Luís Manuel Vaz Torres e de Maria Benta Rodrigues. // Em 1817 exercia o seu múnus na freguesia de Remoães. // A 23/7/1817, na igreja de Remoães, foi padrinho de seu sobrinho, João José, nascido três dias antes, filho de Luís Manuel Vaz Torres e de Maria Benta Rodrigues, moradores no lugar de Cima de Vila, Remoães. // A 21/5/1821, na igreja de SMP, foi padrinho de João, nascido a 14 desse mês e ano, filho de Luís Soares Calheiros e de Maria Ventura. // Morreu a 4/12/1827 e foi sepultado na igreja, na capela-mor, amortalhado com paramentos… Fizeram, por sua alma, três ofícios, cada um de vinte padres. Deixou testamento «o qual me não apresentaram», escreveu o padre Afonso.   

 

TORRES, José Joaquim de Araújo (Padre). // A 31/3/1830, na igreja de SMP, Vila, foi padrinho de José Constantino, nascido sete dias antes, filho de José Bernardo Lopes e de Josefa Januária Lopes. // A 10/2/1846, na igreja de SMP, foi padrinho de Joaquina Rosa, nascida dois dias antes, filha de João Batista de Carvalho e de Rosa Joaquina Gomes Veloso, moradores na Rua Direita, SMP. // A 8/6/1856, na igreja de SMP, serviu de madrinha no batismo de Júlia, nascida quatro dias antes, filha de João António Alves e de Maria Rodrigues. // A 14/8/1859, na igreja de SMP, foi padrinho de Pulquéria, nascida cinco dias antes, filha de Manuel Joaquim Caldas e de Rosa Maria de Araújo, moradores no lugar das Carvalhiças.

 

TORRES, Manuel (Padre). Filho de João Luís Rodrigues Torres e de Maria Joaquina Esteves, proprietários, moradores em Crastos, Paderne. Nasceu por volta de 1818. // Morreu no dito lugar, a 17/11/1886, com 68 anos de idade, e foi sepultado na igreja do mosteiro a 19 desse mês e ano. // NOTA: deve ser o que se segue.

 

TORRES, Manuel José Rodrigues (Padre. // A 27/6/1868, na igreja de Paderne, foi padrinho de Maria Peregrina Gonçalves, nascida no dia anterior.

 

TORRES, Miguel (Padre). Filho de António Codesso Rodrigues Torres e de Ana Maria Gonçalves [da Ribeira], residentes no lugar de Sante. Neto paterno de Diogo Rodrigues Torres e de Maria Rosa Fernandes Codesso; neto materno de Manuel Gonçalves [da Ribeira] e de Maria Gonçalves, todos lavradores e pequenos proprietários. Nasceu em Sante, Paderne, a 3/1/1818. // Seu pai, já viúvo, a 12/11/1839 fez-lhe o património, a fim de ele seguir a carreira eclesiástica. // Era pároco de Cubalhão em 1855; depois foi abade colado em Rouças, desde Dezembro de 1868. Em 1880 ainda permanecia nesta última freguesia. // (ver em São Paio a sua biografia, e ver também “Organização de Melgaço”, de Augusto César Esteves, página 158). // Não sei por que cargas-de-água foi armado «cavaleiro da Ordem Militar de Nosso Senhor Jesus Cristo». // Morreu no domingo de Páscoa, 6/4/1899, em sua casa do lugar de Sante, apenas com o sacramento da extrema-unção, e com testamento; e foi sepultado no adro da igreja de São Paio. Lê-se em “O Jornal de Melgaço”: «… Era possuidor de avultados meios de fortuna, mas, segundo ouvimos dizer, a senhora do bolo foi uma governante que tinha em casa há muitos anos, quando é certo que tem uma infinidade de sobrinhos, aos quais deixou a fabulosa quantia de cinquenta mil réis a cada um! Era o padre mais rico deste concelho, mas apesar disso achava-se subsidiado pela Bula!» (ver “O Meu Livro das Gerações Melgacenses”, de Augusto César Esteves, volume I, página 498). // Os do jornal não quiseram entender uma coisa: o padre deixou uma filha, Maria Joaquina, gerada em Maria Rosa Domingues Carvalho, a dita “governante”, natural da freguesia de Cubalhão, daí ter-lhe deixado os seus bens. // Nuns apontamentos que o “Mário de Prado” deixou, lê-se: {diz-se que para lhe mudarem a burra das libras eram precisos dois homens de pulso rijo; isto além das muitas propriedades rústicas de que era dono e senhor! Tudo foi, porém, desbaratado em pouco tempo pela sua amante e herdeira, e a filha desta e do padre, o que prova bem o rifão espanhol «los dineros del sacristan cantando se vienen, cantando se van»}.       

 

     [CARVALHO, Maria Rosa. Filha de José Domingues de Carvalho e de Florinda Domingues, lavradores, naturais de Cubalhão. // Nasceu em Cubalhão por volta de 1846. // Foi governanta do padre Miguel Rodrigues Torres, natural de São Paio, abade de Rouças. // Em 1908 tinha à venda todos os seus bens, pela melhor oferta (Jornal de Melgaço n.º 727, de 26/3). // Faleceu na sua casa de morada, sita no lugar de Sante, a 10/10/1908, com todos os sacramentos, com sessenta e dois anos de idade, no estado de solteira, proprietária, sem testamento, com geração, e foi sepultada no cemitério de São Paio de Melgaço. // A sua filha, Maria Joaquina, gerada pelo dito padre Miguel Rodrigues Torres, casou com Manuel Marques, natural da freguesia de Fiães; tiveram pelo menos um filho, Júlio Maximiano Marques, nascido na freguesia de São Paio a 20/1/1901.]

 

TORRES, Miguel Vaz (Padre). // Nasceu na freguesia de Remoães (confirmar). // Em Dezembro de 1828, na igreja de Remoães, foi padrinho de João António Monteiro, nascido no dia 9 desse mês e ano. 

 

TORRES, Pedro Rodrigues (Padre). Filho de Gregório Rodrigues, natural do lugar da Nogueira, Paderne. // Em 1721 já era pároco da freguesia de Chaviães; tinha como seu colaborador o padre Martinho Álvares. // A 30/9/1725 comprou por seiscentos mil réis a Clara Domingues Gil, viúva de Alexandre Guerreiro, de Orozo, Galiza, a Quinta de Porto Vivo, sita em Chaviães, Melgaço, com capela; essa propriedade ela a herdara de seu avô, reverendo Francisco Rodrigues, abade de Benguezes (ver Obras Completas de ACE, volume I, tomo II, página 515). // Foi provedor da Santa Casa da Misericórdia de Melgaço em 1734. // Gerou filhos em Maria Rodrigues, moradora no lugar de Quintas. // Morreu em Outubro de 1754. // Era irmão do padre Sebastião Rodrigues Torres e de Francisca Rodrigues Torres. 

 

     [TORRES, Belchior Rodrigues. Filho do padre Pedro Rodrigues Torres e de Maria Rodrigues, solteira, moradora no lugar de Quintas, Chaviães. Nasceu a --/--/17-- e foi batizado a 15/1/1725 pelo padre Martinho Alves Ramos. // Lê-se em “Obras Completas” de ACE, volume I, tomo II, página 516: «Belchior (…) tonteou também, e o pai viu-se na necessidade de no dia 7/7/1744 ir à casa do licenciado José Pinto Cardoso, onde Maria Luísa, solteira, do Outeiro, Chaviães, acompanhada por seu pai, Ricardo de Sousa, confessou “ter querelado neste juízo do outorgado Belchior Rodrigues Torres com o fundamento de que a levara de sua honra e virgindade, sendo moça donzela e virtuosa e como fora e saíra denunciado a livramento e porque por conhecer serem duvidosos os fins das demandas se achavam compostos pela maneira seguinte: lhe daria para satisfação do seu dote e casamento 92$000 réis para com eles tomar a outorgante seu estado de casamento, quantia por que se dava por paga e satisfeita de sua honra e virgindade…” // Casou em Prado em Outubro de 1744 com Maria Afonso, filha de Sebastião Afonso e de Catarina Gomes Salgado, moradores na Vila de Melgaço, intramuros. // Teve o cargo de escrivão-proprietário do ofício dos órfãos da Vila e seu termo. // Morreu a 7/12/1804. // Pai de António Xavier, de Josefa, de Lina, de Maria Joaquina, e de Vitória Ventura.]  

 

     [TORRES, Maria Josefa da Conceição. Filha do padre Pedro Rodrigues Torres e de Maria Rodrigues, solteira, residente no lugar de Quintas, freguesia de Chaviães. Nasceu a --/--/17--. // Casou em 1736 com Diogo Soares Salgado, da Quinta de Cavaleiros, Rouças, filho de Domingos Salgado e de Isabel Álvares. O noivo era irmão dos padres Sebastião e Bernardo, párocos de Alvaredo e Paços, respetivamente. // Ficaram a residir na Quinta de Porto Vivo, Chaviães, propriedade do pai da noiva. // Depois da morte do pai, ocorrida em 1754, ela, marido, e filhos, foram viver para a freguesia de Rouças. // Foi mãe de sete crianças (ver “À la Recherce des mes Racines”, p. 98).]

 

     [TORRES, Joaquim Daniel. Filho de Belchior Rodrigues Torres, escrivão dos órfãos, e de Maria Gomes Salgado, doméstica, moradores na Rua de Baixo. Neto paterno do padre Pedro Rodrigues Torres, antigo pároco de Chaviães, e de Maria Rodrigues, solteira, natural de Chaviães; neto materno de Sebastião Afonso e de Catarina Gomes. Nasceu na Vila a 20/9/1755 e foi batizado na igreja de SMP a 24 desse mês e ano. Padrinhos: Francisco José e sua mulher, Rosa Maria Pereira (?), moradores no Campo da Feira.] 

 

     [TORRES, Vitória Ventura. Filha de Belchior Rodrigues Torres e de Maria Gomes. Neta paterna do padre Pedro Rodrigues Torres, antigo abade de Chaviães, nascido no Barral, Paderne, e de Maria Rodrigues, solteira, de Chaviães; neta materna de Sebastião Afonso, da Vila, e de Caetana Gomes, de Prado. Nasceu a 27/4/1761 e foi batizada na igreja de SMP a 30 desse mês e ano. Padrinhos: Matias da Silva Fajardo e esposa, Catarina de Puga, da Vila. // Morou em São Julião, com seu sobrinho, Dr. Miguel Torres. // Faleceu solteira, a 24/12/1845, e foi sepultada na igreja matriz. // Fizera testamento, deixando por seu herdeiro o dito sobrinho.] 

 

TORRES, Sebastião Rodrigues (Padre). Filho de Gregório Rodrigues, morador no lugar da Nogueira, freguesia de Paderne. Nasceu nessa freguesia em finais do século XVII ou inícios do século XVIII (ver Obras Completas de Augusto César Esteves, volume I, tomo II, página 516).       

 

TORRES, Teotónio José da Gaia (Padre). Filho de João António da Gaia Torres e de Maria Luísa Pires, lavradores. Nasceu em Penso por volta de 1804. // A 10/12/1833, na igreja de Alvaredo, foi padrinho de Januário Fernandes, nascido nesse dito dia, mês e ano. // A 31/5/1844, na igreja de Alvaredo, foi padrinho de Francisco, nascido dois dias antes, filho de Manuel José Fernandes e de Violante da Gaia Torres. // A 9/1/1848, na igreja de Penso, serviu de testemunha no casamento de António Cordeiro com Maria José, filha de Caetano Manuel Esteves Cordeiro e de Ana Maria Rodrigues, residentes no lugar de Paradela. As outras testemunhas eram o padre Inocêncio José da Gaia Torres e o padre Francisco António Fernandes. // A 16/8/1854, na igreja de Penso, juntamente com o padre Francisco António Fernandes, serviu de testemunha no casamento de Caetano Manuel da Rocha com Margarida Esteves Cordeiro. // A 29/2/1856 batizou, na igreja de Penso, Maria Rosa Fernandes Pereira, nascida em Bairro Grande três dias antes. // Morava no lugar da Carreira, onde faleceu a 24/1/1879, com 75 anos de idade, e foi sepultado na igreja no dia seguinte. // Fizera testamento. 

 

TRANCOSO, Francisco (Padre). // Com geração:

 

     [AZEVEDO, João de Araújo. Filho do padre Francisco Trancoso, do lugar de Bouços, freguesia de Prado (*), morador na Quinta do Carvalho do Lobo, e de Domingas da Granja, solteira, do lugar do Telheiro, Rouças. Nasceu em 1666 (ver «À la Recherche de mes Racines», de Maria do Sameiro de Carvalho-Marchand, página 122). // Tinha 22 anos de idade quando casou a 24/8/1688 com Mariana de Araújo Teixeira, filha de Jerónimo Teixeira e de Isabel de Araújo (ver “O Meu Livro das Gerações Melgacenses”, I vol., p. 538). // Foi sargento-mor de Coimbra, capitão, provedor da Santa Casa da Misericórdia de Melgaço em 1711, vereador mais velho, juiz pela ordenação em 1735, irmão leigo da Confraria do Espírito Santo… // Morou em Carvalho de Lobo, onde faleceu a 19 de Março ou 18/5/1752, tendo sido sepultado na igreja matriz da Vila. // Ficara viúvo ainda relativamente novo, pois a sua esposa finou-se em Rouças a 17/4/1705, com apenas 37 anos de idade. // O seu filho Francisco de Araújo Podré casou com Maria Rosa Puga Saavedra, da Quinta da Moreira, em Cecliños, Galiza. // Pai também de António Jacinto (nasceu em Carvalho de Lobo em 1699), de João, de Manuel, e de Maria Rosa Azevedo Lira. /// (*) Foi pároco da freguesia de Rouças e da de Chaviães, provedor e capelão da Santa Casa da Misericórdia; apenas reconheceu o filho oficialmente quando o moço casou, mas protegeu-o desde a nascença. No seu testamento transforma-o em seu herdeiro universal, apesar de provavelmente ter outros filhos.]  

 

TRINDADE, Francisco da (Frei). // Era irmão capucho, pregador e comissário dos Terceiros. // A 19/5/1746, juntamente com frei Pedro de Jesus Maria José, foram incumbidos pelos seus superiores «de instruírem os melgacenses sobre a Ordem Terceira…» Chegaram a Melgaço (ele, Francisco, e frei Paulo da Soledade) no dia 29/7/1746 e pregaram na capela de Santo António, sita no Campo da Feira de Fora, «sendo nesse dia a Ordem Terceira solenemente fundada em Melgaço» (Padre Júlio Vaz Apresenta Mário, página 205). Ficaram instalados na casa de Silvestre Teixeira Torres «um dos mais empenhados na sua vinda para esta vila e a quem o sobredito Provincial tinha mandado patente de síndico dos mesmos religiosos.» Passado algum tempo arrendaram uma casa na sede do concelho; o cozinheiro era o irmão Donato. Para pagarem a renda e alimentar-se recorriam a peditórios. A seguir apareceu o irmão frei Francisco da Soledade, que vinha confessar os melgacenses que o quisessem. Frei Paulo da Soledade foi-se embora de Melgaço a 24/11/1747. Veio substituí-lo o irmão pregador frei André de Jesus Maria. A partir dessa altura começaram a pensar no sítio onde iam construir a igreja e o convento. Tinham dois locais, a Calçada e as Carvalhiças, mas optaram pelo lugar das Carvalhiças, perto da capela da Pastoriza. Depois da planta elaborada, vieram os pedreiros de Lanhelas iniciar a obra. Pedro Fernandes da Silva, natural de Rouças mas a residir em Lisboa, enviou-lhes por um portador vinte moedas de 4.800, e logo outras esmolas surgiram. Começaram os pedreiros a arrancar a pedra 10/10/1748. Os frades começaram a fazer as mudanças do Campo da Feira para as Carvalhiças a 8/9/1750. A primeira missa foi celebrada por frei Francisco da Trindade. Em 1758 já estavam doze franciscanos em Melgaço! Um dos primeiros guardiães do convento foi frei Inácio de Santo António, pregador, natural de Viana, o qual era Procurador-Geral da Província na cidade do Porto. Devido a ter havido um terramoto em 1761, o qual durou oito minutos, promoveu-se “uma penitente procissão, a qual acompanhou toda esta comunidade descalça, com cordas ao pescoço, e coroas de espinho na cabeça e os pregadores com umas imagens de Cristo nas mãos, exortando ao povo dos seus vícios e pecados e ao recolher-se pregou com o seu costumado espírito, no Campo da Feira, o sobredito Guardião excitando a um inumerável concurso, de um e outro sexo, à penitência para com ela suspender os justos ameaços da Divina Justiça” (Obras Completas de ACE, volume I, tomo II, página 364 e seguintes). // Enfim, os franciscanos chegaram, viram e venceram. Na igreja do convento foram sepultados muitas figuras gradas, por exemplo Baltazar da Costa Fagundes, da Ordem de Cristo e Governador da Praça, Jerónimo Gomes de Magalhães e Abreu, da Casa da Calçada, Sargento-mor das Ordenanças, cuja morte ocorreu em 1781, etc. O liberalismo, a partir de 1820, encetou uma luta sem trégua contra conventos e mosteiros, os quais encerrados em 1834 pelo ministro António Joaquim de Aguiar, conhecido por Mata Frades. // continua...

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