MELGAÇO: PADRES, MONGES, E FRADES
Por Joaquim A. Rocha
GONÇALVES,
Francisco António (Padre). Filho de António Gonçalves e de Maria Alves. Nasceu no
lugar de Dois Portos, ou Cainheiras, freguesia de Castro Laboreiro, em 1853. //
Em 1874 ainda era estudante. // Foi pároco encomendado de Castro Laboreiro e
“colado” em Prado de 1891 a 3/2/1922 (*), data em que morreu. // A 18/5/1884,
na igreja de Castro Laboreiro, foi padrinho de Isabel Maria Alves, nascida no
dia anterior. // A 16/4/1887, na igreja de Castro Laboreiro, foi padrinho de
António Anselmo Barros, nascido no dia anterior. // A 8/4/1888, na igreja de
Castro Laboreiro, foi padrinho de Maria Francisca, nascida dois dias antes,
filha de Isabel Maria Domingues, solteira, e de (?). // A 29/5/1891, na igreja
de Prado, foi padrinho do seu sobrinho, Francisco António, nascido três dias
antes, filho de Jerónimo Fernandes de Barros, natural de Rouças, e de Isabel
Maria Gonçalves, natural de Castro Laboreiro. A madrinha era Luísa Alves,
solteira. // A 27 de Novembro de 1898, na igreja de Prado, foi padrinho de
Adozinda Gonçalves, nascida a 23/10/1898. // A 29/11/1898, na igreja de Prado,
foi padrinho de Merciana de Jesus, nascida doze dias antes, filha de José
Justino de Sousa e de Maria Rita Cerqueira Ribeiro. A madrinha era Teresa de
Jesus Ribeiro, solteira. // A 30/11/1899, na igreja de Prado, foi padrinho de
Faustino dos Anjos, nascido oito dias antes, filho de José António Dantas e de
Angelina da Luz Alves. // Em 1899 também paroquiava a freguesia de Remoães (confirmar). // A 3/6/1900, na
igreja de Prado, foi padrinho de Cândida Rosa, nascida a 30 de Maio desse ano.
// A 26/7/1900, na igreja de Prado, foi padrinho de Gracinda de Jesus, nascida
a 13 desse mês e ano, filha de Manuel Joaquim Rodrigues e de Francisca
Gonçalves; a madrinha era Teresa de Jesus Ribeiro, solteira. // A 24/2/1901, na
igreja de Prado, foi padrinho de Maria de Lurdes, nascida a 13 desse dito mês e
ano, filha de José Lourenço Pinheiro e de Delfina Benedita de Barros. // A
2/3/1901, na igreja de Prado, foi padrinho de Esménia de Nazaré Cintrão,
nascida a 28 de Fevereiro desse dito ano. // A 11/5/1902, na igreja de Prado,
foi padrinho de Esménia de Jesus, nascida a 23 de Abril daquele ano, filha de
Amaro Luís Pereira e de Rosalina Alves da Cunha, naturais de Mazedo, Monção. A
madrinha era Teresa de Jesus Ribeiro, solteira, do lugar do Cerdedo, Prado. // A
27/9/1905, na igreja de Alvaredo, foi padrinho de Aida Pereira, nascida seis
dias antes. // A 31/7/1909, na igreja de Paços, foi padrinho de Henrique
Gregório (futuro Dr.), nascido em Paços
a 24 desse mês e ano, filho de Sebastião Pereira e de Deolinda da Encarnação
Fernandes de Barros, ambos professores do ensino primário na escola de Paços. A
madrinha era a avó materna do neófito, Isabel Maria Gonçalves. // Dizem que
deixou muita geração! Um dos seus filhos foi Justiniano, nascido em Prado em
1897, gerado em Teresa de Jesus Ribeiro; num testamento que o padre fez a
4/7/1901 declarou que era o seu progenitor (o curioso é que,
estando no Brasil em finais de 1915, assinava Justiniano Gonçalves Ribeiro!). Um outro filho seu é, «segundo consta», Amadeu
(1902-1994), gerado em Elvira Augusta Ribeiro. Ainda outro, «segundo consta»,
será Alfredo Ramos, nascido em 1913, e gerado em Clara Joaquina Ribeiro. Se for
verdade, o padre é bisavô de gente famosa em Melgaço, e não só! Todas as suas
namoradas têm em comum o apelido. Mas não é só o apelido que têm em comum – as
três são… irmãs! // Andou a braços com a justiça, por razões políticas, pois
segundo parece não aceitou a mudança de regime. O regedor de Prado, seu
adversário, acusou-o de ele pactuar com o monárquico Paiva Couceiro. Lê-se no
Correio de Melgaço n.º 8, de 28/7/1912: «… foram
intimadas para no dia 29 comparecerem no comando militar desta Vila as
testemunhas oferecidas em sua defesa…» Respondeu em Braga, a 3/8/1912,
acusado de infringir a Lei da Separação (Igreja/Estado). As autoridades fizeram uma minuciosa busca em sua casa,
convencidas de ali encontrar propaganda, ou armas; pelos vistos, os marinheiros
nada encontraram, a não ser um velho revólver; retiraram, mas passadas 24
horas, por denúncia, foram prendê-lo e levaram-no sob prisão para Valença, no
Auto Melgaço, ficando à disposição do comando militar. Ficou detido durante
quinze dias, mas foi libertado. Os castrejos, de uma maneira geral,
regozijaram-se com a sua libertação. // No Correio de Melgaço n.º 33, de
19/1/1913 lemos: «Por ordem da autoridade
administrativa foi mandada encerrar a igreja paroquial da freguesia de Prado,
sendo entregue a chave aos senhores Augusto César Gomes Pinheiro e Vitorino
Domingues Salgado, devotados re… re… e mais que re… publicanos, membros da
comissão paroquial, que exigiram ao respetivo pároco todos os vasos sagrados,
inclusive a chave do sacrário, onde meteram as manápulas para procurarem o
vaso. Não censuramos a autoridade administrativa, mas criminamos o cinismo dos
dois entes que, rancorosamente, se intrometem em atribuições que … lhes não
pertencem.» // No Correio de Melgaço n.º 34, de 26/1/1913, a administração
do concelho chama a atenção do jornal: «Informa-nos
a digna autoridade administrativa que a igreja de Prado não está fechada,
motivo por que retificamos a local com a epígrafe acima publicada em o último
número do nosso jornal.» Afinal, fecharam ou não a igreja!? // No Correio
de Melgaço n.º 35, de 2/2/1913, lê-se: «Participei
ao Sr. Arcebispo, além de outros factos, que me fecharam violentamente a igreja
paroquial – e cala-se; que me tiraram todos os vasos sagrados – e cala-se; que
me extorquiram a chave do sacrário – e cala-se; que um membro da comissão
paroquial teve o atrevimento diabólico de abrir o sacrário, poluindo aquele
lugar, privativo recolhimento do S.S. Sacramento e, portanto, interdizendo todo
o edifício – e cala-se; que um padre, tendo pleno conhecimento destes factos,
foi no dia seguinte ali celebrar a missa – e cala-se. Não percebo! Não sei se
esta falta de perceção será devida ao respeito que conservo ao meu superior,
mas hei de estudar o assunto, para ver se percebo, porque não percebo. //
Prado, 29/1/1913. O Reitor, Francisco António Gonçalves.» // No Correio de
Melgaço n.º 36, de 9/2/1913, vem publicado outro arrazoado seu: «Desejando – apesar do abandono – fazer
inteira justiça a S. Ex.ª Reverendíssima, estudando o assunto, concluí o
seguinte: o Sr. Arcebispo não se calou, porque para se calar era preciso ter
conhecimento do que lhe participei; não, ignora tudo o que se passa no seu
vasto arcebispado, e tiro esta consequência de uma resposta dada, em Braga, ao
Sr. Prior de Paderne, deste concelho. Chegamos a tal tempo! Continuando, direi
alguma coisa ao Sr. Núncio e ao Sr. Ministro das Finanças, apresentando
documentos. // Prado, 7/2/1913. O Reitor, FAG.» // A seguir atira-se a um
seu colega: «Triste posição a de quem não
tem defesa e vem para a Lamparina (luz da ribalta, a público), sem a isso ser
chamado. Quanto mais se manifesta, mais mostra o que é. Desta vez evidencia-se
um bom discípulo de Lutero, pois este ensinou a fé em Jesus Cristo e blasfemou
da mãe, a S.S. Virgem. Tu constituis-te defensor oficioso do Sr. Arcebispo, sem
que alguém o ofenda, e calcas aos pés os documentos Pontifícios: “Apostolicae
Sedis”, que impõe excomunhão reservada a quem usurpar jurisdição eclesiástica,
a “Jam Dudum” (tu
sabes porquê) e o Concílio Tridentino, que foi durante séculos lei desta
nação. Infeliz, olha para a tua vida pública, no conceito em que és tido – nem
te confiam as bulas, e quando se dá o caso de um casamento, que algum nubente
te pertença, prescindem em Braga dos teus documentos. Mais, a gente sensata não
quer comunicar contigo “in Divinis” – como o prova um documento em meu poder.
És um homem de juízo… infeliz, quem te chamou? // Prado, 15/2/1913. O Reitor,
FAG.» (Correio
de Melgaço n.º 37, de 16/2/1913). // Mas não se
quedou por aqui! Moveu uma ação a Vitorino de Jesus Salgado por injúria e
difamação. O réu foi condenado, a 20/2/1913, em 15 dias de prisão correcional e
15 dias de multa, ficando a pena suspensa por dois anos, custas e selos do
processo. // O seu cunhado, Jerónimo Barros, também veio a terreiro defendê-lo.
// No Correio de Melgaço n.º 64, de 31/8/1913, pode-se ler um outro artigo
dele: «Até que justiça foi feita. O Ex.mo
e Reverendíssimo Sr. Vigário Capitular, em portaria de 8 do corrente, ordenou
que fosse estranhado aos párocos da Vila de Melgaço (Manuel
José Domingues – 1875-1952) e de Cristóval (…) terem – sem autorização
minha – exercido nesta freguesia
atos paroquiais, e como castigo lhes foi imposta a pena de suspensão das suas
ordens, dentro dos limites da mesma freguesia. Prado, 25/8/1913. O reitor,
FAG.» // Em 1914 publica no Correio de Melgaço: «Não assisti a uma célebre sessão da Câmara Municipal de Melgaço, mas
pelo relato dos jornais vi o seguinte: um senhor vereador mostrou que é egoísta
do dinheiro, porque tendo ele muito (que
Deus lho conserve) não leva a bem que os professores deste concelho exijam
uns magros centavos, que justamente lhes pertencem, e faz propostas que, bem
traduzidas, são contra a instrução, porque sendo egoísta e entendendo que a
ignorância não cabe toda na alma dele, quer que se estenda aos filhos dos
munícipes, que lhes confiaram a cadeira onde se senta! Outro ponto dessa sessão:
sendo companheiros deste vereador, e achando-se na mesma sessão, dois irmãos de
professores (Lobato
e Azevedo), estes ficaram calados! Conclusão: quem não defende os
seus parentes tão próximos, menos é competente para defender os interesses do
município. Prado, 29/1/1914.» // No Correio de
Melgaço n.º 91, de 15/3/1914, publica, na sua Secção Livre, uns apontamentos
assaz hilariantes, acerca de um eventual cruzamento de raça entre castrejos e
russos, ou noruegueses! Para evitar a epidemia, argumentava ele. Os seus
conterrâneos, casando entre si, tornavam-se fracos, logo, a solução seria essa!
Vejamos: «Sou natural de Castro Laboreiro,
cuja paróquia geri cinco anos, conheço perfeitamente o “modus vivendi” daquela
gente. É uma freguesia extensíssima, medindo 30 quilómetros de comprimento por
10 de largura, confina com onze paróquias espanholas e três portuguesas.
Topograficamente alta, e por isso isolada, contendo, termo médio, 2.300
pessoas, efetuando-se cada ano 18 a 20 casamentos, em virtude do seu isolamento
casam continuamente uns com os outros, primos com primas e tios com sobrinhas,
sendo sogros e genros irmãos, daqui resulta o enfraquecimento daquela gente, e
como ali durante os meses de Julho, Agosto e Setembro o calor é tropical, e há
meses no inverno que o frio é como na Sibéria, resulta que esta temperatura – in
extremis – a atuar em indivíduos fracos por natureza, em virtude da causa
acima mencionada, é que há trinta anos vem produzindo estas epidemias
destruidoras. A meu parecer, servirá este esclarecimento para os senhores
médicos estudarem os remédios que – a meu ver – só tinha um: cruzamento de raça
com russos ou noruegueses. Prado, 13/3/1914. O reitor – Francisco Gonçalves.»
// Nota: este padre não se cruzou
com russas ou norueguesas, mas sim com raparigas de Prado, Melgaço, e teve
descendência. Não falou na higiene, e aí é que residia todo o mal. Gado e
pessoas viviam em comum, os corpos raras vezes viam a água e o sabão, as roupas
eram lavadas raramente! A alimentação, devido ao isolamento, não era
diversificada, comiam muita carne de porco, enfim, tudo contribuía para a
fragilização dos seres. (Acerca dele ver também “Padre Júlio Vaz
apresenta Mário”, p.p. 246-247). /// (*) Em outro
sítio diz-se que ele sucumbiu a 3/2/1923, na freguesia de Prado (ver Notícias de Melgaço n.º 166, de
25/9/1932).
[RIBEIRO,
Clara Joaquina. Filha de Manuel Joaquim Ribeiro e de Francisca Clara Cerqueira,
moradores no lugar de Cerdedo. Neta paterna de João Luís Ribeiro e de Maria
Rosa Pires; neta materna de António Cerqueira e de Ana Maria de Brito, de
Eiras, Santa Comba, Arcos de Valdevez, residentes em Cerdedo, Prado, todos
rurais. Nasceu em Prado a 26/4/1877 e foi batizada na igreja paroquial a 29
desse mês e ano. Padrinhos: José Caetano Marques e sua esposa, Clara Joaquina
Fernandes, lavradores, do lugar do Rego. // Faleceu em Prado a 25 de Abril de
1962. // Teve geração do padre Francisco António
Gonçalves, castrejo (ver
Alfredo Ramos Ribeiro).]
[RIBEIRO,
Alfredo do Ramo. Filho de Clara Joaquina Ribeiro (e
do padre Francisco António Gonçalves, castrejo, o qual foi pároco na freguesia
de Prado). Nasceu em Prado a 16/3/1913 (Correio de Melgaço n.º 45, de
13/4/1913). // Casou em Cavaleiro Alvo, São Paio, a 24/9/1949, com Pureza de
Jesus, filha de Manuel José Soares e de Maria Teresa Esteves. // Foi cantoneiro
da Junta Autónoma de Estradas. // Pai de António Valentim Ribeiro (nasceu a 14/2/1950; morreu afogado no rio Minho, no Peso);
de Maria Alberta Ribeiro (nasceu a 29/6/1953); e de José Ribeiro (nasceu em
1961; ferreiro; morreu de doença).]
[RIBEIRO,
Elvira Augusta. Filha de Manuel Joaquim Ribeiro e de Francisca Clara Cerqueira,
moradores no lugar de Cerdedo. Neta paterna de João Luís Ribeiro e de Maria
Rosa Pires; neta materna de António Cerqueira e de Ana Maria de Brito, todos
lavradores. Nasceu em Prado a 19/1/1875 e foi batizada na igreja a 27 desse mês
e ano. // Em sessão da Câmara Municipal de 12/6/1912 foi aprovado atribuir-lhe
subsídio de lactação. // Faleceu solteira, a 27/3/1956. // Apesar de não ser casada, teve geração do padre Francisco
António Gonçalves, castrejo, pároco de Prado…]
[RIBEIRO,
Amadeu. Filho de Elvira Augusta Ribeiro, solteira, camponesa, moradora no lugar
de Cerdedo, (e do padre Francisco António
Gonçalves, castrejo.) Neto materno de Manuel José Ribeiro e de Francisca
Clara Cerqueira. Nasceu em Prado a 28/7/1901 e foi batizado na igreja paroquial
a 2 de Agosto desse mesmo ano. Padrinhos: o próprio pai, padre Francisco
António Gonçalves, e Beatriz Rodrigues, solteira, da vila de Melgaço. // Em
1913 frequentava a escola primária de Remoães; nesse ano, a 16 de Julho, fez
exame na escola Conde de Ferreira, Vila, obtendo a classificação de «bom». // Casou na CRCM a 22/5/1928 com
Maria do Céu Gomes, de 25 anos de idade, nascida em Paderne a 29/12/1904, filha
de Justino José Gomes (Pintor) e de Constança da Conceição Afonso. // Teve
estabelecimento comercial no lugar da Corredoura, onde antes estivera a “Flor
de Prado”, de Cícero Cândido Solheiro. Mudou para o sítio onde antes estivera
instalada a “Madrilena”, de Abílio Fernandes; daqui, em 1947, transferiu a loja
para o lugar da Serra, para o prédio que comprara ao referido Cícero. // A sua
esposa finou-se em Prado a 8/3/1959. // Ele morreu no lugar da Serra, Prado, a
1/1/1995, com noventa e três anos de idade (ver A Voz de Melgaço n.º 1021). //
Pai de Amadeu Ribeiro, casado com Esperança da Glória Gomes de Sousa, e de Ilda
Augusta Ribeiro, casada com Fernando do Egipto Gonçalves, e avô do Doutor
Albertino José Ribeiro Gonçalves, professor universitário. // Nota: julgo que é o mesmo senhor a quem uns
gatunos tentaram assaltar o estabelecimento comercial na madrugada de
14/11/1936; porém, como antes tinham assaltado a adega de Rosa Alves Domingues,
bebendo como labregos, não se encontravam com lucidez suficiente para este
golpe, por isso desistiram.]
[RIBEIRO,
Teresa de Jesus. Filha de Manuel Joaquim Ribeiro e de Francisca Clara
Cerqueira, moradores no lugar do Cerdedo. Neta paterna de João Luís Ribeiro e
de Maria Rosa Pires, do lugar de Ferreiros; neta materna de António Cerqueira e
de Ana Maria de Brito, do lugar de Barro, freguesia de Eiras (Santa Comba),
concelho dos Arcos de Valdevez, residentes no lugar do Cerdedo, freguesia de
Prado, concelho de Melgaço, todos rurais. Nasceu em Prado a 19/1/1873 e foi
batizada na igreja a 4 de Fevereiro desse ano. Padrinhos: padre Manuel José Gonçalves e Gaspar António
Soares, empreiteiro de obras públicas, solteiro, da Vila dos Arcos de Valdevez,
morador em Moreira, Monção. // Faleceu em Prado a (10?) de Março de 1965, com 92 anos de idade. // Mãe
de Justiniano Ribeiro, gerado pelo então pároco de Prado, padre Francisco
Augusto Gonçalves, castrejo.]
[RIBEIRO,
Justiniano. Filho de Teresa de Jesus Ribeiro, solteira, natural de Prado,
moradora no lugar do Cerdedo (e do padre Francisco
António Gonçalves, natural de Castro Laboreiro). Neto paterno de
António Gonçalves e de Maria Alves, do lugar de Dois Portos, Castro Laboreiro;
neto materno de Manuel Joaquim Ribeiro e de Francisca Clara Cerqueira, de
Prado, Melgaço. Nasceu em Prado a 31/8/1897 e foi batizado na igreja a 5 de
Setembro desse dito ano. Padrinhos: José António Gonçalves, solteiro, do lugar
de Santo Amaro, negociante, e Elvira Augusta Ribeiro, tia materna do batizando.
// Em 1915 era empregado comercial no Cametá, Brasil (Correio de Melgaço
n.º 176, de 28/11/1915).
A vida não lhe deve ter corrido bem, pois cedo regressou à terra natal. //
Entre os anos de 1924 a 1927 foi proprietário de um estabelecimento comercial,
no lugar do Rego, com filial na estrada de Paderne (ver Notícias de
Melgaço n.º 183, de 17/2/1933, página 7).
// Casou na CRCM e na igreja de Prado a 20/6/1925 com Helena da Paz Soares
Calheiros, filha de Luís Vicente Soares Calheiros, natural de São Paio, e de
Rosa Afonso Vaz, do lugar da Breia, Prado. // Chegou a ser presidente da Junta
de freguesia de Prado e «dedicado nacionalista».
// No Notícias de Melgaço n.º 166, de 25 de Setembro de 1932, responde a um
protestante: «Resposta ao cronista do artigo Festividades e Arraiais. Senhor
cronista – li o último jornal NM em que aludia à minha pessoa, sob o título...
Agradeço a consideração que diz merecer-lhe. Diz o senhor cronista que sobre
política, religião e mulheres não mantém controvérsia; no entanto, apresenta uma
estatística. A seguir faz a seguinte pergunta: - Qual é a verdadeira religião?
Eu respondo da seguinte maneira: a verdadeira religião é a que é sustentada por
crentes fervorosos. Também, como o senhor cronista, digo que não discuto
assunto tão delicado. Há um ponto na sua crónica que não me soa bem. Apresenta
a estatística dos adeptos das diversas religiões da Europa, parece que para
vencer por maioria, assim como os políticos em eleições. Precisou o senhor
cronista de juntar todos os ritos protestantes (…) heterogénea é esta (…) para
vencer os católicos, assim como os políticos juntam os diversos partidos para
derrubar um governo. Disse que não soa bem isso, pois é dar a entender que, no
seu modo de ver, religião e política é a mesma coisa. Como muito bem deve saber
se na eleição política religiosa aparece o partido budista, está tudo de
cangalhas. E este também pode entrar, pois tem direito como os 449 milhões
europeus. Fiquemos pois entendidos: em matéria religiosa não nos devemos meter.
Se a mim não parece bem a ameaça com o protestantismo, ao senhor cronista
parece que não soa bem a (propaganda?) católica. Fique cada um com a sua
convicção, e pronto! Só mais uma alusão às últimas palavras do senhor cronista.
Aprecia muito a religião protestante,
pois que … segue a máxima de Cristo, que diz “crescei e multiplicai-vos”,
podendo os seus pastores legar um nome honrado aos seus descendentes… Devo
dizer-lhe que os pastores católicos também o podem fazer. O meu pai era padre
católico, fez testamento público no tabelião desta comarca a 4/7/1901. Nasceu
na religião católica, viveu honradamente na mesma, e morreu na dita religião a
3/2/1923. Pois bem: este pastor católico declarou no seu testamento que era pai
do signatário. Prado, 21/9/1932 – J. Ribeiro.» // Em 1935 era presidente da
Junta de Freguesia de Prado (NM 283, de 1/9/1935).
// Por despacho de 28/7/1936 foi nomeado ajudante de notário de Melgaço,
tomando posse a 5/8/1936. // Em 1938 era ajudante de notário no Cartório do Dr.
João Luís Caldas, notário público da comarca de Melgaço (NM 411, de 28/8/1938).
// Morreu no lugar de Leiros, freguesia de Prado, a 21/7/1948, com apenas
cinquenta anos de idade. // Pai de Luís Gonzaga e de Maria Helena, casada com
Manuel José Morais, padeiro, entre outros. // Nota - à margem do assento de
batismo está escrito: «o indivíduo a que[m] este registo respeita foi perfilhado
por Francisco António Gonçalves, solteiro, reitor da freguesia de Prado, e que
foi morador no lugar do Cerdedo, da referida freguesia de Prado, como consta da
certidão de testamento, lavrado nas notas do antigo notário desta comarca,
Aurélio Augusto Vaz, e que arquivo sob o número cento e treze. (…) Melgaço,
doze de Julho de 1939...»]
GONÇALVES,
João Manuel (Padre). Nasceu no lugar da Granja, freguesia de Alvaredo. // Parece
que morou na Casa do Rio do Porto, SMP. // Morreu a 2/9/1850 e a 5 de esse mês
e ano foi sepultado na igreja do convento das Carvalhiças, com solenidade. //
Não fizera testamento.
GONÇALVES, João Manuel (Padre). // Nasceu na
freguesia de Paderne. // A 8/11/1821, na igreja de SMP, foi padrinho de
Feliciano José Castanheira, nascido quatro dias antes, filho de Maria Josefa
Castanheira, solteira, moradora na Vila de Melgaço. A madrinha era Teresa
Antónia, moradora no Campo da Feira de Dentro, SMP.
GONÇALVES, Júlio Celestino (Padre). Filho de -------- Gonçalves e de --------------------.
Nasceu em Cristóval a --/--/18--. // Em 1896 ainda era estudante. // O padre
António José Afonso (1809-1903), natural de Fiães,
nomeou-o, a 17/8/1898, segundo testamenteiro dos seus bens. Para testamenteiro
e cumpridor o sacerdote nomeara a sua irmã, Ana Joaquina Afonso. // A
18/3/1899, na igreja de Cristóval, foi padrinho de Manuel Vicente Coelho,
nascido cinco dias antes (NM 1430, de 25/3/1962).
GONÇALVES,
Luís (Padre). Filho de Francisco Gonçalves e de Gregória Gomes Salgado. Nasceu
em Prado no século XVII ou XVIII. // Morreu a 8/10/1766. // Irmão de frei
António, de Domingos, de Francisco, de João, e de Maria Gonçalves.
GONÇALVES,
Manuel (Padre). Filho de ------------- e de Maria Gomes, de Prado. // Morreu a
12/6/1758.
GONÇALVES,
Manuel António (Padre). Filho de António José Gonçalves e de Maria Luísa Gomes,
lavradores, do lugar da Lage, Remoães. Nasceu por volta de 1802. // Em 1834 era
pároco na freguesia natal. // A 25/2/1834, na igreja de Remoães, batizou Maria
Joaquina Cardoso, nascida dois dias antes. // A 5 de Maio de 1845, na igreja de
Paderne, foi padrinho de Manuel Ferreira, nascido no dia anterior. // A
26/1/1851, na igreja de Remoães, foi padrinho de Manuel António, nascido dois
dias antes, filho de Vitorino de Sousa e de Maria Benedita Durães, moradores no
lugar de Gondomar, Remoães. // A 15/4/1851, na igreja de Remoães, foi padrinho
de Rosa Maria, nascida dois dias antes, filha de Francisco Manuel Gonçalves e
de Maria Luísa Gonçalves. // A 5/11/1851, na igreja de Remoães, serviu de
testemunha no casamento de Custódio Francisco Pedra com Maria Caetana da Silva
Fernandes, a noiva do lugar de Felgueiras, Penso. // A 4/1/1852, na igreja de
Remoães, foi padrinho de Maria Albina Monteiro, nascida dois dias antes, filha
de Ana Joaquina Monteiro, moradora no lugar da Portela de Remoães. // No dia
21/8/1856 morreu em sua casa da Lage o moço de servir, Maurício, que trabalhava
para ele havia já muitos anos; era natural de Mourentão, bispado de Tui, Galiza;
no dia seguinte foi sepultado na igreja de Remoães, com ofício de corpo presente,
de assistência de 10 sacerdotes. // A 29/12/1859, na igreja de Remoães, foi
padrinho de Maria José, nascida a 8 desse mês e ano, filha de Vitorino de Sousa
e de Maria Benedita Durães, moradores no lugar de Gondomar. // A 11/8/1862, na
igreja de Remoães, foi padrinho de José Joaquim, nascido no dia anterior, filho
de Vitorino de Sousa e de Maria Benedita Durães, lavradores, residentes no
lugar de Gondomar, freguesia de Remoães. // A 1/7/1865, na igreja de Remoães,
foi padrinho de Maria Esménia da Rocha, nascida nesse dito dia, filha de Maria
da Rocha, solteira, camponesa, moradora no lugar da Costa, Remoães. // Ele,
sacerdote, morreu a 1/4/1871, na dita casa da Lage, com sessenta e nove anos de
idade, e no dia seguinte foi sepultado na igreja.
GONÇALVES,
Manuel António (Padre). Filho de Manuel António Gonçalves e de Domingas Ventura
Alves, residentes no lugar de Cainheiras, Castro Laboreiro. Nasceu por volta de
1812. // A 20/2/1845, na igreja de Cousso, batizou José Fernandes, nascido dois
dias antes. // Em Abril de 1855 já era vigário de Cousso. // Em Abril de 1858,
na igreja de Cousso, foi padrinho de Maria de Jesus, nascida a 4/4/1858, filha
de António Alves e de Rosa Gonçalves, moradores no lugar de Cousso. A madrinha
era Maria Rodrigues, viúva, coussense. // A 12/1/1862, na igreja de Cousso, foi
padrinho de Rosa Emília Afonso, nascida nessa freguesia três dias antes. // Em
Março de 1862 foi substituído pelo padre Manuel Rodrigues. // Era pároco
(reitor) em Castro Laboreiro em 1862, depois de Março, e ainda em 1879. // A
31/3/1864, na igreja de Castro Laboreiro, foi padrinho de Albino Fernandes,
nascido dois dias antes. // A 11/9/1873, na igreja de Castro Laboreiro, foi
padrinho de Manuel António Domingues, nascido no dia anterior. // A 10/9/1879,
na igreja de Castro Laboreiro, serviu de testemunha no casamento de António
Afonso com Isabel Pires. // Morreu a 22/1/1884, pelas cinco horas da manhã, na
casa da residência paroquial, sita no lugar da vila de Castro, com setenta e
dois anos e meio de idade, e mais dezasseis dias, e foi sepultado no adro da
igreja, em uma sepultura de pedra, feita a expensas do seu sobrinho, padre
Francisco António Gonçalves. // Fizera testamento.
GONÇALVES, Manuel José (Padre). // Foi cura da freguesia de Cristóval. // Faleceu a
19/3/1750.
GONÇALVES,
Manuel José (Padre). // Em 1846 era encomendado na freguesia de Prado. // Em
Abril de 1871, na igreja de Prado, foi padrinho de Manuel José Ribeiro, nascido
dias antes. // NOTA: é provável que seja
o mesmo de baixo.
GONÇALVES,
Manuel José (Padre). // Era pároco de Castro Laboreiro em 1856. // A 22/4/1856,
na igreja de Castro Laboreiro, foi padrinho (representado por
Duarte José Fernandes) de Duarte José, nascido dois dias
antes, filho de Joaquim José Rodrigues e de Maria Esteves, residentes no lugar
de Mareco. // A 16/4/1857, na igreja de Castro Laboreiro, foi padrinho de Ana
Alves, nascida no dia anterior. // A 14/4/1861, na igreja de Castro Laboreiro,
foi padrinho de Carolina Augusta Afonso, nascida seis dias antes. // A
30/11/1862, na igreja de Prado, foi padrinho de Emília da Glória, nascida seis
dias antes, filha de Rosa Joaquina Esteves, solteira, moradora no lugar do
Cerdedo, Prado. A madrinha era Rosa Margarida Gonçalves, casada, negociante na
vila de Melgaço. // A 17/2/1863, na igreja de Prado, foi padrinho de Manuel de
Jesus, nascido três dias antes, filho de Manuel Bernardo de Araújo e de Maria
Cândida de Sousa Araújo, moradores no lugar dos Bouços, Prado. Nesse ano de 1863
exercia o seu múnus, como encomendado, na freguesia de Prado. // A 14/6/1863,
na igreja de Prado, foi padrinho de Maria Rosa, nascida no dia anterior, filha
de Maria Delfina Martins, solteira, jornaleira e ama de crianças expostas,
moradora no lugar do Souto, Prado. // A 24/8/1863, na igreja de Prado, foi
padrinho de Manuel José, nascido no dia anterior, filho de Ana Rosa Gonçalves,
solteira, moradora no lugar de Santo Amaro. A madrinha era Maria Rosa Afonso,
casada, lavradeira, residente no lugar da Breia. // A 5/4/1866, na igreja de
Prado, foi padrinho de Manuel Joaquim, nascido dois dias antes, filho de Maria
Teresa da Costa, solteira, moradora no lugar de Trás-do-Coto, Prado. // A
25/8/1868, na igreja de Prado, batizou Manuel José, nascido dias antes, filho
de Manuel Joaquim Ribeiro e de Francisca Clara Cerqueira, moradores no lugar de
Ferreiros, Prado. A madrinha era Rita Clara Teixeira Gomes da Cunha, solteira,
residente na vila de Melgaço. // A 29/9/1868, na igreja de Prado, foi padrinho
de Miguel, nascido no dia anterior, filho de Ana Rosa Gonçalves, solteira,
moradora no lugar de Santo Amaro. A madrinha era Maria Benta Gonçalves,
solteira, camponesa, do dito lugar de Santo Amaro. // A 19/4/1874, na igreja de
Prado, foi padrinho de um filho, ou filha, de Teresa Fernandes, solteira,
camponesa, residente no lugar dos Raposos, nascido/a quatro dias antes. A
madrinha era Rita Marinha Fernandes, solteira, camponesa, do dito lugar dos
Raposos, Prado. // A 30/5/1874, na igreja paroquial de Prado, foi padrinho de
Justina Rosa, nascida dois dias antes, filha de Teresa de Jesus Gonçalves,
viúva, moradora no lugar dos Raposos. A madrinha era Violante Matildes
Gonçalves, casada, lavradeira, residente no lugar do Coto. // A 7/7/1875, na
igreja de Prado, foi padrinho de Cândido Augusto, nascido dois dias antes,
filho de João António Lopes e de Maria Joaquina da Costa, moradores no lugar de
Santo Amaro. // A 18 de Outubro de 1877, na igreja de Prado, foi padrinho de
João António, nascido nesse dito dia, filho natural de José António Abreu da
Cunha, da Casa do Rio do Porto, solteiro, bacharel formado em Direito pela
Universidade de Coimbra, e de Angelina de Jesus Monteiro Guimarães, solteira,
da Vila de Monção. // Morreu no ano de 1882. Vivia com ele um sobrinho, Pedro
Rodrigues.
GONÇALVES,
Manuel José (Padre *). Filho de Oliveiros Gonçalves e de Maria Amélia
Domingues, moradores no lugar de Midão, Paderne. Neto
paterno do padre Armando Tito Domingues. Nasceu no século XX. // Lê-se
em O Meu Livro das Gerações Melgacenses, volume II, página 163: «Seguiu a carreira eclesiástica, mas
abandonou-a depois de 1948 (**). Casou, entrou no funcionalismo do tribunal, e
mora em Midão de Paderne, em casa de sua mãe. Com geração.» /// (*) Não tenho a certeza se concluiu o curso
de padre. /// (**) Nesse
ano de 1948 terminou o 1.º ano do curso eclesiástico, no Seminário de Braga (ver Notícias de Melgaço
n.º 861, de 13/6/1948).
GONÇALVES, Manuel Luís (Padre). // Em 1784 era padre-cura na freguesia de Cristóval. //
Deve ser o que se segue.
GONÇALVES,
Manuel Luís (Padre). // Em 1804 era vigário em Remoães, sua terra natal. // A
18/9/1805, na igreja de Remoães, foi padrinho de Rosa Clara, nascida dois dias
antes, filha de Luís Manuel Vaz Torres e de Maria Benta Rodrigues, rurais. // A
7/5/1812, na igreja de Remoães, foi padrinho de Maria Joaquina, nascida quatro
dias antes, filha de Luís Manuel Vaz Torres e de Maria Benta Rodrigues,
moradores no lugar de Cima de Vila. // Morreu a 9/11/1815 e foi sepultado na
igreja «com o Filio do Divino Espírito
Santo que é obrigação que têm os irmãos, por um apontamento que deixou que não
queria mais ofícios pela sua alma; os herdeiros lhe fizeram um ofício de casa
de dezoito padres; por sua vontade deixou cinquenta missas pela sua alma, mais
uma privilegiada.»
GONÇALVES,
Martim (Padre). A 14/11/1431 era pároco de SMP (ver Padroado Medieval
Melgacense, de José Domingues, página 96, edição da CMM, 2004).
GONÇALVES,
Vasco António (Padre). Filho de Manuel Vieites Gonçalves e de Laura Mendes da
Cruz (1950-2020). Nasceu em Longos Vales, Monção, a --/--/1973. // Cantou missa
nova a 15/8/1999. // Estagiou pastoralmente em Santa Marta de Portuzelo. // Foi
nomeado pároco de Parada do Monte, Cubalhão e Cousso, e também Gave e Lamas de
Mouro. // Com a vinda dele para Melgaço o padre Ildefonso Xavier ficava a paroquiar
apenas a Gave, e o padre Dr. Manuel Augusto Alves a Vila de Melgaço, assumindo
a capelania da Santa Casa da Misericórdia de Melgaço, substituindo desse modo o
padre Justino Domingues. // Em 2018 paroquiava a freguesia de Monserrate, Viana
do Castelo (ver A Voz de Melgaço n.º 1124 e A Voz
de Melgaço n.º 1147, de 15/10/2000). //
(ver “A Voz de Melgaço de 1/7/2023, página 7).
// «DOMINGUES,
Filomena. Filha de José Joaquim Domingues e de Maria Angélica da Rocha, moradores
no lugar de Bacelos. N.p. de Matias Domingues e de Rosa Maria Esteves, de Alvaredo;
n.m. de Maria Manuela da Rocha, de Bacelos, Paderne. Nasceu a 11/4/1846 e foi
batizada a 14 desse mês e ano. Padrinhos: o seu tio paterno, frei Manuel da Graça, e sua sobrinha, Maria
Luísa.» //
INÁCIO
DE SANTO ANTÓNIO (Frei). // No século XVIII era frade no convento das
Carvalhiças, SMP. // A 30/8/1760 foi eleito guardião do dito convento. // Em
1763 foi substituído por frei Diogo da Purificação.
JOÃO DE
JESUS, MARIA, JOSÉ (Frei). // Foi o 13.º guardião do convento das Carvalhiças,
SMP. Tomou posse a 3 de Junho de 1779 e teve essa responsabilidade até
16/12/1780. // Algumas obras foram concretizadas naquele período de tempo.
JOÃO
JOANES (Padre). Lê-se em “Melgaço Medieval”, página 25, de M. A. Bernardo
Pintor: «A primeira notícia da igreja de
São Fagundo encontra-se em um documento do cartulário de Fiães outorgado em
Junho de 1246, na arbitragem de um litígio entre o mosteiro de Fiães e a igreja
de Chaviães, em que interveio como árbitro João Joanes, pároco de São Fagundo e
procurador de Santa Maria da Porta, juntamente com Rodrigo Mendes, padre de
Chaviães.»
JOÃO DE
NOSSA SENHORA (Frei). // Foi o 12.º guardião do convento das Carvalhiças, SMP.
Tomou posse a 19/12/1777.
JOÃO DE
NOSSA SENHORA DA PENEDA (Frei). Natural da freguesia de Santo Estêvão de Aboim,
termo dos Arcos de Valdevez. // Foi o 31.º guardião do convento das
Carvalhiças, SMP. Tomou posse desse cargo a 24/5/1815 e devolveu o cetro em
Outubro de 1816. // Voltou a ocupar esse lugar, como 35.º guardião, a
18/6/1821, terminando o seu mandato no ano seguinte, por renúncia.
JOÃO DA
PUREZA (Frei). Natural de Riba de Mouro, termo de Valadares. // Foi o 30.º
guardião do convento das Carvalhiças, SMP. Tomou posse a 8/12/1813. // Arranjou
um conflito com o tesoureiro-mor da insigne Colegiada de Valença, reverendo
António Manuel Caetano de Abreu Soares, um dos comproprietários do terreno sito
entre a cerca do convento e a escadaria da Senhora da Pastoriza. Ora o guardião
mandou arrancar pedra nesse local, para as sepulturas, mas o caso meteu a
justiça e não pôde continuar a tirar dali pedra (ver
Obras Completas de ACE, volume I, tomo II, página 391).
JOÃO DE
SANTA CLARA (Frei). Natural da freguesia do Salvador de Arão, termo de Valença.
// Foi o 25.º guardião do convento das Carvalhiças, SMP. Tomou posse a
27/12/1804.
JOÃO DE
SÃO BOAVENTURA (Frei). Natural da freguesia de São Cosme e Damião de Azere,
Arcos de Valdevez. // Pregador. // Foi o 37.º guardião do convento das
Carvalhiças, SMP. Tomou posse da guardiania a 21/6/1824.
JOÃO
TOMÉ (Padre). No reinado de D. Dinis foi apresentado, a 16/2/1279, como pároco
de SMP (ver Padroado Medieval Melgacense, página 92, de José Domingues, edição
da CMM, 2004).
JOSÉ
AVENTINO (Padre). O padre José Aventino é o novo pároco de Castro Laboreiro (VM 1218, de 1 e 15/1/2004).
Substituiu o padre Aníbal Rodrigues, que tinha morrido.
JOSÉ DA
CONCEIÇÃO (Frei). // Foi o 14.º guardião do convento das Carvalhiças, SMP.
Tomou posse a 2/1/1781.
JOSÉ DO
LIVRAMENTO (Frei). Natural de Mazedo, Monção. // Foi o 32.º guardião do
convento das Carvalhiças, SMP. Tomou posse a 12 de Janeiro de 1817.
JOSÉ DE
NOSSA SENHORA DA ORADA (Frei). Filho de Gervásio Gomes Veloso e de Rosa
Joaquina (ou Rosa Joana)
Esteves, moradores no Rio do Porto, Rouças. // Deve ter nascido nos inícios do
século XIX. // Foi religioso professo na Ordem de São Francisco da Província de
Portugal… (ver Obras Completas de ACE, volume I, tomo II, páginas 435 e
436).
JOSÉ DE
NOSSA SENHORA DO CARMO (Frei). Natural da freguesia de Santa Maria de Miranda,
Arcos de Valdevez. // Pregador. // Foi o 39.º guardião do convento das
Carvalhiças, Arcos de Valdevez. Tomou posse a 25/6/1827.
JOSÉ DE
SANTO ANTÓNIO (Frei). Foi o 28.º guardião do convento das Carvalhiças, SMP.
Tomou posse a 8/6/1810.
LEAL,
Manuel Fernandes (Padre). // No Notícias de Melgaço n.º 1538, de 20/12/1964,
diz-se que ele era nessa altura pároco da freguesia de Chaviães, concelho de
Melgaço. No dia 16/12/1964 foi vítima de um acidente de automóvel, o qual era conduzido
por Manuel Ribeiro Coelho, funcionário da Secção de Finanças da Vila de Melgaço;
além deles também ia no automóvel Manuel Augusto Lopes, funcionário do tribunal
de Melgaço. O desastre aconteceu em Ponte da Barca, perto do cemitério, quando
regressavam à Vila de Melgaço. O sacerdote e o motorista foram levados de
ambulância para uma clínica de Braga, devido a terem ficado gravemente feridos.
// NOTA: na internet surge-nos um
padre católico chamado Manuel Leal Fernandes, nascido em 1939, etc. Será o
mesmo?
LEITE,
José (Padre). // Nasceu na Vila de Melgaço no século XVII. // Faleceu em Braga
a 28/3/1724.
LEITE,
Luís (Padre). // Em 1645 era provedor da Santa Casa da Misericórdia de Melgaço.
// Também foi pároco de Rouças. // Parece que era tio do padre José Leite. //
Lê-se no Notícias de Melgaço n.º 851, de 14/3/1948: «Eu sei que em 1647, por escritura pública, o padre Luís Leite deu a
alguém dinheiro a juro pertencente à Confraria do Santíssimo Sacramento de
Rouças, da qual era abade.»
LEONÊS,
Francisco Lúcio de Sá Sotomaior Amorim Abreu (Padre). // Foi pároco de Rouças
no século XVIII. // Lê-se em Melgaço, Sentinela do Alto Minho, de Augusto César
Esteves, II parte, 2.º volume, páginas 130 e 131: «Na verdade, sobre aquela aula de latim (…), já fala uma escritura de
13/6/1776: o abade da paroquial igreja de Santa Marinha de Rouças, padre
Francisco Lúcio (…), irmão de um morgado do Reguengo, arrendou nesse dia ao seu
freguês João Alves, de Paçô, os dízimos e primícias da igreja e uma das testemunhas
do contrato foi o padre Manuel Ávares, professor régio de gramática na Vila de
Melgaço e seu termo, e que é da freguesia sobredita de Rouças.» // A
19/4/1777 (ou 1779)
representou o fidalgo da Casa Real, Francisco de Abreu Pereira …, no batismo de
Francisco Manuel da Costa, nascido em SMP sete dias antes. // A 30/10/1808, na
igreja de SMP, foi padrinho de Maria Luciana de Abreu, nascida a 18 desse mês e
ano, e batizada pelo padre Caetano José de Abreu Cunha Araújo, abade de
Chaviães. // Embora padre, deixou geração:
[COELHO, Silvestre José. Filho de José
Coelho e de Ana Ribeiro, do lugar de Real, freguesia de Santo Estêvão de Vila
Chã, concelho de Gestaçó. Neto paterno de José Coelho e de Maria Nunes, do dito
lugar de Real; neto materno de Manuel Teixeira Machado e de Catarina Ribeiro,
do lugar de Ribas, todos da dita freguesia. // Casou na igreja de Rouças a
25/5/1822 com Maria José (*), filha natural de
Caetana Luísa Soares de Meneses Sotomaior (esta
filha de Agostinho Pereira de Castro e de Luísa Caetana de Nostrosa Lira
Sotomaior), solteira, da Quinta de Cavaleiros,
presentemente a residir em companhia de sua tia, Francisca de Castro, solteira,
moradora na dita Quinta de Cavaleiros, Rouças, e do
padre Francisco Lúcio de Sá Sotomaior Leonês, pároco de Rouças (ver
O Meu Livro das Gerações Melgacenses, de Augusto César Esteves, Volume I, página
257). Testemunhas: Vicente Manuel
Quintela, solteiro, do lugar da Costinha, e José António Domingues, do lugar do
Crasto. // Silvestre José morreu a 26/4/1859, com a penitência, eucaristia, e
extrema-unção, e foi sepultado na igreja; estava casado com a dita Maria José e
morava em Cavaleiros (Quinta das Adegas). Deixou um testamento. // A sua viúva faleceu a 10 de
Abril de 1878. // Nota: parece que
viera para Melgaço com seus pais aquando das invasões francesas; no entanto, o
Dr. Augusto César Esteves diz que ele veio para Melgaço depois da revolução de
1820, fugindo aos excessos dos liberais. /// (*) Quando
nasceu foi exposta.
[COELHO,
Damiana Teresa. Filha de Silvestre José Coelho e de Maria José de Castro,
residentes no lugar de Cavaleiros. Neta paterna de José Coelho Nunes de Andrade
e de Ana da Ribeira; neta materna de Caetana Luísa Soares de Meneses Sotomaior e do padre Francisco Lúcio de Sá Sotomaior Leonês
(ver O
Meu Livro das Gerações Melgacenses, I volume, página 257). Nasceu em Rouças a 8/3/1824 e foi
batizada na igreja paroquial a 12 desse dito mês e ano. Padrinhos: Bernardo
Pereira de Castro e sua esposa, Joana Maria, da Quinta de Gondomar, Remoães. //
Casou em 1849 com Francisco Manuel, filho de Manuel da Silva Moura e de Helena
Maria Pereira Morais, os quais tiveram uma Estalagem em Melgaço, na Rua Velha
ou Campo da Feira de Fora. Moraram na Quinta de Cavaleiros «que ficava para a parte do lugar de Requeixo...
(ver «O
Meu Livro das Gerações Melgacenses», I volume, página 270). // Com geração.]
// continua...
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