MELGAÇO: PADRES, MONGES E FRADES
Por Joaquim A. Rocha
CASTRO,
Francisco (Padre). Filho de Manuel José de Castro e de Carolina Durães,
proprietários, moradores na Carpinteira. Neto paterno de António José de Castro
e de Antónia Maria Alves (Antónia da Ribeira); neto materno de Domingos José Durães e de Josefa Maria
Lopes. Nasceu em São Paio a 9/7/1836 e foi batizado a 17 (?) desse mês e ano.
Padrinhos: Francisco António Durães e Josefa Maria Lopes, tio e avó da criança.
// A 20/7/1861, na igreja de São Paio, foi padrinho de seu sobrinho, Hipólito
Vitoriano, nascido quatro dias antes, filho de Joaquim Vicente Soares Calheiros
e de Francisca da Trindade de Castro. // A 10/9/1862, na igreja de Cristóval,
foi padrinho de Adelaide Estefânia Lopes, nascida três dias antes. // A
8/12/1891, na igreja de Prado, foi padrinho de Isilda da Conceição, nascida dez
dias antes, filha de Luís Vicente Soares Calheiros e de Rosa Afonso Vaz. // A
3/5/1892, na igreja de São Paio, foi padrinho de sua sobrinha neta, Teresa de
Jesus, nascida seis dias antes; nessa altura era pároco de Riba de Mouro; como
não pôde estar presente na cerimónia, foi substituído pelo padre Francisco
Manuel Soares Calheiros, de Prado. // A 22/2/1893, na igreja de Prado, foi
padrinho de Isolina Margarida, que nascera cinco dias antes, filha de Luís
Vicente Soares Calheiros e de Rosa A. Vaz. // Edificou à sua custa a capela do
Hospital, a qual foi inaugurada a 16/4/1893 (nesse mesmo dia foi
nomeado irmão da Misericórdia de Melgaço); reedificou
em 1895 a casa da Carpinteira, que herdara de seu pai, e junto a ela edificou a
capela da Senhora de Lurdes, a qual foi benzida a 18/2/1906. Uma parte da sua
casa servia para escola de São Paio, porém, a 8/1/1908, foi lido um ofício seu
na Câmara Municipal de Melgaço onde se dizia não poder continuar a fornecer
casa para a escola. // Foi abade, durante anos, de Riba de Mouro, Monção. //
Morreu no lugar da Carpinteira a 20/8/1908, com todos os sacramentos, com
testamento, e foi sepultado no cemitério paroquial; estava aposentado com a
pensão anual de 695$620 réis. // Deixou à sua criada, Rosa Esteves, os campos
da Corga e seus adjuntos: “Criveiro” e “Ladeiros”, próximos do lugar da Ponte,
e a propriedade do “Pello do Engenho” e seus pertences (…), e mais um catre de
cama à escolha dela, com seis lençóis, três cobertores, uma coberta e dois
travesseiros, assim como o usufruto vitalício do monte do Barbeito e
Carvalheira de Corrião. // Deixava a seu sobrinho, Luís Vicente Soares
Calheiros, natural da freguesia de São Paio, como seu universal herdeiro, com
as seguintes condições: (…) destinará ao menos os dois quartos e sala onde
atualmente se dá a escola, na casa da Carpinteira, para colocar duas camas ou
mais para dar pousada aos indigentes da freguesia e aos de fora que por lá
passarem e precisarem (…), dando aquele seu universal herdeiro a cada indigente
que for procurar pousada uma tigela de caldo; que durante os primeiros dois
anos que decorrerem depois da morte do testador, se ao tempo ainda for sua criada,
consentirá que Rosa Esteves habite na sua casa de morada e usufrua seu quintal
e rocios com ele, herdeiro; entregará, dentro de um ano, a cada um de seus
irmãos e irmãs a quantia de 20$000 réis e dentro de o mesmo prazo a seu
sobrinho, João Almeida, igual quantia; e 20$000 réis aos quatro filhos menores
de sua falecida sobrinha Francisca Almeida, para dividirem entre si. // Nomeia
seu testamenteiro o dito sobrinho Luís Vicente Soares Calheiros e na sua falta
o reverendo José Alves Salgueira, do lugar de Sante, a quem dará a gratificação
de 10$000 réis (Jornal de Melgaço n.º 748, de 27/8/1908).
CASTRO, Guilherme Cândido de Sousa (Padre). // Morou
na Quinta da Torre, Juradia da Várzea. // A 11/1/1827, na igreja de SMP, foi
padrinho de Emília da Graça, nascida a 1 desse mês e ano, filha de José Manuel
Gomes de Abreu e de Joaquina de Jesus, moradores no lugar da Corga, freguesia
da Vila.
CASTRO,
Inácio Luís Pinheiro (Padre). // Do lugar de Eiró, Rouças. // Era filho do
governador da Ínsua de Caminha. // Foi abade de Riba de Mouro de 1784 a 1817, e
provedor da Santa Casa da Misericórdia de Melgaço em 1798.
CASTRO,
Jerónimo de Sousa (Padre). // Natural de Prado (?) // A 11/8/1776, na igreja de
Remoães, serviu de testemunha no batismo de Luís Caetano Rodrigues, nascido
três dias antes.
CASTRO,
João António (Padre). Filho de António José de Castro e de Caetana Rodrigues,
residentes no lugar de Golães, freguesia de Paderne. // Morou no lugar, ou
Quinta, do Paço, freguesia de Paderne. // A 31/1/1836, na igreja de Paderne,
foi padrinho do seu sobrinho José Joaquim, filho de Francisco António de Castro
e de Maria Teresa Gonçalves. // A 1/3/1836, na igreja de Alvaredo, foi padrinho
de Rosa Gonçalves, nascida a 28 de Fevereiro desse dito ano. // A 30/7/1836, na
igreja de Paderne, foi padrinho de José Joaquim, nascido três dias antes, filho
de José Caetano Gomes e de Francisca Antónia Domingues. // A 1/11/1837, na
igreja de Paderne, foi padrinho de João dos Santos, nascido quatro dias antes,
filho de Manuel Joaquim Domingues e de Maria Luísa de Castro. // A 7/1/1838, na
igreja de Paderne, foi padrinho de sua sobrinha, Rosa Clementina de Castro. // A
6/11/1838, na igreja de Paderne, foi padrinho de José Joaquim, nascido quatro
dias antes, filho de José Caetano Gomes e de Francisca Antónia Domingues,
moradores no lugar da Várzea. // A 3/9/1839, na igreja de Paderne, foi padrinho
de Júlia, nascida a 31 de Agosto desse ano, filha de António José Fernandes e
de Camila Rosa de Jesus Teixeira. // A 21/12/1842, na igreja de Paderne, foi
padrinho de João António, nascido três dias antes, filho de Joaquina Rosa da
Lama, solteira. // A 15/5/1843, na igreja de Paderne, foi padrinho de um seu
sobrinho, António José, nascido no dia anterior, filho de Francisco António de Castro
e de Maria Teresa Gonçalves. // A 19/4/1846, na igreja de Paderne, foi padrinho
de Maria, nascida três dias antes, filha de José António de Castro e de Vitória
Rosa, moradores no lugar do Souto. // A 1/3/1850, na igreja de Paderne, foi
padrinho de Rosa Claudina Domingues, nascida a 28 de Fevereiro desse dito ano.
// A 1 de Março de 1852, na igreja do mosteiro de Paderne, foi padrinho de João
António da Lama, nascido a 28 de Fevereiro desse ano. // A 22/5/1861, na igreja
de Paderne, serviu de testemunha no casamento de António Júlio Silva com Maria
das Dores Dias. // Em 1861 já era cura de Paderne. // Em 1866 era encomendado
da freguesia de Remoães. // A 10/1/1866, na igreja de Penso, foi padrinho de
Augusto Rodrigues, nascido nesse dito dia. // A 24/4/1867, na igreja de
Paderne, foi padrinho de Salvador Augusto Figueiredo e Castro, nascido no dia
anterior. // A 26/2/1871, na igreja de Paderne, foi padrinho de um seu
sobrinho, Manuel José de Castro, nascido no lugar da Granja nesse dito dia, mês
e ano. // A 24/8/1873, na igreja de Alvaredo, foi padrinho de José de Castro,
nascido dois dias antes. // A 27/3/1882, na igreja de Alvaredo, foi padrinho de
António Manuel de Castro, nascido dois dias antes. // A 10/7/1882, na igreja de
Remoães, foi padrinho de Carolina Rosa Ferreira, nascida três dias antes. // A
22/9/1884, na igreja de Paderne, serviu de testemunha no casamento de sua
sobrinha Maria Justina Barbosa Lobo com António Joaquim Rodrigues Torres.
CASTRO,
João António (Padre). Filho de Francisco António de Castro e de Maria Teresa
Gonçalves, moradores no lugar do Paço, Paderne. Nasceu por volta de 1826. // Foi
pároco encomendado de Remoães. // A 25/2/1853, na igreja de Paderne, foi padrinho de
Manuel José, nascido no dia anterior, filho de José Joaquim Domingues e de
Maria da Rocha. A madrinha era a sobrinha do padrinho, Maria Joaquina, do lugar
do Paço, Paderne. // A 28/3/1864, na igreja de Alvaredo, foi padrinho de
Miquelina, nascida no lugar do Rego, Alvaredo, três dias antes, filha de
António José Barbosa Lobo e de Maria Joaquina de Castro. A madrinha era
Margarida de Castro, solteira, lavradora, ambos os padrinhos moravam na Quinta
do Paço, Paderne. // A 26/2/1866, na igreja de Paderne, foi padrinho de Suzana,
nascida dois dias antes, filha de António Joaquim Besteiro e de Prudência Rosa
Gonçalves, rurais. // A 20/1/1868, na igreja de Alvaredo, foi padrinho de
Ludovina, nascida em Alvaredo quatro dias antes, filha de Anselmo José de
Araújo Magalhães e de Libânia Rosa Alves de Magalhães, proprietária, moradores
na Quinta da Barqueira. // A 12/5/1868, na igreja de Paderne, foi padrinho de
António José, nascido dois dias antes, filho de António José Meleiro e de
Miquelina Rosa de Castro. // Em 1870 ainda era encomendado na freguesia de
Remoães. // A 3/5/1870, na igreja de Penso, foi padrinho de Maria Amália da
Cruz, nascida no dia anterior, filha de Bonifácio Rodrigues e de Carlota
Esteves Cordeiro, rurais, moradores no lugar de Cortinhas. A madrinha era
Cecília Esteves Cordeiro, solteira, proprietária, da Casa de Paranhão. // A
24/8/1873, na igreja de Alvaredo, foi padrinho de José de Castro, nascido dois
dias antes. // A 15/2/1876, na igreja de Remoães, foi padrinho de Geraldo
Porfírio, que nascera cinco dias antes, filho de Manuel Joaquim Lourenço e de
Adelaide Monteiro, rurais, moradores na Portela de Remoães. A madrinha era
Maria Esménia de Sousa e Castro, remoalense. // A 20/4/1878, na igreja de
Remoães, foi padrinho de Maria dos Prazeres, nascida quatro dias antes, filha
de Mariano Rei e de Angelina Gonçalves, lavradores. // A 28/4/1882, na igreja
de Remoães, foi padrinho de Ludovina Rosa, nascida quatro dias antes, filha de
Mariano Rei e de Angelina Gonçalves, moradores no lugar da Granja, Remoães. //
A 21/9/1884, na igreja de Remoães, foi padrinho de Albina Rosa, nascida dois
dias antes, filha de Manuel Joaquim Ferreira e de Maria Ângela Gonçalves,
lavradores. Serviu de madrinha Joaquina Rosa de Araújo Pinto, solteira. // A
26/2/1885, na igreja de Paderne, foi padrinho de Emília de Castro, nascida dois
dias antes. // A 28/7/1888, na igreja de Paderne, serviu de testemunha no
casamento de Rosa Besteiro com António Nunes. // A 30/9/1888, na igreja de
Remoães, foi padrinho de Almira Rosa, nascida no dia anterior, filha de Manuel
Joaquim Ferreira e de Maria Ângela Gonçalves, lavradores. A madrinha era
Joaquina Pinto, solteira, natural de Remoães. // A 24/8/1894, na igreja de
Paderne, foi padrinho de Rosa de Jesus Torres, nascida no dia anterior. // A
8/4/1896, na igreja de Paderne, foi padrinho de José Cândido, nascido três dias
antes, filho de António José Meleiro de Castro e de Maria Justina de Sousa
Lobato, lavradores, residentes no lugar de Golães. // Morreu no lugar da Lage, Remoães, a 5/4/1899, com setenta e
três anos de idade, e foi sepultado no cemitério de Remoães. // Fizera
testamento.
CASTRO,
João Fagundes (Padre). // Foi pároco colado na freguesia de Prado de Melgaço.
// A 26/3/1689 era juiz da Confraria (ver “Obras Completas” de Augusto César Esteves,
volume I, tomo I, página 311). // Morreu nesta
dita freguesia a 25/4/1717. Sucedeu-lhe o padre Duarte Vaz Torres.
CASTRO,
João José (Padre). // Em Setembro de 1896 era pároco da freguesia de Remoães.
// A 23 de Setembro desse dito ano, na igreja de Alvaredo, serviu de testemunha
no casamento de José de Castro com Miquelina Barbosa Lobo.
CASTRO, Lopo (Padre). Filho de Álvaro de Castro
e de Mécia Vaz, mulher solteira, da freguesia de Santa Maria da Porta, vila de
Melgaço. Recebeu ordens menores, em Braga, a 19/9/1483. «… confirmado a 6/11/1484, por morte de Estêvão Pires»; permaneceu
nesse lugar até 13/12/1522 (ver Padroado Medieval Melgacense, de José
Domingues, página 97, edição da CMM, 2004). // A 31/7/1489, na vila de Valença,
foi-lhe confirmada pelo bispo D. Justo Baldino a igreja de São João de Lamas de
Mouro, sem cura, por apresentação da mesa pontifical, a qual ficara vaga por
óbito do anterior abade, Álvaro Gonçalves. A 9/9/1514, o arcebispo de Braga, D.
Diogo de Sousa, anexou a igreja de Santiago de Nogueira à de Santa Maria da
Porta, da vila de Melgaço, enquanto desta fosse abade Lopo de Castro. O
consentimento para esta anexação fora dado pelo duque de Bragança, a quem
pertencia a apresentação, como padroeiro da dita igreja de Santiago de
Nogueira. A 13/12/1522, nos paços do mesmo arcebispo, de Braga, e na presença
deste, apareceu Troilos de Araújo, fidalgo da Casa d’El-Rei, em nome e como
procurador de Lopo de Castro, abade de SMP, de Santa Maria do Campo e de São
Fagundo, na vila de Melgaço, e de São João de Lamas de Mouro, no concelho de
Valadares. O dito procurador apresentou um instrumento de procuração, elaborado
nas notas do tabelião de Melgaço, Ciprião de Lisboa, a 9/12/1522, no qual o
abade Lopo de Castro renunciava em mãos do arcebispo as igrejas acima citadas.
A 5/2/1523, na mesma cidade de Braga, foi igualmente apresentada a renunciação
da metade sem cura da igreja de São Lourenço de Prado, no termo de Melgaço,
feita por Lopo de Castro através de seu procurador Lopo Dias, cavaleiro,
morador naquela cidade. // Não há unidade de opinião sobre a mãe (ou mães) de seus filhos, pois enquanto uns
nomeiam uma Isabel Soares (filha de Diogo Soares Pereira, ou
oriunda da Casa dos Soares da Galiza, em Ourense, afirmando mesmo o tratadista
Felgueiras Gaio que fora por este casamento (sic) «que veio o direito do senhorio do couto de Gomezende»); outros chamam-lhe
Isabel Pinheiro, filiando-a em Diogo Soares de Tangil. Embora a maioria dos
linhagistas afirme o seu casamento, fazendo notar que só após a viuvez seguira
a carreira eclesiástica, nós inclinámo-nos para a opinião de Alão de Morais,
segundo a qual os filhos de Lopo de Castro foram gerados em mancebia. // Foi o
1.º senhor da quintã do Fecho, Rouças, termo de Melgaço. // (ver Castros e Sousa –
Senhores de Parderrúbias, da honra de Remoães e morgados do Peso, páginas 173 a
177).
CASTRO,
Manuel José Meleiro (Padre). Filho de -------- Meleiro de Castro e de
-------------------, moradores no lugar da Rasa. // Morou no lugar da Gaia,
São Paio. // Em Agosto de 1829 era cura da igreja de
São Paio. // A 9/5/1833, na igreja de São Paio, foi padrinho de Joaquina Rosa
Alves Salgueira, nascida no dia anterior. // A 23/7/1834, na igreja de São
Paio, foi padrinho de Maria Crisóstoma, enjeitada. // A 29/6/1835, na igreja de
São Paio, foi padrinho de Ana Rosa Afonso, nascida no dia anterior. // A
14/3/1837, na igreja de São Paio, foi padrinho de Teresa da Conceição, nascida
dois dias antes, filha de António Félix e de Ana Rosa Codesseira. // Em Junho
de 1839 assinava como coadjutor. // A 14/4/1840, na igreja de São Paio, foi
padrinho de Vitorino José de Carvalho, nascido dois dias antes. Uma das
testemunhas de batismo foi o padre Albano Júlio de Castro. // A 13/3/1841, na
igreja de São Paio, foi padrinho de José Maria Gomes, nascido dois dias antes.
// A 29/9/1841, na igreja de São Paio, foi padrinho de Maria Joaquina Caldas,
nascida quatro dias antes. // A 16/1/1842, na igreja de São Paio, foi padrinho
de José Maria Alves, nascido três dias antes. // A 3/7/1843, na igreja do mosteiro
de Paderne, foi padrinho de Florinda Rosa Domingues, nascida dois dias antes.
// A 12/11/1843, na igreja de São Paio, foi padrinho de Manuel José Alves,
nascido três dias antes. // Em Junho de 1851 era cura novamente. // A 13/1/1860
– na igreja de Rouças – foi padrinho de José, nascido dois dias antes, filho de
Manuel Joaquim Igreja e de Clara Joaquina Vaz, residentes no lugar de Eiró. // A 5/3/1863, na igreja
de Prado, foi padrinho de Miquelina Rosa, nascida três dias antes, filha de
José Joaquim Salgado e de Maria Joaquina Monteiro, moradores no lugar do Souto,
Prado. A madrinha era Miquelina Rosa Gomes de Sousa, solteira, camponesa, do
lugar de Malhagrilos, Prado. // A 24 de Março de 1873, na igreja de São Paio,
foi padrinho de Teresa de Jesus, nascida no dia anterior, filha de João Manuel
Táboas e de Joaquina Rosa Cerdeira. // A 10/3/1881, na igreja de São Paio, foi
padrinho de Manuel António, nascido no dia anterior, filho de Manuel António de
Carvalho e de Maria Petronila Fernandes. // No dia
2/9/1882 foi padrinho de Joaquina Rosa de Freitas, mas já não conseguiu assinar
o nome, por não poder usar a sua mão direita. // Nota: o apelido Castro é, salvo erro, da avó paterna.
CASTRO,
Pedro da Ribeira Araújo. // Nasceu na freguesia de Paços no século XVIII. // A
11/8/1812, na igreja da freguesia de Paços, serviu de testemunha no casamento
de Manuel Francisco Pires com Ana Joaquina da Ribeira. Também serviu de
testemunha nesse ato religioso o padre Francisco Caetano Mendes. // No ano seguinte,
1813, era cura e coadjutor da freguesia de Paços.
CASTRO, Simão António Meleiro (Padre). //
Natural do lugar da Rasa, São Paio de Melgaço. // A 7/5/1837, na igreja de
Chaviães, foi padrinho de Maria José, nascida em Chaviães cinco dias antes,
filha de Francisco Caetano Álvares e de Antónia Joaquina Álvares, moradores no
lugar do Escuredo, Chaviães. // A 16/7/1837, na igreja de São Paio, foi
padrinho de Joaquina Rosa Durães, nascida quatro dias antes. // A 11/11/1841,
na igreja de Chaviães, foi padrinho de Angelina Antónia, nascida a 6 desse mês
e ano, filha de José Vasques e de Maria Teresa Esteves, residentes no lugar de
Bouça, freguesia de Chaviães. A madrinha era Helena Joaquina Rodrigues de
Sousa, chavianense. // A 23/10/1848, na igreja de SMP,
serviu de testemunha no casamento de António Joaquim Esteves com Maria Violante
Sousa e Gama. // A 22/2/1853, na igreja de SMP, serviu de madrinha de Cândida
Solheiro, nascida cinco dias antes. // A 18/3/1856, na igreja de São Paio, foi
padrinho de André da Paixão Igreja, nascido três dias antes. // Morreu no lugar
da Rasa a 10/5/1878.
CASTRO,
Teotónio (Frei Teotónio de Santa Maria). Filho de André de Castro e de Luísa de
Sousa e Castro. // Foi religioso de Santa Cruz de Coimbra e prior do mosteiro
de Paderne.
CASTRO, Tristão (Padre). Filho do padre António de Castro [Azevedo Silva Coutinho), da Casa
do Fecho. // A 12/5/1566 já era pároco de Rouças (Padre Júlio Apresenta Mário, página 196), fundando nesse ano a Confraria do Santíssimo Sacramento.
// Foi cura de Rouças e provedor da Santa Casa da Misericórdia de Melgaço em
1592 (Organização Judicial de Melgaço, de ACE, p. 41). // A partir de 1593 mandou erguer a capela da Senhora da
Graça, em Eiró, que dotou. Lê-se no Notícias de Melgaço n.º 1031, de 6/7/1952:
«Visitemos a linda e bem tratada capelinha
da Senhora da Graça, pertencente à quinta, toda de cantaria, com três
sepulturas, sob o pavimento, sineira, altar, nichos, púlpito e coro, de onde o
companheiro Carlos Lopes Pinto nos ameaça com uma palestra se não o instruirmos
com a história da sua fundação. Foi construída em 1594 pelo dom abade de
Rouças, Tristão de Castro, em cumprimento de um voto feito a Nossa Senhora da
Graça, outrora Nossa Senhora do Rosário, que também se chamou da Carvalheira,
porque assim era conhecido o sítio em que foi erigida. O culto, e conservação
do templo, foram sustentados por algumas fazendas doadas por Tristão de Castro,
acrescidas mais tarde de várias instituições enfitêuticas e o capelão obrigado
a dizer missa em todos os dias das diferentes festividades realizadas em honra
da padroeira, com grande afluência de romeiros e devotos portugueses e galegos,
vindos de muitas léguas em redor.» // Era dono da Quinta de Eiró e de
muitos outros bens. // Morreu em Surribas a 12/3/1610. // Deixou seis filhos naturais, de várias amantes: Maria de
Freitas, Cecília Rodrigues Besteiro, Constança Lopes e Catarina Gonçalves (ver O Meu Livro das Gerações Melgacenses, volume I, página
214, e Obras Completas de ACE, volume I, tomo II, páginas 480 e 487). // Em
Notícias de Melgaço n.º 842, de 14/12/1947, em um artigo do “Mário de Prado”, inserido
na página 8, fala-se dele.
[CASTRO,
António (Dr.) Filho do padre Tristão de Castro
e de Constança Lopes. Nasceu no século XVI. // Casou na Ponte da Barca com Ana,
filha de Bartolomeu Araújo da Costa e de Catarina Veloso, fidalgos daquele
termo. // Com geração.]
[CASTRO,
Ana. Filha do padre Tristão de Castro e de
Catarina Gonçalves. Nasceu no século XVI ou XVII. // Morou nas Carvalhiças,
SMP. // Casou na Vila de Melgaço a 28/1/1624 com Tomé Rodrigues, filho de
Aleixo Rodrigues e de Aldonça Esteves.]
[CASTRO,
Ana. Filha de Miguel de Castro (*) e de Madalena Felgueiras Soares de Castro. Neta paterna do padre Tristão de Castro e de
---------------------; neta materna de Agostinho Soares Pereira Barbosa e de
Maria Soares Felgueiras. Nasceu no século XVII. // Ela
e sua irmã Madalena foram freiras no mosteiro de Santa Clara do Bom Jesus de
Valença. A primeira com o nome de Ana Barbosa Soares de Santo António, e a
segunda com o nome de Madalena Felgueiras Soares de Santo Agostinho. /// (*) Quando o seu pai, padre Tristão, morreu, ele era ainda uma
criança.]
[CASTRO, Gregório. Filho, e herdeiro, do
padre Tristão de Castro e de Barbosa Soares. Nasceu no século XVI. // Casou na Vila, a
12/3/1614, com Crescência da Rocha, filha do Dr. António de Faria Mariz, juiz
de fora em Melgaço, e de Helena de Cirne. Para
casar fez o seguinte requerimento: «Diz
Gregório de Castro, morador na Quinta de Remoães, termo de Melgaço, filho que
ficou de Tristão de Castro e de Bárbara Soares, que quer casar com Crecência da
Rocha, filha do Licenciado António de Faria e de sua mulher, Helena Cime...»
(ver O Meu Livro das Gerações Melgacenses, de ACE, I vol., p. 219, e Obras
Completas de ACE, volume I, tomo II, páginas 498 e 499). // Foi provedor da
SCMM em 1615 e 1.º administrador da capela da Senhora da Graça, sita em Rouças.
// Morou na Quinta da Folia, Remoães, e ali morreu a --/--/1616 ou 1617. // O
casal gerou apenas um filho: Gregório, que foi vereador, juiz pela ordenação, e
2.º administrador da dita capela, o qual faleceu sem geração. A capela seria
vendida ao padre António Joaquim Feijó, da Cordeira, estando ele em Ponte de
Lima, a 5/5/1860, com as suas vinte e duas medidas de milho grosso e centeio,
impostas nas propriedades hipotecadas à sua fábrica, por Santiago Garcia y
Mendonza, marido da sua última administradora, Emília Correia Leite de Almada.]
[CASTRO,
Gregório. Filho de Gregório de Castro (ver em Rouças)
e de Crecência da Rocha. Neto paterno do padre
Tristão de Castro e da sua amante Barbosa Soares; neto materno de
António de Faria e de Helena Cime. Nasceu no século XVI ou XVII. // Faleceu em
Remoães, no estado de solteiro, e sem geração.]
[CASTRO,
Agostinho. Filho de Miguel de Castro e de Madalena Felgueiras Soares de Castro.
Neto paterno do padre Tristão de Castro e de
----------------------; neto materno de Agostinho Soares Pereira Barbosa e de
Maria Soares Felgueiras. Nasceu no século XVII. // Foi capitão de cavalos,
cavaleiro da Ordem de Cristo, e provedor da SCMM em 1673/1674 (ano
confrarístico). // Casou com Constança de Abreu e Sá Sotomaior, natural de
Valença, filha de Tristão de Araújo Azevedo e de Isabel de Abreu Bacelar. //
Foi o 1.º senhor da Casa e Quinta do Reguengo, situada na Juradia da Várzea,
termo de Melgaço. // Com geração (ver O Meu Livro das Gerações Melgacenses, I volume, p. 221).]
[CASTRO,
António. Filho de Miguel de Castro e de Madalena Felgueiras Soares de Castro. Neto paterno do padre Tristão de Castro e de
-------------------; neto materno de Agostinho Soares Pereira Barbosa e de
Maria Soares Felgueiras. Nasceu provavelmente no início do século XVII. // Foi
F.C.R., cavaleiro da Ordem de Cristo, sargento-mor das ordenanças de Melgaço, e
mestre de campo de infantaria auxiliar. // Casou com Inês Pereira de Araújo
Bacelar. Morou em Barbeita, termo de Monção. // Com geração.]
[CASTRO,
Pedro. Filho do padre Tristão de Castro e de
Cecília Rodrigues Besteiro. Nasceu no século XVI. // Foi perfilhado pelo pai e
dotado para viver com dignidade. // Casou com Catarina Velha Pereira, senhora
da Casa do Supegal, termo de Monção, filha de Marcos Pereira Velho e de Eulália
Taveira da Costa. // Pai de Diogo e de António de Castro.]
[CASTRO,
Susana da Paixão. Filha do padre Tristão de Castro
e de -----------------------. Nasceu no século XVI. // Foi freira no mosteiro
de São Bento, sito em Monção. // O seu pai deixou escrito no seu testamento: «Item – disse que mandava que dessem a sua
filha, Suzana da Paixão, freira no mosteiro em Monção, duas fanegas de pão cada
ano, enquanto ela, dita Suzana, fosse viva…» // Sem geração.]
CLARO, José
Gomes (Padre). // Deve ter nascido no século XVIII. // Morou no Rio do Porto (Vila
ou Rouças). // Apesar de ser sacerdote gerou em
Isabel Gonçalves, solteira, uma menina: Maria Teresa. Leia-se:
[GONÇALVES, Maria Josefa. Filha de
António Gonçalves e de Maria Teresa Gomes Claro, moradores no Rio do Porto,
Vila. Neta paterna de Pedro Gonçalves (Araújo) e de Antónia Gomes, residentes
intramuros; neta materna do padre José Gomes Claro,
do Rio do Porto, e de Isabel Gonçalves, solteira. Nasceu a 18/1/1765 e foi
batizada na igreja de SMP pelo padre Manuel Lourenço do Souto a 21 desse mês e
ano. Padrinhos: o sacerdote batizante e Isabel Maria, moradores no Campo da
Feira de Fora. Testemunhas: padre Bernardo de Araújo e Luís José Pereira da
Gama, da Vila.]
CLARO,
Manuel Gomes (Padre). // Nasceu em Chaviães a --/--/17--. // Foi Provedor da
Santa Casa da Misericórdia de Melgaço no ano de 1777. // Morreu na sua freguesia
natal a 4/1/1785.
CLEMENTE DE JESUS MARIA (Frei). Natural da
freguesia de Santa Eulália do Rio de Moinhos, Arcos de Valdevez. // Pregador.
// Foi o 41.º guardião do convento das Carvalhiças, SMP; eleito a 29/5/1830.
Tomou posse a 14/6/1830.
CODESSO, João Vicente da Costa Freitas (eclesiástico). Filho de Cipriano da Costa Freitas e de Helena Ana Ribeiro
Fernandes da Costa Codesso, comerciantes, moradores no Campo da Feira de Fora,
vila de Melgaço. Neto paterno de José da Costa e de Francisca de Freitas, de
Guimarães; neto materno do capitão Manuel António Fernandes Codesso e de Ana
Maria Ribeiro, de Paderne. Nasceu a 8/12/1803 e foi batizado na igreja de SMP
dois dias depois. Padrinhos: o seu avô materno e sua irmã, Constança Teresa,
viúva, moradora na Vila de Melgaço. // A 14/4/1811 foi padrinho de João Vicente
Simões, nascido na Vila no dia 8 desse mês e ano. // Na noite de 21 para
22/3/1829 foi assassinado pelas balas do Tomás das Quingostas e seus capangas;
já tinha recebido ordens menores (ver “O Meu Livro das Gerações
Melgacenses”, de ACE, volume I, página 483).
CODESSO, José da Costa (Frei). Filho de
Cipriano da Costa Freitas e de Helena Ana Ribeiro da Costa Codesso, comerciantes,
moradores no Campo da Feira de Fora, vila de Melgaço. Nasceu em finais do
século XVIII ou inícios do século XIX. // Professou na Ordem dos Cónegos
Regrantes de Santo Agostinho, tendo-lhe sido atribuído o nome de D. José da
Purificação. // Residiu no Hospício de São Teotónio, Viana do Castelo,
pertencente à citada Ordem (ver O Meu Livro das Gerações Melgacenses, volume I, página
482).
CODESSO,
Manuel António Pereira (Padre). // Nasceu em São Paio. // Em 1829 já era padre.
// A 29/6/1834, na igreja de São Paio, foi padrinho de Maria Emília Pinhão,
nascida dois dias antes; a madrinha foi Joaquina Matildes Codesso, irmã do
Tomás das Quingostas. // Em Fevereiro de 1841 era pároco encomendado da
freguesia de São Paio. // Primo do “Tomás das Quingostas”; morava no lugar do
Cruzeiro (VM 969, de 1/9/1992). // A 8/4/1842, na igreja de São Paio, foi padrinho (por
procuração de Francisco Joaquim Vieites, de Pomares, Paderne) de Francisco Joaquim, nascido no dia anterior, filho de
Luís António Rodrigues e de Rosa Maria Dias, residentes no lugar de Soutulho.
// A 9/8/1843, na igreja de São Paio, foi padrinho de Maria Teresa Carpinteiro,
nascida quatro dias antes. // Foi cura da freguesia de São Paio durante dois
anos, sendo então pároco o padre António Bernardo Gomes da Cunha, a quem levou
a tribunal por não lhe ter pago os serviços que a ele prestara. O padre António
Bernardo acusava-o de ter descurado as suas obrigações (Obras Completas de ACE, volume I, tomo II, página 397).
CODESSO,
Manuel Caetano (Padre). Filho de Cipriano da Costa Freitas e de Helena Ana
Ribeiro da Costa Codesso. // Nasceu a 21/1798. // Morou no Campo da Feira, vila
de Melgaço. // Como mostrou interesse em seguir a vida eclesiástica, suas tias
– Constança Teresa e Manuela Luísa, viúvas, encarregaram-se de lhe fazer o
património a 11/1/1819. Foi presbítero secular. // A 27/12/1822, na igreja de
SMP, foi padrinho de Maria Florinda Pereira, nascida dois dias antes, filha de
Maria Francisca Pereira, solteira. // A 21/8/1824, na igreja de SMP, foi
padrinho de Emília Carolina, nascida a 11 desse mês e ano, filha de Manuel
Caetano Costal e de Maria Teresa Fernandes. // Uma doença súbita acabou-lhe,
porém, com o sonho: a 27/1/1828 morria, no Campo da Feira de Fora, Vila, sem
completar os trinta anos de idade. Seu corpo foi amortalhado em hábito sacerdotal
e sepultado na igreja matriz, com ofício de corpo presente da Irmandade do
Divino Espírito Santo, de que era irmão. (Abade coadjutor: padre Bernardino José
Gomes). // No ano seguinte seria assassinado
seu irmão, João Vicente.
CODESSO, Manuel Fernandes (Padre). // Em 1768
era cura da freguesia de Paderne. // A 18/8/1768, na igreja de SMP, com licença
do padre Manuel Bento de Lima, encomendado na freguesia da Vila, SMP, batizou
Jerónimo José Codesso, nascido quatro dias antes. Foram testemunhas do batismo
os padres Manuel Alves e Manuel Gomes Ribeiro, ambos da Vila.
CODESSO,
Manuel António de Maria Santíssima (Frei). Filho de Mariana Rodrigues,
solteira, natural da freguesia de Chaviães. Nasceu nesta freguesia do concelho
de Melgaço a --/--/1---. // Foi professo na extinta ordem de São Francisco, de
Lisboa. // A
1/10/1842, na igreja de Chaviães, foi padrinho de Rosa Cândida, nascida em
Chaviães a 29 de Setembro daquele ano, filha de Francisca Teresa Pereira, do
lugar de Fonte, e de Matias José de Araújo [Azevedo], do lugar do Outeiro. // A
18/3/1843, na igreja de Chaviães, foi padrinho de Manuel António, nascido
quatro dias antes, filho de Manuel António Simões e de Escolástica Maria Alves.
// A 15/1/1845, na igreja de Chaviães, foi padrinho de Francisca Rosa, nascida
nessa freguesia dois dias antes, filha de Matias José de Araújo [Azevedo] e de
Francisca Teresa Pereira, residentes no lugar do Outeiro. // A 30/4/1846, na igreja
de Chaviães, foi padrinho de José Manuel, nascido três dias antes, filho de
José Bento Alves e de Maria Joaquina de Sousa. // A 7/11/1852, na igreja de
Chaviães, foi padrinho de Manuel António, nascido seis dias antes, filho de
José Narciso Pinto e de Teresa Joaquina Alves. // A 1/4/1856, na igreja de
Chaviães, foi padrinho de Manuel Francisco, nascido a 31 de Março desse ano,
filho de Ana Joaquina Rodrigues, solteira, e do (constava) padre
Joaquim Luís Barbosa Coutinho, natural de Ganfei, Valença, antigo pároco de Chaviães,
Melgaço; a madrinha era Francisca Rodrigues, tia do neófito. // A 31/5/1856, na
igreja de Chaviães, foi padrinho de Justino de Maria Santíssima, nascido dois
dias antes, filho de José Bento Alves e de Maria Joaquina de Sousa. // A 26/8/1857,
na igreja de Chaviães, foi padrinho de Manuel Maria, nascido três dias antes,
filho de Francisco Luís Alves e de Maria Caetana Alves, residentes no lugar de
Redondas. // A 8/6/1859, na igreja de Chaviães, foi padrinho de Justino da
Conceição, nascido dois dias antes, filho de José Bento Alves e de Maria
Joaquina de Sousa. // A 8/10/1871, na igreja de Chaviães, foi padrinho de
Manuel José, nascido quatro dias antes, filho de António José Bernardo de
Oliveira e de Antónia Maria Esteves, moradores no lugar da Fonte, Chaviães. Não
chegou a assinar o assento de batismo devido a ter morrido dias depois. // Morreu em sua casa, sita no lugar da Assadura, freguesia da
Vila, a 3/11/1871, e foi sepultado na igreja do extinto convento de Santo
António, Carvalhiças.
COELHO, Diogo Luís Soares (Padre). Filho de
Luís Soares e de Paula do Souto, moradores no lugar de Ferreiros, Prado. Nasceu
em Prado a 6/10/1705. // Foi comissário do Santo Ofício e abade de São Martinho
de Ávidos. Em Melgaço tinha como seus procuradores o Dr. João António de
Araújo, da Vila, SMP, e o padre Lourenço Durães, de Prado (ver “Obras Completas” de ACE, volume I,
tomo I, página 356).
CONDE,
José Alves (Padre). Filho de ---------------- Alves Conde e de
--------------------------------. Nasceu a --/--/18--. // Cantou missa nova na
capela de Alcobaça (Fiães)
a 1/1/1900.
CORDEIRO, Custódio Esteves (Padre). // A
18/11/1859, na igreja de Penso, foi padrinho de Boaventura (exposto). // A
30/12/1859, na igreja de Penso, foi padrinho de Genoveva, nascida no dia
anterior, filha de Francisco Manuel Canes e de Antónia Pereira. // A
24/11/1866, na igreja de Penso, foi padrinho de Maria Emília, nascida no dia
anterior, filha de João Manuel Esteves e de Maria Joana Alves, moradores no
lugar de Telhada Pequena. A madrinha, Maria Emília Esteves Cordeiro, solteira,
da Casa do Coto, era irmã do padrinho. // 1/2/1871, na igreja de Penso, foi
padrinho de Manuel Inácio, nascido nesse dito dia, filho de Vicente Vaz e de
Maria Emília Esteves, moradores na Casa do Campo, Bairro Grande. // A
16/7/1875, na igreja de Penso, foi padrinho de Francisca do Carmo Vaz, nascida
no dia anterior. // A 20/1/1878, na igreja de Penso, foi padrinho de Custódio
de Jesus, nascido dois dias antes, filho de
Vicente Vaz e de Maria Emília Esteves, lavradores, residentes na Casa do Campo,
freguesia de Penso. // A 24/3/1880, na igreja de Penso, foi padrinho de Cesário
Vaz, nascido no dia anterior.
CORDEIRO, João Manuel Esteves
(Padre). Filho de Francisco Esteves Cordeiro e de Mariana Gonçalves,
lavradores. Nasceu em Penso por volta de 1835. // Em 1856 ainda era clérigo in
minoribus; nesse ano, a 18 de Agosto, na igreja de Penso, foi padrinho de Maria
Joaquina, nascida no dia anterior, filha de Zeferino Vaz e de Rosa Emília
Esteves Cordeiro. // A 23 de Outubro de 1856, na igreja de Penso, foi padrinho
de Bruno Gonçalves, nascido no dia anterior. // Foi padre encomendado nas
freguesias de Alvaredo (1879,
1884)
e Penso. // Morou no lugar de Casal Maninho. // A 14/8/1862, na igreja de
Penso, foi padrinho de Casimiro, nascido nesse dito dia, filho de Zeferino Vaz
e de Rosa Emília Esteves Cordeiro, rurais, moradores no lugar das Lages. A
madrinha era Mariana Gonçalves, casada. // A 8/9/1866, na igreja de Penso, foi
padrinho de Lucrécia, nascida no dia anterior, filha de Bernardino Pereira e de
Marcelina Esteves Cordeiro, moradores no lugar das Lages. A madrinha, Lucrécia
Esteves Cordeiro, era irmã do padrinho. // A 24/4/1871, na igreja de Penso,
serviu de testemunha no casamento de António Manuel Cordeiro com Francisca
Clemente Esteves, sua conterrânea e parente no 2.º grau de consanguinidade. // A
9/5/1875, na igreja de Penso, juntamente com o padre Manuel José Domingues,
serviu de testemunha no casamento de Manuel Pires com Maria José Esteves. // Em
1883 era encomendado da freguesia de Alvaredo. // Em 1887 foi substituído pelo
padre Francisco Leandro Álvares de Magalhães. // Faleceu na casa de residência
a 15/12/1893, somente com o sacramento da extrema-unção, com 58 anos de idade,
sem testamento, e foi sepultado na igreja.
CORDEIRO, Manuel José Esteves
(Padre). Filho de Manuel Esteves Cordeiro, natural de Penso, e de Maria Luísa
Esteves, natural de Paderne, lavradores. Nasceu em Paderne por volta de 1797.
// A 4/9/1842, na igreja de Prado, foi padrinho de Ludovina Rosa, nascida a 29
de Agosto desse dito ano, filha de António Ventura Alves de Sousa e de Maria
Joaquina da Cunha, residentes no lugar da Breia, Prado. // Em 1842 e 1848 era
pároco de Penso. // A 24/7/1845, na igreja de Prado, foi padrinho de Manuel
José, nascido no dia anterior, filho de António Ventura Alves de Sousa e de
Maria Joaquina da Cunha, moradores no lugar da Breia. // A 18/2/1856, na igreja
de Penso, batizou José, nascido no dia anterior, filho de Bento Manuel Esteves
e de Maria Joaquina Alves, lavradores, residentes no lugar das Mós. // Faleceu
a 15/11/1873, na casa da residência paroquial da freguesia de Penso, na qualidade
de pároco, repentinamente, com setenta e seis anos de idade, e foi sepultado na
igreja de Penso. // Fizera testamento.
COSTA, Adriano José (Frei e Dr.) Filho de Adriano Augusto da Costa e de Angelina Cândida Marinho. Nasceu na vila de Melgaço a 4/11/1926 e foi batizado a 5 de Dezembro desse ano. Padrinhos: José Maria Gomes de Sousa e Laura Elvira Augusta Soares. // Em 1938 fez exame do 2.º grau na escola da Vila com o professor Abílio Domingues, e ficou distinto (NM 413). // Ingressou a 1/10/1939 no Seminário Franciscano de Montariol. Tomou o hábito da Ordem no Convento de Varatojo a 7/9/1944. Lê-se no Notícias de Melgaço n.º 703, de 24/9/1944: «Por ser filho dum pobre, é um estudante de quem ninguém se importa, quando é um estudante que há de marcar. Criança ainda, sem frequentar a escola primária, dizia para a mãe: “eu queria ser padre.” – “ E como, meu filhinho? Nós não temos dinheiro para isso.” – “Deus há de ajudar-me”. O Adrianinho aos sete anos incompletos vai para a escola, onde conseguiu fazer o 1.º e 2.º grau. Depois, guiado por pessoa amiga, deu entrada em Montariol, onde conseguiu há pouco fazer o 5.º ano com a classificação de 14,5 valores, e agora ei-lo a caminho de Varatojo, de onde certamente só regressará depois da ordenação. Quem poderia naquele tempo julgar que o nosso tipógrafo viria mais tarde a ter de beijar a mão ao filho? Ninguém, certamente. Pois um dia em que tal facto se dê, isso não constitui surpresa para qualquer melgacense, e todos nós teremos ocasião de sentir grande prazer, vendo um nosso conterrâneo subir até esse ponto, auxiliado apenas pelo omnipotente. // Somos informados de que é muito estimado dos seus superiores, o que não nos surpreende, visto sabermos que ele é dotado de grandes sentimentos religiosos, e senão vejamos: tendo prestado ótimos serviços na catequese, com o conteúdo do seu mealheiro, mandou vir 10$00 de estampas que no dia da comunhão solene distribuiu pelas crianças que mais se destacaram na aprendizagem da doutrina. Ora que este ato fosse praticado por algum capitalista, ou mesmo remediado, não passaria de um caso louvável; mas pelo Adriano que bem precisaria de esse dinheiro para empregar em pão ou leite para almoçar melhor do que pela falta de meios algumas vezes almoçaria em casa de seu pai é muito mais do que isso. Portanto, o meu sincero aplauso e faço votos para que Deus continue a ampará-lo até chegar a hora de o chamar para junto de si.» Libório.
Fez profissão de votos simples a 8/9/1945.
Voltou para Montariol, onde cursou filosofia. A 1/10/1947 principiou os estudos
de teologia no Seminário de Nossa Senhora da Conceição de Lisboa, onde, a
8/12/1948, fez a sua profissão solene. No fim do 3.º ano de teologia recebeu do
cardeal patriarca a prima tonsura. A 23/7/1950 foi – por D. Rafael Maria
Assunção, bispo franciscano – ordenado subdiácono, sendo conferido pelo mesmo a
17/2/1950, a ordem do diaconado. A 22/7/1951 foi ordenado presbítero por frei
Teófilo de Andrade. Cantou missa nova no Convento das Carvalhiças, SMP, a
26/8/1951, seguindo pouco depois para as Missões Franciscanas em Moçambique. //
Lê-se no Notícias de Melgaço n.º 990, de 26/8/1951: - «MISSA NOVA do senhor padre frei Adriano José da Costa. Este 26 de
Agosto não é só dia grande com pedra branca no livro de memórias da pequena
família de “Notícias de Melgaço”; é também um dia estremado da nossa vila, porque
um filho desta Terra de Santa Maria canta hoje a sua primeira missa no
altar-mor da igreja do extinto convento da sua Ordem. A sua Ordem Religiosa é a
primeira instituída por São Francisco de Assis, o outro Cristo, o santo poeta,
o da irmã pobreza, o varão católico, o reformador da sociedade do seu tempo, em
que “raiava como estrela fulgente na caligem da noite e como aurora a erguer-se
sobre as trevas”; é o santo dos estigmas, o que guardando e pregando o
evangelho fez tornar o mundo para Cristo e só não escalou o primeiro lugar na
Corte Celestial porque esse estava ocupado pela Corredentora e ao céu a
felicidade e a glória dos santos, embora proporcionais aos seus méritos, são
perfeitas, eternas e insuscetíveis de mudar. O convento é o levantado pela Província
da Conceição no lugar das Carvalhiças, no sítio da Pedreira, sopé do monte onde
outrora iam os clamores da vila nas Rogações da Ascensão, para cuja igreja se
bateu a primeira pedra em 10/10/1748, e templo onde se cantou a primeira missa
em dia consagrado à sua Excelsa Padroeira, a 8/12/1751. E o novo presbítero,
nascido e criado na Calçada, é um melgacense, que cedo leu o Evangelho de São
João e ouviu a exortação de Cristo: “Levantai os olhos e vede os campos que
estão já loiros para a messe”. Tocado pela divina graça, não lhe virou as
costas; acalentava no seu íntimo e como as pompas do mundo lhe não seduziram o
coração, para servir o Mestre procurou a sua Tebaida e encontrou-a no convento
franciscano de Montariol. Levado pela fé e ânsia de perfeição ali entrou em 1/10/1939.
Ia fazer treze anos, pois nascera em 4/11/1926. O momento vivido então pelo
mundo classificou-o S.S. o Papa Pio XII numa encíclica, como hora angustiosa,
“em que o espírito da violência e da discórdia derrama, sobre a humanidade
ensanguentada, taça de dores sem nome”. Mas naquele ambiente de virtuosos e de
sábios o seu espírito sentiu-se bem e o tempo correu depressa. No convento de
Varatojo em 7/9/1944 tomou o hábito da Ordem franciscana e em 8 de igual mês do
ano seguinte fez a sua profissão de votos simples. A seguir voltou para
Montariol onde cursou filosofia e em 1/10/1947 principiou a estudar teologia no
Seminário de Nossa Senhora da Conceição, em Lisboa. A sua profissão solene
fê-la em 8/12/1948. Promovido por seus superiores, recebeu de Sua Eminência o
Senhor Cardeal Patriarca a prima tonsura e ordens menores e no fim do 3.º ano
de teologia, em 23/7/1950, pelo Excelentíssimo e Reverendíssimo Senhor Dom Frei
Rafael Maria da Assunção, bispo franciscano, foi-lhe conferida a sagrada ordem
de subdiácono e em 17 de Fevereiro passado o diaconado, novamente das mãos do
Ex.mo Sr. Cardeal Patriarca. E no fim de toda uma vida passada no estudo e na
oração o nosso querido conterrâneo foi ordenado presbítero em 22 de Julho findo
pelo Ex.mo e Reverendíssimo Sr. Dom Frei Teófilo de Andrade, seu irmão em
hábito e, como novo ministro do Senhor, canta hoje a sua primeira missa, a
que Melgaço inteiro vai assistir porque há muito o respeita pela sua virtude e
pelo seu saber. A missa nova terá como presbítero assistente o pároco desta
vila, reverendo padre Justino Domingues, cuja virtude, zelo apostólico e
prudência, de todos são bem conhecidas, e como diácono e subdiácono dois frades
do convento bracarense de Montariol. Paraninfarão o pai do novo sacerdote,
proprietário e administrador do Notícias de Melgaço, e seus irmãos, José
Adriano da Costa, residente em Braga, e Fabiano de Jesus da Costa, editor
daquele semanário, nas primeiras lavandas, e os Excelentíssimos Senhores Dr.
Júlio Outeiro Esteves, digno presidente da Comissão Concelhia da União
Nacional, Dr. Carlos Luís da Rocha, dedicado presidente da Câmara Municipal, e
o Dr. Augusto César Esteves, Chefe da Secretaria Judicial, seus amigos e amigos
da sua família. O sermão congratulatório há de ser recitado pelo senhor padre
frei José Luís Pereira de Mesquita, outrora aluno distinto do seu curso e hoje
consumado orador sacro do seu curso que – com muito fruto – vem desempenhando o
cargo de assistente religioso da Empresa de Cimentos Liz, em Leiria. E como em
todas as missas novas, no final desta haverá também a comovente cerimónia do
beija-mão, porque os melgacenses, todos os melgacenses, hão de sentir-se
honrados em poderem beijar nessa oportunidade as mãos do seu irmão frade,
daquele que nas suas missas há de ter sempre um momento especial para rogar a
Deus pela sua e nossa terra, daquele que vai seguir como norma de vida a
traçada nesta simples e bela oração do seu padre São Francisco: “Senhor…
Fazei-me instrumento da vossa paz. / Onde haja ódio, consenti que eu semeie
amor; / perdão onde haja injúria; / fé, onde haja dúvida; / esperança, onde
haja desespero; / luz, onde haja escuridão; / alegria, onde haja tristeza. /
Oh! Divino Mestre! Permiti que eu não procure tanto ser consolado, quanto consolar;
ser compreendido, quanto compreender; ser amado, quanto amar. Porque é dando
que recebemos; perdoando que somos perdoados. E é morrendo que nascemos para a
Vida Eterna. // E porque em Melgaço se nota ainda na hora presente a mesma
angústia provocada pela violência e discórdia, há anos já, verificada por S.S.
o Papa, oxalá todos, absolutamente todos os melgacenses sintam e apreendam a
graça destacada dos etéreos eflúvios emanados do Céu através desta singela e
breve oração franciscana para que, correndo com a soberba, dissipando a ira e
aniquilando a inveja, cedo, bem cedo, neste pequeno mundo melgacense triunfe
para sempre com (!) perdão o amor e nos pontos cardeais necessários vinguem no
futuro apenas a humildade, a paciência e a caridade, que são mister e apanágio
das almas boas. “Porque é dando que recebemos; perdoando que somos perdoados. E
é morrendo que nascemos para a Vida Eterna”. ACE. // Foi professor do Colégio
Franciscano de Leiria. // Fora sacerdote professo de votos solenes na Ordem
Franciscana, mas abandonou essa vida (em 1975, salvo erro), com dispensa de todas as obrigações que lhe eram
próprias, ficando reduzido ao estado laical. // Fora pároco de Verdoejo, Valença.
// Tornou-se professor do Ensino Secundário. // Casou com Clotilde Vieira da
Cunha, também professora do Ensino Secundário. // Morreu em Felgueiras, em
1992, na sua residência da Quinta de Santa Justa (VM 967). // Pai de Higino. // continua...
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