PARABÉNS, SENHORA D. MARIA TERESA ALVES PELO SEU CENTÉSIMO ANIVERSÁRIO.
ALVES, Maria Teresa. Filha de Germano Alves (Carabel), castrejo, solteiro (antes do casamento com Aurora), e de Aurora Rodrigues, brasileira, viúva de João Batista Gonçalves. Neta paterna de Domingos António Alves e de Maria Teresa Gomes; neta materna de Francisco Rodrigues e de Ana Rosa d’Outeiro. Nasceu na Vila a 26/9/1921. // Foi para o Brasil com os pais, onde casou, mas como o marido lhe era infiel e até lhe batia, voltou para Melgaço, onde tem vivido sozinha. No Notícias de Melgaço n.º 691, de 25/6/1944 dizia-se que ela regressava de Pará, juntamente com seu irmão Germano Henrique. // Sem geração. // Consta que depois de vir do Brasil foi namorada durante muitos anos de um seu primo, professor do ensino primário.
Artigo do Padre Dr. Carlos Nuno Vaz, publicado em A Voz de Melgaço de 1/11/2021.
Pais de Maria Teresa Alves
ALVES,
Germano. Filho de Domingos António Alves (Carabel) e de Maria Teresa Gomes, comerciantes, ela natural de
Cristóval e ele do lugar de Dorna, moradores na vila de Castro. Neto paterno
de António Alves e de Ana Rosa Esteves; neto materno de Francisco Gomes e de
Clara Josefa Quintela. Nasceu a 31/3/1898 e foi batizado nesse dito dia. Padrinhos:
José Alves, tio paterno, e Ana Rosa Esteves, avó paterna (o padrinho foi
representado pelo padre João Domingues). // «… aos catorze anos conhecera um galego de
Entrimo (…) que o influenciara a emigrar…» Como o pai não autorizou, porque
precisava dele na fábrica, fugiu de casa. Ele mais o galego apanharam o comboio
para Vigo e ali embarca, clandestinamente, para as Américas. O capitão do barco
descobre-o no alto mar, mas deixa-o ir até Cuba. Dali parte para a América do
Norte. Regressa em 1919 a Castro Laboreiro. Lê-se no Jornal de Melgaço n.º
1262, de 14/9/1919: «encontra-se há anos
na América do Norte o senhor Francisco Fernandes, filho do Morgado de
Pousafoles; e como lá se lembrasse de que na sua terra natal se realizava a
festividade mais importante (a festa da Senhora do Alívio), no dia 24 do
próximo passado, apesar de tão distante, não quis deixar de se associar aos
festejos da sua terra querida, e na impossibilidade de cá vir, encarrega o
nosso amigo, senhor Germano Alves, de Castro Laboreiro, que há pouco regressou
daquelas paragens, de ir ocupar um lugar à mesa de seus pais, representando-o,
visto não poder ele nesse dia abraçá-los pessoalmente, como era seu desejo.»
Por essa altura, 1919, associa-se ao irmão Abílio. Abriram loja na sua terra
natal, e a tudo botaram mão: «Entre
tamancos, miudezas e fazendas, também arranjava tempo para tratar de caixões e
de funerais» (ver Frontera Notícias, de 6/8/2004). Publicaram um jornal (A Neve), cujo diretor era o professor
Abílio Domingues, cunhado do advogado Dr. José Joaquim de Abreu. // Casou a
25/12/1920 com Aurora, nascida em São Paulo, Brasil, a 9/5/1896, filha de
Francisco Rodrigues, natural de Fiães, e de Ana Rosa d’Outeiro, natural de
Cristóval, melgacenses, e viúva (enviuvara
a 28/4/1917) do comerciante em Pará, Brasil, João
Batista Gonçalves, nascido por volta de 1871 em Cristóval, Melgaço, já
com uma filha, chamada Aurora de Nazaré Gonçalves. // Residiram em São Julião, Vila
de Melgaço, na casa e quinta que ela herdara do primeiro marido, onde ele, Germano,
juntamente com os irmãos, Abílio e José, funda, a 4/4/1927, uma filial da
fábrica de chocolates de Castro Laboreiro. Tinham-se conhecido na Peneda,
Gavieira, em Setembro de 1920. Ela fora lá pagar uma promessa e no regresso à
Vila de Melgaço queria levar umas tabletes de chocolate para oferecer;
dirigiu-se à banca dos manos Abílio e Germano e logo ficou pelo beicinho por
este último! // Germano e Aurora foram padrinhos de Aurora Germana, nascida em
SMP a 25/8/1925 e batizada a 10 de Novembro desse ano, filha de José Augusto
Fernandes (Zé Borné)
e de Isaulinda Augusta Colmeiro (Serôdia). // O Notícias de Melgaço n.º 146, de
17/4/1932, dá a notícia: «de Pará chegou
à sua casa de São Julião, acompanhado da esposa e filhos, o senhor Germano
Alves.» // Em 1934 foi padrinho de casamento da sua enteada; o noivo era
Vitorino Alberto, filho de António Alberto Pires, natural de Paços,
abastado proprietário e capitalista (NM 238, de 8/7/1934). // Em 1935 ainda
mantinha negócios na sua freguesia de nascimento (NM 270, de 5/5/1935). // A
sua esposa faleceu na Vila de Melgaço a 26 de Janeiro ou 26/11/1936. // Nesse
ano de 1936 embarcou para o Brasil, a fim de tratar de assuntos relacionados
com a defunta mulher (NM 330, de 25/10/1936). // A filha da Aurora e de João Batista morreu em Paços a
25/7/1994, com 78 anos de idade; o seu viúvo voltou a casar – desta vez com a
empregada. // Germano e Aurora geraram dois filhos: - Maria Teresa (nasceu em SMP a 26/9/1921, embarcou para o Brasil, onde
casou, mas o marido tratava-a mal e era-lhe infiel, por isso, ela veio para a
sua terra natal e tem vivido “sozinha” estes anos todos); e Germano Henrique (nasceu
no Brasil a 4/7/192-, casou a 26/8/1948 com Deolinda do Carmo, filha de
Vitorino Esteves “Cabana” e de Carolina Júlia Lopes; tem uma filha, Maria de
Fátima, batizada a 26/8/1951, e um filho, Ricardo Henrique, que nasceu em
Niterói, Brasil, e em 1995 concluiu o Curso de Engenharia Eletrónica na
Universidade do Minho, Guimarães; em 1990 o Germano Henrique e esposa venderam
as suas propriedades da Assadura “Quinta da Corga” e “Tapada dos Pardieiros”;
em 1997 foi operado aos instestinos no Porto).
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