domingo, 8 de abril de 2018

DICIONÁRIO ENCICLOPÉDICO DE MELGAÇO

                                                              Por Joaquim A. Rocha






                                                                        ROUBOS

     Roubos e ladrões sempre existiram; porém há períodos da História, períodos de crise, em que aumentam exponencialmente. Por exemplo: quando há guerra neste ou naquele país; os bens essenciais escasseiam e certos indivíduos recorrem ao roubo. Dizem que é uma questão de sobrevivência. Quanto a mim, nada justifica esse procedimento. Eliminem-se as guerras, os conflitos armados, promova-se a paz e o bem-estar das populações, a educação e a cultura, e desse modo terminarão os malditos assaltos a casas, estabelecimentos, etc.  

PIRES, Francisco (José). Filho de Caetano José Martins e de Maria Teresa Pires (*), moradores no lugar de Sá. Neto paterno de Francisco José Martins e de Rosa Maria Rodrigues, do dito lugar; neto materno de Manuel José Pires e de Francisca Rosa do Outeiro, da Corga. Nasceu na freguesia de Paços a 15/8/1845 e foi batizado a 17 desse mês e ano. Padrinhos: Manuel Francisco Esteves e sua mulher, Ana Rosa Domingues, do lugar de Merelhe. // Casou na igreja de SMP a 23/11/1883 com Laureana do Carmo Fernandes, de 31 anos de idade, natural da Vila de Melgaço, filha de José Joaquim Fernandes e de Maria Josefa Fernandes. Testemunhas presentes: Manuel José Fernandes, lavrador, e Caetano Celestino de Sousa, sacristão, ambos casados, da dita Vila. // Comerciante; teve estabelecimento na Rua do Rio do Porto, num prédio contíguo ao “Café Melgacense”. Vendia mercearia, ferragens, artigos para tamanqueiros e sapateiros (ver Correio de Melgaço – 1912). // Exerceu algumas vezes o cargo de vereador da Câmara Municipal de Melgaço. // Em 1907 chegou a ser vice-presidente da dita Câmara Municipal; deixou o lugar em Dezembro desse ano, a favor de João Pires Teixeira. // No 2.º semestre de 1907 foi jurado pela freguesia da Vila. // Em 1909, sessão de 7 de Janeiro, foi de novo eleito vice-presidente da Câmara. // Era um progressista convicto; os regeneradores alcunharam-no de “El Cura de la Grova”. Os do Jornal de Melgaço atacavam-no duramente, tipo bota-abaixo! A Câmara Municipal de Melgaço tinha sete vereadores, mas segundo o dito jornal quem mandava era o Pires! // A 25/1/1913 os ladrões entraram na sua loja, por arrombamento, retirando do cofre 12$000 réis, além de uma corrente de ouro, medalha e relógio (Correio de Melgaço n.º 34, de 26/1/1913). // Ambos os cônjuges morreram na Vila, onde moravam: a sua esposa faleceu a 22/4/1890, com apenas 36 anos de idade; ele finou-se a 29/6/1927. // Com geração.
 
 
 // Nota: assinou sempre Francisco Pires, omitindo o apelido Martins! /// (*) Maria Teresa Pires devia ser solteira, pois depois foi casada com Francisco Trancoso (a confirmar). É avô de Beatriz Augusta Lima, que foi casada com Vasco da Gama Almeida, conhecido por Vasco da Central. 

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